Porto Alegre, 07 de outubro de 2024 Ano 18 - N° 4.237
BALANÇA COMERCIAL: Importações dos lácteos fecham setembro em estabilidade
Após o expressivo recuo nas importações de lácteos no mês de agosto, no mês de setembro as importações ficaram em estabilidade. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de setembro chegou a -177 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma alta mensal de cerca de 2 milhões de litros em relação a agosto, conforme pode ser observado no gráfico 1.
Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
As exportações de lácteos apresentaram avanço no último mês, com 4,9 milhões de litros em equivalente-leite exportados em setembro, o aumento mensal foi de 22%, mantendo um patamar semelhante ao observado anteriormente para as exportações brasileiras, conforme mostra o gráfico 2.
Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
As importações de setembro ficaram praticamente estáveis, apresentando sutil queda mensal. Ao todo, foram importados cerca 182,1 milhões de litros em equivalente leite, registrando uma queda mensal de 0,3%, como mostra o gráfico 3. Apesar do recuo, as importações de lácteos ainda se mantém em um patamar considerado elevado, também semelhante ao observado nos meses anteriores deste ano.
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
Em relação às categorias exportadas no último mês, as maiores variações mensais de volume foram apresentadas pelas categorias de soro de leite, que teve aumento de 180 toneladas (+44%) e fechou o mês com volume exportado de 592 toneladas em setembro; além da categoria de creme de leite, que aumentou seu volume no mês em 171 toneladas (+32%) e fechou setembro com 706 toneladas exportadas.
Do lado das importações, o principal destaque ficou com o grupo de queijos, que teve aumento no mês de 379 toneladas (+7), fechando com volume de 5.925 toneladas – o que representa o maior volume mensal de importações da categoria de toda a série histórica.
As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de agosto e julho de 2024.
Tabela 1. Balança comercial de lácteos em setembro de 2024
Tabela 2. Balança comercial de lácteos em agosto de 2024
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
O que podemos esperar para os próximos meses?
Apesar do aumento nos preços registrados durante o mês de setembro no leilão GDT, o maior leilão internacional de lácteos, que impactou as cotações dos lácteos no Mercosul, alguns produtos importados, como o leite em pó integral e a muçarela, mantiveram-se mais competitivos em relação aos produtos nacionais. Essa competitividade de preços continua sendo um dos principais fatores que influenciam as importações brasileiras.
No entanto, outro aspecto começou a ganhar destaque recentemente: o aumento das exportações argentinas e uruguaias para fora do Mercosul, que se tornaram mais significativas nos últimos meses. Esse cenário levanta questionamentos sobre a disponibilidade de lácteos do Mercosul para o mercado brasileiro, o que pode se tornar um fator limitante para as importações.
Portanto, apesar das incertezas, as importações brasileiras devem se manter, no restante de 2024, em níveis semelhantes aos observados recentemente, com atenção voltada para a disponibilidade dos nossos principais fornecedores do Mercosul e de suas estratégias comerciais no mercado internacional. (Milkpoint)
Os agricultores da Nova Zelândia poderão ter acesso a genética de elite com baixo teor de metano até 2026. A empresa de melhoria de rebanho LIC diz que isso teria o potencial de fazer uma diferença real para os fazendeiros, ajudando a garantir que as reduções de emissões não venham ao custo da redução da produção de leite. A cooperativa de propriedade dos fazendeiros tem trabalhado com parceiros para criar uma vaca com baixo teor de metano. Em seu relatório de sustentabilidade para o ano encerrado em 31 de maio, divulgado na semana passada, a cooperativa afirma que seu programa de pesquisa sobre metano, em colaboração com a CRV e a Pāmu (antiga Landcorp) e com financiamento do NZ Agricultural Greenhouse Gas Research Centre (NZAGRC), está progredindo bem.
"Continuamos investigando a ligação entre as emissões de metano dos touros e seus descendentes, com a intenção de criar vacas mais amigáveis ao clima e que produzam menos metano", diz.
O programa está agora em seu quarto ano.
"Inicialmente descobrimos que a genética de um touro desempenha um papel na quantidade de metano que ele emite. Os touros mais baixos no teste emitiram cerca de 15-20% menos metano do que a média, após contabilizar a comida ingerida.
"No ano passado, esses touros foram acasalados com novilhas de fazendas Pāmu e agora estamos testando as emissões de metano desses descendentes para garantir que a variação genética seja representativa de seus pais, e informaremos esses resultados no próximo ano. (Dairy News)
Forrageiras de inverno são alternativas para a nutrição do gado leiteiro
As vantagens do uso das forrageiras de inverno para nutrição do gado leiteiro foram destaque do dia de campo realizado em Chapada, na terça-feira (01/10). A propriedade do agricultor Gilmar Luís Hendges, localizada na Linha São João, interior do município, recebeu os participantes para atividade técnica promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Sementes Scherer e Embrapa Trigo, com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Inspetoria Veterinária.
Os temas apresentados durante o dia de campo enfocaram o manejo sustentável de pastagens de inverno, os resultados tecnológicos de cultivares de pastagem e planejamento forrageiro (pré-secado e silagem), plantabilidade, manejo e desempenho de cereais de inverno na produção de leite e aspectos técnicos para elaboração da silagem de inverno.
Este é o quinto dia de campo de forrageiras de inverno que realizamos em Chapada, sempre em parceria com a Sementes Scherer e Embrapa Trigo. Nosso objetivo principal é levar conhecimento e informação aos produtores de leite. A implantação de unidades demonstrativas é a estratégia que adotamos e, dessa forma, conseguimos apresentar aos produtores diferentes materiais e os resultados obtidos com diferentes práticas e manejos, tanto na parte de pastejo dos animais, quanto para produção de pré-secado e silagem. Nosso intuito também é estimular o produtor a fazer reserva de alimento. As forrageiras de inverno são uma ferramenta importante para a redução de custo na produção de leite e uma opção para a reserva de alimento, garantindo a nutrição do rebanho em períodos de intempéries. Dessa maneira, estimulamos a produção de leite de forma sustentável, com eficiência técnica, produtiva e econômica, declarou o extensionista rural e coordenador regional de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar, Valdir Sangaletti.
Na ocasião, um representante da SDR falou sobre o programa de financiamento de forrageiras de inverno e verão que o Estado dispõe, através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper), e sobre os incentivos que a Secretaria oferta aos produtores de leite. Mais de 110 pessoas participaram da atividade técnica, entre produtores de leite, lideranças e representantes de empresas ligadas ao setor.
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Frederico Westphalen
Jogo Rápido
Agro emprega número recorde
O mercado de trabalho está aquecido no agro brasileiro. De abril a junho, o setor empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas. É o maior número desde o início da série histórica, em 2012, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O acréscimo foi de 643 mil pessoas (ou 2,3%, se comparado com o segundo trimestre do ano passado). E os setores das agroindústrias e dos agrosserviços foram os que mais registraram crescimento. (Zero Hora)