Porto Alegre, 27 de março de 2024 Ano 18 - N° 4.114
Conseleite MG
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Março de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024;
b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024;
c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2024 a ser pago em Abril/2024;
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.
Produção das 100 maiores fazendas de leite do país teve alta de 7,6% em 2023
Pesquisa do Milkpoint mostra que as Top 100 produziram em média 28.739 litros por dia; segmento foi menos afetado pela queda de preços que os pequenos
Sérgio Barbosa diz que meta da NTR, a 10ª na lista, é chegar a 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos — Foto: Divulgação
O cenário do setor leiteiro foi distinto para grandes fazendas e micro e pequenos produtores em 2023. Na base da pirâmide, a queda nos preços do leite — sobretudo no segundo semestre, com o aumento acelerado das importações — afetou a produção e levou parte dos produtores até a desistir da atividade. No topo da pirâmide, as fazendas seguiram crescendo acima da média de mercado e com planos de ampliar a produção.
A nova edição do levantamento anual Top 100 Milkpoint, que integra a consultoria Agripoint, revelou que os cem maiores produtores de leite do país alcançaram em 2023 produção de 1,05 bilhão de litros, crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior. A aquisição de leite cru por laticínios sob inspeção sanitária em todo o país cresceu 2,5% no período, para 24,5 bilhões de litros, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção das cem maiores fazendas teve aumento de 7,55%, para uma média diária de 28.739 litros. Já os dez maiores produtores registraram média diária de 69.161 litros, alta de 7%. “Produtores grandes fazem uma boa gestão financeira e conseguem atravessar melhor esses momentos. Mesmo assim, a maioria reportou que 2023 foi pior do que 2022”, afirma Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da Agripoint.
O ranking Top 100 Milkpoint apresentou poucas mudanças em relação à edição anterior entre os primeiros colocados. A Fazenda Colorado, de Araras (SP), dona da marca Xandô, manteve a liderança no ranking pelo 11 ano seguido, com produção média diária de 96.688 litros, alta de 4%. Em segundo aparece a Fazenda Melkstad, de Carambeí (PR), com produção de 84.025 litros por dia, desempenho estável em relação a 2022.
Dos dez maiores produtores de leite do país, apenas um nome novo apareceu: na décima posição está Nilva Therezinha Randon, de Vacaria (RS), com aumento na produção de 18%, para 46.660 litros por dia. No ano anterior, a produtora ocupava a 15 colocação. Toda a produção é usada na fabricação de queijo da marca Gran Formaggio, da RAR Alimentos. O Grupo Cabo Verde, de Passos (MG), décimo lugar na edição passada, caiu para a 13 posição, com produção de 44.102 litros por dia.
A chegada da fazenda NTR, da família Randon, à lista seleta reflete o crescimento do rebanho, que aumenta em cerca de 200 cabeças por ano, para 1,35 mil em 2023, segundo Sérgio Barbosa, presidente da RAR Alimentos. O trabalho começou em 1996, quando o fundador Raul Randon importou 70 novilhas de Ohio, nos EUA, para garantir a produção de leite de boa qualidade e rico em sólidos para produção do primeiro queijo tipo grana fabricado fora da Itália.
Hoje, o rebanho é formado por vacas holandesas de alta produtividade (acima de 30 litros por dia) e jovens, criadas em um sistema “free stall”, onde os animais são alimentados com silagem e dormem separados. “Também somos a primeira fazenda do Sul certificada [pela Integral Certificações] em bem-estar animal”, diz Barbosa.
O presidente da RAR afirma que a fazenda pretende continuar avançando no Top 10. A meta é chegar a até 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos.
O levantamento do Milkpoint revelou também que 64% dos maiores produtores apontaram queda na rentabilidade em 2023. Outros 14% disseram que a rentabilidade ficou estável e 20% apontaram melhora. Na média, os maiores produtores consideram que o retorno ideal seria uma rentabilidade de 20%. “Considerando que os produtores crescem continuamente e pretendem expandir a operação, é lógico pensar que a rentabilidade seja suficientemente atrativa”, acrescenta Carvalho.
Ele pondera que as fazendas que produzem acima de 30 mil litros por dia recebem uma bonificação no preço do leite, o que ajuda a garantir melhor rentabilidade em relação aos pequenos. O preço médio recebido pelos produtores no Brasil foi de R$ 2,47 por litro em 2023, segundo o Cepea/Esalq.
O custo médio de produção, de acordo com o levantamento do Milkpoint, foi de R$ 2,24 por litro — abaixo do preço médio do leite, indicando rentabilidade na operação. Em relação a 2022, os custos de produção caíram 6,7%, reflexo da queda nos preços do milho e do farelo de soja.
Carvalho avalia que a expectativa é positiva para o setor este ano, com preços do milho e da soja ainda retraído e tendência de recuperação nos preços no segundo semestre.
No médio prazo, o levantamento mostrou algum otimismo entre os produtores: 42 deles querem aumentar a produção de 20% a 50% nos próximos três anos. Outros 39 pretendem elevar em até 20%, e 5% planejam ampliar em mais de 50%. Entre os maiores produtores, 14 não pretendem expandir.
Segundo a pesquisa, o maior comprador de leite dos grandes produtores é o Unium, atendido por 20 dos Top 100. Em seguida está a Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), com 12 produtores. Considerando que a CCPR fornece só à Lactalis, a francesa recebe leite de 17 dos Top 100. A Piracanjuba é atendida por 11 dos maiores produtores. Oito produtores destinam sua oferta a laticínios próprios. A Nestlé é atendida por sete produtores e a Alvoar Lácteos, por seis grandes produtores. (Globo Rural via Valor Econômico)
WHEY PROTEIN | WHEY PROTEIN: ALIADO PODEROSO DO PÚBLICO 60+
Como viver bem e por mais tempo? Quem faz exercício físico chega melhor à terceira idade. Uma reserva muscular construída ao longo da vida torna o envelhecimento mais saudável, mais tranquilo e sem danos funcionais. Alguns suplementos, como o whey protein, podem ser importantes companheiros nesse processo.
Os benefícios vão além da academia. O alimento favorece o ganho de força e a hipertrofia, auxilia na prevenção de doenças e garante mais qualidade de vida.
O que é o whey?
Trata-se de um suplemento feito da proteína do soro do leite. Possui todos os aminoácidos essenciais para a formação de músculos e tecidos, auxilia em funções metabólicas e ajuda a complementar o aporte de proteínas na alimentação.
Existem três categorias de whey protein: concentrado, isolado e hidrolisado. O primeiro tem menos quantidade de proteína e mais de açúcar. O segundo conta com quantidade maior de proteína e menor de carboidratos. Já o hidrolisado é recomendado para pessoas com intolerância ou alergia à proteína do leite.
Benefícios
O alimento pode ser usado em diferentes ciclos da vida, desde o período de crescimento e desenvolvimento até o envelhecimento. Durante a infância e a adolescência, por exemplo, o corpo está em constante crescimento e o whey pode fornecer os aminoácidos necessários para a construção e reparação muscular, principalmente para jovens em crescimento acelerado.
Na vida adulta, o suplemento ajuda na prática de exercícios físicos, na manutenção da massa magra e promove saciedade se aplicado a uma rotina alimentar equilibrada.
Já a partir dos 60+, o whey protein pode ser uma ferramenta útil para combater os efeitos negativos do envelhecimento, entre eles o surgimento de doenças. A suplementação para esse público pode ajudar a preservar a massa muscular e melhorar a função física, além de contribuir para a saúde óssea, prevenindo a osteoporose.
Envelhecendo com qualidade
A maior perda de massa muscular acontece após os 50 anos, o que pode comprometer a capacidade funcional. Sedentarismo e dietas muito calóricas estão entre as causas da redução, chamada de sarcopenia. Diante disso, o whey é a opção mais recomendada para a recuperação e o ganho de massa.
O suplemento ainda é um forte aliado para prevenção de doenças cardíacas e hipertensão. Além de reduzir o triglicerídeo, aumenta o colesterol bom e combate os radicais livres.
*Phillip Ji é co-CEO da Orient Mix, empresa pioneira em fitoterápicos no Brasil desde 1993
As informações são do Edairy News
Jogo Rápido
EUA – Exportações de produtos lácteos aumentam levemente
As exportações de produtos lácteos, com base nos sólidos, subiram levemente este ano, cerca de 0,2%, em comparação com 2023. A relativa força da demanda doméstica por produtos lácteos e o limitado crescimento da produção limitaram o crescimento das exportações, diz o mais recente relatório ERS do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As previsões sobre o tamanho leiteiro, produtividade animal, e produção total de leite em 2024 foi revisada ligeiramente para baixo em relação à previsão do mês passado e ficaram em 9.335 milhões de cabeças, 24.345 litros por vaca e 227,3 bilhões de libras, respectivamente. Prevendo a firme manutenção da demanda doméstica, junto com os dados mais recentes, as importações de produtos lácteos, em 2024, foram revisadas para mais, enquanto que as previsões de exportação de produtos lácteos pelos Estados Unidos da América (EUA) foram reajustadas para menos. Os preços médios projetados da manteiga e do queijo cheddar para 2024 foram revisados para mais, enquanto que os preços médios do soro de leite e do leite seco desengordurado tiveram revisão para menos. Já a média do preço de todos os leites ao produtor aumentou US$ 0,30/cwt em relação ao mês passado, ficando em US$ 21,25/cwt, [R$ 2,40/litro]. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)