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28/05/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.147


Enchentes no RS: relação das regiões afetadas com produção de leite no estado

As chuvas têm afetado severamente o Rio Grande do Sul, que além de todo o cenário desolador que provocou, ainda traz consigo sérios prejuízos para diversos setores, como a pecuária leiteira.
O MilkPoint traz um panorama para entender a relação entre as regiões mais afetadas e a respectiva produção de leite.
O gráfico abaixo demonstra a participação de cada região na produção total de leite no estado, sendo o Noroeste Rio-grandense representando 66,9% da produção total no RS, seguida da região Nordeste (11,6%) e o Centro Oriental com 9,2%.

Imagem 1. Mesorregiões do estado do RS.

Fonte: IBGE - Pesquisa da Pecuária Municipal, 2022.

Já para as regiões atingidas pelas chuvas e enchentes, o Centro Ocidental Rio-Grandense, o Centro Oriental Rio-Grandense e a Região Metropolitana de Porto Alegre são as regiões mais afetadas.

As informações divulgadas até o momento são de que as mesorregiões em questão estão em estado de calamidade, sem a possibilidade de continuidade na produção e captação de leite ou produção de derivados lácteos.

Segundo a última Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, de 2022, juntas, as três mesorregiões, foram responsáveis pela produção de 15,1% de todo o leite produzido no estado no ano em questão, somando um pouco mais de 1,6 milhão de litros de leite produzidos por dia em 2022.
 
Imagem 2. Mesorregiões mais afetadas pelas chuvas no estado do RS.

A mesorregião Noroeste Rio-Grandense, onde está concentrado o maior número de propriedades leiteiras e com 66,9% da produção total de leite do estado, não está entre as mais impactadas pelas inundações.

O grande volume de chuvas na mesorregião trará impactos para as safras de milho e soja que ainda não haviam sido colhidas, além das pastagens. A situação ainda dificulta o acesso e a logística, aumentando os custos de produção.

Empresas da mesorregião indicam que houve uma queda de 10-15% em sua captação diária de leite nos primeiros dias do mês, por conta de dificuldades de acesso as estradas, principalmente estradas municipais de terra, e aumento nos custos de logística.

A dificuldade na chegada de combustíveis e ração, e até mesmo diminuição no número de ordenhas por dia, também devem afetar a oferta de leite na mesorregião nas próximas semanas.
 
Imagem 3. Mesorregião com maior produção de leite no estado do RS.


 
Material disponibilizado pelo MilkPoint Mercado.


Frísia envia 33 ton de alimentos e mais de 3,3 mil litros de leite para o RS

Logística de entrega está sendo auxiliada pela Ocergs e visa atender a população gaúcha atingida pelas chuvas

A Cooperativa Frísia está doando para a população do Rio Grande do Sul atingida pelas fortes chuvas 18 toneladas de feijão, 15 toneladas de farinha de trigo e mais de 3,3 mil litros de leite.

As doações serão enviadas a partir de amanhã (11) por caminhões. Os alimentos são produzidos por cooperados na região dos Campos Gerais (PR).

Ao todo, são 300 sacas de feijão, de 60 quilos cada, que partirão amanhã, seguidos de 3.315 caixas de leite que irão sair do Paraná a partir de segunda-feira (13). Ainda serão enviados, até segunda-feira, um caminhão misto, com cargas de farinha de trigo e leite. A farinha será paletizada em embalagens de 1 kg cada.

O Sistema Ocergs, entidade que reúne as cooperativas gaúchas, está auxiliando na entrega das doações, já que as cooperativas locais são pontos de distribuição dos alimentos. 

As últimas informações apontam para mais de 400 mil pessoas desalojadas e desabrigadas. São 437 municípios do estado, dos 497, afetados pelas chuvas, atingindo 1,9 milhão de pessoas. 

Sobre a Frísia

Em 2025, a Frísia completa um século de história. A cooperativa é a mais antiga do Paraná e segunda do Brasil, e tem como valores Fidelidade, Responsabilidade, Intercooperação, Sustentabilidade, Integridade e Atitude (FRISIA).

Com unidades no Paraná e no Tocantins, em 2022 produziu 313 milhões de litros de leite, 1,1 milhão de toneladas de grãos, 75,7 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína, resultado do trabalho de 1.046 cooperados e 1.190 colaboradores.

Para promover o crescimento nos próximos anos, a Frísia desenvolveu o planejamento estratégico “Rumo aos 100 Anos”, um conjunto de propostas que visa aumentar a produção agropecuária e os investimentos com outras cooperativas e em unidades próprias.

O planejamento da Frísia foi desenhado sob seis perspectivas principais: Sustentabilidade, Gestão, Mercado, Pessoas, Financeiro e Cooperados.

Assim, seguirá a missão da cooperativa, que é disponibilizar produtos e serviços para gerar resultado sustentável a cooperados, colaboradores e parceiros. (Jornal dia a dia)

Prévia IBGE: captação de leite avança no 1º trimestre de 2024

De acordo com os dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (09/05), no 1º trimestre de 2024 a captação formal de leite no Brasil enfrentou um aumento em relação ao primeiro trimestre de 2023. Com uma estimativa de 6,2 bilhões de litros captados, o aumento foi de 3,4% para o 1° trimestre de 2023, como mostra o gráfico 1, com uma diferença de mais de 200 mil litros de leite em relação ao mesmo período do ano anterior.

Gráfico 1. Captação formal: Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.


Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

É importante destacar que os dados para o 1º trimestre, que são prévios, poderão ser reajustados para a publicação dos dados oficiais (que devem ser publicados no dia 06/06). Também é importante ressaltar que fevereiro deste ano, por ser ano bissexto, teve 1 dia a mais.

Ao levar em consideração o cenário dos produtores de leite no segundo semestre de 2023, onde a rentabilidade média dos produtores (medida através do índice Receita Menos o Custo da Alimentação – RMCA) se encontrava em queda e o sentimento naquele momento para o mercado lácteo se expressava de forma mais negativa, o resultado obtido para o primeiro trimestre deste ano se mostra surpreendentemente acima do esperado. Como é possível observar no gráfico 2, o RMCA encerrou 2023 em um nível bastante abaixo ao ano anterior (2022), o que colocava uma expectativa de um pequeno avanço anual ou até mesmo uma estabilidade na captação formal de leite neste primeiro trimestre de 2024.

Gráfico 2. Receita Menos o Custo da Alimentação - RMCA

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Também é preciso levar em consideração que apesar da variação anual positiva de 3,4% no 1º trimestre do ano, quando comparamos o resultado do período com os anos anteriores, o volume captado ainda ficou abaixo do observado para o 1º trimestre em anos como 2020 e 2021, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Volume da captação formal de leite no Brasil

Fonte: IBGE – elaborado pelo MilkPoint Mercado

Em relação aos resultados mensais do 1º trimestre de 2024, fevereiro registrou a maior variação mensal, de 6,3%, influenciado também pelo acréscimo de um dia a mais na produção do mês (por conta do ano bissexto), porém, o mês de janeiro apresentou maior volume de captação.

Ao considerar uma captação de leite de 28 dias no mês de fevereiro ao invés de 29 dias, como ocorreu neste ano, a variação anual para o mês seria de 2,7%, ou seja, o crescimento diário real para o período é mais baixo do que o volume total aponta.

E o mesmo ocorre para o crescimento trimestral. Ao ponderarmos a captação formal de fevereiro com a mesma base de dias dos anos não-bissextos (28 dias), o trimestre apresenta uma variação de 2,3%, sendo essa porcentagem mais próxima do crescimento real da captação no período.

Os resultados de cada mês podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil (Prévia)

Fonte: IBGE - elaborado pelo MilkPoint Mercado

Como em qualquer outro momento de cenário atípico no Brasil e no mundo, como este em que vivemos atualmente com a catástrofe ocorrida no Rio Grande do Sul, se torna muito mais complexo avaliar as próximas movimentações no mercado lácteo, o que inclui a captação formal de leite para o restante de 2024, sendo, neste momento, imensurável a intensidade do impacto gerado pela tragédia no Rio Grande do Sul na produção de leite da região. Portanto, seguiremos reportando atualizações sobre a situação do estado acometido pelas chuvas e inundações e qual será o impacto no mercado nas próximas semanas. (IBGE)


Jogo Rápido

Secretaria da Agricultura amplia emissão de Guia de Trânsito Animal
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) retoma, a partir desta segunda-feira (13/05), a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) para todo o tipo de movimentação de animais de produção, inclusive comercialização. A emissão de guias para abate de bovinos, suínos e aves, alojamentos de pintos de um dia, ovos férteis e suínos, além de movimentação de animais de áreas alagadas seguem sendo emitidas normalmente desde a semana passada. A Seapi vem trabalhando incansavelmente para restabelecer os serviços e a medida é de caráter emergencial em razão da indisponibilidade do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA). "Pensando na importância da atividade econômica, a Secretaria da Agricultura vem atendendo, gradativamente, as demandas do setor produtivo, dentro da escala de prioridades nesse momento de calamidade pública que o Estado enfrenta, que é o abastecimento, o bem-estar animal e a retomada da economia", garantiu a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Rosane Collares. Para solicitar as GTAs, os produtores devem entrar em contato com as Inspetorias de Defesa Agropecuária locais. Em razão do sistema indisponível, haverá um documento complementar de solicitação de emissão da guia que deverá ser assinado pelo produtor. As GTAs serão emitidas e enviadas em formato PDF por estes canais ou impressas. (SEAPI)

 

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