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17/05/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 17 de maio de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.140


"Deve haver redução de oferta", diz dirigente sobre abastecimento de frango no RS

Maioria das empresas nas regiões afetadas pela chuva suspendeu ou suspenderá as atividades; bloqueios e dificuldade de acesso impedem transporte de animais e chegada de ração às propriedades

Com estradas bloqueadas e o nível da água subindo, o processamento de alimentos vem sendo afetado no Rio Grande do Sul, e o reflexo deverá aparecer em breve nos supermercados, com redução da oferta. Pelo menos essa é a projeção feita pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), já que empresas do setor estão com a operação reduzida ou suspensa. A quantidade exata ainda está sendo mapeada, mas apontamento indica 12 unidades com suspensão de um turno ou mais de abates.

_ A Serra tá totalmente interditada, o Vale do Taquari também. Se não buscarmos alternativa de escoamento, já poderemos ter algum tipo de dificuldade. Desabastecimento total não vai ter, mas acredito que uma redução na oferta nos próximos dois, três dias _ avalia José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav. 

Além de unidades que estão alagadas, os bloqueios e isolamentos de diferentes pontos no Estado impedem o transporte de animais e também a chegada de ração às propriedades, razões pelas quais se estima essa dificuldade na oferta. Em Roca Sales, no Vale do Taquari, a JBS teve de paralisar as atividades da planta que trabalha com alimentos prontos porque a água chegou ao local.

Situação semelhante é percebida nas empresas de carne suína. Além de frigoríficos com problemas por conta das cheias, não é possível acessar diferentes regiões do Estado. Não é possível, também, levar ração. Isso deve provocar um aumento da quantidade de animais nas propriedades.

_ Não tem condição de ir para o Interior para retirar a produção do campo. Cada dia que passa, é um problema adicional _ reforça Rogério Kerber, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado (Sips). 

 Também há o drama dos funcionários, que enfrentam alagamentos e perdas onde vivem. Tudo isso impossibilita o funcionamento das unidades. 

_ Não depende das empresas, depende da infraestrutura pública para a remoção de barreira, recuperar pontes que caíram. Isso é coisa para dias _ pondera Kerber.

Nas indústrias de lácteos, conforme o Sindilat-RS, 40% do leite captado no Estado está tendo problema de atraso, recebimento ou impossibilidade de coleta dos volumes nas propriedades. 

_ A situação é super complexa, as empresas estão hora a hora tentando cooperar, para que possam "beber" o leite mais próximo das suas fábricas, fazendo essa troca entre elas, para que a menor quantidade de produtores seja atingida, para que todo mundo consiga resgatar o leite _ diz Guilherme Portella, presidente do Sindilat-RS. (Gaucha ZH)


Uruguai – Captação de leite, em março, foi a mais baixa para um mês de março, desde 2017

Produção/UR – A captação de leite pelas indústrias de laticínios teve queda moderada, em março, mas foi suficiente para ser o menor volume registrado em um mês de março, desde 2017.

Foram 132,72 milhões de litros, recuo de 0,4% em comparação com março do ano passado, de acordo com os dados publicados pelo Inale.

A queda ocorreu depois de dois meses consecutivos de alta, e de um aumento interanual significativo de 7,0%, em fevereiro.

“A situação climática está impactando seriamente”, comentou à Conexão Agropecuaria, Justino Zavala, integrante da diretoria da Associação de Produtores de Leite de Canelones.

“Nos primeiros 15 dias de abril a captação da Conaprole caiu 6,3% em relação ao mesmo período de 2023. O efeito das chuvas foi sentido na produção, com menor conforto para o gado, mais barro e vacas que precisaram ser retiradas das pastagens”.   (INALE – Instituto Nacional de La Leche)

Informativo Conjuntural 1813 de 02 de maio de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Os rebanhos apresentam boas condições, apesar da baixa oferta de pasto devido ao período de transição entre as pastagens de verão e da implantação das de inverno. A produção leiteira vem sofrendo queda, sendo necessário manter as suplementações com ração e silagem. Seguem os relatos de alta infestação por carrapato, o que demanda tratamentos frequentes.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores enfrentam desafios em função do período chuvoso, que dificulta a locomoção dos animais e os trabalhos de higiene na ordenha, além de atrasar a implantação e o desenvolvimento das pastagens de aveia e azevém. Embora algumas áreas estejam prontas para o pastejo, o solo não oferece condições ideais.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite continua enfrentando desafios por causa do vazio forrageiro, mas as forrageiras se desenvolvem bem em muitas propriedades, aumentando a disponibilidade de alimento de qualidade.

Na de Erechim, houve leve queda na produção de leite em decorrência da transição das forrageiras de verão para as de outono/inverno. As temperaturas amenas contribuíram para o conforto dos animais.

Na de Frederico Westphalen, o cultivo de cereais de inverno para a alimentação animal está aumentando, exigindo um planejamento forrageiro cuidadoso para melhorar a eficiência na produção leiteira.

Na de Passo Fundo, houve relato de aumento na oferta de terneiros em leilões locais, além de boa procura por animais jovens para invernar.

Na de Pelotas, tem sido um desafio para os produtores controlar a alta população de carrapato e mosca. A colheita de milhosilagem está quase finalizada, destacando-se pela boa produtividade e qualidade das lavouras.

Na de Porto Alegre, a infestação por carrapato está exigindo tratamentos mais frequentes, afetando a saúde animal e a comercialização de leite devido aos períodos de carência, necessários após a aplicação de carrapaticidas.

Na de Santa Rosa, a ocorrência de chuvas intensas, o tempo nublado e a alta umidade do solo dificultaram o manejo do rebanho e os trabalhos de ordenha, resultando em maior sujeira nas instalações.

Na de Soledade, há relatos sobre a indisponibilidade de vacinas de brucelose no mercado, impedindo a realização da vacinação obrigatória das terneiras (entre 3 e 8 meses de idade). (Emater/RS adaptado pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA DE 02 A 08/05/2024
Na sexta-feira (03/05), o sistema frontal deverá se deslocar em direção ao Nordeste do Estado, porém a previsão aponta que o transporte de umidade amazônico favorecerá a formação de novas áreas de instabilidade sobre o RS ao longo do dia. As áreas ao Norte, Nordeste e Centro do Estado serão as mais suscetíveis à ocorrência dos principais acumulados de chuva ao longo do dia. No sábado (04/05), as condições meteorológicas previstas para o dia anterior deverão persistir, embora o sistema possa perder força ao longo do dia. Ainda assim, há possibilidade de temporais isolados, principalmente no Norte do Estado. No domingo (05/05), a previsão indica que o escoamento que transporta umidade para o Norte do RS sofrerá um desvio, o que resultará em chuvas em outras regiões do Estado. Na segunda-feira (06/05), a tendência é que as instabilidades deverão estar deslocadas para o Sul do Estado, podendo ainda ocorrer chuvas e até tempestades isoladas nas regiões da Campanha, Fronteira Oeste, Litoral Sul e no extremo sul do RS. Para as demais regiões, o tempo deverá ser firme e seco. Na terça-feira (07/05), a previsão indica ainda possibilidades de chuvas nas regiões ao Sul do Estado. Na quarta-feira (08/05), um novo sistema frontal poderá atuar sobre o RS, resultando em volumes de chuva em todo o Estado.Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para as regiões dos Vales, Metropolitana e Serra Gaúcha, com valores entre 150 e 250 mm. Nas regiões da Missões, Planalto Médio, Depressão Central e Alto Uruguai, os volumes devem ficar entre 50 e 200mm. Na Campanha, divisa com o Uruguai, e Região da Serra do Sudeste, os acumulados deverão ficar entre 10 e 150mm. Na Fronteira Oeste, os acumulados deverão ser inferiores a 20 mm. (Seapdr)


 

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