Porto Alegre, 25 de setembro de 2024 Ano 18 - N° 4.230
CONSELEITE–PARANÁ RESOLUÇÃO Nº 09/2024
Na reunião do mês de agosto/2024, o Conselho aprovou os resultados dos estudos da Câmara Técnica relativos aos custos de produção de produtores e indústrias que resultam em novos valores de referência para os derivados lácteos considerados no modelo. A diretoria do Conseleite Paraná alerta que não há comparabilidade com os valores divulgados anteriormente. Serão divulgados valores de referência com e sem revisão até o mês de setembro e a partir de outubro de 2024, apenas valores com revisão.
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 27 de setembro de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2024 é de R$ 4,6251/litro.
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br
La Niña fraca deve marcar clima nos próximos três meses
A ocorrência de um La Niña de fraca intensidade, com chuvas ligeiramente abaixo da média histórica, deve marcar o clima nos meses de outubro, novembro e dezembro. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo estatístico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Apesar do prognóstico de chuvas abaixo da média no trimestre, o mês de outubro poderá ter chuva acima da média, especialmente na metade norte do Rio Grande do Sul. Durante o mês, a temperatura também poderá ficar abaixo da média, com chances de geada tardia e maior risco de granizo.
Os meses de novembro e dezembro devem ter chuvas abaixo do normal para o período, com as temperaturas máximas elevadas e possíveis ondas de calor.
O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.
PASTAGENS E PRODUÇÃO ANIMAL
- Considerando o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica, a partir do mês de novembro, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, ajuste da lotação animal conforme o crescimento da pastagem para otimizar os recursos disponíveis;
- Indica-se manter a lotação animal reduzida nas pastagens de azevém, pois essa ação garantirá uma ressemeadura natural eficiente para o próximo ano, preservando a quantidade e a qualidade do azevém;
- Escalonar os períodos de plantio/semeadura das pastagens cultivadas no verão utilizando mudas/sementes de alto vigor, para garantir um crescimento uniforme;
- Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes, tendo em vista que o prognóstico de precipitação abaixo da média climatológica pode afetar o crescimento e desenvolvimento das pastagens.
Assessoria de Comunicação Social - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
Consumo de queijo: Norte-americanos comem, em média, 20 kg de queijo por ano
O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem da Bloomberg.
O consumo per capita de queijo nos EUA mais que dobrou desde que o governo local começou a monitorar o setor, em 1975, segundo reportagem publicada pela Bloomberg Businessweek.
Atualmente, cada norte-americano é responsável, em média, pelo consumo de 42 libras (quase 20 quilos) de queijo por ano — mais do que toda a demanda individual de manteiga, sorvete e iogurte juntos.
As instalações locais para produzir queijos respondem hoje por mais da metade dos US$ 8 bilhões em projetos de laticínios dos EUA programados para entrar em operação entre 2023 a 2026, de acordo com dados da International Dairy Foods Association.
O texto da Bloomberg relata que a Great Lakes Cheese Co. está gastando mais de US$ 700 milhões em uma fábrica em Nova York para dobrar a produção de leite da empresa.
Enquanto isso, a Lactalis USA está fazendo um “grande investimento” para iniciar a produção de queijo feta (de origem de grega) em sua unidade na Califórnia, de olho no crescimento da demanda por este tipo de produto.
Por sua vez, a Sargento Foods Inc. acaba de formar uma parceria com a Mondelēz International Inc. para embalar queijo do tamanho de um biscoito. “Seria difícil andar por qualquer uma de nossas instalações e não tropeçar em uma placa de ‘Em construção’”, disse à Bloomberg o chefe de inovação da Sargento Foods, Rod Hogan.
Na era das dietas de baixa gordura que explodiram no início dos anos 1990, houve uma “guerra nutricional contra as gorduras saturadas”, recordou Corey Geiger, economista-chefe de laticínios do CoBank.
Muitos norte-americanos optaram por produtos como leite desnatado e iogurte light, até que a crescente popularidade de dietas de baixo carboidrato, como Atkins e South Beach, deu um impulso ao queijo na virada do milênio. Nos anos seguintes, a demanda crescente por alimentos ricos em proteínas colocou o queijo novamente no menu, diz a reportagem.
Além disso, a pandemia (da Covid-19) acelerou a ascensão do queijo. Quando os restaurantes fecharam, recorda o texto da Bloomberg, os próprios norte-americanos tentaram recriar seus pratos favoritos, completos com pilhas de queijo.
Os queijos mais tradicionais têm apenas quatro ingredientes — leite, sal, culturas e uma enzima — uma simplicidade que aumenta seu apelo. “‘Gordura’ não é uma palavra tão ruim quanto antes, mas ‘ultraprocessado’ é”, comparou Michael Burdeny, presidente da Challenge Dairy Products Inc., uma produtora de manteiga da Califórnia.
A Agri-Mark Inc., proprietária da Cabot Creamery Cooperative, faz quadrados de queijo projetados como biscoitos, degustados sem necessidade de faca. A linha de cortes da empresa, que começou em 2017 com seis variedades, agora tem uma dúzia.
A Cabot produz mais de 140 produtos de queijo, com novos lançamentos superando as outras categorias de laticínios da empresa, de acordo com Sarah Healy, vice-presidente sênior de marketing da companhia. “O queijo deixou de ser um lanche pelo qual os consumidores se sentiam um pouco culpados”, disse Sarah, à Bloomberg.
Alívio ao setor de lácteos
Os investimentos em queijo serão um alívio bem-vindo para uma indústria norte-americana de laticínios, há décadas prejudicada pela queda na demanda por um copo alto de leite frio, relembrou a reportagem.
Parte deste declínio pode ser atribuída ao consumo de produtos vegetais alternativos, como leite de amêndoa e aveia — uma preocupação que não afeta diretamente o queijo. “Queijos vegetais existem, mas não decolaram muito porque não conseguem igualar a textura, consistência e derretimento do produto real”, observou o texto.
No entanto, alertou a reportagem, especialistas do setor nos EUA alertam sobre potencial excesso de oferta de queijos no país, já que as dietas tendem a mudar.
“Suspeitamos que essa onda de investimento, particularmente em queijo, levará a uma situação de excesso de oferta, pelo menos no curto prazo”, disse Erica Maedke, vice-presidente da pesquisadora Ever.Ag Insights.
Um potencial excesso de queijo pode significar boas notícias para os consumidores dos EUA, que viram os preços do produto atingirem níveis recordes há dois anos, embora tenham caído um pouco desde então.
Preços mais baixos também ajudariam os exportadores norte-americanos a conquistar uma fatia maior dos mercados internacionais, sugeriu a reportagem, acrescentando: “Embora os EUA tenham importado um recorde de US$ 1,8 bilhão em queijo no ano passado, o país é um exportador líquido deste alimento”.
Segundo a analista Cara Murphy, da HighGround Dairy, se a demanda por queijo não se mantiver ao longo dos próximos anos, outros produtos lácteos — iogurte, creme ou proteína de soro de leite em pó — podem ajudar a amortecer a indústria, embora o leite comum não seja mais o motor de crescimento que já foi.
“Queijo e manteiga são o ‘pão com manteiga’ dos laticínios americanos”, disse a analista, que completou: “A beleza desta indústria é que os laticínios são muito adaptáveis.” Portal DBO via edairy news
Jogo Rápido
As indústrias associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido na inscrição para o Dairy Vision 2024. As vendas estão no primeiro lote e seguem abertas até o dia 29 de setembro. O acesso para garantir o benefício deve ser feito através de link disponibilizado no site do SINDILAT/RS, clicando aqui. Um dos principais fóruns de estratégia e negócios do setor lácteo brasileiro discute, neste ano, os impactos da chegada no campo de diferentes inovações, entre elas, a Inteligência Artificial. Serão dois dias de palestras e encontros na cidade de Campinas (SP). Os cinco painéis acontecem nos dias 05 e 06 de novembro e tratam de: Desafios e oportunidades para a cadeia do leite no Brasil; A transformação do ambiente de negócios na cadeia do leite; O que há de novo no horizonte? Startups to watch; Um olhar sobre o leite na América Latina; Indo além do leite: o que a ciência está trazendo de inovação; e Inovação aplicada ao segmento de alimentos. As informações do evento e programação completa estão em www.dairyvision.com.br. (SINDILAT)