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08/05/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.895


Extremos climáticos: quais foram os prejuízos causados no campo?

Eventos climáticos extremos causaram prejuízos de R$ 287 bilhões à agropecuária brasileira entre 2013 e 2022, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), feito com base em dados do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.As secas foram responsáveis por 87% dos prejuízos na agropecuária no intervalo considerado no levantamento. Ao todo, os eventos causaram perdas em 6,8 milhões de hectares de lavouras, uma área que equivale à soma dos territórios dos Estados do Rio de Janeiro e Alagoas.

No período, 4.624 municípios publicaram 14.635 decretos de anormalidade, e 3.384 informaram os dados à base do governo federal. A seca é o evento que mais prejudica o produtor rural: essa foi a razão de mais de 12 mil decretos municipais de situação de emergência ou estado de calamidade pública. A falta de chuvas foi responsável por 87% dos prejuízos na agropecuária no intervalo que a CNM considerou no estudo.

A agricultura sofreu danos que somaram R$ 216,6 bilhões, ou 65% do total. A estiagem causou 86% das perdas agrícolas (R$ 186,2 bilhões), e as chuvas em excesso, 14% (R$ 30,3 bilhões).

Segundo a CNM, houve perdas em 6,8 milhões de hectares de lavouras entre 2013 e 2022. O número corresponde a 1,6% da área média de cultivo no país nesse período, mas, em alguns Estados, as perdas foram mais expressivas, como em Pernambuco (20,1%), Sergipe (16,4%) e Rio Grande do Norte (13,8%). Na pecuária, os prejuízos foram de R$ 70,4 bilhões. A falta de chuvas foi responsável por 92% das perdas na atividade, de quase R$ 65 bilhões.

Outros setores da economia, como indústria e serviços, também tiveram prejuízos com eventos extremos entre 2013 e 2022. Ao todo, as perdas foram de R$ 320,1 bilhões nesse intervalo. O impacto sobre a agricultura e a pecuária, no entanto, correspondeu a 90% dos danos que a iniciativa privada sofreu.

A maior parte dos danos ocorreu no ano passado. As perdas de agricultores e pecuaristas somaram R$ 85 bilhões em 2022, ou quase 22% de todo o prejuízo acumulado nos últimos dez anos.

A Confederação Nacional de Municípios diz que as perdas com os eventos climáticos têm um “efeito deletério” sobre as economias locais, já que os recursos deixam de circular nos municípios. A CNM apontou ainda que, proporcionalmente, o crescimento das perdas na agropecuária foi mais acelerado que o do Valor Bruto da Produção (VBP) no mesmo período.

Segundo a entidade, o clima adverso não teve impacto sobre a economia do campo em 2013 e 2014. Em 2015, os danos representaram 2,7% do VBP da agricultura. Já no ano passado, a fatia passou a ser de 8,7%.

As regiões mais afetadas pelos eventos climáticos foram Nordeste e Sul. Elas sofreram 36% e 33% dos prejuízos à agropecuária entre 2013 a 2022, respectivamente.

Na agricultura, o Rio Grande do Sul foi o Estado mais prejudicado nos dez anos, com R$ 38,5 bilhões em perdas, o que equivale a 21% do total; na sequência ficaram o Paraná, com R$ 26,3 bilhões, e Minas Gerais, com R$ 24,8 bilhões. Na pecuária, as secas concentraram 56% das perdas do Nordeste. Na região, os maiores danos ocorreram na Bahia, com R$ 14,73 bilhões. Minas Gerais contabilizou os maiores prejuízos da atividade no país, com R$ 16,58 bilhões.

O excesso de chuvas afetou mais os produtores de Centro-Oeste e Sul. Na pecuária, as chuvas afetaram especialmente Mato Grosso do Sul (R$ 1,3 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,5 bilhão).

“O efeito negativo do excesso ou falta das chuvas sobre as lavouras é bastante evidente no Rio Grande do Sul, que nos últimos anos teve perdas significativas com a seca. O aumento dos prejuízos resultou na queda do valor da produção agrícola”, diz o documento da confederação, obtido pelo Valor.

Segundo a entidade, o impacto dos prejuízos correspondeu a quase 30% do VBP gaúcho em 2022. Nos dez anos considerados no levantamento, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte tiveram, em alguns casos, perdas econômicas superiores ao valor da produção estimado pelo Ministério da Agricultura.

A CNM também mediu o impacto dos eventos climáticos sobre a atividade agrícola dos principais municípios do agro, aquele com Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam) entre 0,6 e 1. Segundo a entidade, as 500 cidades que lideram o ranking concentram 66% do VBP da agricultura e 38% dos danos às lavouras. Já os 500 municípios com menor pontuação representam 1% do valor bruto da produção agrícola e 9% dos prejuízos.

“Em 487 municípios brasileiros, toda a riqueza que a agricultura gerou nos últimos dez anos se perdeu com o excesso ou falta de chuvas, afetando 537.934 estabelecimentos e 1.489.432 pessoas ocupadas. Essa situação indica a necessidade de melhoria no processo produtivo com foco em culturas mais adaptadas ao clima da região e resistentes à seca”, aponta a entidade.

A CNM diz que é preciso fortalecer os mecanismos de convivência com a seca, por meio da construção de barragens e cisternas, por exemplo, além de incentivar o uso da irrigação na produção agropecuária e o seguro rural. “Para minimizar os danos, as ações de prevenção e gestão de riscos devem passar a integrar a ação coordenada e articulada dos entes da federação”, diz a CNM.

As informações são do Valor Econômico.


Custas de processos trabalhistas superam o PIB de nove estados

Estudo da Neoway, empresa de inteligência de dados, revela que despesas processuais de cinco estados brasileiros custaram R$ 94,5 bilhões

São Paulo – Processos trabalhistas de cinco estados brasileiros custaram R$ 94,5 bilhões para empresas de cinco estados. O valor equivale a mais de duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) de Sergipe e supera toda a riqueza gerada em outros oito estados.

É o que revela um estudo da Neoway, empresa de inteligência de dados, com base em informações dos sistemas de Justiça do País.

Atualmente, cerca de 1 milhão de empresas brasileiras respondem a, pelo menos, um processo trabalhista.

São Paulo concentrou 64% das ações, e as custas processuais atingiram cerca de R$ 61 bilhões, quase o equivalente ao PIB de Alagoas.

Seguem na lista Rio de Janeiro (R$ 13,4 bilhões), Minas Gerais (R$ 9,5 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 5,4 bilhões) e Bahia (R$ 5,2 bilhões).

Apesar da liderança em valores, São Paulo fica atrás do Rio de Janeiro em número de processos — cerca de 4,7 milhões, no Rio, ante 345 mil.

As causas mais comuns envolvem pedidos de indenização por danos morais, contestação do aviso prévio, e reclamações por adicional de hora extra.

Ainda segundo o estudo, empresas do varejo são as mais acionadas, concentrando 41% dos processos. (Diário do Comercio)

Leite/América do Sul

Existem melhorias nas tendências climáticas recentes na América do Sul, especialmente no que se refere à precipitação tão necessária.

Embora as temperaturas estejam acima da média em algumas áreas, são boas as perspectivas de produção de leite.

Os relatórios sugerem que os padrões climáticos do La Niña estão diminuindo, deixando no lugar os padrões climáticos do El Niño, que trazem um tempo chuvoso para a safra de milho atual.

O preço do leite ao produtor está firme em grandes países produtores de leite, como Uruguai e Argentina, para tentar aumentar a produção, notavelmente limitada, no momento.

Entretanto, relatórios indicam que muitos produtores venderam suas vacas para abate, pois a melhora das condições climáticas que proporcionam maior conforto animal e reduz os custos da alimentação chegaram tarde demais.

As exportações de commodities lácteas continuam se movendo da Argentina e Uruguai para o Brasil.

As importações de queijo pelo maior mercado do continente continuam fortes, mas também as remessas de leite em pó, especialmente leite em pó integral (WMP).

Os importadores chineses e argelinos continuam presentes na região, mas a parcela mais significativa das commodities segue para o Brasil. Os preços de WMP e SMP na região permaneceram estáveis ou continuam subindo. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido

Sindilat/RS é parceiro da Prefeitura de Estrela para implantação de Escola Laticinista
Confira aqui a entrevista com o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, na Rádio Tirol. A fim de implementar aquela que será a primeira Escola Técnica Laticinista do Rio Grande do Sul, aconteceu recentemente a instalação do Comitê Gestor. O grupo, que congrega representantes da prefeitura de Estrela, Univates, entidades de ensino e da indústria leiteira, já definiu entre as diretrizes a oferta de vagas para todas as cidades do Estado. O secretário também falou das dificuldades enfrentadas pelo setor. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 
 
 

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