Porto Alegre, 27 de março de 2023 Ano 17 - N° 3.868
A produção de leite na Argentina em fevereiro de 2023 atingiu o volume de 805 milhões de litros. Esse valor está quase 16% abaixo do resultado obtido em janeiro passado e apresenta uma queda de 1,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.Isso foi indicado em um relatório divulgado pelo Observatório da Cadeia de Lácteos Argentina, onde foi indicado que em fevereiro houve uma queda de 6,7% na média diária.
De acordo com o relatório, a queda média de janeiro é de 9%, mas este ano foi menor, em 7,3%. Isso porque foi comparado com o mês de janeiro de 2022, que foi atípico, devido ao forte estresse calórico que o rebanho sofreu. Já em fevereiro, a queda mensal foi maior do que a média histórica, ficando em 6,7%. Normalmente, a média é de 5% a 5,5% de queda.
A OCLA afirma que isso se repetirá em março devido aos efeitos da seca e questões relacionadas à economia.
Evidentemente, os efeitos da forte estiagem que atinge grande parte das bacias leiteiras e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos ligados à alimentação do rebanho) geraram efeitos negativos na produção de leite. A força inercial trazida pela produção de 2022 certamente vai desacelerar nos próximos meses e teremos valores negativos significativos no segundo e terceiro trimestres deste ano.
A produção do primeiro bimestre do ano, 1,2% superior à de janeiro a fevereiro de 2022, coincide com a estimativa que foi publicada no início do ano com dados fornecidos pelas principais indústrias.
As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
Conseleite SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Março de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Fevereiro de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite Santa Catarina)
EMATER/RS: Informativo Conjuntural nº 1755 – 23 mar. 2023
BOVINOCULTURA DE LEITE
Apesar do registro de chuvas, houve diversos períodos de tempo seco com altas temperaturas. Em função da alternância dessas condições, não houve acúmulo de água, e consequentemente de barro, nos locais de manejo das matrizes, favorecendo a manutenção da higiene durante a ordenha, assim como a qualidade do leite entregue. Porém, a continuidade das temperaturas elevadas causou grande estresse calórico aos animais, interferindo no consumo de pasto no campo, o que trouxe impactos à produção leiteira. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, mesmo com a melhora na oferta forrageira a campo, os produtores seguem realizando a suplementação da dieta das matrizes em lactação. Na de Frederico Westphalen, a produção de leite está estável, porém a baixa qualidade da silagem poderá causar, nas próximas semanas, a redução na produção e/ou aumento no custo de produção pela necessidade de maior uso de alimentos concentrados. Já na de Ijuí, houve registro de queda na produção de leite em torno de 5% em relação ao volume produzido no mesmo período do ano anterior. Na de Passo Fundo, apesar da melhora nas condições dos rebanhos, os índices de produção ainda não foram recuperados totalmente. Na de Pelotas, o clima extremamente quente dificulta a entrada das matrizes nas pastagens, pois essas preferem ficar à sombra, próximas às fontes de água. Em Pedras Altas, o preço do leite teve um pequeno aumento, mas a produção permanece baixa. Muitos produtores ainda não iniciaram a semeadura de pastagens de verão, aguardando chuvas de maior volume. Em Rio Grande, ainda não há água para reservação, mas o campo nativo apresenta discreta brotação. Na de Soledade, também houve registro de perdas produtivas em função do estresse calórico provocado pelas altas temperaturas. Apesar do calor, as chuvas ocorridas na semana melhoraram a disponibilidade de forragens a campo, assim como permitiram a realização de adubação em cobertura nas áreas de pastagens e de milho. Na de Porto Alegre, as chuvas melhoraram a oferta forrageira do campo nativo, mas os rebanhos somente mantêm a produtividade através da suplementação. Nas de Santa Maria e de Santa Rosa, houve relato de redução nos prejuízos causados pela estiagem e, em muitos casos, a produção está regularizada.
Milho silagem
A área implantada no Estado é de 357.476 hectares. A produtividade atual é de 23.023 kg/ha, consistindo em redução de 39,18% projetados no início do cultivo. A colheita alcançou 80%, e 7% estão próximos ao ponto de corte. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, foram implantados 18.444 hectares, e a produtividade estimada é de cerca de 25.000 kg/ha, isto é, aproximadamente 40% inferior à projetada inicialmente. As lavouras plantadas em safrinha estão em fase de desenvolvimento vegetativo, com algumas áreas em pendoamento. Os tratos culturais, como controle de ervas daninhas e aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, foram finalizados. Esses cultivos sofreram intenso ataque de cigarrinhas, aumentando os custos do alimento conservado. Na de Frederico Westphalen, foram plantados 36.402 hectares, e a produtividade estimada é de 19.500 kg/ha, sendo 45% inferior à estimada inicialmente. Em decorrência dessa redução e da necessidade de suplementar os rebanhos, foram semeados 5.000 hectares em sucessão às lavouras ensiladas ou de produção de grãos. Atualmente 10% dessas lavouras estão em desenvolvimento vegetativo; 20% em floração; 60% em enchimento de grãos; e 5% foram cortados para ensilar. A silagem resultante apresenta melhor qualidade do que a efetuada anteriormente, basicamente porque as plantas permaneceram mais verdes até o corte, e há uma maior proporção de grãos no material ensilado. (EMATER/RS)
Jogo Rápido
Na última quinta-feira, 23 de março, o Secretário-Executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul - Sindilat/RS, no programa Rural Notícias, do Canal Rural, atualizou o cenário sobre a situação da taxação da muçarela para entradas do produto no Brasil. Clique aqui e assista a matéria na íntegra, no minuto 40 do vídeo. (As informações são do Sindilat e do Canal Rural)