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11/10/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de outubro de 2023                                                   Ano 17 - N° 4.004


Crescimento das importações de leite aumenta pressão por medidas de apoio ao setor

Reunidos em Audiência Pública realizada pela Comissão da Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Federal, representantes do setor do leite de diversos estados brasileiros foram uníssonos nesta terça-feira (10/10) na cobrança urgente da adoção de medidas mais efetivas por parte do Governo Federal Brasileiro para salvar o mercado nacional diante da invasão de leite estrageiro nas prateleiras do país. 

A pauta vem se agravando desde o início deste ano, quando a aquisição do alimento, de origem principalmente dos vizinhos Argentina e Uruguai, aumentou substancialmente. Os números apresentados pelo presidente da Comissão, deputado federal Heitor Schuch (PSB), corroboram. “Em 2021, foram 42,8 mil toneladas. No ano passado, 21,1 mil toneladas. E neste ano, até setembro, já são mais de 69 mil toneladas. Estes são dados oficiais do Governo Federal. A grande pergunta que cabe é: qual a nacionalidade das vacas que produziram este leite? Será que é só da Argentina, do Uruguai, ou de outras partes do mundo? Esta importação vai quebrar primeiro os produtores, depois cooperativas, indústrias e o nosso país”, alertou o parlamentar, ao sugerir, por exemplo, a adoção de limitadores, como cotas para importação. 

Em quatro níveis de ações, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, reforçou uma lista de medidas que podem ser adotadas para frear a entrada do leite dos países do prata, dando fôlego para a produção interna. A primeira delas, uma mudança na incidência de PIS/COFINS com aumento do crédito presumido para 100% na compra de insumos, perfazendo R$ 0,1179 de crédito por litro. “Este valor seria em crédito fiscal do Governo, e as indústrias de laticínios injetariam o recurso diretamente na economia por meio do pagamento ao produtor com efeito multiplicador de R$ 3 para cada R$ 1 aplicado na atividade leiteira”, explica. 

A segunda sugestão defendida pelo Sindilat/RS mira o escoamento da produção nacional num caminho inverso ao que vem sendo observado, com a adoção de um Prêmio para Escoamento do Produto (PEP), principalmente de produtos acabados, como leite em pó, queijos, cremes e leite condensado, inaugurando uma nova política para setor leiteiro com incentivo para a exportação. Completam este conjunto de medidas, a oferta de linhas de crédito pela União para produtores e indústrias de laticínios, com prazo de 13 anos, e o estabelecimento de Fundo Nacional de Sanidade do Leite (FNSL) com o recolhimento de percentuais pela indústria; e, para importados, pagamento para o Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite).

É possível acompanhar o debate através do link. (As informações são da Assessoria de Imprensa do SINDILAT/RS)


Após cinco meses de queda, varejo sinaliza melhora, mostra indicador

Vendas no varejo brasileiro subiram 1,6% em setembro, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo

Após cinco quedas consecutivas, as vendas no varejo brasileiro subiram 1,6% em setembro ante setembro do ano passado, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, cujo resultado foi antecipado ao Valor. Em agosto, as vendas no indicador haviam caído ante 2,1% ante mesmo mês em 2022. Na comparação com agosto, as vendas subiram 0,7% em setem

Além disso, continuou o técnico, as taxas positivas em setembro sinalizam perspectivas positivas para o setor no quarto trimestre. O período conta com datas importantes de vendas para o varejo, como Black Friday em novembro; e Natal, em dezembro.

Calculado pela Stone em conjunto com o Instituto Propague, o índice tem como base dados públicos da Re , o índice tem como base dados públicos da Receita Federal, e dados transacionais de cartão dos clientes do grupo StoneCo.

O indicador aponta que o varejo está se recuperando, são bons [sinais]”
— Matheus Calvelli

Ao falar sobre as razões que levaram ao avanço no indicador, Calvelli explicou que ocorreram melhoras nas vendas de três setores importantes no faturamento do comércio. Um deles foi móveis e eletrodomésticos, que mostrou variações positivas, de venda, tanto na comparação ante mês anterior (2%) quanto em relação a igual mês de 2022 (1,6%). “Tivemos também saldo positivo em artigos farmacêuticos na comparação com igual mês do ano passado [0,6%] que também foi muito importante para compor o resultado.”

O outro setor que também teve boa performance de vendas, em setembro, foi o de combustíveis e lubrificantes. Calvelli explicou que, embora seja pesquisado e usado para cálculo do indicador da St, eles preferem não detalhar evolução de vendas no segmento. Isso porque, especificamente o nicho de combustíveis, precisa de série histórica mais longa para eliminar possíveis efeitos sazonais. “Mas podemos informar que, na comparação com setembro [do ano passado] as vendas em combustíveis subiram quase 10%.”

Quando questionado se o contexto macroeconômico, com inflação mais baixa - que confere maior espaço no orçamento do consumidor - pode ter ajudado a elevar demanda e, com isso, vendas no comércio, o especialista foi cauteloso. Ele ponderou que, se por um lado os preços não sobem tanto, os juros de mercado continuam elevados. Isso inibe compras a compras a prazo, por exemplo. Ao mesmo tempo, ele recordou que o endividamento das famílias ainda opera em patamar elevado.

“Mas, de fato, podemos dizer que há sinais de demanda positiva no comércio” disse. “O indicador aponta que o varejo está se recuperando, são bons [sinais].”

Calvelli, no entanto, faz ressalva. Mesmo com dados positivos em setembro, notou, foram meses de atividade econômica, inferior a 2022, ao longo de 2023 - além de menor demanda, e menor ritmo de vendas, no varejo. “O comércio varejista segue ainda pressionado”, disse. “Mais meses de dados são necessários para confirmar estabelecimento de tendência positiva”, concluiu. “Não quer dizer que estamos em ‘mar de rosas’. Ainda temos muito a caminhar.” (Valor)

Os produtos Deale agora tem selo Halal

Você já percebeu o novo selo nas embalagens Deale? Sabe o que significa?

O selo Halal exige das indústrias a implantação de uma série de padrões e controles de qualidade, higiene, armazenamento e produção, que são mais rigorosos do que os adotados na indústria comum de alimentos. No mundo todo, há uma tendência pelo consumo de produtos Halal por não-muçulmanos, que buscam produtos mais seguros, éticos e saudáveis.

 

Jogo Rápido

LEITE: Protocola do PL contra benefícios
O deputado Heitor Schuch (PSB/RS) protocolou o projeto de lei (PLP 217/2023) que veda a concessão de benefícios fiscais a empresas que utilizam leite importado como matéria-prima. “Tem que comprar do produtor nacional. Hoje, no RS, o preço médio do litro pago ao produtor está na média de R$ 1,88”, disse o parlamentar durante audiência pública realizada na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados, ontem, em Brasilia. Hoje, a Fetag-RS e a Contag promovem mobilizações nacionais em busca de apoio ao setor. No RS, a concentração será em Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, a partir das 9h. (Correio do Povo)


 

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