Iniciou na terça-feira (06/06) uma série de agendas em Minas Gerais que têm como objetivo capitalizar conhecimentos para fomentar a indústria leiteira do Rio Grande do Sul e incrementar o manancial curricular da Escola Técnica Laticinista gaúcha. As atividades se concentraram na visita à Embrapa Gado de Leite e foram acompanhadas por Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Carine Schwingel, secretária municipal de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade e por Tanara Schmidt, diretora do Departamento de Meio Ambiente, órgãos ligados à prefeitura de Estrela (RS) que capitaneiam a implantação do educandário.
Em desenvolvimento pela Embrapa Gado de Leite, o grupo pode conhecer, na cidade de Juiz de Fora (MG), o andamento das pesquisas de melhoramento genético para a produção de leite A2A2. O alimento se diferencia por conter apenas beta-caseína A2, mantendo as mesmas propriedades benéficas para o consumo, evitando reações para quem tem alergia à proteína e melhorando a digestão deste alimento. Entre as raças com maior frequência de presença destes alelos estão as zebuínas.
Já na parte da tarde, no Campo Experimental José Henrique Bruschi, na cidade de Coronel Pacheco, a comitiva acompanhou o sistema de produção Compost barn, pesquisado pela Embrapa, como uma alternativa para a produção em confinamento, tendo como característica a cama orgânica de materiais como serragem ou maravalha, em que a compostagem dos dejetos ocorre naturalmente. Entre os resultados aferidos estão a garantia do bem estar animal assim como a baixa incidência de mastite.
Conforme Carine Schwingel, a proposta é firmar parceria para incorporar o manancial de conhecimento da Embrapa à Escola Técnica Laticinista gaúcha. “Conseguimos identificar na prática a importância da pesquisa e das avaliações técnicas para o melhoramento da qualidade e da produtividade do leite. A Embrapa tem um espaço diferenciado com profissionais e setor acadêmico voltados ao desafio de se produzir mais com menos, desde a alimentação ao ambiente. Queremos levar essas tecnologias para os nossos produtores através da Escola”, aponta.
Darlan Palharini acrescenta que a incorporação de novas tecnologias, tanto no campo quanto na indústria, é uma realidade que vem se impondo a fim de garantir competitividade ao leite gaúcho. “Com conhecimento e investimento na formação técnica podemos levar nossa produção a patamares superiores. Confiamos que esta parceria do Sidilat, Embrapa e Escola Laticinista é um caminho viável para fazer isso acontecer”, reforça.
Foto: William Fernandes Bernardo/Embrapa Gado de Leite
Assessoria de imprensa SINDILAT/RS com informações da Embrapa Gado de Leite