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16/01/2024

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.085


Chile – Foi inaugurado o primeiro Museu interativo do leite

Museu interativo do leite – No dia 7 de fevereiro o Parque Saval de Valdívia abriu suas portas para o primeiro Museu interativo do Leite no Chile, que mostrará por dentro a produção de leite no Chile e no mundo, desde sua origem até a atualidade.

O lugar terá acesso gratuito e em seu interior apresentará uma sala especialmente habilitada com monitores, esquemas didáticos e uma vitrine com objetos históricos.

A ideia surgiu dentro da Associação dos Produtores de Leite da Região de Los Ríos (Aproval), como parte do projeto apresentado ao Município de Valdivia em 2017, com o objetivo de construir dependências administrativas da associação no interior do Parque Saval.

“Esta proposta incluía a incorporação de um museu do leite aberto à comunidade, explica José Luis Delgado, gerente da Aproval. Mas essa ideia de um museu tradicional com artefatos antigos que coletamos entre nossos associados foi mudando até um espaço de exposição que oferecesse uma proposta mais interativa e com uma abordagem mais pedagógica para que o visitante pudesse conhecer como se produz o leite, como é processado e qual sua contribuição para uma nutrição sustentável”.

A mostra também incorpora dados estatísticos relevantes, como a importância setorial de Los Ríos que produz 1 de cada 3 litros de leite do Chile e a participação regional na produção nacional de queijo que chega a 59%.

Através de um sistema de painéis móveis é possível conhecer a presença do leite em diferentes culturas como na antiga Mesopotâmia, Egito e Roma, bem como é possível conhecer a origem da lenda da Via Láctea e o porquê de sua representação celeste.

Depois é realizado um zoom para a história da produção de leite nacional e regional, desde a chegada das primeiras vacas com os conquistadores espanhóis em 1560, até a criação do Consorcio Lechero, passando pela Lei de Pasteurização do Leite, a fundação de Colun ou a criação do “leite Purita”.

A presidenta da Aproval, Paulina Carrasco, enfatiza que o museu estará aberto ao público em geral, e espera desenvolver um trabalho especialmente focado para estudantes através de visitas guiadas. “Atrás deste projeto existe um interesse especial de difundir como se produz um dos alimentos mais importantes de nossa alimentação. Como produtores de leite temos a responsabilidade e nos interessa compartilhar este apaixonante mundo com a comunidade”.

O presidente do Consorcio Lechero, Sergio Niklitschek, parabenizou o associado Aproval pela iniciativa inovadora de criar o Museu do Leite em Valdívia, para ressaltar a importância cultural e econômica da indústria de laticínios. “O museu não somente preserva a história, mas também educa sobre os benefícios nutricionais do leite e leva um pedacinho do campo para a cidade, para mostrar aos visitantes locais e turistas, o processo de produção de leite e seu impacto na comunidade”.

O museu está localizado na Avenida Miguel Aguero S/N, Ilha Teja, no interior do Parque Saval. O horário será de segunda a sexta de 9 às 15:30 horas.

Fonte: DiarioLechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br


O microbioma: a próxima grande fronteira no melhoramento do gado

A produção de carne bovina e leite fez enormes progressos, melhorando a saúde e a produtividade do gado através da genética, nutrição, práticas de manejo, imunizações e medicamentos. Agora, os investigadores estão se concentrando em outra área potencial de oportunidades: o microbioma, e como este pode ser influenciado mesmo antes do nascimento.

Qual é o microbioma? É uma coleção de pequenos organismos – como bactérias, fungos, vírus e seus genes – que vivem juntos num sistema corporal. Na produção de gado, tendemos a nos concentrar muito no microbioma ruminal, porque sabemos o quão importantes esses micróbios ruminais são para promover uma digestão eficiente e saudável que subsequentemente impacta o desempenho animal tanto no gado de corte quanto no de leite.

Mas pesquisadores da Universidade Estadual de Dakota do Norte (NDSA) estão explorando como os microbiomas de outros sistemas corporais também podem influenciar o desempenho do gado. Cada sistema do corpo físico possui um microbioma, e os pesquisadores da NDSU observam que a microbiota dos tratos respiratório, gastrointestinal e reprodutivo há muito é reconhecida como importante para a saúde e a produtividade do gado.

Mais recentemente, os investigadores notaram que a microbiota do fígado, dos cascos e dos olhos também tem uma influência significativa na saúde do gado. Coletivamente, os microbiomas afetam o metabolismo, a função imunológica, a fertilidade e a utilização de nutrientes no gado.

Os investigadores da NDSU observam que os microbiomas em bovinos adultos – particularmente nos sistemas respiratório e ruminal bovino – tendem a ser muito resistentes, o que significa que reverterão à sua composição original após o término de uma intervenção. Isto é uma vantagem quando a intervenção é negativa, mas não tanto quando a intervenção se destina a alterar o microbioma de uma forma benéfica. Se essa intervenção positiva for interrompida, os seus efeitos geralmente não duram a longo prazo.

Uma abordagem mais eficaz, então, poderia ser alterar os microbiomas do gado a um nível fundamental. A pesquisa mais recente indica que a colonização microbiana em bezerros ocorre muito mais cedo do que se pensava originalmente e começa no útero.

Com base nessa premissa, os investigadores da NDSU estão a explorar formas de influenciar os microbiomas fetais através da nutrição das mães. Num estudo recente, publicado na revista Frontiers in Microbiology , eles examinaram se um suplemento vitamínico e mineral (VTM) fornecido a mães grávidas influenciava os microbiomas dos cascos, fígado, pulmões, cavidades nasais, olhos, vaginas e rúmen de seus descendentes.     

Em comparação com os bezerros de mães controle que não receberam o suplemento de VTM, foram observadas diferenças perceptíveis na microbiota ruminal, vaginal e ocular dos bezerros de mães suplementadas.

A equipe da NDSU está nos estágios iniciais de um novo estudo que analisa a composição da ração das mães – especificamente, as proporções de concentrados versus forragem – para determinar se as variações entre os dois afetam os microbiomas de seus descendentes.

Os pesquisadores veem o potencial na melhoria do microbioma pré-natal como um meio natural de influenciar positivamente a resistência a doenças, a reprodução, a eficiência alimentar e o impacto ambiental da produção de carne bovina e leiteira. Entre os resultados potenciais poderia estar o menor uso de antibióticos; fertilidade melhorada e eficiência reprodutiva; menores custos de alimentação; e redução das emissões de metano. (Dairy Herd)

Informativo Conjuntural - nº 1802 – 15 fev. 2024 

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as altas temperaturas recentes afetaram o bem-estar e a produção dos animais. 

Em Dom Pedrito, os produtores com boa estrutura de potreiros e práticas de pastejo rotativo conseguem manter volumes significativos de leite, recebendo bonificações por qualidade. 

Em Candiota, o bom desenvolvimento de campos nativos e das pastagens de verão contribui para a nutrição das matrizes, apesar de quedas de luz causarem transtornos. 

Na de Caxias do Sul, a qualidade do leite produzido foi positivamente influenciada pelo tempo firme. Não houve acúmulo de barro em corredores ou áreas de espera, facilitando o processo de ordenha. As contagens de células somáticas e a contagem padrão em placas do leite produzido permaneceram dentro dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

Na de Frederico Westphalen, a oferta de água para dessedentação dos animais e a limpeza dos equipamentos mostram indicadores satisfatórios tanto em quantidade quanto em qualidade. 

Na de Ijuí, em razão da menor oferta de forragem nas pastagens de verão, houve queda na produção de leite, especialmente nas propriedades de sistema a pasto. 

Na de Pelotas, as infestações de carrapato e mosca aumentaram por causa do calor, sendo necessários tratamentos preventivos. 

Na de Santa Maria, o rebanho de gado leiteiro está em boa condição nutricional em virtude da disponibilidade de pasto, e são previstas melhorias em razão das recentes chuvas. 

Na de Santa Rosa, começa a haver limitação da oferta de forragem nas pastagens de verão, agravada pela baixa precipitação pluviométrica persistente. Os produtores mantêm os tratamentos contra ectoparasitas em função da proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato nos rebanhos. 

Na de Soledade, o crescimento e rebrote de pastagens têm diminuído como consequência da restrição hídrica, aumentando a necessidade de suplementação com silagens ou fenos para manutenção do escore corporal. (As informações são da Emater/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Previsão é de pouca chuva e temperaturas amenas para os próximos dias
Nos próximos dias, as temperaturas estarão mais amenas no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 07/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (16/2) e sábado (17/2), o ingresso de ar mais quente úmido favorecerá o aumento da nebulosidade e da temperatura, o que deverá provocar pancadas de chuva, típicas de verão, na maior parte das áreas do Estado. No domingo (18/2), o tempo firme predominará na maioria das regiões; somente nos setores Norte e Nordeste deverão ocorrer chuvas isoladas. Entre segunda (19/2) e quarta-feira (21/2), o predomínio de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e maior amplitude térmica, com valores mais baixos no período noturno e temperaturas próximas de 30°C durante o dia. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na Fronteira Oeste e na Campanha. No restante do Estado os totais previstos deverão oscilar entre 15 e 35 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.


 
 

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