Pular para o conteúdo

15/07/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 15 de julho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.179


A relação de troca entre o leite e o milho

Dentro da produção de leite, acompanhar o cenário do produtor pode ser desafiador em alguns momentos, seja pelas diferentes realidades da produção brasileira ou pela demora na divulgação de alguns dados oficiais.

No entanto, alguns indicadores podem nos direcionar sobre a rentabilidade no campo, entre eles estão a Receita Menos o Custo da Alimentação (RMCA), a Receita Menos o Custo com a Ração (RMCR) e as relações de troca entre os principais insumos alimentares e o leite. Nesta análise, focaremos nesse último indicador, mais precisamente sobre a relação de troca entre o leite e o milho.

Sendo o principal custo na produção de leite, os insumos alimentares influenciam fortemente no resultado financeiro do produtor de leite. Ao analisarmos a relação de troca entre o leite e o milho, observamos que o momento atual é caracterizado como um dos períodos de menor patamar neste indicador nos últimos anos, significando que estão sendo necessários menos litros de leite para comprar a mesma saca de milho, ou seja, um momento mais positivo para o produtor de leite, como mostra o gráfico abaixo.

Fonte: CEPEA. Elaborado por MilkPoint Mercado

O resultado desse indicador ocorre em um período em que o preço do leite apresenta altas, em decorrência do período sazonal de menor oferta do leite, somado ao preço do milho em baixos patamares, diante do aumento na oferta interna e externa do grão.

Vale ressaltar que com o fim do período de entressafra do leite, os preços recebidos pelo produtor devem apresentar recuos, fazendo com que essa relação de troca volte a aumentar. No entanto, 2024 deve se manter como um ano de melhor poder de compra para o leite, sem expectativas de expressivos aumentos nos preços praticados para o grão neste segundo semestre do ano. (Heloísa Vasconcelos/Milkpoint)


Começa a recuperação da produção de leite na América do Sul

Agricultores de algumas áreas da América do Sul relatam, felizmente, que a produção de leite vem ganhando força. Como foi mencionado em vários relatórios recentes, os desafios climáticos estão, no mínimo, pesando sobre os países do continente. 

O outono foi mais quente do que o previsto, com fortes chuvas e inundações em muitas das principais regiões de produção de leite. Os meses de inverno deverão ter condições climáticas mais neutras, mas existe grande variação sobre a quantidade de leite disponível de um lugar a outro, e de uma região a outra, dentro de um mesmo país.

Além dos desafios meteorológicos, as flutuações políticas e socioeconômicas são questões recorrentemente preocupantes para os mercados de laticínios da região. A Argentina, onde a produção de leite foi impactada pelas condições climáticas difíceis, saiu de uma seca histórica, mais recentemente enfrenta inundações e taxas de inflação que levam os consumidores a comprar produtos lácteos de menor valor.

Os negociantes e os relatórios regionais sugerem que a demanda dos clientes internacionais por produtos lácteos argentinos se mantém estável ou às vezes mais elevada, no decorrer dos últimos meses. O Brasil continua sendo o principal parceiro comercial da região. Fonte: Usda – Tradução livre: Terra Viva  

 
É caro produzir leite?

A atividade leiteira demanda diversos investimentos iniciais; tirando o valor da terra, é preciso arcar pelo menos com o investimento em compra de equipamentos e de animais, que a depender do tamanho da propriedade, podem significar um grande aporte financeiro. 

Quando comparamos a produção de leite com outras atividades agropecuárias, como cultura de grãos (tais como milho e soja), observamos um aporte financeiro inicial muito maior no leite do que nas demais atividades, além dos reinvestimentos na produção que podem ocorrer em outros momentos e o próprio custo da atividade. Para exemplificar, segundo dados estimados pela Embrapa, o custo operacional da produção do milho verde no Centro-Oeste se manteve em torno de R$ 4.900/hectare nos últimos anos, enquanto para o leite, o custo operacional de produção girou entre R$ 8.000 e R$ 33.000/hectare/ano, variando de acordo com o tamanho da produção, segundo os últimos dados divulgados pelo Epagri-SC. 

Apesar da boa rentabilidade do produtor de leite quando bem manejada sua produção, não é excluída a necessidade de financiamentos e custeio na realidade da produção de leite. 

No entanto, hoje, como funcionam esses financiamentos na cadeia do leite? Quais opções os produtores de leite e as indústrias lácteas possuem quando o assunto é aumentar seu aporte financeiro?  

Para discutir essas dúvidas e apresentar novas maneiras de como o setor vem lidando com esse cenário, a 17ª edição do Fórum MilkPoint Mercado contará com a presença de Danilo Rezende, da Fazenda Céu Azul, Craig Bell, Diretor da Fazenda Leite Verde/Leitíssimo, e Ananias Jayme, Diretor de Commodities da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ) e Diretor Comercial da Citale, em uma exclusiva mesa redonda com o tema “Principais demandas de financiamento do leite brasileiro e como fazer este sistema acontecer?”. 

O evento acontecerá no dia 13 de agosto, de forma presencial em Goiânia ou de forma online, de onde estiver. Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) contam com 10% de desconto na inscrição para o Fórum MilkPoint Mercado. Para se inscrever, acesse: https://register.jalanlive.com/forummercado2024?ticket=cpDn. (Fonte: Milkpoint)


Jogo Rápido

Evento em Ijuí celebra o Dia do Produtor de Leite 
A Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí organizou, na manhã de sexta-feira, 12 de julho, uma celebração em homenagem ao Dia do Produtor de Leite. O evento, iniciado com um café colonial, reuniu pesquisadores, autoridades, empresários e produtores rurais de Ijuí e região. CLIQUE AQUI e acompanhe a cobertura do Jornal do Almoço.(Fonte: Unijuí e Jornal do Almoço, adaptado pelo Sindilat)


 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *