Porto Alegre, 09 de agosto de 2024 Ano 18 - N° 4.198
Estado reforça reivindicação de soluções do governo federal para recuperação do agro gaúcho
O governador Eduardo Leite participou, na manhã desta quinta-feira (8/8), de um ato do Movimento SOS Agro RS, que levou centenas de produtores rurais à Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Durante a mobilização, Leite voltou a cobrar soluções por parte do governo federal para a recuperação do setor agropecuário no Rio Grande do Sul, considerando que as medidas anunciadas até agora são insuficientes para atender às demandas apresentadas pelo segmento. A abertura do evento também contou com a presença do vice-governador Gabriel Souza e do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn.
Em seu pronunciamento, Leite reforçou que o setor foi duramente atingido pelas enchentes de abril e maio e pelas estiagens que acometeram o Estado nos últimos anos, e criticou a disparidade existente entre o Sul e outras regiões do país em termos de políticas de incentivo criadas pelo governo federal.
“O tratamento que é dado ao Sul do Brasil, e especialmente ao Rio Grande do Sul, é desleal do ponto de vista federativo e está desequilibrado por demais. Não estamos lutando para tirar recursos das outras regiões, mas, sim, por um tratamento adequado ao Rio Grande, mais ainda diante das calamidades que temos enfrentado. Não nos contentamos com o pouco que ofereceram ao Estado até agora e que estão colocando na mesa para o agro gaúcho", enfatizou.
"É a alma empreendedora gaúcha, que diante do clima tem sido tão sacrificada, que invoca a Brasília: agora é a hora de o pacto federativo, com o qual sempre contribuímos para tantas outras regiões, ajudar o Rio Grande do Sul e o agro gaúcho a se reerguerem. Quem produz no campo tem urgência e não pode ficar esperando", completou.
Leite também comentou a insatisfação do setor em relação à Medida Provisória nº 1.247, publicada pelo governo federal na semana passada. “A MP não endereça todas as soluções, não atende às necessidades que estão sendo expressas aqui e sequer foi regulamentada. O processo está muito demorado e burocratizado”, disse.
“Imaginamos que o governo federal teria um olhar mais sensível para as demandas do agro gaúcho. A Medida Provisória já tinha que ter resolvido os problemas dos produtores rurais. A próxima safra pode estar severamente comprometida. Por isso estamos aqui, o governo, apoiando o movimento que tem como única bandeira a do Rio Grande do Sul”, afirmou o secretário Kuhn.
As principais demandas do segmento junto ao governo federal são a prorrogação das dívidas por 15 anos, com carência de três anos e juros de 3% ao ano; e crédito para reconstrução, reinvestimento e capital de giro nas propriedades.
“É muito importante deixar claro que não se trata de um movimento político, partidário ou ideológico. Aqui não tem bandeira de partido nenhum, apenas a do Rio Grande do Sul. É um movimento genuíno das bases do agronegócio, que expressa a sua angústia com a falta de resposta às demandas que são apresentadas. Não vamos deixar de nos mobilizar até a vitória daquilo que queremos de Brasília”, frisou Leite.
Também estiveram presentes os secretários de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini; de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel; e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo; além de representantes de diversas entidades representantes do agro.
O movimento inclui um “tratoraço”, com o deslocamento à capital de diversos tratores empregados em propriedades rurais espalhadas pelo Estado. (SEAPI)
EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1827 de 08 de agosto de 2024 - BOVINOCULTURA DE LEITE
Mesmo com a ocorrência de chuvas pontuais, o tempo mais seco beneficiou o manejo dos animais e a higienização dos locais de ordenha e dos úberes. As temperaturas mais elevadas e a menor umidade do ar contribuíram para a redução da umidade no solo. Também permitiram o conforto térmico para as matrizes e a realização de adubações nas pastagens de aveia, azevém, trevos e cornichão.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a produtividade ainda não está semelhante à obtida neste período em anos anteriores, pois, apesar da entrada de maior quantidade de matrizes em lactação, as pastagens não apresentam a oferta esperada.
Na de Caxias do Sul, os estoques de forragens conservadas estão bastante reduzidos nos sistemas confinados e semi-confinados. Nos sistemas baseados em pastagens, foi possível o pastoreio das vacas e a economia de silagem e feno.
Na de Erechim, os animais apresentam, em média, bom escore corporal. O manejo do rebanho foi facilitado pela volta do sol, apesar do excesso de umidade nas manhãs e noites, principalmente em áreas próximas ao Rio Uruguai.
Na de Frederico Westphalen, os dias secos e ensolarados do último período facilitaram o desenvolvimento das culturas e o aumento do consumo de alimentos através do pastejo.
a de Ijuí, houve um pequeno aumento no custo de produção devido à elevação dos preços dos concentrados.
Na de Passo Fundo, os rebanhos de leite apresentaram pequena recuperação no escore corporal e na produção de leite, embora ainda abaixo do potencial em função do menor desempenho das pastagens cultivadas.
Na de Porto Alegre, a produção continua reduzida devido à oferta de forragem comprometida, uma vez que, em algumas propriedades, foi realizado plantio somente de aveia, que não apresentou germinação ou desenvolvimento satisfatório.
Na de Pelotas,observa-se uma lenta retomada na produção de leite, associada à melhoria das pastagens cultivadas de inverno, em razão do clima mais favorável.
Na de Santa Maria, as pastagens têm apresentado um crescimento mais robusto, e as últimas chuvas devem propiciar uma maior taxa de crescimento.
Na de Santa Rosa, o tempo seco evitou a formação de barro, melhorando a sanidade do rebanho e facilitando o manejo dos animais na sala de ordenha. Após os dias com temperaturas mais baixas, percebe-se diminuição de carrapato.
Na de Soledade, o atraso na implantação de pastagens de inverno prejudicou a disponibilidade de alimento aos animais, aumentando o fornecimento de silagem e ração para manter a produtividade dos plantéis. (EMATER/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)
RS terá tempo estável no fim de semana
A previsão para os próximos dias no Rio Grande do Sul indica tempo estável, principalmente para o final de semana. É o que indica o Boletim Integrado Agrometeorológico 32/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Sexta-feira (9/8): um cavado em altos níveis sobre a Província de Buenos Aires, que conduziu, em superfície, o ingresso de uma frente fria no Estado na quinta-feira, continuará atuando, fazendo com que a frente fria em superfície avance em direção ao Nordeste gaúcho. Por conta disso, haverá riscos de ocorrência de geada na Metade Norte do Estado, exceto sobre a Região Sul, que concentrará umidade – responsável por inibir a perda radiativa durante à noite – porque estará sobre a influência da frente oclusa. Diante disso, não se descarta a possibilidade de precipitação invernal do tipo grânulos de gelo, chuva congelada ou mesmo neve sobre pontos isolados e mais altos da Serra do Sudeste (Pinheiro Machado/Canguçu/Caçapava) uma vez que a Metade Sul do Estado apresentará camada atmosférica pouco espessa e fria. As temperaturas devem ter uma queda mais acentuada no decorrer do dia, à medida que o anticiclone migratório após a frente fria avançar.
Sábado (10/8): a possibilidade de ocorrência de precipitação invernal do tipo grânulos de gelo, chuva congelada ou neve será nas regiões da Serra Gaúcha e Campos de Cima da Serra durante a madrugada, por conta da umidade oceânica em contato com a orografia local e a característica pouco espessa e fria da atmosfera na ocasião. À medida que o anticiclone migratório se deslocar sobre o Estado, o risco de ocorrência de geada permanecerá, exceto em regiões próximas à Laguna dos Patos e à Lagoa Mirim. O tempo será estável e as temperaturas deverão ter um declínio menos acentuado no decorrer do dia, quando comparado ao dia anterior.
Domingo (11/8): o risco de geada permanecerá sobre as regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Serra Gaúcha, Campos de Cima da Serra, Região Norte e da Região das Missões. Por outro lado, na Região Sul poderá haver um aumento de nebulosidade devido ao fluxo de umidade oceânica causada por um ciclone extratropical que estará atuando no sudoeste do Oceano Atlântico. Apesar do anticiclone migratório perder força no decorrer do dia, o tempo continuará estável sobre o estado e haverá um declínio gradativo nas temperaturas entre o início da tarde e a madrugada do dia posterior.
Segunda-feira (12/8): o anticiclone migratório volta a se intensificar sobre o estado, aumentando novamente o risco de geada na maioria das regiões, exceto em municípios localizados nas proximidades da Laguna dos Patos, Lagoa Mirim e Região dos Vales. Por conta disso, o tempo deve permanecer estável, com temperaturas em declínio de forma acentuada no decorrer do dia.
Terça-feira (13/8): a mesma configuração atmosférica se repetirá com o deslocamento do anticiclone migratório, de fato, em direção ao Oceano Atlântico, mantendo o risco de geada generalizada sobre o Rio Grande do Sul ao amanhecer, tempo estável e temperaturas mais amenas à tarde.
Quarta-feira (14/8): o risco de geada diminui na maioria das regiões. O tempo deve seguir estável, com temperaturas mais amenas sendo observadas ao longo do dia.
O prognóstico para toda a semana prevê chuvas de intensidade fraca a moderada para o Rio Grande do Sul. Espera-se que as maiores precipitações ocorram no nordeste do estado, com acumulados variando entre 10 e 30 milímetros. Nas regiões Sul, Campanha, Centro e Noroeste, os volumes de chuva devem variar entre 1 mm e 20 mm. Na Fronteira Oeste, não são previstas chuvas durante este período.
O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)
Jogo Rápido
No Fórum MilkPoint Mercado, associados do Sindilat têm 10% de desconto nas inscrições
Para acompanhar a discussão por especialistas dos temas predominantes na atualidade do mercado brasileiro de lácteos, os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Programada para o dia 13 de agosto, a atividade antecede o Interleite Brasil 2024, e será realizada no formato híbrido. A parte presencial acontece na cidade de Goiânia (GO), com transmissão ao vivo. A programação está distribuída em três blocos principais: Os cenários de mercado; As novas fronteiras de mercado: o Nordeste brasileiro; e Investimentos e financiamento da cadeia láctea brasileira. O cronograma completo pode ser conferido no site: https://www.forummilkpointmercado.com.br. (Milkpoint)