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20/06/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 20 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.162


Clair Kuhn será o novo secretário estadual da Agricultura

O governador Eduardo Leite anunciou, na tarde desta quarta-feira (19/6), que o ex-deputado estadual Clair Kuhn será o novo secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Kuhn ocupará o posto exercido interinamente por Márcio Madalena, que seguirá como secretário-adjunto da pasta. O anúncio foi feito por Leite ao lado do vice-governador Gabriel Souza, no Palácio Piratini.

"Darei sequência ao trabalho que vinha sendo desempenhado pelo ex-secretário Giovani Feltes. Neste momento, teremos um foco especial no apoio aos produtores rurais para a recuperação econômica e produtiva após as enchentes. Há uma série de medidas em andamento e que podem ser aprofundadas para auxiliar o setor", disse o novo secretário. "Vamos trabalhar nessa direção e também daremos muita atenção à realização da edição deste ano da Expointer."

Kuhn é cidadão ibirubense e filho de produtores rurais. Possui MBA em Gestão Pública, já foi prefeito, vice-prefeito e vereador em Quinze de Novembro, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e deputado estadual. Também integrou a equipe do Ministério da Cidadania e, recentemente, ocupava a função de diretor-geral adjunto na secretaria da Agricultura. (SEAPI)


Produção e consumo de lácteos no Uruguai

Parte 01/02: ALTA PRODUTIVIDADE E QUALIDADE, COM MENOS PRODUTORES E REBANHOS

O Uruguai possui área de pouco mais de 176 mil km² e população de 3,4 milhões de habitantes. É considerado um país com economia de alta renda e orientada para a exportação, principalmente leite, carne bovina, arroz e lã. Conta com expressiva proporção da população pertencente à classe média, com baixa desigualdade socioeconômica. A taxa de urbanização é de 96%, com água potável para 100% da população rural e urbana e tratamento sanitário para mais de 99% da população. O Produto Interno Bruto (PIB), em 2017, foi composto de 24% da indústria, 70% de serviços* e 6% da agricultura, para a qual a produção de lácteos é relevante. A indústria láctea uruguaia é altamente desenvolvida e eficiente. Mesmo com consumo per capita de mais de 275 kg de equivalente leite/ano, o país obteve excedente de 73% de sua produção total em 2022, o que equivale a algo em torno de 2,1 milhões de toneladas, exportando para 80 países. Parte da eficiência obtida vem de uma estrutura concentrada de produção, com pouco mais de 3 mil propriedades. São fazendas grandes e muito produtivas, com média acima de 125 vacas, produzindo acima de 5,6 mil l/vaca/ano, e volume superior a 1.900 l/fazenda/dia. As mudanças na estrutura de produção continuam em curso, com redução do número de propriedades, aumento de rebanhos nas propriedades e aumento de produtividade e de qualidade da matéria-prima. Nos últimos cinco anos houve diminuição do número de fazendas à taxa de 3,9% ao ano e, ao mesmo tempo, aumento da produção por fazenda em 4,3% ao ano, mantendo praticamente estável a produção do país. A estrutura da cadeia produtiva e do consumo podem ser verificados na Tabela 1. 

Em que pese a maior seca dos últimos 40 anos em 2022, a produção de leite no Uruguai apresentou apenas uma discreta redução. Comparativamente ao ano de 2015, registrou aumento de 1%. Essa estabilidade da produção de leite diante das condições climáticas adversas e redução substantiva do número de vacas, da ordem de -13%, é explicada pelo aumento significativo da produtividade animal que cresceu +16% no período. 

Sintetizando, o processo em curso no Uruguai  mostra profissionalização da produção de leite pela redução do número de produtores e de rebanho e aumento substantivo da produtividade animal e da qualidade. Essa concentração da produção com aumento da oferta por fazendas implica logística de coleta de leite e incremento da taxa de coleta pelas indústrias do leite produzido em 6,4%, chegando ao total de 95%. O restante do leite produzido (5%) é destinado ao consumo nas propriedades (animais e família) e para a elaboração de produtos artesanais e de origem locais. A competitividade da cadeia produtiva do leite começa nos preços da matéria-prima. A Figura 1 mostra os preços recebidos pelos produtores naquele país. 

Considerando que o ano de 2022 foi atípico por conta das condições severas de seca com grande impacto nos custos da alimentação animal, os preços recebidos pelos produtores s estão abaixo de € 0,32 em dezembro de 2023, o que corresponde a R$ 1,71, com o euro a R$ 5,34 (20/02/2024). 

Comparativamente, o preço do leite pago ao produtor em dezembro de 2023 foi de R$ 2,03 no Brasil (Cepea), R$ 2,23 no Chile (Boletim IDF) e R$ 1,54 na Argentina (Boletim IDF). Para sobreviver com preços menores, o Uruguai se caracteriza como um dos mais baixos custos de produção de leite no mundo, utilizando insumos modernos, alimentos concentrados e animais de alta produção. A base da produção de leite está alicerçada em sistemas a pasto suplementados com alimentos à base de grãos. Mas nem sempre foi assim. De sistema extensivo de produção pastoril baseado em pastagens naturais, o país evoluiu para um sistema agrícola intensivo com pastagens cultivadas e utilização de alimentos concentrados. Esses avanços tecnológicos têm desempenhado papel fundamental no aumento da produtividade do setor lácteo no Uruguai ao tempo em que possibilita produção com baixo custo e elevada competitividade global. (Anuário do Leite da Embrapa 2024 - Adaptado pelo SINDILAT/RS)

Inverno tem diminuição da chuva e temperaturas inferiores à média no RS

O inverno 2024, que inicia nesta quinta-feira (20/6), às 17h51, deverá apresentar precipitações e temperaturas abaixo da média no Rio Grande do Sul. “Ou seja, diminuição da chuva e dias mais frios”, explica o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone. 

Segundo ele, nos meses de julho, agosto e setembro, haverá o fim do evento El Niño e ocorrerá um curto período de neutralidade na primeira metade da estação, o que será determinante para a ocorrência de chuvas regulares e próximas da normalidade no mês de julho. 

“As projeções dos modelos de clima indicam o retorno do fenômeno La Niña entre os meses de agosto e setembro, o que deverá colaborar para a redução da precipitação na parte final do inverno, com volumes inferiores à média em praticamente todo o Estado nos meses de agosto e setembro”, esclarece Varone. “O prognóstico das temperaturas médias destaca que o trimestre deverá apresentar valores inferiores à média durante todo trimestre, e essa condição proporcionará ondas de frio mais intensas e poderá ocasionar eventos de geadas mais frequentes”, completa o meteorologista.  Veja aqui o Boletim trimestral julho/agosto/setembro 2024. (SEAPI)


Jogo Rápido

Prorrogado para o dia 30 de junho o prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira
Com o objetivo de fortalecer a produção leiteira gaúcha frente às tragédias provocadas pelas chuvas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), juntamente com a Emater/RS e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) estabeleceram a prorrogação para o dia 30 de junho do prazo de inscrições para o 3º Prêmio Referência Leiteira, categoria Cases. Diante de tantas adversidades enfrentadas em diversos setores, o leite gaúcho estará mobilizado através da premiação para valorizar e fomentar quem produz, ajudando tanto na divulgação das melhores práticas quanto na propagação de ações inspiradoras na produção”, assinala o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, Jaime Eduardo Ries, da Emater/RS. O regulamento e a Ficha de Inscrição estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS e também podem ser acessadas no site do SINDILAT/RS. Vice-coordenador da premiação, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS, explica que podem participar as propriedades que estejam estabelecidas no Rio Grande do Sul, que comercializem leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria. “Na categoria de Cases, as melhores práticas da produção leiteira serão destacadas em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira”, explica. Conforme o regulamento, cada propriedade pode se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas no regulamento, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br). O resultado será divulgado durante a Expointer 2024. (Assessoria de imprensa do SINDILAT/RS)

 

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