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24/05/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.145


Indústria pede liberação de recursos do Fundoleite para recuperação de produtores

Entidades do setor entregaram documento ao Estado e também à União; ao governo federal, solicitaram aditivos em programa voltado ao desenvolvimento da cadeia leiteira

A ideia, explica Guilherme Portella, presidente do Sindilat-RS, é ajudar nos desafios do produtor: dos que perderam tudo, dos que perderam animais e na recuperação das pastagens, que servem de alimento aos animais. O documento com os pedidos é assinado por Sindilat-RS, Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do RS (Apil), Organização das Cooperativas do Estado (Ocergs) e Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro).

Para viabilizar que projetos para a recuperação da atividade estejam aptos a buscar recursos do Fundoleite é preciso uma alteração por meio de resolução. No caso do Programa Mais Leite Saudável, do governo federal, a proposta é dobrar o crédito presumido de PIS/Cofins, até o final do ano, passando de 50% para 100% para as empresas quadruplicarem os investimentos voltados ao restabelecimento de produtores afetados.  (Zero Hora)


EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1814 de 09 de maio de 2024  - BOVINOCULTURA DE LEITE

Em várias regiões, o encharcamento das pastagens tem deixado o pastoreio inviável e compromete a oferta de alimento para o gado. Além disso, as enchentes têm prejudicado o acesso às propriedades, impedindo o transporte do leite e afetando a coleta e o escoamento da produção. A falta de energia foi um problema e exigiu o uso de geradores. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite enfrentam desafios com uma nova sequência de dias chuvosos, especialmente em pequenas propriedades sem silagem ou feno, onde as pastagens não têm sido suficientes em volume e qualidade para atender às necessidades das matrizes. 

Em Hulha Negra, estimativas apontam perdas de até 40% na produção entregue, nos últimos 15 dias, devido ao excesso de chuvas. Nas áreas de aveia e azevém estabelecidas, o acesso dos animais está sendo evitado para que não haja prejuízos decorrentes do pisoteio. 

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi impactada pelas chuvas excessivas, impedindo o acesso dos animais ao pasto para evitar a compactação e o arrancamento de plantas. O consumo de silagem aumentou, pois tem sido a única fonte de volumoso disponível para as vacas leiteiras. Muitas pastagens em germinação sofreram lixiviação e deverão ser replantadas, se os produtores conseguirem sementes.

Na de Erechim, o excesso de chuva tornou ainda mais desafiador o manejo sanitário dos rebanhos leiteiros, principalmente relacionado ao controle de mastite, lesões em geral, laminite e problemas respiratórios.

Na de Frederico Westphalen, as precipitações recentes prejudicaram o pastejo dos animais e o recolhimento do leite por parte de alguns produtores, mas o retorno do sol e a melhoria das estradas normalizaram a situação.

Na de Ijuí, apesar das condições de tempo adversas entre 29/04 e 05/05, a produção total de leite não foi significativamente impactada, embora em algumas propriedades o acesso tenha sido difícil. O restabelecimento da trafegabilidade foi rápido, preservando a qualidade do leite estocado. Interrupções de energia foram pontuais e não prejudicaram a ordenha e a conservação do leite. 

Na de Passo Fundo, a oferta de pastagens não tem sido suficiente, demandando ajustes nas dietas e prejudicando a produção, especialmente em propriedades com poucos alimentos conservados. 

Na de Pelotas, as chuvas intensas têm inundado áreas de pastagem, dificultando o acesso. Problemas no abastecimento de energia levam produtores a usar geradores para manter a ordenha e os resfriadores funcionando. 

Em Rio Grande, a coleta de leite continua normal, mas as propriedades em áreas vulneráveis sofrem com inundações. Na de Porto Alegre, as condições gerais do rebanho são críticas, e houve perdas significativas devido a afogamentos, especialmente nas regiões do Vale dos Sinos, Vale do Caí e Centro-Sul. A coleta de leite está sendo comprometida em várias localidades. Estima-se que mais de 50% da produção não está sendo escoada. 

Na de Santa Maria, as pastagens foram submersas pela enchente, prejudicando a alimentação dos rebanhos, e há perda de animais. Na de Santa Rosa, o excesso de barro tem provocado lesões nos cascos das vacas e reduzido o pastejo, levando a um aumento no uso de silagem na dieta e à queda na produtividade. O alagamento de estradas e a destruição de pontes, no dia 02/05, impediu a coleta de leite em diversas propriedades, exigindo rotas alternativas. Também foram afetadas áreas de armazenamento de milho silagem, comprometendo a disponibilidade de alimentos para os animais. Os trabalhos de corte de silagem de milho foram interrompidos. (Emater/RS)

Lactalis amplia campanha e envasa 2 milhões de litros de água para o RS

A Lactalis Brasil ampliou sua campanha de apoio às comunidades atingidas pela enchente no Rio Grande do Sul. Frente à necessidade por água potável, o volume envasado para distribuição foi duplicado, e deve atingir 2 milhões de litros distribuídos. A empresa está envasando água nas embalagens plásticas e acartonadas que geralmente carregam leite. O processo ocorre na unidade de Teutônia (RS) em paralelo à produção de leite UHT, que segue normalmente. A ação, denominada “Todos Pelo Rio Grande – Lactalis Forte & Responsável”, é uma iniciativa da Lactalis Brasil com apoio de PackSeven, LogoPlaste, Converplast, Tetra Pak e Adami S/A. “Essa é uma iniciativa emergencial de apoio às comunidades gaúchas que se soma a um grande esforço coletivo da empresa e de seus colaboradores de reconstruir o que a chuva levou. Será um trabalho de longo prazo e estaremos junto a nossos funcionários, das prefeituras e do governo do Estado de forma a fortalecer as comunidades locais, um dos preceitos da Lactalis em todos os países onde atua”, pontuou o diretor de Comunicação, CSR e Assuntos Regulatórios da Lactalis Brasil, Guilherme Portella.

A campanha Todos Pelo Rio Grande – Lactalis Forte & Responsável  também prevê a doação de 20 mil litros de leite no Vale do Taquari e Região Metropolitana de Porto Alegre e uma campanha de arrecadação. Para cada R$ 1,00 doado por meio do PIX 140494670001-30, a Lactalis colocará novo aporte de igual quantia com limite de R$ 400 mil. O valor será revertido para os colaboradores que tiveram suas casas devastadas. Portella informa que a empresa também antecipou o pagamento do 13º salário para colaboradores atingidos pela enxurrada. (Jardine Comunicação para Lactalis do Brasil)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA 
A previsão para os próximos dias indica chuvas com maiores volumes nas proximidades da Laguna dos Patos, Região Metropolitana, dos Vales e Litoral Norte. No sábado (11/05), o tempo segue estável na metade sul com temperaturas reduzidas e, na metade norte, as temperaturas continuam mais elevadas ainda em razão da ação do Jato de Baixos Níveis. O aporte de umidade pode provocar chuvas mais volumosas sobre a Região Metropolitana. No domingo (12/05), um cavado se formará sobre o Noroeste do RS, impulsionando a passagem de uma nova frente fria que causará instabilidade e precipitações sobre parte das regiões Metropolitana, das Missões e Norte. A frente fria que se formou no domingo se deslocará para o oceano e deverá trazer tempo estável para a maior parte do RS, causando quedas nas temperaturas a partir de segunda-feira (13/05). Esse mesmo padrão deve se repetir com mais intensidade na terçafeira (14/05) e na quarta-feira (15/04) em função do avanço do anticiclone migratório. Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para as regiões Metropolitana e Litoral Norte, variando entre 50 mm e 250 mm. Na região da Serra,
Planalto Médio, Depressão Central, Serra e Encosta do Sudeste, os volumes devem ficar entre 50 e 100 mm. Nos Campos de Cima da Serra, os volumes podem chegar até 100 mm. Já nos municípios do Alto Uruguai, Missões, Fronteira Oeste, Campanha e Litoral Sul, os volumes não devem ultrapassar acumulados de 50 mm em sete dias. (Boletim Agrometerologico)

 

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