Porto Alegre, 21 de agosto de 2023 Ano 17 - N° 3.970
Terras baixas: nova fronteira para o milho
O milho está inserido em uma nova realidade de diversificação de culturas em terras baixas, que inclui cultivos de sequeiro de primavera/verão (soja e milho) e de outono/inverno (trigo, pastagens e plantas de cobertura). Para este ciclo, estima-se a semeadura de milho em cerca de 12 mil hectares em terras baixas, em patamar semelhante ao da safra passada, de 12.802 hectares, com produtividade de 6,51 toneladas por hectare e produção de 72 mil toneladas. A maior produtividade na safra passada ocorreu na Zona Sul, com 8,44 toneladas por hectare. Na região, foram cultivados 3.538 hectares, com produção total de 20.576 toneladas. A média no RS na safra foi de 4,43 t/ha, irrigado e não irrigado.
A expectativa de plantio para a safra 2023/24 será divulgada na Expointer. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Embrapa têm trabalhado para desenvolver a cultura do milho na Metade Sul, com aplicação da tecnologia de sulco-camalhão da Embrapa, que permitem irrigação e drenagem em solo mais profundo e descompactado, propício para o desenvolvimento radicular das plantas. Conforme a diretora técnica do Irga, Flávia Miyuki Tomita, o cultivo em terras baixas tem como vantagens melhor gestão de riscos climáticos e de preços, manejo conservacionista do solo, maior estabilidade da produtividade em função da disponibilidade de infraestrutura de armazenamento e distribuição da água e controle de plantas daninhas, pragas e doenças. “Damos ênfase à irrigação. Não dá pra arriscar semear o milho sem irrigação. O custo de produção é alto, e a cultura é mais sensível que a soja em relação ao déficit hídrico”, lembra. O projeto Milho Irrigado em Terras Baixas teve o primeiro ano na safra 2022/23, com experimentos na Estação Experimental do Arroz, em Cachoeirinha, e em estações regionais, com híbridos, época de semeadura, sistemas de irrigação, adubação e densidade para alta produtividade (10 toneladas por hectare) e muito alta (15 toneladas por hectare).
A produtividade máxima nos experimentos foi de 18,40 toneladas por hectares. A tecnologia de sulco-camalhão foi desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado no Projeto Sulco, que difunde a tecnologia de irrigação. No Rio Grande do Sul, são cerca de 4,5 milhões de hectares em terras baixas, sendo cerca de 1 milhão de hectares cultivados anualmente com arroz. Como nova opção para o produtor, a soja já ocupa em torno de 500 mil hectares em terras baixas. A família Vizzotto planta em torno de 1,5 mil hectares de arroz em Itaqui e Uruguaiana, na Fronteira Oeste. A rotação de culturas começou há seis anos, com soja, e recebe milho há três anos. “Obtivemos vários benefícios com a rotação com soja, que nos permitiu melhorar as produtividades do arroz”, conta William Vizzotto, 30 anos, formado engenheiro eletricista e agora acadêmico de Agronomia. O negócio rural é tocado pelo pai, Vilimar, e o tio, Valdocir, há mais de 30 anos.
O plantio de milho se iniciou há três anos, em 90 hectares, e vai ocupar 300 hectares nesta safra. Eles vão insistir na cultura apesar das estiagens que derrubaram a produtividade das culturas de sequeiro, mesmo com a utilização do sistema de sulco-camalhão para irrigação. “O custo será de cerca de 135 sacos por hectare, e a expectativa é tirar ao menos 150 sacos”, conta. Preocupados com a queda no preço do milho, os Vizzotto só plantarão milho este ano porque tinham sementes armazenadas e querem seguir no caminho de aprendizado da cultura, em um ano com perspectiva de clima mais favorável. “Com o milho, tivemos benefícios ainda maiores nas áreas do arroz, apesar de nossas áreas não terem grande aptidão para culturas de sequeiro”, finalizou. (Correio do Povo)
O setor lácteo, como a economia mundial, passa por muitas transformações estruturais: novas tecnologias disponíveis, mudanças no perfil do consumo, regulamentação, novos canais de venda, produtos substitutos e mudanças estruturais na oferta de leite.Essas mudanças trazem desafios: fazer as coisas como antes não é mais garantia de sucesso. O que era feito ontem, pode já não funcionar hoje. Por outro lado, não há como não reconhecer o clichê de sempre: mudanças carregam consigo oportunidades. Nosso objetivo ao conceber o Dairy Vision, um dos principais fóruns do leite mundial desde 2015, é clarear o cenário para você, executivo atuante na cadeia de lácteos, seja em indústrias processadoras, seja em empresas de insumos, ou na própria produção de leite. Em 2 dias intensos, oferecemos o melhor conteúdo, reunindo temas inovadores e palestrantes de peso, do Brasil e de fora, o que faz do Dairy Vision hoje um dos mais relevantes eventos de estratégia e tendências do setor lácteo.
Além da programação de primeiro nível, o Dairy Vision se consolida como um ponto de encontro de alto nível, onde o networking faz jus ao nome: quem é protagonista, agente de transformação e impulsionador do futuro do setor, estará lá.
Em Campinas, dias 22 e 23 de novembro temos um encontro marcado. Entenderemos as mudanças da cadeia láctea em busca de encontrar as oportunidades para o setor. Elas existem, e são muitas! Cabe a nós reconhecê-las de modo a traçar estratégias competitivas.
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Quinta maior renda no país, mas em queda
A média dos rendimentos efetivamente recebidos no Rio Grande do Sul atinge a marca de R$ 3.251 no segundo trimestre deste ano - a quinta maior do país, atrás do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Porém, na passagem dos primeiros três meses deste ano, quando registrava R$ 3.536, a média gaúcha recuou R$ 285, o equivalente a 8,06%. A queda no RS supera a apurada no país, que foi R$ 245 - passou de R$ 3.186 para R$ 2.941, o que representa recuo de 7,69%.
A economista chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, afirma que é mais difícil definir trajetória futura sobre os rendimentos, pois isso depende de três forças: a dinâmica da inflação, a resiliência do desempenho do mercado formal de trabalho e a evolução do mercado informal.
Ela aponta que a taxa de informalidade no RS é de 32,4%, a quinta mais baixa do Brasil. Na comparação com o mesmo período de 2022, acrescenta, houve redução (era de 32,8%), num cenário de aumento da participação da população na força de trabalho e de diminuição da taxa de desocupação.
Isso significa, comenta Patrícia, que "efetivamente o mercado formal tem performado bem", o que tende a ser benéfico para a renda ao longo do tempo. Existe, na avaliação da economista, algumas hipóteses para isso: melhores condições de contratação formal advindas da reforma trabalhista, atividades tipicamente mais formais que têm desempenhado relativamente melhor na economia e condições também relativamente melhores de acesso a crédito por parte das empresas maiores e mais equilibradas do ponto de vista econômico-financeiro, que costumeiramente empregam com carteira assinada. (Zero Hora)
Jogo Rápido
Emater prorroga inscrições
A Emater/RS-Ascar estendeu até amanhã, dia 22, o prazo de inscrições para seu Processo Seletivo Externo. São 98 vagas disponíveis, que contemplam 40 cargos para funções como técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, médicos veterinários e assistentes sociais. Como benefícios, a Emater oferece vale alimentação, incentivo à capacitação e auxílio creche, sendo facultativa a participação do empregado em fundo de saúde e em plano de previdência privada. Para os cargos de extensionista rural níveis médio e superior, há ainda gratificação técnica de 20% sobre o salário básico. O candidato acessa o edital pelo link https://shre.ink/aa5LO. O valor das inscrições varia de R$ 85,00 a R$ 195,00. (Correio do Povo)