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28/02/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.093


Importação de lácteos cresce apesar de medida para limitar as compras

Compras no exterior em fevereiro mantêm o mesmo ritmo de janeiro, antes de o decreto do governo federal entrar em vigor

As importações de produtos lácteos mantêm trajetória de alta neste mês, a despeito da entrada em vigor do decreto do governo federal para desestimular as compras no exterior. Diante do aumento, produtores revelam preocupação com uma possível ineficácia da medida. O Ministério da Agricultura e Pecuária fala em “importações preventivas”, fechadas antes da legislação entrar em vigor.

O Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado, estabelece que apenas empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, podem aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.

Só na primeira quinzena de fevereiro, as importações de lácteos alcançaram 187 milhões de litros em equivalente leite, superando todo o mês de fevereiro de 2023, quando as compras somaram 156,5 milhões de litros, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A média diária de importação até o dia 24 ficou estável em relação ao mês anterior, em 1.184 toneladas. Em janeiro, as importações somaram 207 milhões de litros em equivalente leite, 32% mais que no mesmo mês do ano passado.

“A importação continua alta. É difícil saber se a nova regra vai ou não funcionar”, afirmou Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), ressaltando que em 2023, as importações bateram recorde, chegando a 2,25 bilhões de litros em equivalente leite, alta de 68,8% em relação a 2022.

Procurado, o Ministério da Agricultura e Pecuária disse que a efetividade do decreto está em “processo de avaliação” e que os volumes que entraram no país em janeiro e fevereiro referem-se a negócios fechados anteriormente. “A avaliação inicial indica que ocorreram importações preventivas antes da vigência da alteração. A partir de fevereiro será possível realizar uma análise mais aprofundada para avaliar a efetividade da medida”, informou em nota.

O ministério acrescentou que a entrada da medida em vigor não está diretamente relacionada aos procedimentos de fiscalização, que são internos e estão em processo de publicação. A fiscalização das fábricas deverá ser conduzida pela pasta e Receita Federal.

Os lácteos importados têm como origem principalmente Argentina e Uruguai. Segundo Borges, os maiores importadores são laticínios, tradings, indústrias de alimentos, redes de supermercado e de restaurantes. “Se eles veem o preço mais baixo importam e isso prejudica o produtor de leite no Brasil, que não tem subsídio”, disse.

Glauco Carvalho, economista e pesquisador da Central de Inteligência do Leite (Cileite) da Embrapa, ponderou que o decreto só impacta os laticínios que importam produtos lácteos. Varejistas e tradings não são afetados pela regra. “Provavelmente o volume de importação será alto em fevereiro”, disse. Ele acrescentou que há perspectiva de desaceleração nas importações nos próximos meses devido à alta dos preços internacionais, mas isso também vai depender da evolução das cotações no Brasil.

Em dezembro de 2023, dado mais recente do Cepea/Esalq, o preço do leite pago ao produtor atingiu R$ 2,03 por litro, queda de 19,4% em 12 meses. O custo de produção, segundo a Abraleite, varia de R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região. A rentabilidade do produtor em janeiro, segundo Carvalho, ficou 19,6% abaixo da registrada em igual mês de 2023.

De acordo com a Abraleite, há hoje um desestímulo à produção de leite no país, sobretudo para pequenos produtores. Isso porque o excesso de oferta afeta o valor pago pelo leite cru. No ano passado, as importações corresponderam a 6% da oferta total. A Cileite estima que a disponibilidade de lácteos no Brasil cresceu 5,07% em 2023, enquanto a captação pelas indústrias aumentou 1,6%. Os preços dos lácteos ficaram, na média, 2,5% mais baixos em 2023. (Globo Rural via Valor)


Colheita do Milho foi oficialmente aberta no Estado

A produção de milho no Rio Grande do Sul é de extrema importância, tanto para a alimentação humana, quanto para a alimentação animal. A cultura é produzida em 485 municípios gaúchos e para celebrar o período foi aberta a Colheita do Milho no Estado, nesta terça-feira (27/2), em evento realizado na Agropecuária Canoa Mirim, no município de Santa Vitória do Palmar, na região Sul.

De acordo com levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de fevereiro, a produção de milho do estado está estimada em 5,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 44%, comparado com a produção de 3,7 milhões de toneladas produzidas na safra anterior que foi muito afetado pela falta de chuva.

O diretor do Departamento de Governança dos Sistemas Produtivos, Paulo Roberto da Silva, representou a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) no ato e destacou que as dificuldades climáticas enfrentadas na produção da cultura nos últimos anos, sendo períodos de estiagens e outros de drenagem da água. "São ambos os desafios, mas que mostram que a parceria entre os órgãos públicos, entidades e universidades fortalecem todas as técnicas que são praticadas. Precisamos enaltecer o trabalho que os produtores vêm desenvolvendo, principalmente na área de novas tecnologias e de sementes, e valorizar cada pessoa. Não adianta ter toda a tecnologia, a pesquisa e o desenvolvimento se não tivermos pessoas com capacidade de replicar esse conhecimento", ressaltou.

A abertura da colheita foi realizada novamente este ano na Metade Sul visando consolidar o potencial do milho em terras baixas, com adoção de tecnologia sulco-camalhão que tem dado excelentes resultados, pois estabelece uma zona de cultivo em solo mais descompactado e profundo, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas, possibilitando a drenagem (quando houver excesso hídrico) e a irrigação (quando houver falta de chuva) da lavoura ao longo do ciclo da cultura.

A organização do evento é da Seapi, em conjunto com a Agropecuária Canoa Mirim, a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho), a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Emater, o Sistema de Organização de Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs) e a Prefeitura de Santa Vitória do Palmar, com apoio de diversos parceiros. Texto: Ascom Seapi

Laboratório do Leite vai ser inaugurado

A Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) vai inaugurar o novo Núcleo de Tecnologia e Inovação do Leite, conhecido popularmente como Laboratório do Leite, no dia 04 de março, em Pinhalzinho. Os deputados da Bancada do Oeste estarão presentes no evento.

O Laboratório do Leite será um marco na pesquisa e desenvolvimento da área leiteira. Com um investimento de R$ 30 milhões, a estrutura de 3 andares abrigará um laboratório de qualidade do leite e uma indústria de lácteos, tornando-se um centro de referência para toda a cadeia produtiva do leite na região.

Com recursos provenientes de emenda parlamentar dos deputados da Bancada do Oeste, o prédio será um dos mais modernos do País. “Estamos na busca dessa conquista desde quando ainda era um sonho e agora vai consolidar-se como um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento no setor lácteo”, disse o coordenador da Bancada do Oeste deputado Marcos Vieira.

De acordo com o reitor da Udesc, Dilmar Baretta, as instalações só estão sendo inauguradas por causa dos deputados da Bancada do Oeste. “A Bancada do Oeste é parceira deste projeto que vai ajudar Santa Catarina a se desenvolver ainda mais”, comentou o reitor.

O prefeito de Pinhalzinho, Mario Afonso Woitexem, explicou: “Santa Catarina é o quarto produtor de leite do país, o que faz com que Pinhalzinho se torne um dos municípios com maior capacidade produtiva de leite”.

O que será possível com a construção do Laboratório?

O NCTI compreende três segmentos:

Laboratório de Qualidade do Leite
Indústria de Lácteos em Escala Piloto
Laboratório de Pesquisa e Inovação do Leite
O "Laboratório do leite" tem como público-alvo os produtores de leite e as indústrias de lácteos e como principal objetivo a realização das análises para avaliação da qualidade do leite de acordo com as exigências da legislação vigente.

Este laboratório deverá ser credenciado na Rede Brasileira da Qualidade do Leite (RBQL)/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A "Indústria de Lácteos em Escala Piloto" tem como público-alvo os produtores de leite, as indústrias de lácteos e estudantes dos cursos da Udesc Oeste. Os principais objetivos são:

Cursos/treinamentos para qualificação e aperfeiçoamento da mão de obra;
Oficinas para a inovação e diversificação de produtos lácteos;
Otimização de processos para o setor de lácteos
Já o "Laboratório de Pesquisa e Inovação do Leite" tem como público-alvo os produtores de leite, as indústrias de lácteos e estudantes dos cursos da Udesc Oeste. Os principais objetivos são:

Realização de pesquisa aplicadas ao setor lácteo;
Soluções para as necessidades do setor lácteo
Este laboratório irá dispor de equipamentos de alta tecnologia que possibilitarão o estudo de componentes, produtos e processos, atendendo a toda cadeia e arranjo produtivo do leite com qualidade.
Leite em SC

Santa Catarina desbancou Goiás e já é o quarto maior produtor de leite do país. Com um volume de 2,43 bilhões de litros recolhidos pelas indústrias catarinense contra 2,13 bilhões de litros de Goiás.

Esse volume não leva em conta o leite produzido e consumido nas propriedades, que é em torno de 25% do total.

A atividade é a nova "estrela" do agronegócio, que envolve 70 mil famílias e gera milhares de empregos no campo, serviços, transporte e indústria.

Com apenas 1,2% do território, Santa Catarina representa 10,5% da produção nacional. Os motivos são clima favorável para implantação de pastagens e abundância de água. O solo propício e a mão-de-obra familiar contribuem para o sucesso da atividade.

O projeto consolida a Rota de Integração do Leite na faixa de fronteira de SC, onde estão 82 municípios que respondem por 78% da produção estadual.

Pinhalzinho

Pinhalzinho vai processar 5 milhões de litros de leite por dia, nenhum outro município brasileiro terá esta capacidade. A Aurora já processa 2,6 milhões de litros/dia e a Tirol está ampliando as instalações para processar 1,4 milhões de litros/dia. As informações são da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


Jogo Rápido

Supermercados nos EUA querem liderar o movimento "Comida como Medicina"
A FMI (The Food Industry Association), organização que representa um mercado de US$ 800 bilhões nos EUA, divulgou os resultados de seu mais recente relatório de pesquisa, “Contribuições da Indústria Alimentícia para a Saúde e o Bem-Estar 2024”, na semana passada, destacando o foco da indústria alimentícia em capacitar os consumidores a comer de forma mais saudável e oferecer programas para auxiliar em sua jornada. A pesquisa da FMI, que representou mais de 11 mil lojas de 36 empresas, mostra que 84% dos varejistas de alimentos que responderam estão operando com estratégias de nutrição, saúde e bem-estar. Este é o primeiro relatório da FMI que coletou resultados tanto de varejistas de alimentos quanto de marcas de produtos embalados e servirá como referência em saúde e bem-estar para a indústria alimentícia. O relatório da FMI afirma que os programas “Comida como Medicina”, que conectam serviços de alimentos e nutrição para melhorar a saúde, estão ganhando impulso em todo os EUA. De acordo com o documento, a indústria alimentícia sempre desempenhou um papel importante na segurança alimentar e na segurança nutricional. Muitos desses esforços do “Comida como Medicina”, especialmente quando implementados em bairros residenciais e apoiados por nutricionistas, têm se mostrado bem-sucedidos na mudança de comportamento e na melhoria da saúde. Em fevereiro de 2021, o conselho da FMI adotou e anunciou seu compromisso e política sobre “Comida como Medicina”. O relatório mostra que 59% dos entrevistados classificaram a prevenção e a promoção da saúde e do bem-estar como a principal área de foco para funcionários e clientes. As informações são da Forbes, adaptadas pela equipe MilkPoint.


 
 

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