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05/09/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de setembro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.217


IBGE: Pesquisa Trimestral do Leite

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (5) os resultados completos das Estatísticas da Produção Pecuária para o 2° trimestre de 2024. Os dados mostram que o abate de bovinos cresceu 17,5% em comparação com o 2° trimestre de 2023 e 6,7% frente ao 1° período de 2024. O total de cabeças abatidas chegou a 9,96 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 1997.Aquisição de Leite No 2º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,83 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 0,8% em relação ao 2° trimestre de 2023, e decréscimo de 6,2% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 2°s trimestres regularmente apresentam a menor captação do ano, por conta do período de entressafra em algumas das principais bacias leiteiras do País. O aumento na comparação anual foi influenciado pelo incremento em abril (+3,2%), enquanto maio (-0,2%) e junho (-0,7%) registraram quedas na mesma comparação. O preço médio do leite pago ao produtor teve um comportamento de alta ao longo do trimestre, com o avanço da seca em diversas regiões produtoras, variando de R$ 2,45 em abril a R$ 2,71 em junho. Considerando a média dos três meses (R$ 2,60), o preço apresentou retração de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e alta de 15,6% em relação ao 1º trimestre de 2024. A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 39,0% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (36,9%), Centro-Oeste (10,7%), Nordeste (9,6%) e Norte (3,8%). No comparativo do 2º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, o acréscimo de 43,80 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de aumentos registrados em 16 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+94,72 milhões de litros), Paraná (+17,92 milhões de litros), Sergipe (+7,19 milhões de litros) e Bahia (+7,08 milhões de litros). A cheia do rio Guaíba afetou a cadeia leiteira no Rio Grande do Sul, que apresentou a maior retração do período entre os Estados (-72,56 milhões de litros). Em seguida, apresentaram variações negativas: Goiás (-9,51 milhões de litros), São Paulo (-6,89 milhões de litros) e Santa Catarina (-6,09 milhões de litros). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,5% da captação nacional, seguida por Paraná (15,1%), Santa Catarina (12,8%) e Rio Grande do Sul (11,1%) (Gráfico I.13). 

Fonte: IBGE adaptado pelo SINDILAT/RS

 

Rio Grande do Sul tem nova arrecadação recorde de ICMS em agosto

Dezenas de bilhões para a reconstrução, tipo de desastre e desempenho da economia nacional ajudam a explicar rápida recuperação das contas

O RS voltou a registrar recolhimento recorde de ICMS em agosto. Em valores nominais, o Estado quase bateu a marca dos R$ 5 bilhões (foram R$ 4.961.414.723,20) com a arrecadação do imposto no último mês. O número é o maior não somente do ano de 2024, como também de toda a série histórica da Receita Estadual.

Agosto foi o quarto mês de recolhimento superior a R$ 4 bilhões no ano, sendo o segundo consecutivo. Em julho a cifra havia alcançado R$ 4,5 bilhões, um salto tanto na comparação com o mês anterior como com o mesmo mês do ano passado. A arrecadação de agosto, em valores nominais, superou em mais de R$ 1 bilhão (R$ 1.226.512.052,21) aquela registrada em agosto de 2023. E ficou R$ 441.018.481,62 acima da de julho de 2024.

Os valores apontam para a continuidade do movimento de recuperação célere da economia gaúcha, acompanhado pelo Correio do Povo desde o encerramento dos números de junho, e registrado no período de reconstrução, após a tragédia climática que atingiu o Estado a partir do final de abril e ao longo de maio.

“A economia está crescendo, com uma retomada mais rápida do que imaginávamos. Os números indicam que estamos recuperando com folga o que perdemos. Isto nos permite seguir com as projeções de que o ICMS ultrapassará a marca dos R$ 50 bilhões neste ano, mesmo após as inundações. Há obras, liberação de crédito, as indústrias estão retomando, e daqui a pouco começa o plantio da soja”, elenca o advogado e consultor tributário Luiz Antônio Bins.

Auditor fiscal de carreira, ele comandou a Secretaria da Fazenda no final do governo de José Ivo Sartori (MDB), após três anos como adjunto, e chama a atenção para a “extraordinariedade” do que vem ocorrendo com o ICMS. “Na comparação entre os primeiros oito meses de 2024 e os primeiros oito de 2023, temos um crescimento nominal de 14,45%. Descontada a inflação do período, é um incremento real de quase 10%. Mas é possível classificar como fabuloso o dado de agosto por mais comparações”, garante.

Bins lembra que o crescimento nominal sobre julho, que já havia sido recorde, é de 9,75%. E destaca o contraste entre agosto de 2024 e agosto de 2023. “São 32,8% de crescimento nominal, o que dá 28% de crescimento real. É muita coisa”, garante.

Em agosto, a arrecadação acumulada no ano ultrapassou R$ 30 bilhões. Na soma, nos primeiros oito meses de 2024, o recolhimento do ICMS totalizou R$ 32.742.745.294,86. O montante, em valores nominais, fica R$ 4.091.370.676,98 acima do amealhado no mesmo período de 2023.

É outro dos motivos que leva o desempenho a ser considerado excelente por analistas das contas públicas: o fato de o recolhimento dos primeiros oito meses de 2024 ser melhor do que o do mesmo período de 2023, quando não houve desastre.

A destruição provocada pela tragédia climática havia ocasionado quedas na arrecadação do ICMS em maio e junho, nas comparações com os mesmos meses de 2023, fornecendo munição para a disputa política entre o governo estadual e o federal. Nela, o primeiro projetava perdas expressivas, que embasavam um discurso de reivindicações por mais recursos. O segundo reclamava da falta de reconhecimento e apostava em um aquecimento crescente.

Economista destaca três variáveis para explicar resultado
De acordo com o professor de Economia Adalmir Marquetti, da PUCRS, e que presidiu a antiga Fundação de Economia e Estatística (FEE) durante o governo Tarso Genro, um conjunto de fatores explica os recordes do ICMS nos dois últimos meses, alavancados pela reconstrução. Dentro dele, o professor destaca três variáveis.

“A primeira é que, conforme já exposto na literatura internacional, a velocidade de recuperação depende do tipo de desastre. Inundações, apesar da tendência inicial de terem efeitos superestimados, apresentam um processo relativamente rápido de recuperação”, assinala.

A segunda, conforme Marquetti, é que, para além das narrativas políticas, a economia do RS recebeu a injeção direta ou indireta de dezenas de bilhões de reais em função da tragédia climática, seja via programas de transferência de renda, auxílios, financiamentos, obras ou investimentos em infraestrutura, e os dados do ICMS traduzem seus efeitos.

“Houve uma mobilização muito forte do setor público. Claro que o governo federal direcionou muito mais recursos, porque tem mais condições financeiras. Mas o governo do Estado entrou de modo eficiente. E as administrações municipais também, dentro de suas capacidades. Isto restringiu a queda aos meses de maio e junho. A partir daí, observamos expansão.”

A terceira variável, segundo o economista, é o crescimento da economia brasileira, que acaba produzindo efeitos no RS. Na terça-feira, 03, o IBGE divulgou o PIB do segundo trimestre, com crescimento de 1,4%, na comparação com o mesmo período de 2023, alavancado pela indústria e acima das expectativas. (Correio do Povo)

Petróleo sofre tombo e atinge menor nível desde dezembro de 2023

Preocupações com a demanda fraca na China e indicações de que a Opep + pode aumentar a produção em outubro pesaram sobre a commodity

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda de mais de 4%, refletindo preocupações com a demanda fraca na China e indicações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) pode aumentar a produção em outubro, com a Líbia potencialmente retomando sua oferta.

O contrato futuro de petróleo WTI — referência americana — com entrega para prevista para outubro caiu 5,32% a US$ 70,34 por barril, enquanto o Brent — referência internacional — para novembro teve queda de 4,86% a US$ 73,75, seus níveis mais baixos desde meados de dezembro de 2023.

O aumento da oferta de petróleo planejado para outubro pela Opep+ exerce pressão de queda sobre os preços, diz o analista da Oanda, Zain Vawda. Segundo ele, houve preocupações de que, dada a menor demanda e os preços mais baixos, a Opep+ poderia atrasar os aumentos de oferta, mas rumores de fontes da indústria confirmaram que o plano deve seguir em

Além disso, há relatos de que os governos rivais da Líbia estão se aproximando de um acordo, o que ajudaria a restaurar a produção de petróleo no país, após dias de interrupções, com a oferta de óleo líbio voltando ao mercado internacional.

O analista diz ainda que os dados do índice de gente de compras (PMI) industrial da China divulgados no fim de semana renovaram as preocupações com a demanda daqui para frente. Ele destaca que os preços de casas novas subiram em seu ritmo mais fraco em 2024, “um sinal de que a demanda por moradias está diminuindo, o que não é um bom presságio para s demandas de matérias-primas e também de petróleo.”

Na semana pssada, o Goldman Sachs passou a projetar os preços do Brent oscilando entre US$ 70 e US$ 85 por barril, além de ter reduzido a estimativa para o preço médio do petróleo em 2025 de US$ 82 para US$ 77 por barril no próximo ano, em um movimento que reflete surpresas de alta nos estoques da commodity nos países da OCDE e um valor justo mais baixo nas estimativas para os preços no longo prazo. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

Balanço final totaliza 85,56% de declarações de rebanho entregues em 2024
Um mês após o encerramento do prazo da Declaração Anual de Rebanho, período reservado à digitação das declarações entregues em papel no Sistema de Defesa Agropecuária, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) contabiliza 307.810 declarações entregues, o que corresponde a 85,56% do total esperado. O índice se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. As Supervisões Regionais de Estrela, Osório, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Rio Pardo, Santa Maria, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga apresentaram os maiores índices de entrega, estando acima da média estadual. A Supervisão Regional de Passo Fundo foi a que apresentou a maior porcentagem, registrando 98,42% de entregas. A preferência dos produtores foi pelo atendimento presencial nas inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária, com 91,48% das declarações feitas por este método. Trinta e três municípios tiveram 100% de suas declarações entregues. “A penalidade aos produtores inadimplentes é o bloqueio da movimentação dos animais e uma autuação, que pode ser uma advertência, se primário, ou multa, caso seja reincidente”, explica o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Francisco Lopes. Os produtores que não realizaram a declaração no prazo devem procurar suas inspetorias e escritórios de defesa agropecuária de referência, para proceder à regularização de seus cadastros. (SEAPI)


 
 
 

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