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09/12/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 09 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.797


Como o Catar criou vacas no deserto e com ar condicionado

O Catar está na boca de milhões de pessoas em todo o mundo por ser a sede da Copa do Mundo de Futebol de 2022. Por isso, vale lembrar a crise pela qual a indústria de lácteos do país passou há alguns anos e qual foi a solução encontrada.

Já passou pela sua cabeça fornecer ar condicionado às suas vacas em um deserto para que elas possam suportar as intempéries? Se isso lhe parece uma ideia maluca, essa foi a solução que o povo do Catar encontrou para evitar ficar sem leite na crise ocorrida em 2017, além de outras alternativas que até o momento estão sendo trabalhadas.

Em junho de 2017, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein declararam boicote diplomático ao seu vizinho do Golfo, o Catar, deixando-o de mãos atadas com o fechamento de sua única fronteira terrestre, parte de suas fronteiras marítimas e espaços aéreos, com exceção de um pequeno corredor.

Com isso, o Catar começou a ficar com falta de produtos, como leite, suco, ovos e a maior parte dos produtos frescos consumidos no país.

Por essa razão, ao se ver encurralado por seus vizinhos, o governo do Catar precisou encontrar uma solução em poucos dias e essa solução foi transferir cerca de 4.000 vacas leiteiras Holandesas de partes da Alemanha, EUA, Austrália e até Turquia, por transporte aéreo. Essa importação desse grande número de vacas visava cobrir 30% a 35% da demanda diária de leite do Catar.

Após essa decisão, o Catar entrou em contato com alguns suíços com grande conhecimento sobre gado para organizar as fazendas estruturalmente para que se tornassem adequadas para os animais, acostumados com pastos mais verdes. Diante das condições do Catar, a solução encontrada foi instalar sistemas de ar condicionado no meio do deserto, razão pela qual, até hoje, o leite fabricado no Catar é uma bandeira nacionalista de que muito se orgulham.

O primeiro desses animais foi comprado de um fornecedor alemão em um voo de Budapeste, na Hungria, para o Catar.

Esta não foi apenas uma solução inovadora, mas também política, já que o bloqueio durou quase quatro anos, demonstrando o poder que o Catar tem, pois saiu vitorioso dada a pouca confiança que seus vizinhos depositavam nele. As vacas climatizadas são uma demonstração do que é realmente o poder deste país, que possui uma riqueza que permite que tenha uma importância geopolítica na região. (As informações são do Contexto Ganadero, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 48/2022 – SEAPDR
 
Nos próximos sete dias deverão ocorrer chuvas expressivas em grande parte do RS. Na quinta (08) e sexta-feira (09), a presença da massa de uma massa de ar quente manterá o forte calor em todo Estado, com temperaturas máximas acima de 35°C em diversas regiões e próximas de 40°C no Oeste. No sábado (10), a temperatura diminui e a propagação de uma frente fria no oceano manterá maior variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. No domingo (11), o ingresso de ar quente favorecerá o retorno do calor, com o tempo seco na maioria das regiões, e somente nos setores Leste e Nordeste deverão ser registradas chuvas isoladas.

Na segunda (12) e terça-feira (13), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na quarta (14), o ingresso de ar seco vai garantir o tempo firme, com temperaturas amenas em todas as regiões.

Os volumes previstos deverão oscilar entre 15 e 20 mm na maioria das regiões. Na Fronteira Oeste e na Zona Sul os totais oscilarão entre 35 e 50 mm, e poderão superar 60 mm em algumas localidades do Litoral Sul.

Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)
 

Rebanho leiteiro uruguaio reduziu, apontam dados
 
No ano passado, o rebanho de vacas leiteiras (incluindo vacas em lactação e vacas secas) do Uruguai caiu 8% em relação ao ano anterior, segundo dados primários do DICOSE divulgados na semana passada.
 
Entre as duas categorias somaram 389.872 cabeças, 33.290 a menos que em 2021 (-8%). De acordo com o diretor da Associação de Laticínios de Canelones, Justino Zavala, isso pode ter várias causas. “Pode ter vários pontos: um é o valor do gado”.
 
O rebanho de vacas leiteiras em lactação foi de 298.495 cabeças, 6% a menos em relação às 318.329 registradas em 2021. A mais acentuada foi a queda no rebanho de vacas secas, que somou 91.377 cabeças, 13% a menos que as 104.833 do ano anterior.
 
Olhando para a produção futura, o dado positivo foi para novilhas de 1 a 2 anos e maiores de 2 anos, que em ambas as categorias apresentaram pequenos aumentos, com 76.081 cabeças para as de 1 a 2 (+1,2%) e 29.829 cabeças para mais de 2. (+1%). No total, o rebanho leiteiro caiu 5%, com 679.952 cabeças. (As informações são do Blasina y Asociados, traduzidas a adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Mercado leiteiro: um ano de altos e baixos!
 De acordo com o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini e com o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, a maior oferta de produtos lácteos no mercado interno, oriundos da elevada importação do produto, pressionaram as cotações do setor nos últimos quatro meses de 2022. Contudo, apesar da volatilidade do mercado, a expectativa é positiva para 2023! A live Mercado em Destaque, da última quinta-feira (08/12), fez uma retrospectiva do ano e conversou sobre as expectativas para 2023. Assista a live clicando aqui. (Destaque Rural)

 
 
 

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