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10/01/2023

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 10 de janeiro de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.819


Balança comercial de lácteos: importações se mantém estáveis

O que podemos esperar para o próximo mês?

O ano de 2022 encerrou com as importações em patamares elevados. Após atingir recordes de importações no mês de setembro, o volume veio em queda, porém, mesmo com os recuos, as importações fecharam o ano elevadas. Já as exportações seguiram desestimuladas, sem grandes alterações nesta reta final do ano.

Com a dinâmica que vem se formando, de sucessivos recuos nos últimos meses para os derivados lácteos (devido ao aumento da oferta de leite matéria-prima, e uma demanda ainda desestabilizada) e o dólar volátil, passando por avanços nos últimos dias (devido ao período de transição entre governos), as importações devem iniciar o ano de 2023 em queda, bem como as exportações desestimuladas.

Mesmo com esses recuos, as importações devem seguir em patamares elevados, devido ao atual cenário, e as quedas dos preços no mercado internacional. Além disso, devem iniciar o ano de 2023 bem superiores ao ano de 2022, visto que no início do ano passado as importações estavam desestimuladas, operando em patamares baixos. (Milkpoint)


Argentina – Programa de Governo investirá quase 10 bilhões de pesos no setor lácteo

Leite/AR – O ministro da Economia, Sergio Massa, e o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca, Juan José Bahillo, anunciaram o Programa de Incentivo à Produção de Leite, que compensará a média mensal de litros de leite vendidos entre os meses de outubro de 2021 e setembro de 2022.

O ministro da Economia destacou que “se existe uma atividade federal na Argentina é a produção de leite. Estamos no coração produtivo da Argentina. É uma atividade construída com a soma do campo e da indústria; não na luta entre o campo e a indústria, mas o campo transformado em um pilar para a industrialização e desenvolvimento da Argentina para agregar cada vez mais valor, neste mundo em que a guerra pela proteína pode proporcionar.

O secretário de Agricultura, afirmou que “O Incentivo à Produção de Leite é uma iniciativa que atende ao compromisso da Secretaria e do Ministério da Economia de fortalecer todas as economias regionais do país. Nosso trabalho é estar perto dos atores produtivos para tomar as melhores decisões para o setor”.

O programa consiste em melhorar a rentabilidade de 79% dos produtores e produtoras do país, outorgando um valor fixo em pesos por litro de leite durante quatro meses de acordo com os estratos:

- Aqueles que comercializaram até 1.500 litros de leite por dia, receberão 15 pesos por litro.

- Aqueles que comercializaram entre 1.501 e 5.000 litros por dia, receberão 10 pesos por litro.

Desta forma, o Governo Nacional fará um investimento total de 9,16 bilhões de pesos para fortalecer os pequenos e médios produtores em uma atividade que se caracteriza por um alto valor agregado, geração de emprego e raízes territoriais, impulsionando as economias locais de distintas regiões do nosso país.

Cabe destacar que o programa fornecerá uma compensação máxima de até 600.000 pesos mensais por produtor ou produtora, alcançando 2.616 produtores e produtoras que comercializam até 1.500 litros diários, e a 2.525 produtores e produtoras que comercializam entre 1.501 e 5.000 litros diários.

Durante o anúncio, realizado em Villa Maria, na província Córdoba, foram entregues ANR, dentro do Programa Nacional de Agregação de Valor para Cooperativas Agroindustriais “CoopAr”, destinado às Cooperativas Agroindustriais de todo o país, em um valor total de 167.739.521 pesos.

Este programa tem como objetivo a promoção e execução de projetos de investimentos em bens de capital, infraestrutura e capital de trabalho destinados a aprimorar a competitividade, a agregação de valor na origem, as exportações, assim como a vinculação da produção agroindustrial com os outros setores econômicos. (Fonte: Agrositio – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Leite/América do Sul: A expectativa em relação ao mercado das commodities lácteas no Cone Sul é de cautela

O comércio de commodities lácteas no sul do continente está fraco desde o início de dezembro. As competições esportivas internacionais seguidas pelas férias do final de ano significaram um período a mais de recesso nos países do Cone Sul. Existe a esperança de que a atividade comercial aumente em 2023, mas o mercado está muito cauteloso. 

O comércio com a China desacelerou provocando a queda dos preços globais das commodities lácteas. O comércio dentro e fora do Mercosul ajuda a compensar parte das perdas provocadas pelo menor embarque para os portos chineses. Também os movimentos políticos em alguns países da América do Sul e Central estão criando alguns obstáculos para processamento, embarque e comércio nesses países.

Espera-se que nos meses de verão a produção de leite caia. As expectativas são pessimistas diante dos baixos preços das commodities lácteas, junto com as condições secas do tempo que elevam os custos operacionais tanto nas fazendas, como no processamento.

Enquanto isso, espera-se que haja melhoria na colheita de soja no Brasil, enquanto outras partes do Cone Sul aguardam a quebra de safra, em decorrência das condições secas do solo.

As cotações do leite em pó desnatado (SMP) sofreram queda diante da fraca demanda do Sudeste Asiático. Já os preços do leite em pó integral (WMP) ficaram estáveis com o fortalecimento do comércio na região, no Norte da África e partes da Europa. No entanto, o quadro não é muito otimista na região e no mundo.   

Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva


Jogo Rápido 

Volume menor
A falta de chuva que traz prejuízos às lavouras de grãos do Rio Grande do Sul também está fazendo "secar" os tambos de leite. Na regional da Emater de Frederico Westphalen, no norte do Estado, a estimativa é de uma perda média de 15% no volume recolhido. Reflexo da combinação de redução na oferta de alimento e água para os animais com o estresse térmico causado pelas altas temperaturas. Ingrediente principal da dieta das vacas nessa área, a pastagem é impactada pelo tempo, assim como o milho silagem. E a alternativa de suplementar traz uma despesa adicional justamente quando o rendimento é reduzido, pontua Luciano Schwerz, gerente-regional da Emater de Frederico Westphalen: - Os produtores estão muito preocupados com esse cenário que mais uma vez causa prejuízos. Nos últimos quatro anos a atividade leiteira sofre danos por falta de chuva. Não só pelo volume de alimento que diminui, mas também pela qualidade. Condição que traz um efeito cascata também à indústria. - Com pouca chuva, aumenta o custo para o produtor, que terá uma oferta menor de matéria-prima para as indústrias. É mais um problema para a atividade leiteira, que já vem de um período bastante complicado - acrescenta Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS. A sequência de problemas preocupa, dado o histórico entre 2015 e 2021, período em que o Estado perdeu metade dos produtores de leite, conforme dado da Emater. - Quando você está entrando no quarto ano consecutivo de não conseguir alimento para os animais, pesa mais. Acaba secando a vaca, tirando de produção antes do que precisaria. O produtor está tendo de decidir todo dia, se vende todo o gado, parte. Está tendo de tomar decisões todos os anos - lamenta Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês no RS. (Zero Hora)


 
 
 

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