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30/09/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.232


Relatório sobre produção e consumo de laticínios na América do Norte

O mais recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a produção de leite nos 24 principais estados produtores de leite dos Estados Unidos da América (EUA) totalizou 18,2 bilhões de libras (8,2 milhões de toneladas) em julho, um leve recuo de 0,2% na comparação interanual. A produção em junho de 2024 caiu mais (-1,5%) em relação a junho de 2023. 

Olhando para a produção por vaca, nesses estados, houve aumento de 2 libras (0,9kgs) em julho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano anterior e chegou à média de 2.047 libras (929 quilos). Apesar desses dados, o Serviço de Pesquisa do USDA prevê que ambos os indicadores de produção de 2024 serão menores em comparação com 2023. 

Diferenças entre os estados
Entre todos os principais estados produtores, o Novo México registrou o maior declínio, menos 48 milhões de libras (-8,9%) e Dakota do Sul ganhou 29 milhões de libra (+7,4%). O analista Phil Plourd da Ever.Ag Insights atribuiu a queda de produção registrada nesses estados aos surtos de gripe aviária, uma doença altamente patogênica que atingiu grandes estados produtores de leite, incluindo o Colorado, Idaho e Iowa. 

Situação no Canadá
A comissão Canadense de Laticínios mostrou em suas últimas estatísticas de junho de 2024 pequenas diferenças em relação a um ano atrás. A produção de leite cru no Canadá é medida pelo teor de manteiga do leite, o que varia sazonalmente. “Em junho de 2024, a produção nacional foi de 1,11 milhões de quilos de manteiga em média diária”, afirma a Comissão. “Isso representa um decréscimo de 2,09% em relação ao mês anterior e aumento de 0,62% na comparação com o período equivalente do ano passado, em termos de média diária. 

Mercado
Analistas industriais mostram que o consumo per capita de produtos lácteos está aumentando em cerca de 1 a 2 kg. Isso se deve especialmente ao aumento da população hispânica etambém envelhecimento geral da população, com as pessoas acima de 50 anos consumindo mais produtos lácteos do que qualquer outro grupo no país. O consumo de leite está em declínio, enquanto a venda de outros lácteos, como queijo e iogurte aumentam constantemente. Algumas indústrias de laticínios passaram a comercializar lácteos enriquecidos com mais proteína para atender essa tendência do consumidor. 

Ao norte da fronteira, para assegurar que o consumo de leite e derivados seja firme, o Dairy Farmers Canada lançou um novo programa de recompensa para os consumidores nesta primavera. Ele é identificado pelo chamado logotipo “Blue Cow’, um dispositivo no rótulo que diferencia os produtos lácteos canadenses dos importados. 

Fonte: Dairy Global Tradução livre: www.terraviva.com.br


O aumento do percentual no pagamento por sólidos: produtores de leite da CCGL terão 30% da folha do leite pagos pelo Programa Mais Sólidos, Maior Valor

A partir de 01 outubro de 2024, o Programa Mais Sólidos, Maior Valor da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) entrará na Fase 3, com um importante reajuste no modelo de remuneração aos produtores de leite. O peso do pagamento por sólidos, que era de 20%, passará para 30%,do volume de leite comercializado, reforçando o compromisso da cooperativa com a valorização da qualidade e dos sólidos no leite, como gordura e proteína.

O programa, que inovou o modelo de pagamento no Brasil ao remunerar os produtores não apenas pelo volume de leite, mas também pelos quilos de gordura e proteína fornecidos, foi lançado em 2022 com o objetivo de incentivar a produção de leite com maior rendimento industrial e qualidade superior. Em entrevista, a Coordenadora de Projetos da CCGL, Dra. Natália Marins Bastos, destacou os benefícios que essa nova fase trará para os cooperados.

"O programa Mais Sólidos busca valorizar os esforços dos produtores que investem em produtividade e qualidade do leite, resultando em maior rendimento industrial. Trata-se de um modelo de pagamento inovador no Brasil, que remunera o produtor pelos quilogramas de gordura e proteína fornecidos durante o mês e considera a contagem de células somáticas (CCS), fator relacionado com a qualidade do produto", explicou a coordenadora.

O suporte técnico oferecido pela CCGL é outro ponto fundamental para o sucesso do programa. "Temos no campo um corpo técnico especializado, que auxilia os produtores a identificar os fatores que influenciam direta e indiretamente na produção de gordura e proteína, aumento da produção de leite e redução da CCS. Desde o bem-estar animal e consumo da dieta, até produção de volumosos e fertilidade do solo. O objetivo é otimizar a produção", reforçou Natália.

Com o aumento do peso do pagamento por sólidos de 20 para 30% refletido no preço final da folha do leite, os produtores terão um incentivo financeiro ainda maior, “Já temos produtores que, com 20% da folha do leite sendo pago por sólidos, recebem cerca de 20 centavos a mais por litro. Agora, com o aumento para 30%, esperamos resultados ainda mais positivos”, afirmou.

O Programa Mais Sólidos, Maior Valor, segue sua trajetória de evolução, impulsionando a sustentabilidade e a lucratividade dos produtores cooperados. "Desde o início, nosso objetivo foi aumentar progressivamente o peso do pagamento por sólidos incidindo sobre a folha do leite. Agora, com essa nova fase, estamos dando mais um passo firme em direção a um leite de maior qualidade", concluiu Natália.

Para mais informações sobre o programa e como participar dessa nova fase, os produtores devem entrar em contato com o técnico responsável no sistema CCGL. (As informações são da Assessoria de Imprensa da CCGL)

Com impacto dos eventos meteorológicos, PIB do RS recua 0,3% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre de 2024

Na comparação com o mesmo período de 2023, economia gaúcha cresceu 4,6%

A economia gaúcha no segundo trimestre de 2024, marcado por eventos meteorológicos extremos, registrou variação negativa de 0,3% na comparação com o trimestre anterior. O desempenho nos três grandes segmentos no período entre abril e junho apontou alta nas atividades ligadas à agropecuária (+5,3%), variação de 0,1% nos serviços e queda de 2,4% na indústria. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou crescimento de 1,4%.

A apresentação dos resultados do PIB do Rio Grande do Sul, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), ocorreu nesta terça-feira (24/9), com a presença da titular da SPGG, Danielle Calazans.

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, a economia do Rio Grande do Sul cresceu 4,6%, puxada pelo desempenho da agropecuária (+34,6%). Na mesma base de comparação, a alta no PIB do país foi de 3,3%.

A indústria apresentou retração de 1,7% no segundo trimestre, influenciada pelo desempenho negativo de 6,5% da indústria de transformação, a principal do segmento. Das 14 principais atividades industriais, dez apresentaram queda, em especial a atividade de máquinas e equipamentos (-26,3%), produtos químicos (-10,9%) e produtos alimentícios (-5,1%). Com exceção da indústria de transformação, os demais setores registraram alta, com destaque para a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+37,9%).

Nos serviços, o Estado apresentou alta de 2,4% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2023. Entre os segmentos da área, o comércio puxou os números positivos, com alta de 5,1% no trimestre, seguido dos serviços de informação (+3,9%). Entre as dez principais atividades comerciais, seis tiveram desempenho positivo, em especial a de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo (+12,1%), móveis e eletrodomésticos (18,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+9,7%).

"O governo tem trabalhado arduamente para a recuperação do Estado após os efeitos dos eventos meteorológicos que atingiram o território em maio. Após dois anos de estiagens e as inundações recentes, os números do PIB demonstram a resiliência da população gaúcha e auxiliam a orientar as políticas em desenvolvimento para superarmos este momento de dificuldades", ressaltou Danielle Calazans.

Acumulado no ano

No acumulado do primeiro semestre do ano, o PIB do Rio Grande do Sul teve crescimento de 5,4% contra 2,9% do Brasil. A recuperação da produção agrícola em 2024 em relação ao ano anterior, ainda afetado por estiagem, marcou os números da agropecuária. Entre os principais grãos, houve crescimento de 43,8% na produção de soja e de 13,6% na de milho e variação de -0,3% na cultura de arroz. No mesmo período no Brasil, o segmento registrou queda de 2,9%. Nesta mesma base de comparação, a indústria gaúcha cresceu 0,2%, e os serviços, 2,7%.

"As enchentes causaram impactos significativos na economia gaúcha, resultando em quedas expressivas nas produções agropecuária, industrial e de serviços em maio. No entanto, a partir de junho, a produção industrial começou a se recuperar, a construção voltou a crescer, e as vendas no comércio atingiram o maior nível da série, sinalizando um movimento de retomada econômica, ainda que não generalizada para todas as atividades”, avaliou o pesquisador do DEE, Martinho Lazzari.

Quatro trimestres

Nos números acumulados dos últimos quatro trimestres (do 3º trimestre de 2023 ao 2º trimestre de 2024), o PIB do Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 2,6%, enquanto no Brasil a alta foi de 2,5%. (SEAPI)


Jogo Rápido

Argentina – As fazendas leiteiras esperam as chuvas “decisivas” para recuperar a produção
Segundo o último relatório do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), são necessárias chuvas “importantes” nos últimos quatro meses do ano, quando são produzidos 38% do total nacional. Segundo a entidade, para reverter a queda da produção é preciso urgentemente de uma ajuda do clima. Os números da produção de leite na Argentina: Em agosto de 2024 a produção foi de 992,8 milhões de litros de leite, o que representa 5,5% acima da produção do mês anterior (igual na média diária) e 6,2% menos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.  “Normalmente a produção no mês de agosto sobe cerca de 6,5% em relação a julho (na média diária), e este agosto o percentual ficou um pouco abaixo, 5,5%”, afirma o OCLA.  Se forem analisados os números pelo tamanho das fazendas leiteiras, por níveis de produtividade/eficiência e por região geográfica, fica evidente uma grande diferença em relação ao comportamento da produção, onde existe quedas interanuais significativas em regiões e estratos produtivos. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 

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