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14/06/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de junho de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.158


Governo empossa Conselho do Plano Rio Grande

O fórum é formado por entidades, movimentos sociais, lideranças empresariais, ex-governadores e pessoas afetadas pela enchente

Cerca de 160 representações do Poder Público, da sociedade civil e dos gaúchos atingidos pelas enchentes integrarão o Conselho do Plano Rio Grande - Programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul. A posse foi realizada na tarde desta quinta-feira (13/6) no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador, Gabriel Souza, do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, e do ministro da Secretaria Extraordinária de apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.

O objetivo do Conselho é receber demandas relacionadas ao restabelecimento do Estado e propor soluções. A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro. O papel dos conselheiros é propor, avaliar e monitorar as problemáticas recebidas, além de participar das câmaras temáticas que serão criadas para análise e discussão dos assuntos indicados.

Destacando o caráter democrático do Conselho, Leite falou sobre a importância da pluralidade e da participação social para a elaboração de alternativas que ajudem o Estado no processo de retomada.

“O Conselho reúne diversas entidades e movimentos porque, numa democracia, é essencial que tenhamos canais de interação organizados para que possamos colocar todos na mesma página. Esse fórum será um espaço para que a interação ocorra de forma efetiva, propondo medidas importantes que nos ajudarão a atender os objetivos do Estado. Será fundamental que todos caminhemos na mesma direção, buscando uma convergência mínima para dar velocidade ao processo de reconstrução", afirmou o governador.

Empossado como presidente do Comitê Executivo, que fará a análise e o encaminhamento final das demandas recebidas, o vice-governador ressaltou que o momento exige a união de esforços e o trabalho conjunto pela reconstrução do Estado.

”O Plano Rio Grande tem o objetivo de agregar e unificar as ações, portanto não é um plano apenas do governo, é um plano de todos os gaúchos. Por isso, é importante envolvermos a todos de maneira ampla e efetiva, canalizando no Conselho todos os setores da sociedade para dialogarmos e buscarmos soluções para o restabelecimento de serviços e para a recuperação do Rio Grande do Sul”, disse Gabriel.

Ele ressaltou ainda a participação de pessoas e representantes de negócios atingidos pelas enchentes. Serão selecionados, por meio de sorteio organizado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), dez titulares e dez suplentes de cinco municípios. “Um dos critérios de seleção das cidades considerou aquelas que foram mais atingidas proporcionalmente, Eldorado do Sul e Muçum, da mesma forma que levou em conta aquelas que reúnem a maioria absoluta da população impactada – Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo. Outros parâmetros também foram avaliados, como geolocalização e cadastramento de gaúchos atingidos”, explicou o vice-governador.

"Temos um imenso desafio pela frente. E um desafio dessa magnitude requer organização, método e disciplina. Para isso, vamos seguir desempenhando um trabalho de cooperação com todas as esferas do poder público e da sociedade. O Conselho vai contribuir para analisar demandas e propor ações resolutivas para os problemas trazidos, porque não basta reconstruir., temos que reconstruir melhor", pontuou Capeluppi.

Composição

O Conselho contará com convidados que representam o Poder Público (Executivo, Legislativo, Judiciário, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e Ministério Público), a sociedade civil (empresários, federações, sindicatos, associações, investidores, movimentos culturais/artísticos e identitários, além de ex-governadores do Estado e pessoas atingidas pelas cheias. Uma Secretaria Executiva – que será conduzida pelo prefeito de Restinga Sêca, Paulo Salerno – fará a gestão das ações em cada etapa.

O trabalho também contará com câmaras temáticas constituídas por secretarias de Estado, equipes técnicas e convidados. Elas serão encarregadas de examinar as demandas, a partir de eixos como assistência social, educação, habitação, segurança, entre outros.

Já o Comitê Executivo será responsável pela análise e pelo encaminhamento final das requisições. A Casa Civil, a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), a Secretaria da Fazenda (Sefaz), a Secretaria da Reconstrução Gaúcha (SRG), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Defesa Civil também integrarão o comitê.

Um grupo formado por todos os agentes do Conselho, denominado Plenário, ficará responsável por fazer o monitoramento e a supervisão das atividades.

Membros do Conselho
Metodologia

O fluxo de trabalho do Conselho do Plano Rio Grande terá quatro etapas. A primeira será a entrada da demanda por meio da Secretaria Executiva, podendo ser encaminhada por qualquer membro do Conselho. Na sequência, será feita a análise da demanda nas câmaras temáticas, que vão averiguar as propostas dentro dos seus eixos e levantar possíveis resoluções.

A terceira fase será a destinação da demanda. Nesse momento, o Comitê Executivo encaminhará a ação final para a Secretaria fim ou para arquivamento. Por fim, ocorrerá o monitoramento da demanda, com apresentação para o Plenário das ações tomadas nas etapas anteriores.

Plano Rio Grande

O Plano Rio Grande vem sendo implementado desde seu lançamento oficial, em 17 de maio, com medidas emergenciais, de médio e longo prazo. As ações de curto prazo atendem áreas como Assistência Social, Segurança, Serviços Públicos e demais demandas do Gabinete de Crise. Nesse quesito, já foram investidos mais de R$ 818 milhões em diversas áreas.

No médio prazo, os projetos já estão sendo desenhados pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha, como foi o caso do plano para reconstrução de rodovias e pontes afetadas pela chuva. O processo para execução de oito pontes foi concluído em apenas 15 dias. A próxima etapa é o início das obras. Em outros períodos, esse processo poderia demandar um prazo de, no mínimo, 60 dias. Outros projetos, em áreas como Infraestrutura, Educação e Unidades de Saúde estão sendo mapeados e serão apresentados pelo Executivo estadual.

No longo prazo, a gestão trabalha em temas como reorganização e redesenho das cidades e implementação de ações de adaptação e resiliência climática. (Governo)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1819 de 13 de junho de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

A ocorrência de dias secos com temperaturas mais elevadas favoreceu o desenvolvimento das pastagens, permitindo o início do pastejo dos animais. Os produtores estão complementando a dieta com silagens e rações. A redução da umidade diminuiu a formação de barro, facilitando o deslocamento dos animais e o acesso às pastagens, melhorando as condições de bem-estar dos rebanhos. Continuam as ações de controle de carrapato e as vacinações obrigatórias.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Alegrete, a melhora nas condições do tempo auxiliou na estabilização da produção de leite, embora ainda esteja abaixo do normal.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite permaneceu estável, apesar de uma pequena queda provocada pelo vazio forrageiro de outono. As condições de tempo adequadas proporcionaram o retorno gradual à normalidade nos sistemas à base de pasto.

Na de Erechim, a atividade leiteira foi impulsionada pelo retorno dos rebanhos às pastagens de inverno, após o período chuvoso, reduzindo o uso de silagens e de rações e diminuindo os custos de produção. As vacinações e o controle de verminose continuam, e as inseminações seguem normalmente com crescente adoção da inseminação em tempo fixo nas propriedades mais tecnificadas.

Na de Frederico Westphalen, em razão da baixa oferta de forragem e da dificuldade de pastejo, em função do excesso de chuvas, os produtores estimam uma redução média de 10% na produção de leite, podendo chegar a 30%.

Na de Ijuí, a produção de leite melhorou após a entrada de novos animais em lactação e em função da maior produtividade dos rebanhos a pasto.

Na de Passo Fundo, a oferta de alimentos volumosos nas pastagens ainda está baixa, levando à necessidade de complementação com alimentos conservados e concentrados para os rebanhos. Os produtores estão gradualmente aumentando o pastoreio à medida que as pastagens crescem.

Na de Pelotas, a baixa trafegabilidade de algumas estradas provocou o aumento dos custos de transporte, mas sem afetar a coleta de leite. O manejo dos rebanhos permanece desafiador em decorrência da umidade e da formação de lama.

Em Rio Grande, o alagamento de propriedades impede o retorno dos animais e proprietários, afetando a produção de leite.

Na de Porto Alegre, há relatos de significativa diminuição na produção, requerendo o aumento no fornecimento de silagem para manter a condição corporal do rebanho. Algumas propriedades estão recorrendo precocemente às pastagens de inverno, apesar de não estarem no ponto ideal de pastejo. Mais casos de mastite e leptospirose nos rebanhos foram reportados.

Na de Santa Maria, os animais estão em déficit nutricional em função da escassez prolongada de pasto. As áreas de restevas de soja ou de pastagens em estabelecimento não estão suprindo as necessidades nutricionais dos animais.

Na de Santa Rosa, a produção de leite continuou a diminuir devido à baixa qualidade das forragens. Houve um pequeno aumento na produtividade do leite em decorrência do tempo ensolarado, que reduziu o barro e melhorou as condições de manejo. (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)

PREVISÃO METEOROLÓGICA
A previsão para os próximos dias no RS indica mudanças no tempo com a volta das chuvas e queda nas temperaturas, a partir do final de semana. Na tarde de sexta-feira (14/06), quando a aproximação de uma frente fria vinda do Uruguai deve trazer mudanças nas condições do tempo, provocando chuvas e uma leve queda nas temperaturas nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste do RS. No sábado (15/06), o deslocamento da frente fria sobre o RS trará chuvas de intensidade moderada a intensa e queda nas temperaturas de forma gradativa no decorrer do dia, principalmente sobre a faixa compreendida entre a Lagoa dos Patos e a Região da Campanha. No domingo (16/06), a frente fria seguirá seu deslocamento em direção ao norte do Estado, provocando chuva mais intensa na Região Sul e na faixa entre a Região Metropolitana e a Região das Missões. No final do dia, a queda nas temperaturas será mais expressiva sobre a Região Sul. Na segunda-feira (17/06), o deslocamento da frente fria causará pancadas de chuva mais expressivas nas regiões Central e Missões. Na terça-feira (18/06), a configuração atmosférica pode mudar para uma condição estacionária, reforçando a precipitação nas mesmas regiões observadas no dia anterior. O mesmo padrão deve perdurar na quarta-feira (19/06), quando estão previstas chuvas generalizadas sobre todo o RS. A precipitação mais expressiva é esperada para as regiões Central, Planalto Médio e Missões, com volumes de chuva entre 150 e 200 mm. Apenas para pontos no limite do Extremo Sul do Estado, da Fronteira Oeste e da divisa com SC, são esperados menores volumes de chuva, de até 30 mm; nas demais regiões, entre 30 e 150 mm. (SEAPI)


Jogo Rápido

Apresentação para micro, pequenas e médias empresas sobre o Programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul
Ontem, quinta-feira, 13 de junho, às 18h, o BNDES realizou uma apresentação, em seu canal no YouTube, sobre as novas linhas de crédito emergenciais lançadas para ajudar a recuperar a economia gaúcha após as fortes chuvas e enchentes que afetaram o estado em 2024. Confira o conteúdo na íntegra clicando aqui. (BNDES via youtube)

 

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