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16/08/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.967


Governo eleva tarifa para importação de lácteos de fora do Mercosul

Alíquota passará de 12% para 18% para itens como queijos processados e manteiga

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta terça-feira (15/8) o aumento da tarifa de importação de derivados de lácteos de países de fora do Mercosul, informou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa.

A alíquota passará de 12% para 18% para queijos processados, como roquefort, camembert, brie e gorgonzola, além de manteiga e óleos manteiga.

O Gecex também alterou a Resolução 353/2022, aprovada no ano passado, que fez um corte geral de 10% nas alíquotas de importação de mais de seis mil produtos. Segundo Perosa, o colegiado abriu uma exceção para 29 itens do setor lácteo cuja tarifa subirá de 10%, passando de 12% para 14,4%. Na lista estão produtos como leite UHT e leite processado, disse o secretário à reportagem.

A Resolução 353/2022 reduziu, em maio do ano passado, em 10% as alíquotas de importação de outros itens lácteos, como creme de leite, queijos ralados, iogurte, manteiga, pasta de espalhar de produtos provenientes de leite, entre outros. O secretário não detalhou se esses são os itens que terão aumento de tarifa.

As duas medidas são aplicadas para importações de fora do Mercosul. O setor produtivo brasileiro reclama das compras de leite em pó dos vizinhos Uruguai e Argentina. "É um alento, às vezes vem leite da Nova Zelândia", afirmou Perosa. "São medidas que dão alento para o setor de leite do Brasil", disse Perosa.

Em reunião com a Fetag-RS, o ministro do MDA anunciou a abertura de investigação sobre eventual dumping nas importações do Mercosul e disse que foi criado um grupo de trabalho para apresentar em 30 dias um programa de aumento de produtividade na cadeia leiteira.

As medidas devem ser anunciadas oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã, durante o evento Marcha das Margaridas, em Brasília, realizado pela Contag. (Valor Economico em parceria com Globo Rural)


Fonterra aumentará a oferta nos leilões do Global Dairy Trade (GDT)

A Fonterra anunciou na sexta-feira, 11/08, em nota à imprensa que, a partir de agora, o Grupo Cooperativo Fonterra ampliou sua oferta de leite em pó integral e leite em pó desnatado no Global Dairy Trade (GDT) para os próximos doze meses.A oferta de leite em pó integral aumentará em 20.000 toneladas nos próximos 12 meses, enquanto a oferta de leite em pó desnatado aumentará em 5.000 toneladas durante o mesmo período. As quantidades totais de gordura láctea (manteiga e gordura anidra do leite) oferecidas para os próximos 12 meses permanecem inalteradas até o momento.Com o hemisfério sul entrando na temporada de alta produção de leite, fontes do mercado esperam que isso seja uma reação à baixa demanda do mercado chinês nos últimos seis meses e às expectativas de demanda mais fraca para leite em pó integral durante os próximos seis meses.A China, o maior parceiro comercial da Nova Zelândia para leite em pó integral, reduziu as importações do produto notavelmente até agora em 2023 devido ao aumento da produção doméstica; esta tendência deverá continuar durante o próximo mês. Com as oportunidades de exportação na China diminuindo, as exportações da Nova Zelândia estão buscando destinos alternativos.Uma fonte do mercado declarou: “ouvimos dizer que ainda há um estoque mais antigo de leite em pó integral na Nova Zelândia que precisa ser movido antes do início da nova temporada; esperamos que a Nova Zelândia forneça muitos destinos importantes de exportação durante os próximos meses devido aos seus baixos níveis de preços e ampla situação de oferta”.

Uma segunda fonte do mercado comentou: “o aumento dos volumes no GDT [Global Dairy Trade] não está realmente ligado a nenhum estoque em nossa opinião, mas sim, foi causado por expectativas de demanda fraca; ouvimos dizer que as vendas existentes estão abaixo das expectativas e, para garantir um fluxo contínuo de produtos, este é um passo cauteloso para evitar o acúmulo de estoque.”

Fontes do mercado em todo o mundo esperam que o aumento nos volumes de oferta pesem fortemente no mercado internacional de lácteos, limitando notavelmente as oportunidades de exportação para fornecedores da UE e dos EUA. Com o aumento da concorrência nos mercados de leite em pó e as margens já baixas para os produtores da UE e dos EUA, várias fontes do mercado indicaram que parece provável que a produção de queijo aumente, já que os processadores provavelmente canalizarão mais leite para as instalações de queijo para garantir um pagamento mais alto.
 
As informações são do Mintec, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

PNAD Contínua Trimestral: desocupação recua em oito das 27 UFs no segundo trimestre de 2023

Desocupação - A taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, caindo 0,8 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (8,8%) e 1,3 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (9,3%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação diminuiu em quatro das cinco grandes regiões, mantendo-se estável no Sul. Também houve redução em oito das 27 Unidades da Federação, enquanto as outras 19 ficaram estáveis. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (11,3%), e o Sul, com a menor (4,7%). As maiores taxas de desocupação foram de Pernambuco (14,2%), Bahia (13,4%) e Amapá (12,4%), e as menores, de Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3,0%) e Santa Catarina (3,5%). A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 9,6% para as mulheres no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,0%) para os brancos (6,3%) e acima para os pretos (10,0%) e pardos (9,3%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (13,6%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados.  Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,3%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,8%). No segundo trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%). O número de desalentados no segundo trimestre de 2023 foi de 3,7 milhões de pessoas. O maior número estava no Nordeste (2,3 milhões de desalentados). O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo tri de 2023 foi de 3,3%.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,7%. O Nordeste (59,1%) e o Norte (58,4%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões. O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%). A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%). 

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Já em relação ao segundo trimestre de 2012 (primeiro ano da série histórica), o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%. O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.921, ficando estável frente ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 2.923) e crescendo frente ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o Norte (R$ 2.316) teve crescimento no rendimento, enquanto as demais regiões ficaram estáveis. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, houve expansão em todas as regiões.   

Frente ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação caiu em oito Unidades da Federação e ficou estável nas demais UFs. Destacam-se o Distrito Federal, que saiu de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, que passou de 12,1% para 10,2%. Piauí tem a maior taxa de subutilização (39,7%) e Rondônia, a menor (6,3%). No 2° trimestre de 2023, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no país foi de 17,8%. O Piauí (39,7%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (31,1%) e Bahia (30,9%). Já as menores taxas ficaram com Rondônia (6,3%), Santa Catarina (6,3%), e Mato Grosso (7,6%). Rondônia tem a maior proporção de conta própria (37,8%) e DF a menor (19,9%). O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,5%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%) e os menores, do Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%). Menor percentual de trabalhadores com carteira é do MA (49,3%) e o maior, de SC (88,1%).

No 2º trimestre de 2023, 73,3 % dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Nordeste (59,1%) e Norte (58,4%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25,5% tinham carteira de trabalho assinada no país. No mesmo trimestre do ano passado, essa proporção havia sido de 25,1%. Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,1%), Rio Grande do Sul (82,3%) e Paraná (81,3%) e os menores, no Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.921, ficando estável frente ao 1º tri de 2023 (R$ 2.923) e crescendo na comparação com o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.750). Na comparação com trimestre anterior, o Norte (R$ 2.316) foi a única região a apresentar expansão estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 2º trimestre de 2022, houve crescimento do rendimento médio em todas as regiões.

A massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, foi estimada em R$ 284,1 bilhões, registrando estabilidade estatística em relação ao trimestre anterior (R$ 281,3 bilhões). Frente ao 2º trimestre de 2022 (R$ 265,2 bilhões), houve expansão da massa de rendimento. Pará tem a maior taxa de informalidade (58,7%) e SC, a menor (26,6%). A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,2% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%) e as menores, com Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).

Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e Trabalhador familiar auxiliar. No segundo trimestre de 2023, os contingentes da maioria das faixas de tempo de procura por trabalho continuaram a mostrar reduções percentuais, como mostra a tabela abaixo.

No segundo trimestre de 2023, havia 2,04 milhões de pessoas desocupadas que estavam procurando trabalho por dois anos ou mais. Esse contingente caiu 31,7% frente ao segundo trimestre de 2022, quando havia 2,985 milhões de pessoas nessa faixa. Foi uma redução de 945 mil pessoas nesta faixa de tempo. No entanto, em relação ao primeiro ano da série histórica, no segundo trimestre de 2012, o total de pessoas buscando trabalho por dois anos ou mais cresceu 34,2%. (IBGE)


Jogo Rápido

Concurso do Mapa poderá ofertar até 520 vagas
OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) definiu a comissão especial que vai definir os requisitos e etapas do concurso público para novos servidores da pasta. A expectativa é de que sejam abertas 520 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, conforme Portarias MGI nº 2.847 e 2.761, de 16 junho de 2023, do Ministério de Estado da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que autorizam o Mapa a realizar o concurso. Em relação ao edital, o objetivo é que seja publicado até dezembro, conforme as exigências legais. Após a sua publicação, serão definidas as datas para a realização das provas, atendendo à necessidade de tempo para a preparação adequada dos candidatos e à disponibilidade de locais para a aplicação dos exames. A possibilidade de formação de cadastro reserva também será definida no edital do concurso, juntamente com demais informações. Deverão ser ofertadas vagas para os cargos de Agente de Atividades Agropecuárias; Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal e Técnico de Laboratório no Nível Médio Técnico e, para Nível Superior, Auditor-Fiscal Federal Agropecuário; Analista em Ciência e Tecnologia e Tecnologista. Os cargos são para atuação no Mapa e no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A escolha da banca organizadora será feita de forma criteriosa, considerando a experiência, capacidade técnica e idoneidade da empresa selecionada. A remuneração pode chegar a mais de R$ 22 mil para nível superior e a distribuição das vagas será feita de acordo com as necessidades do ministério, levando em consideração as áreas de atuação e as demandas existentes. O último concurso realizado pelo Mapa ocorreu em 2017, onde foram ofertadas 300 vagas para Auditor-Fiscal Agropecuário, com mais de 19 mil inscritos. (MAPA)


 
 
 

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