Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2023 Ano 17 - N° 3.840
Está pronta a proposta de correção da tabela do IR
O Ministério da Fazenda já finalizou a proposta para correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o que deve ampliar a faixa de isenção, hoje no valor de até R$ 1.903,98. A proposta aguarda agora a decisão do presidente Lula. A finalização da proposta foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento na reunião do Diretório Nacional do PT. De acordo com a assessoria do PT, Haddad falou por 40 minutos sobre políticas fiscais e monetárias.
O ministro informou aos dirigentes partidários que concluiu também o programa Desenrola, que será voltado à renegociação de pequenas dívidas. A última atualização da tabela de Imposto de Renda foi feita em 2015. A falta de correção tem feito com que cada vez mais brasileiros, em especial os de menor renda, passem a pagar o tributo. Com o valor do salário mínimo hoje em R$ 1.302, pela primeira vez na história do país as pessoas que ganham um salário mínimo e meio por mês serão taxadas.
O valor atual do mínimo foi definido na proposta orçamentária do governo anterior. Durante a campanha eleitoral, Lula chegou a prometer ampliar para R$ 5 mil mensais a faixa de isenção. Durante reunião com centrais em janeiro ele reiterou a sugestão, enfatizando que no Brasil, “quem ganha muito paga pouco”. “Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O pessoal fala que se fizer isenção até R$ 5 mil, são 60% da arrecadação. Então, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, concluiu. (Correio do Povo)
EUA: crescimento na indústria de laticínios e preços em tendência de queda
O Rabobank previu que os preços dos lácteos devem continuar com uma tendência de queda no primeiro trimestre de 2023, em meio à ausência da demanda de importações chinesas devido à redução de estoque doméstica antecipada.
No entanto, diz o Rabobank, a partir do segundo trimestre de 2023, o interesse de compra deve se renovar, resultando em maiores importações chinesas em relação ao ano anterior no segundo semestre desse ano e fornecendo um suporte para os mercados globais de lácteos.
De acordo com os analistas do Rabobank, o recente leilão Global Dairy Trade (GDT) em 17 de janeiro foi um evento relativamente tranquilo, caindo 0,1% para um preço médio de US$ 3.393 por tonelada. Desde o início de agosto, apenas 4 dos 11 leilões GDT terminaram acima do evento anterior.
Aumento da produção de queijo nos EUA
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) destacou o aumento da produção de queijo nos EUA em seu relatório de novembro sobre produtos lácteos. Em uma base ajustada de 30 dias, a produção aumentou 1,7% em relação ao mês anterior. “No entanto, em uma base anual, a produção caiu 10%, pois os produtores responderam a um mercado de exportação fraco. Devido ao aumento mensal na produção de leite em pó desnatado, os estoques aumentaram 3,4%”, aponta o Rabobank.
O relatório de janeiro sobre as Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) do USDA forneceu uma leitura decepcionante para os produtores dos EUA, disse o Rabobank, com as projeções de preços para 2023 reduzidas em toda a classe de produtos lácteos e leite em meio à fraca demanda doméstica e pressão de preços internacionais. O Rabobank prevê que esses cortes reduzirão as margens dos produtores, o que provavelmente acabará limitando a expansão dos EUA em 2023.
O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA para laticínios e produtos relacionados permanece elevado em várias regiões. “Os dados de dezembro mostram um aumento de 15,3% na comparação com relação ao ano anterior. Na Austrália, os dados do quarto trimestre de 2022 mostraram um aumento nos preços dos lácteos e produtos relacionados (+4,2% com relação ao trimestre anterior)”, observa o Rabobank.
“Como resultado, estamos vendo mais sinais de fraqueza na demanda por lácteos, à medida que os consumidores mudam para marcas próprias de supermercados. Olhando para o futuro, há uma preocupação crescente de que a diminuição da confiança do consumidor reduza o consumo, principalmente nos países em desenvolvimento, à medida que as pressões inflacionárias persistem”, acrescenta o Rabobank.
Crescimento de lácteos nos Estados Unidos
Durante uma sessão de perspectivas de mercado no Dairy Forum da International Dairy Foods Association, a analista Mary Ledman, do Rabobank, disse que espera que a indústria de lácteos dos EUA cresça a longo prazo. Ela destacou os atuais investimentos domésticos e globais no setor americano de processamento de laticínios.
Ledman acredita que não há confiança para expandir a produção de leite na Europa neste momento. “É devido à retórica política. Lembre-se, nenhuma lei foi aprovada, mas a retórica está abalando a confiança dos produtores de leite.”
Um relatório recente do UBS na Austrália mostrou que os lácteos continuam reduzindo as pressões inflacionárias. Os preços dos laticínios subiram 14% no ano até dezembro. Houve um aumento de 24% nos preços do queijo e de 18% na manteiga.
Os analistas do UBS estão cada vez mais preocupados com a fraqueza da produção australiana de leite. O FreshAgenda divulgou recentemente previsões para uma queda de 6-7% no ano financeiro de 2023 e um declínio adicional de 3-4% no ano financeiro de 2024, para 7,7 bilhões de litros.
A gigante dos supermercados Coles foi a última empresa a aumentar o preço de suas variedades lácteas de marca própria. A Coles disse que foi forçada a aumentar o preço de seu leite em meio a um aumento no custo de embalagem e transporte. A diretora comercial da Coles, Leah Weckert, explicou que o aumento dos custos da cadeia de suprimentos que a Coles está vendo, incluindo pagamentos mais altos aos produtores e processadores de leite, exigiu esses aumentos.
Em outras notícias do mercado, a Fonterra e a Nestlé concordaram com a venda de sua joint venture Dairy Partners Americas (DPA) Brasil para a empresa francesa de laticínios Lactalis por NZD $ 210 milhões (US $ 136 milhões). Espera-se que o negócio seja concluído em meados de 2023, sujeito às aprovações das autoridades reguladoras. O presidente-executivo da Fonterra, Miles Hurrell, disse que a venda da DPA Brasil está alinhada com a estratégia da cooperativa de priorizar seu pool de leite da Nova Zelândia. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)
Inscrições para a feira SIAM, no Marrocos, podem ser feitas até o dia 10 de março
Empresas brasileiras poderão participar da feira Salon International de L’Agriculture au Maroc (SIAM 2023), que ocorre entre os dias 02 e 07 de maio deste ano em Meknès, no Marrocos. As inscrições começam nesta segunda-feira (13) e irão até o dia 10 de março neste link.
O Pavilhão Brasil é coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
A SIAM, que acontece desde 2006, é voltada para vários setores da agricultura internacional de alimentos e bebidas e maquinários. É um evento business to business, cuja última edição, em 2019, contou com mais de 1.300 expositores de mais de 60 países, além de mais de 85 mil visitantes.
O Mapa incentiva a participação de cooperativas e empresas que planejam entrar no mercado internacional, cujos produtos se adequem ao perfil da feira. Além disso, oferece a realização de negócios e abertura de novas fronteiras para o agronegócio brasileiro.
Quem pode participar?
Empresas da indústria de alimentos e bebidas, produtos e insumos agropecuários, comerciais exportadoras, tradings, entidades setoriais e cooperativas, desde que para a promoção exclusiva de produtos brasileiros. O Mapa estimula a inscrição de cooperativas e empresas de pequeno porte que planejam se inserir no mercado internacional e cujos produtos se adequem ao perfil da feira.
Custos de participação
O Mapa e o MRE serão responsáveis pelos custos de contratação do espaço na feira, montagem do estande, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil. Cada empresa participante será responsável por suas despesas pessoais (passagens aéreas, vistos, vacinas, hospedagem, alimentação etc.) e pelos custos com o envio de amostras.
O Mapa entrará em contato por e-mail com os expositores selecionados após o término do processo. Para mais informações, entre em contato com a Coordenação-Geral de Promoção Comercial (CGPC), no e-mail cgpc_2@agro.gov.br ou pelo telefone (61) 3218-2425. (MAPA)
Jogo Rápido
Espanha: O ano de 2022 fechou na UE com um aumento do preço médio do leite de vaca próximo dos 40%
O preço médio do leite de vaca cru na UE fixou-se em 57,41 euros/100 quilos em dezembro, o que representa um aumento de 39,2% face a dezembro de 2021, segundo os últimos dados da Comissão Europeia. Em dezembro, porém, quebrou a sequência de altas iniciada no início de 2021. Nesse mês, registrou-se uma queda de 0,6% em relação a novembro e, embora ainda não sejam conhecidos os dados de janeiro de 2023, Bruxelas aponta para uma nova queda de 0,8%, elevando a média comunitária para 56,97 euros/100 quilos. Ao longo de 2022, todos os Estados-Membros da UE (exceto Malta) registaram aumentos significativos no preço do leite na fonte. As mais pronunciadas foram as de Portugal (+72%; 54,85 euros/100 quilos em dezembro) e Espanha (+64%; 57,96 euros/100 quilos), que se situaram ligeiramente acima da média comunitária pela primeira vez em anos. Os preços na Hungria e na Romênia também subiram mais de 60%. No que diz respeito à produção, a Comissão Europeia ainda não divulgou os dados de entrega de dezembro. Até novembro mantiveram-se estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. (Fonte: Agro Popular See More)