Porto Alegre, 29 de agosto de 2023 Ano 17 - N° 3.976
Práticas simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões em propriedades leiteiras
A adoção de medidas simples de manejo dos rebanhos em propriedades leiteiras pode reduzir de 15% a 20% as emissões de gases do efeito estufa. A constatação faz parte de estudo realizado pela Embrapa, que considerou dados de 500 propriedades nos estados de Goiás, Minas Gerais e Paraná. Os resultados foram divulgados durante o 1º Seminário RS Carbon Free, realizado na manhã desta terça-feira (29/08), na Casa do Sindicato das Indústrias de Laticínio do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) durante a Expointer, em Esteio (RS). Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Luiz Gustavo Pereira, a análise dos dados indica que ações básicas como nutrição adequada, tratamento de dejetos e controle sanitário têm impacto muito positivo, podendo reduzir consideravelmente as emissões, chegando, inclusive, a taxas de 60% em algumas localidades. “Se o produtor fizer a coisa certa, a tendência é ir baixando a pegada de carbono”, aponta. De acordo com Pereira, a chave da questão das emissões está em quantificá-las. “Precisamos mensurar a pegada de carbono ao longo do tempo. Temos identificado que, com práticas básicas, se consegue reduções de 15% a 20% ao ano em propriedades leiteiras comerciais”, reafirma.
Ao abrir o evento, Caio Vianna, presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) e diretor secretário do Sindilat/RS, defendeu que a palavra para a virada ambiental é união, numa agenda que coloque os sistemas produtivos no mesmo compasso a fim de alcançarem as melhores práticas de proteção ao meio-ambiente, assumindo sistemas mais eficientes em resultados produtivos e ambientais. “Isso vai fazer a diferença, pois precisamos fazer esta transição para um modelo de futuro, para produzirmos alimentos de qualidade valorizando tudo o que a natureza nos fornece e ensina”, assinala.
Ao longo da manhã, foram realizadas seis palestras e uma mesa redonda. “Neste primeiro dia do seminário tivemos a participação de um público muito interessado em compreender qual o processo para esta virada de chave para a produção verde que, sem dúvida, está logo aí no horizonte e, não apenas dos tambos, mas para todos os sistemas da produção primária”, avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.
Nesta tarefa, Fernando Cardoso, destacou que a Embrapa tem diversificado suas pesquisas nas seis unidades da empresa de pesquisa, Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, focado em tecnologia. “Confirmamos que teremos a oportunidade de aliar o desenvolvimento econômico à melhoria da eficiência do sistema de produção com sustentabilidade. Estamos demonstrando isso aos produtores, para que tenham melhores resultados aliados à preservação, este é o grande propósito”, afirma Cardoso.
Para Ayrton Pinto Ramos, diretor técnico do Sebrae/RS, outra faceta para o progresso dos sistemas de baixo carbono é a implementação dos avanços da tecnologia integrada aos sistemas de melhoria e produção, com incentivo para que se efetivem no campo. “Também não existe se trabalhar a sustentabilidade sem estar próximo ao desenvolvimento econômico. Esta sinergia é vital, também para outros avanços”, acrescentou. Na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS na 46ª Expointer, também participaram da abertura dos trabalhos nesta terça-feira Mariana Tellechea, presidente da Associação Brasileira de Angus, e Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS.
A programação (veja abaixo) seguirá na quarta-feira (30/8), quando, ao final, está prevista a apresentação e a assinatura de protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul.
Programação 1º Seminário RS Carbon Free - 2º Dia - quarta-feira (30/08)
9h: Abertura
9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS
9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono.
9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS
9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais
10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS
10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz
10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS)
10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento
CLIQUE AQUI e confira a programação completa. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)
Indústria láctea foca na inovação e na oferta de formação para enfrentar volatilidade do mercado
Para enfrentar o desafio de proteger o mercado lácteo nacional e gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) está investindo em formação. Em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (29/08), foi confirmada a abertura da oferta de 40 vagas do módulo para laboratoristas dentro do Programa de Formação em Qualidade do Leite. A formação será oferecida pelo sindicato em parceria com a Prefeitura de Estrela (RS) e Univates. A iniciativa é voltada para profissionais das indústrias e agroindústrias e contará com 12 horas/aula, presenciais e on-line. “O curso será aberto a todas as empresas, capacitando os laboratoristas nas etapas de análise do leite, desde a recepção na plataforma até os laboratórios, contribuindo com o fortalecimento da cadeia produtiva láctea. Esta é mais uma das ações voltadas para o crescimento do setor lácteo do RS”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.
A estratégia pela aposta em formação, conforme Alexandre Guerra, 1º vice-presidente do Sindilat/RS, faz frente à preocupação da indústria com os momentos de volatilidade do mercado. “O mais recente é a forte entrada de produtos derivados da Argentina e do Uruguai. E, diante deste cenário, a aposta na formação da mão de obra e qualificação é um degrau que devemos subir a fim de alcançar patamares produtivos superiores. Apostando em melhorias na produtividade juntamente com os pleitos que temos apresentados aos governo por medidas de proteção do mercado”.
Na mesma linha, o Sindicato encabeça a mobilização pelo estabelecimento da 1ª Escola Técnica Laticinista do Rio Grande do Sul, também em parceria com a prefeitura de Estrela, no Vale do Taquari. Ao longo da 46ª Expointer, um protocolo pactuando o interesse de entidades e governos em favor da primeira escola laticinista gaúcha está coletando signatários. Atualmente, a estrutura está em análise pelo Conselho Estadual da Educação, devendo vencer as etapas burocráticas até o final deste ano. “No horizonte, através de cursos de nível técnico, a escola deverá também promover a implantação de novas modalidades industriais, a criação de negócios derivados do leite e a formatação de novas concepções de negócios digitais, como startups, buscando diferenciar o Rio Grande do Sul e garantir a competitividade do nosso leite e do no mercado”, explica Palharini.
Durante a coletiva na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS em Esteio (RS), ngelo Paulo Sartor, diretor-tesoureiro do Sindicato, reforçou que a entidade aguarda retorno quanto às pautas apresentadas à União para diminuir o prejuízo causado à indústria pela entrada de produtos estrangeiros. “Elas incluem alterações em alíquotas de Pis/Cofins, iniciativas de apoio ao escoamento da produção através de modificação na legislação do Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) e o refinanciamento, através de linhas de créditos, das dívidas de produtores de leite e indústrias de laticínios por um prazo de 13 anos”, destaca.
Lançada a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo
Consagrada entre as principais premiações de comunicação no setor leiteiro, foi confirmada a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. Realizada anualmente pelo Sindilat/RS, a distinção chegará ao total de 140 profissionais premiados pelos seus trabalhos voltados para a produção leiteira. “O Sindilat/RS se orgulha da parceria construída com a imprensa ao longo desta jornada, na qual seguimos com o objetivo comum que é o da construção de um setor leiteiro forte e desenvolvido”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo da entidade.
As inscrições para a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo estão abertas até 01/11/23 para publicações que tenham sido realizadas entre 02/11/22 e 01/11/23. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato. O regulamento e a ficha de inscrição estarão disponíveis no site www.sindilat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Carolina Jardine)
Conseleite/MG divulga valor de referência do leite entregue em agosto
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Agosto de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023
os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023
os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023 e valores de referência projetados do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2023 a ser pago em Setembro/2023.
Períodos de apuração:
Mês de Junho/2023: De 01/06/2023 a 30/06/2023
Mês de Julho/2023: De 01/07/2023 a 31/07/2023
Parcial de Agosto/2023: De 01/08/2023 a 20/08/2023
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (As informações são do Conseleite/MG)
Jogo Rápido
Vencedores do Prêmio Referência Leiteira serão conhecidos no dia 31/08
Serão revelados, na quinta-feira (31/8), os 12 vencedores da 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, a premiação, promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) contou com a participação de 150 iniciativas. Ao título de Propriedade Referência em Produção de Leite, concorrem 116 tambos divididos entre os que adotam sistemas à base de pasto e os de semiconfinamento ou confinamento. Já na categoria de cases, há 34 projetos na disputa entre os grupos Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal. A cerimônia, que acontecerá no espaço do Sindilana na Expointer, contará ainda com a apresentação de iniciativas e tecnologias inovadoras para a cadeia leiteira. Ao serem premiados, os destaques receberão troféu e certificado, bem como um notebook como prêmio. Durante o evento, também será lançada a 1ª Edição da Revista Referência Leiteira e o 3º Prêmio Referência Leiteira. CLIQUE AQUI e confira a programação completa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)