Porto Alegre, 02 de dezembro de 2024 Ano 18 - N° 4.275
A jornalista Nereida Vergara, editora de Rural do Correio do Povo, é a homenageada especial da 10ª edição do Prêmio Sindilat/RS de Jornalismo. A decisão foi chancelada pela Comissão Julgadora, durante reunião realizada na manhã do dia 28/11 e levou em conta a pontuação acumulada pela profissional pelos prêmios conquistados ao longo da década. Segundo o presidente da Comissão, o jornalista Antônio Goulart, conselheiro da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), a distinção faz jus ao comprometimento da jornalista na cobertura do setor do agronegócio. “É uma importante iniciativa, pois reconhece a constância do trabalho da profissional, que tem ampla experiência nas redações dos jornais impressos”. Nereida Vergara recebeu a notícia nesta segunda-feira (02/12) em uma visita do Sindilat/RS ao Correio do Povo. A gerente de comunicação Jéssica Aguirres entregou à jornalista em mãos o convite para a festa de Final de Ano do Sindilat/RS, que acontece no dia 19/12, oportunidade na qual será formalizada a homenagem. “Acho uma grande honra ser a maior ganhadora do prêmio até aqui. Confesso que acho a cadeia leiteira apaixonante e adoro aprender cada detalhe da produção à industrialização. Fiquei emocionada”, disse a jornalista. O Secretário Executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, lembrou a trajetória da profissional, que sempre dedicou atenção à pauta do leite. “O setor lácteo não é um segmento simples. E, cobrir o dia a dia das pautas do leite exige dedicação. Premiar profissionais desta forma é reconhecer o esforço de todos que, assim como Nereida, dedicam-se ao segmento”, apontou.
Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS
Indicador Cepea/B3 bateu recorde nesta semana, quando o valor nominal do gado chegou a R$ 352,65 por arrobaO preço da arroba do boi gordo atingiu nova máxima histórica nesta semana no Brasil, puxado pela forte demanda por carne bovina nos mercados interno e externo. O consumo em alta já havia feito os abates de bovinos baterem recorde no primeiro semestre.O indicador do boi gordo Cepea/B3 bateu recorde na terça-feira (26), quando o valor nominal chegou a R$ 352,65 por arroba. Ontem, o índice fechou a R$ 352,10 por arroba.A última vez em que o preço do gado chegou a esse nível foi após o auge da pandemia de covid-19, em março de 2022, quando a cotação foi a R$ 352,05 por arroba. “Realmente, é a maior alta da série histórica de preço do boi no Brasil, e as razões disso são demandas no mercado interno e externo bastante aquecidas”, disse João Figueiredo, analista da Datagro Pecuária.O especialista lembra que, apesar dos sinais de início da virada de ciclo pecuário na oferta de gado, o quadro é diferente do que se viu em 2022. Naquele ano, a oferta de animais estava mais restrita e o ciclo era de baixa.“Estamos com mais de 30 milhões de bois abatidos até setembro, um patamar de abates recorde, e o boi subindo desse jeito. É muito impressionante”, avalia.
De acordo com a Datagro, em alguma medida, a valorização da arroba já foi repassada ao preço da carne bovina no atacado, que também está em suas máximas históricas, em torno de R$ 23 por quilo. No entanto, não se sabe até que ponto o consumidor doméstico conseguirá absorver os produtos nesses valores no médio e longo prazos, diz a consultoria.Sobre a demanda do mercado externo, Lygia Pimentel, diretora da consultoria Agrifatto, disse que as exportações de carne bovina já bateram recorde antes mesmo de o Brasil encerrar o ano de 2024.No acumulado entre janeiro e outubro, os embarques da proteína alcançaram 2,4 milhões de toneladas, conforme dados do governo federal compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em todo o ano passado, o Brasil exportou 2,29 milhões de toneladas de carne bovina.
“Até agora, a gente está falando de vendas com preço em dólares mais alto e a cotação do dólar também mais alta. Quando convertemos para reais, o preço da tonelada atingiu recorde”, afirmou.Além das compras da China, os exportadores brasileiros beneficiam-se do declínio da produção americana de gado — tanto de forma direta, como fornecedores, quanto indireta, com a perda de espaço dos EUA no mercado global. Um exemplo disso são os novos mercados em ascensão para embarques brasileiros, como é o caso do México.
Pimentel acredita que, daqui para a frente, a tendência é de ajuste nos preços do gado. Ela argumenta que o consumidor deverá ter dificuldade para absorver os altos valores da carne e que as indústrias frigoríficas também precisarão buscar estratégias para lidar com o aumento de custo. (Globo Rural)
Empresas descumprem Lei da Transparência Fiscal
Após período de transição da reforma tributária, deverá ser feita adaptação para a informação de tributos embutidos nos preços
Cerca de metade das notas fiscais emitidas no Brasil está em desacordo com a Lei de Transparência Fiscal (nº 12.741/2012). A constatação é de levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Essa legislação impõe multa de até R$ 13,6 milhões para empresas que não informam as alíquotas dos tributos incidentes sobre produtos comercializados ou serviços prestados no documento fiscal.
Com base em uma amostra de 6 milhões de notas fiscais escaneadas e armazenadas no aplicativo “Citizen IBPT”, nos últimos dois anos, o que representa em média cerca de 50% no país, o instituto concluiu que a maioria dos estabelecimentos ainda não aderiu de maneira completa e efetiva aos requisitos da legislação.
De acordo com o gerente de Projetos do IBPT, Alcyr de Castro, além da multa, que equivale a três milhões de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir), o não cumprimento da legislação pode acarretar outras sanções previstas no artigo 56 do Capítulo VII do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Entre elas: a proibição de fabricação de produto, interdição de estabelecimento, obra ou atividade.
“Muitos estabelecimentos estão em desacordo com o princípio da transparência previsto em lei”, diz Castro. “Suas operações, portanto, estão passíveis de uma sorte de sanções, caso o Procon entenda que a empresa, por estar em desacordo com a Lei da Transparência Fiscal, traz prejuízos ao consumidor”, acrescenta.
Os Procons geralmente atuam se houver registro de reclamação sobre o assunto. "O Procon-SP considera em suas fiscalizações o direito do consumidor de saber a carga tributária de cada produto ou serviço que consome, que devem constar nas notas fiscais e cupons, ou em painéis visíveis no estabelecimento", comenta o órgão por meio de nota.
Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em regra, os consumidores não costumam registrar reclamações nesse sentido, o que dificulta a atuação dos Procons. "O Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, coordenado pela Senacon, desenvolve com frequência campanhas de educação para o consumo, incluindo o tema, reforçando, inclusive, a necessidade do consumidor de exigir nota fiscal", explica a secretaria em nota enviada ao Valor.
O IBPT presta o serviço de parametrização das informações que precisam constar das notas fiscais. Na opinião do especialista do instituto, a baixa adesão à exposição dos tributos nas notas se dá, como primeiro motivo, pelo fato de as empresas de software não implementarem essa parametrização. Além disso, ele acredita que há baixa consciência tributária do consumidor, que deixa de reivindicar um direito amparado em lei.
"O indicador de que 50%, em média, das notas fiscais brasileiras estão em desacordo mostra para a sociedade que ainda há muito o que fazer para tornar isso uma realidade", diz Castro. "Um consumidor ou contribuinte consciente cobra as autoridades, os legisladores e conhece os seus direitos."
O levantamento do IBPT mostra que a descrição da carga tributária nas notas fiscais é mais alta nos Estados das regiões Sudeste (57%), Centro Oeste (53,8%) e Sul (50,5%). Já as regiões Norte e Nordeste possuem, ambas, cerca de 45% de discriminação dos tributos nos documentos fiscais. (Valor Econômico)
Jogo Rápido
Vendas dos supermercados registram crescimento anual de 2,9% em outubro
Para a Black Friday, a Abras trabalha com uma expectativa de 6% a 8% de crescimento nas vendas em relação a 2023; já no Natal, o setor prevê um avanço de 12% no consumo. As vendas do varejo e atacarejo alimentar cresceram 2,9% em outubro ante o mesmo mês de 2023, segundo divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na manhã desta quinta-feira (28). Em relação a setembro de 2024, o avanço foi de 3,5%, sustentado pelo crescimento da empregabilidade ao longo do ano, afirmou o vice-presidente da Abras, Márcio Milan. No acumulado do ano, o indicador tem alta de 2,67% e permanece acima das projeções do setor, de crescimento de 2,50% em 2024. Os indicadores são deflacionados pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam supermercados, hipermercados e atacarejo alimentar. O pagamento do 13° salário, as datas festivas e outros benefícios que devem ser pagos ao longo dos últimos meses do ano devem impulsionar o consumo no período, afirma Milan. Para a Black Friday, a associação trabalha com uma expectativa de 6% a 8% de crescimento nas vendas em relação a 2023. Já no Natal, o setor prevê um avanço de 12% no consumo. Os preços da cesta natalina, por sua vez, devem estar, em média, 8% mais altos, impactados pela alta do dólar e fatores climáticos que provocaram a inflação dos alimentos, principalmente nas carnes e nos produtos básicos. "As encomendas de fim de ano já foram feitas. As movimentações mais recentes [do dólar] ainda não foram incorporadas e se persistirem vão interferir nos preços daqui em diante", disse Milan. Na quarta-feira (28), a moeda americana fechou o dia no maior nível nominal da história, aos R$ 5,91, após o anúncio de corte de gastos feito pelo governo federal. Apesar disso, o vice-presidente da Abras entende que houve uma sinalização positiva por parte do governo, especialmente no que diz respeito à isenção do pagamento de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. (Valor Econômico)