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22/11/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de novembro de 2024                                                Ano 18 - N° 4.269


Indústria de lácteos contribui para receita e criação de empregos, diz relatório da Global Dairy Platform

À medida que a indústria de lácteos se desenvolve, há benefícios consideráveis para governos, comunidades, produtores e moradores em termos de receita e criação de empregos nesses países, segundo um relatório da Global Dairy Platform. O relatório sobre o desenvolvimento socioeconômico do setor de lácteos foi divulgado em sua reunião geral anual em Paris, em parceria com a FAO das Nações Unidas. 

Este é o mais recente de uma série baseada na ferramenta de Metodologia de Impacto dos Lácteos (DIM) e apresentou vários outros pontos interessantes que apoiam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Segundo o relatório, mais de 110 milhões de produtores em todo o mundo se beneficiam diretamente da produção de leite, com o setor criando empregos e oportunidades de negócios ao longo das cadeias de valor e fornecendo leite nutritivo e outros produtos lácteos para mais de seis bilhões de consumidores.

Primeiramente, à medida que as rendas nacionais aumentam, como indicado pelo PIB, os sistemas nacionais de produção leiteira mudam para um menor número de propriedades com rebanhos maiores e de vacas com maior produtividade. Com o aumento médio da produção de leite (indicativo do desenvolvimento do setor de laticínios), uma proporção menor da população vive em fazendas leiteiras, e os que vivem ganham mais com o empreendimento. Menos pessoas trabalham em fazendas e mais trabalham na indústria de processamento de laticínios, ambos com rendas mais altas. Mais leite é disponibilizado por pessoa, uma maior proporção da população consome leite e o preço do varejo cai, tanto em termos reais quanto em relação aos salários médios. Além disso, uma quantidade maior do leite produzido é canalizada para mercados formais, e a receita tributária potencial da produção e venda de leite e produtos lácteos aumenta, conclui o relatório.

O resumo observa: “O relatório explora relações entre o desenvolvimento do setor de laticínios e vários indicadores sociais ligados ao leite e aos produtos lácteos provenientes dos bovinos. Indicadores em nível de país, que compreendem 97 variáveis estatísticas, foram coletados para 187 países e territórios em diferentes regiões do mundo, com representantes de economias de baixa, média-baixa, média-alta e alta renda. Em um estudo transversal com ano base de 2018, o desenvolvimento do setor de lácteos foi aproximado pela produção média de leite e foram selecionados indicadores que resumem aspectos da subsistência dos produtores de leite, emprego em plantas de processamento de leite, consumo de leite e produtos lácteos e benefícios para os governos.”

“Por meio desses benefícios, o setor de lácteos pode contribuir para alcançar os ODS com foco social: erradicação da pobreza (ODS1), fome zero (ODS2), boa saúde e bem-estar (ODS3), educação de qualidade (ODS4) e trabalho decente e crescimento econômico (ODS8). Durante o processo de transformação do setor de laticínios, muitos produtores migrarão para outros setores como empregados, mas para alguns essa transição pode ser um contraponto aos benefícios da transformação setorial que precisa ser gerenciada. Muitos empregos são criados ao longo da cadeia de valor dos laticínios, proporcionando crescentes oportunidades de emprego para a população.”

No entanto, houve advertências no relatório, que observou: “Se não forem tomados os devidos cuidados, a progressão observada dos sistemas leiteiros pode ser acompanhada por externalidades negativas que reduziriam os muitos benefícios sociais obtidos. Por exemplo, oportunidades alternativas de emprego devem ser criadas para aqueles que deixam o setor e cuidados devem ser tomados para evitar danos ambientais resultantes da concentração de produção. É necessário garantir que o desenvolvimento do setor de lácteos abranja todas as dimensões da sustentabilidade.” Para mais informações, visite o site clicando aqui.

As informações são do Dairy Industries International e Global Dairy Platform, traduzidas pela equipe MilkPoint.


Valor Bruto da Produção atingirá R$1,31 trilhão na safra 24/25

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou a primeira estimativa do Valor Bruto da Produção para a safra 2024/2025. O valor atingirá R$1,31 trilhão, um aumento de 7,6%. Desse montante, R$ 874,80 bilhões correspondem às lavouras (67,7% do total) e R$ 435,05 bilhões à pecuária (32,6%).

Em relação à safra 2023/2024, as lavouras tiveram aumento de 6,7%, e a pecuária avançou 9,5%.

Para as culturas de laranja e café a evolução dos preços foram fatores mais relevantes nestes resultados e, para a soja e arroz foi o crescimento da produção a maior influência. Nos rebanhos pecuários foi a melhoria dos preços o mais significativo no resultado.

Considerando a participação relativas das principais culturas e rebanhos pecuários no resultado total (em R$ bilhão):

O Valor Bruto da Produção é uma publicação mensal do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base nas informações de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e nos preços coletados nas principais fontes oficiais.


No estudo, são abrangidos 19 relevantes produtos da pauta da agricultura e cinco das atividades de pecuária.

A publicação integral pode ser acessada no site do Mapa, clicando aqui. 

As informações são do MAPA

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1842 de 21 de novembro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A bovinocultura de leite enfrenta desafios em função do estresse causado pelo calor, impactando o consumo de forragem pelas matrizes e causando o vazio forrageiro em muitas propriedades. As pastagens perenes e de azevém estão em final de ciclo, e o campo nativo apresenta menor desenvolvimento devido ao clima adverso. O manejo do rebanho requer cuidados específicos para minimizar os impactos das altas temperaturas, incluindo a oferta de sombra e água em abundância.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens anuais de verão ainda não estão no ponto adequado para sua utilização, e as reservas de silagem estão quase esgotadas, limitando a suplementação e exigindo uso da produção de pré-secado e feno como complemento. 

Na de Caxias do Sul, o estado corporal dos animais se manteve adequado, sem restrição alimentar. O tempo seco contribuiu para a redução de mastites e problemas de casco. 

Na de Erechim, a atividade leiteira apresenta bom desempenho em razão das pastagens, favorecidas pelas chuvas, pelas temperaturas mais altas e por uma redução da umidade e do barro, e do correto controle de saúde dos rebanhos. 

Na de Passo Fundo, as condições para a produção de leite estão adequadas, e os bovinos se encontram em diferentes fases de desenvolvimento. Porém, as altas temperaturas exigem cuidados adicionais com sombra e água para os animais. 

Na de Pelotas, a produção ainda está reduzida, mas são observados sinais de recuperação em função do avanço do plantio de milho para silagem e do bom desenvolvimento das pastagens de verão. 

Na de Porto Alegre, os produtores estão focados no manejo para a implantação das pastagens de verão e no controle sanitário.

Na de Santa Maria, a falta de chuva e as altas temperaturas afetaram o crescimento das pastagens. Os produtores estão monitorando moscas e carrapatos e adotando estratégias de 
controle. 

Na de Santa Rosa, a luminosidade favoreceu o desenvolvimento das forrageiras, mas as altas temperaturas exigiram ajustes no manejo de pastagem e do rebanho para garantir o bem-estar dos animais e a estabilidade da produção de leite. Em muitas propriedades, já há infestação de carrapatos em decorrência do calor e da umidade. 

Na de Soledade, a oferta de pasto para o gado leiteiro depende de pastagens de inverno e azevém tetraplóides. O preço do leite tem animado os produtores. (As informações são da EMATER/RS, adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Instabilidade no tempo marca os próximos dias no Estado
A previsão para os próximos quatro dias no Rio Grande do Sul será marcada pela permanência da estabilidade no tempo, onde o sol brilhará entre nuvens até o final de semana. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 47/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Segunda-feira (25/11): um cavado de onda curta nos níveis médios se amplificará, intensificando um cavado em superfície entre o Paraguai e o Rio da Prata, da qual, estará associado a uma frente estacionária sobre o oceano. Neste contexto, haverá o aumento gradativo da nebulosidade sobre o RS e condições para a ocorrência de precipitação com intensidade variando de fraca a moderada na Região Sul. O tempo deverá mudar para uma condição de instabilidade com elevação nas temperaturas no decorrer do dia. Terça-feira (26/11): a mesma condição atmosférica do dia anterior se repetirá, porém com possibilidades para a ocorrência de precipitação de intensidade fraca na Região Sul. Em suma, a tendência para o tempo é de instabilidade, que será observada por todo o estado, simultânea com o aumento da nebulosidade e elevação nas temperaturas no decorrer do dia. Quarta-feira (27/11): a ação do Jato de Baixos Níveis - no transporte de ar úmido e quente da Amazônia para a Região do Conesul - intensificará o cavado pré-frontal em superfície, que se localizará entre o Paraguai e o Uruguai. Logo, uma frente fria associada a um ciclone extratropical no oceano se formará e ingressará sobre o RS, provocando o desenvolvimento de nuvens de trovoada e, consequentemente, chuvas com intensidade variando de moderada a forte sobre as regiões Sul e Campanha e parte da Fronteira Oeste. O tempo deverá permanecer instável durante todo esse período com temperaturas em declínio sendo observadas a partir do início da tarde. Para os próximos sete dias os prognósticos indicam chuvas mais intensas nas regiões Sul, Fronteira Oeste e Missões, com volumes de 20 mm chegando até os 100 mm. No norte, na divisa com o estado de Santa Catarina, são esperados volumes entre 20 mm e 30 mm. Nas demais regiões do estado, os volumes previstos devem variar entre 2 mm até 30 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

 
 

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