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31/10/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.773


Mercado do leite: atualização quinzenal 27/10
 
Com intuito de atualizar nossos leitores sobre o cenário do mercado do leite, o MilkPoint, em parceria com o MilkPoint Mercado, trará um panorama geral sobre os acontecimentos mais relevantes da quinzena no setor lácteo.

Confira abaixo a última atualização: 

Leite UHT - O cenário observado nas primeiras semanas do mês se intensificou. A demanda enfraquecida ocasionou dificuldade nas negociações, impactando nos preços praticados. O valor se estabeleceu em R$3,98, apresentando uma queda de 3,8% - (R$0,16).
 
Muçarela - Os queijos também enfrentaram dificuldade nas negociações, com um volume de venda aquém doesperado e uma pressão de baixa atuando os preços apresentaram recuo de R$0,5 frente a semana anterior (-1,8%), fechando em R$28,6/kg.
 
Leite em Pó - A demanda enfraquecida, bem como o aumento da oferta, frente as importações ainda em ritmo elevado de sazonalidade de produção, ocasionaram cenário baixista também para os leites em pó. O leite em pó integral industrial fechou com valor de R$25,20 uma queda de 4,9% (-R$1,30) em relação à semana anterior. Já o leite em pó fracionado se estabeleceu em R$30,90; queda de 0,9% (R$0,30) em relação à semana anterior.
 
Milho – O mercado interno de milho passou por leves variações positivas. De um lado tem-se a pressão de baixa pela oferta em alta devido a colheita do milho safrinha, por outro lado, o forte ritmo das importações traz sustentação para os preços praticados.
 
Soja – No mercado físico do farelo de soja os preços apresentaram alta para o acumulado de outubro, devido aos impactos do mercado internacional, associado ao ganho de força do dólar e uma demanda aquecida pelo produto.

Oferta
A Oferta segue se recuperando, frente a sazonalidade de produção e importações ainda em ritmo elevado;
Considerando 20 dias úteis, as importações foram 83,4% superiores ao mesmo período de 2021.

Demanda
Demanda segue enfraquecida, ocasionando uma pressão de baixa;
Os relatos foram de dificuldades no volume de negociações. (Milkpoint Mercado)


Emater/RS: chuvas beneficiam o desenvolvimento das pastagens, mas oferta ainda é restrita

A ocorrência de chuvas, trazendo novamente umidade aos solos, beneficiou o desenvolvimento das pastagens, porém a oferta ainda é restrita, considerando a demanda dos rebanhos leiteiros.

Com as chuvas, ressurgem os problemas relacionados ao acúmulo de barro no entorno das instalações, o que, além de causar desconforto aos animais, aumenta diretamente a ocorrência de mastites e as chances de contaminação do leite no momento da ordenha.
 
O mercado do leite segue instável, com os custos de produção se mantendo estáveis. 
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, na região da Campanha, em Aceguá, observa-se o significativo movimento de produtores de leite iniciando ou ampliando o plantio de soja, buscando a diversificação das atividades, bem como o melhor aproveitamento do maquinário existente.
 
Na regional de Caxias do Sul, as lavouras de trigos ou de outros cereais para ensilagem estão com bom desenvolvimento; as primeiras lavouras já estão sendo colhidas, com bom rendimento e qualidade de forragem.
 
Na de Frederico Westphalen, as pastagens anuais de inverno estão indo para o final do ciclo, o que reduz a qualidade da forragem, impactando na produção do leite.
 
Na regional de Ijuí, houve aumento do fornecimento de forragem conservada e de concentrados na alimentação dos animais para compensar a diminuição da produção de forragem fresca.
 
Na regional de Porto Alegre, os produtores estão diminuindo a suplementação de ração e silagem em função do aumento da oferta de pasto. Os produtores estão buscando o milho do Programa Troca-Troca para iniciar o plantio do milho silagem em suas propriedades.
 
Na de Pelotas, em Rio Grande, os preparos culturais para o plantio de milho já iniciaram em algumas propriedades. Em Pedras Altas, o aumento da umidade no solo permitiu o avanço do plantio das áreas destinadas às pastagens de verão. (As informações são do Emater-RS)

O clima continua prejudicando o desempenho da produção na Nova Zelândia

O volume de leite produzido na Nova Zelândia nesta nova temporada continua abaixo dos registrados nos últimos anos.
 
O relatório de setembro mostra que a produção caiu mais uma vez, e foi a menor desde setembro de 2017. Até agora, neste mês, o clima também tem sido desfavorável embora as condições pareçam estar melhorando à medida que novembro se aproxima. No entanto, a instabilidade do tempo é a principal causa da baixa produção. Chuvas continuam em áreas onde os agricultores afirmam ser essencial o sol para secar os campos e impulsionar o crescimento das pastagens, uma vez que as reservas de alimentos fornecidos enquanto aguardam os pastos estão se esgotando. Áreas muito molhadas e com lama também dificultam os partos e forçam os produtores a manterem os bezerros em abrigos para recuperação das pastagens. Na Ilha Norte, as condições parecem um pouco melhores, mas o clima mais frio e a luz solar limitada dificultam o crescimento das gramíneas e das plantações. Os suplementos tendem a ser escassos, em uma época do ano em que as silagens deveriam ser abundantes. O enfrentamento dos desafios dos custos de produção, associado com o baixo nível de produção de leite, derruba a confiança dos produtores. Fontes do mercado se apressaram em apontar que o sentimento dos usuários finais de produtos lácteos é, no mínimo, cauteloso, mesmo diante da reduzida oferta disponível no curto prazo, durante uma fraca temporada de produção de leite na Nova Zelândia.  

 

Na Austrália, os produtores de leite estão em precárias condições. A escassez de mão de obra e as inundações sazonais prejudicam os esforços de produção de leite. Em Victoria, na região norte da Austrália, onde as terras agrícolas foram submersas pelas águas das enchentes, os agricultores estão descartando o leite. Fontes do mercado acreditam que, no próximo período de férias, os consumidores provavelmente irão pagar preços mais altos pelos lácteos nas lojas de varejo. Enquanto isso, o governo australiano pede às grandes redes de supermercados para cobrarem mais pelos produtos lácteos, como forma de remunerar melhor os agricultores.
 
Por outro lado, surgiram informações de que a Austrália foi o maior fornecedor mundial de leite em pó desnatado (SMP) no mês de agosto. Segundo relatos, sua participação de mercado atingiu 21%, com crescimento de 78% nas vendas de SMP em relação a outros países. No entanto, com o fraco crescimento da demanda chinesa de lácteos, as exportações australianas buscaram novos mercados. Em 2020, a Austrália vendeu um volume recorde de SMP para a China. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Jogo Rápido 

Cinco estados lideram aplicação de recursos para ações de sustentabilidade
 Os estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia são os que mais aplicaram recursos do Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+) nas duas últimas safras. Mato Grosso aparece em primeiro lugar, com R$ 359 milhões aplicados em 2020/2021 e R$ 567,7 milhões em 2021/2022. Em seguida está Minas Gerais, com R$ 310,7 milhões e R$ 494 milhões, respectivamente. Dentro do Plano Safra, o Programa ABC+ financia investimentos que contribuam para a implantação de sistemas produtivos sustentáveis e a adequação da propriedade rural à legislação ambiental. Entre as ações financiadas estão a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais. Entre as safras de 2017/2018 e 2021/2022, os recursos aplicados no Programa ABC+ por meio do Plano Safra subiram de R$ 1,54 bilhão para R$ 3,43 bilhões. Na safra 2022/2023, que está em vigor, foram destinados R$ 6,19 bilhões para as técnicas incluídas no ABC+ e, nos dois primeiros meses já foram aplicados R$ 1,79 bilhão. Entre as linhas de crédito do ABC+ incluídas no Plano Safra estão Plantio Direto, Integração, Florestas, Recuperação, Tratamento de Dejetos, Orgânicos e Fixação. (MAPA)

 
 
 

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