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08/12/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de dezembro de 2022                                                  Ano 16 - N° 3.796


Eduardo Leite confirma Artur Lemos na Casa Civil
 
Eduardo Leite (PSDB) deu o primeiro passo na composição do secretariado de seu novo governo. O primeiro nome anunciado, no entanto, é de um “velho conhecido”. Artur Lemos (PSDB) seguirá no comando da Casa Civil, conforme anúncio realizado ontem, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF). A definição do posto foi descrita pelo governador reeleito como crucial para a costura política que acarretará no anúncio dos demais secretários. Esses nomes deverão ser revelados após a apresentação do projeto de reestruturação administrativa, que será encaminhado à Assembleia no início da semana que vem. Homem forte da transição, integrando a equipe do governo Ranolfo Vieira Júnior e também a do novo governo, Lemos tem a confiança de Leite. 
 
“O chefe da Casa Civil é a escolha de um braço direito e de um vizinho”, disse o governador, que reassume o comando do Piratini no ano que vem, lembrando que morou no Palácio em seu primeiro mandato. Além da Casa Civil, Lemos ocupou antes a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura. Quanto ao restante da composição, Leite diz que o número de secretários “não deve ser muito diferente” da atual, que conta com 25 pastas, mesmo que haja a intenção de enxugamento da máquina pública, com redução de cargos. Embora Leite não confirme números, estima-se que quase 30% dos nomes do atual secretariado sejam mantidos. “É certo que teremos outros nomes que serão mantidos”, disse em entrevista após a confirmação do chefe da Casa Civil. 
 
Questionado sobre a situação de Ranolfo Vieira Júnior, Leite disse respeitar a liturgia dos cargos, evitando especular seu nome em alguma pasta. No entanto, o governador reeleito vê Ranolfo como alguém que “conhece o governo em 360°”, tendo capacidade para ocupar qualquer posto, não ficando restrito à pasta da Segurança Pública, que ocupou em paralelo ao cargo de vice-governador. (Correio do Povo)


Conaprole decidiu suspender temporariamente a atividade industrial em algumas fábricas no Uruguai

As autoridades da cooperativa uruguaia de lácteos, Conaprole, informaram a Associação de Trabalhadores e Empregados da Conaprole (AOEC) sobre sua decisão de reorganizar o planejamento industrial com base nas capacidades de processamento existentes e na previsão de entrega de leite, garantindo ao sindicato a manutenção de todas as fontes de emprego do pessoal efetivo.
 
Em comunicado interno enviado aos funcionários, acessado pelo El Observador, foi informado que nesta terça-feira o Comitê de Capital Humano da Conaprole recebeu executivos da AOEC para informá-los sobre a situação da cooperativa e de seus produtores e sobre as estratégias produtivas para 2023.
 
Fontes ligadas à Conaprole apontaram que a principal razão para a decisão adotada é que há capacidade industrial ociosa, por consequência de dois grandes fatores: de um lado, um cenário de estiagem registrada recentemente que gerou uma queda considerável na captação de leite das fazendas leiteiras e, por outro, a retirada do mercado do Grupo Olam, que era responsável por aproximadamente 7% do total de leite que entrava diariamente nas plantas industriais da Conaprole.
 
Um responsável de alto escalão da cooperativa comentou que não haverá demissões considerando o total de 1.820 funcionários efetivos. O sindicato, após ser informado, analisa o planejamento.
 
Em relação à queda da captação ocorrida durante o pico produtivo habitual na primavera e ao que se projeta a curto prazo, espera-se que de janeiro a março a captação de leite seja 40% menor.
 
Em síntese, a cooperativa explicou que o contexto não é fácil e que era urgente otimizar os processos industriais de forma a atuar com responsabilidade, ser competitivo e poder pagar ao produtor o melhor preço possível, sem afetar as fontes de trabalho existentes.
 
A esse respeito, a Conaprole anunciou que solicitará à Caixa de Assistência Social e Seguro de Saúde do Pessoal da Conaprole (Casseco) "o apoio necessário para mitigar o impacto sobre nossos trabalhadores".
 
Menos leite
Com base em análises do Instituto Nacional do Leite (Inale), a produção de leite em outubro, mês normalmente de alta produção nas fazendas leiteiras, caiu 1,7% em relação ao recorde de outubro de 2021. Além disso, a produção acumulada nos últimos 12 meses foi 1,5% inferior ao mesmo período anterior. Até agora, em 2022, a produção é 1,8% menor que a do mesmo período de 2021.
 
“Nos últimos meses, houve uma queda nas captações de leite e também uma queda significativa nos preços internacionais, o que infelizmente ocasionou a necessidade de baixar o preço do leite ao produtor, agravando a deterioração do poder de compra do litro de leite em relação aos insumos necessários à sua produção", informou o comunicado.
 
“A isto junta-se o aumento dos custos gerais, o desaparecimento da China como importador e as dificuldades no mercado interno devido ao conflito constante sustentado ao longo do tempo”, disse.
Sobre a reorganização do planejamento industrial, a equipe foi informada de que se trata de uma “suspensão temporária da produção em fábricas de produtos em pó e que têm acesso restrito ao mercado internacional devido à tecnologia que possuem”.
 
A Conaprole propôs à AOEC estabelecer “de imediato uma área prioritária de diálogo responsável, de forma a apresentar com transparência o cenário proposto (…) de toda a cadeia leiteira", finaliza o documento.
 
Por fim, as fontes ligadas à diretoria da Conaprole consultadas esclareceram que a situação da cooperativa não é a mesma de outras indústrias locais com sérias dificuldades econômico-financeiras, o que é demonstrado pelos recentes fortes investimentos na capacidade industrial que a Conaprole tem realizado, com decisões com perspectivas de longo prazo, que vão além das circunstâncias adversas. (As informações são do El Observador, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 
Economista prevê melhora na demanda chinesa por lácteos

Uma recuperação na economia chinesa deve se traduzir em uma melhora na demanda de lácteos no próximo ano, disse Nathan Penny, economista agrícola sênior da Westpac Nova Zelândia, acrescentando: “Esperamos que a economia chinesa cresça 6% em 2023, com relação a apenas 3,5% durante 2022.”
 
Os preços dos leilões de lácteos em 15 de novembro subiram, quebrando uma sequência de três quedas consecutivas de preços. Os preços gerais subiram 2,4%, enquanto os principais preços do leite em pó integral registraram um aumento de 3,1%. Os preços gerais e de leite em pó integral permaneceram 18% e 19% menores, respectivamente, com relação ao mesmo período do ano anterior, aponta Penny.
 
Os preços do leilão variaram de acordo com o produto, com três produtos apresentando alta e três apresentando queda. Os preços do leite em pó desnatado aumentaram em 3,1%, assim como os preços do leite em pó integral, enquanto os preços da gordura anidra do leite (AMF) aumentaram em 2,7%. Juntos, leite em pó desnatado, leite em pó integral e gordura anidra do leite representaram 87% do produtos vendidos, o que resultou no aumento geral de preço de 2,4%.

“Esse resultado foi melhor do que nossas expectativas e a expectativa do mercado de um resultado praticamente estável”, enfatiza Penny. “O resultado positivo veio após uma flexibilização das restrições causadas pela Covid na China. A demanda chinesa por lácteos enfraqueceu progressivamente ao longo do ano devido à fraca economia chinesa”.
 
Crescimento na economia
Penny disse que o recente afrouxamento das restrições relacionadas à Covid na China pode sinalizar uma abordagem mais pragmática sendo adotada pelas autoridades chinesas. “Havíamos previsto que esse seria o caso em algum momento e, com base nisso, esperamos que a economia chinesa cresça 6% em 2023, de 3,5% em 2022”.
 
A recuperação da economia chinesa e as restrições mais brandas relacionadas à Covid devem se traduzir em uma melhora na demanda chinesa por lácteos ao longo do próximo ano, espera Penny.
 
As expectativas confirmam a previsão de preço do leite em 2022-2023 da Westpac em NZ$ 8,75 (US$ 5,49) por quilo de sólidos de leite, o que equivale a NZ$ 0,72 (US$ 0,45) por quilo de leite. “Ao mesmo tempo, o relaxamento nas restrições chinesas relacionadas à Covid e a alta nos preços da noite para o dia são um bom presságio para nossa previsão de NZ$ 10,00 (US$ 6,28) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,82 (US$ 0,51) por quilo de leite] de para 2023-2024”, disse Penny.
 
A Australian Dairy Farmers Corporation (ADFC) aumentou o preço que paga aos fornecedores. É um dos primeiros processadores a aumentar o preço nesta temporada. Até agora, poucos processadores ofereceram qualquer alteração nos preços na Austrália. Considerando a data retroativa do início de julho, uma média de AUS$ 9,90 (US$ 6,68) por quilo de sólidos de leite [AUS$ 0,82 (US$ 0,55) por quilo de leite] será paga aos fornecedores da ADFC durante a temporada 2022-2023.
 
Preço do leite
Embora os preços do leite estejam melhorando, o aumento dos custos de insumos está pressionando os produtores e processadores, disse Stephen Sheridan, o novo executivo-chefe da Australian Dairy Farmers, à mídia australiana.
 
“O custo dos insumos inclui escassez de mão de obra, preços de energia, fertilizantes, eletricidade, gás para os processadores e os custos de ração, que foram afetados pelas enchentes. Tudo isso está impactando os custos de insumos e, por sua vez, afetando a lucratividade. A inflação e as taxas de juros são um problema em toda a agricultura, mas principalmente nas fazendas leiteiras, por terem um uso intensivo de energia”.
 
De acordo com as perspectivas de curto prazo para os mercados agrícolas da União Europeia (UE), o clima quente e seco durante o verão piorou a disponibilidade e qualidade da pasto na Europa, além de menores rendimentos das principais culturas utilizadas para alimentação animal.
 
Muitos produtores já usavam parte de sua ração de inverno no verão, levando a um menor crescimento da produtividade (0,4%) e a uma maior redução do rebanho (-0,9%). Espera-se que a produção de leite da UE caia (-0,5%) em 2022. As exportações de lácteos da UE também devem cair (-7%) devido às perdas no leite em pó.
 
Em 2023, o início do ano pode permanecer desafiador para os produtores da Europa, devido aos altos custos dos insumos e uma demanda provavelmente mais fraca. Assumindo condições climáticas normais, espera-se que o crescimento da produção seja um pouco maior (0,6%) e compense uma maior redução do rebanho leiteiro (-0,8%). (As informações são do Dairy Global, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Leite: aquisição cai no terceiro trimestre
 A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no país foi de 6,1 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2022, segundo os resultados das “Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha”. Os dados foram divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume significou uma redução de 1,7% em comparação ao volume registrado no terceiro trimestre de 2021. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, porém, houve uma alta de 11,1%. O IBGE divulgou ainda o preço do leite cru pago ao produtor no escopo da Pesquisa Trimestral do Leite. No terceiro trimestre de 2022, o preço médio por litro, em nível nacional, chegou a R$ 3,08, ante um valor de R$ 2,69 no segundo trimestre de 2022. (Canal Rural)

 
 
 

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