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14/10/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.762


Produção agroindustrial segue em recuperação 


O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) subiu mais uma vez em agosto, acumulou alta nos primeiros oito meses de 2022 e deverá encerrar o ano com resultado positivo e boas possibilidades de consolidar essa tendência de recuperação em 2023.

Na comparação com julho, o indicador registrou estabilidade, mas em relação a agosto do ano passado houve a alta de 3,9%. No acumulado do ano, pelo segundo mês seguido, a variação também foi positiva (0,7%), e para 2022 como um todo a perspectiva é de crescimento de 1,9%. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. “Os bons sinais de recuperação da agroindústria, possivelmente, estão refletindo tanto o aquecimento do mercado interno quanto algum alívio de custos de produção, seja devido aos combustíveis e energia elétrica, seja por conta da acomodação do preço de matérias-primas não-industriais em patamares inferiores”, avaliaram os analistas do FGV Agro, em relatório. 

Alimentos e bebidas 
Ante agosto de 2021, a alta foi garantida por aumentos de 4,2% observado no grupo de produtos alimentícios e bebidas e de 3,6% no segmento de produtos não alimentícios. No primeiro, as bebidas foram o destaque, com avanço de 8,9%, e no segundo foram os insumos que se sobressaíram, com avanço de 17%. “O bom desempenho do grupo de produtos alimentícios e bebidas reflete a melhora nas condições econômicas internas, sobretudo, as do mercado de trabalho brasileiro e à maior acomodação dos preços”, afirmou o centro da FGV. Na área de insumos, o salto foi determinado exclusivamente pelo expressivo incremento de 70,2% registrado na produção de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários, como inseticidas.

Biocombustíveis
Nesse ramo, o principal foco de problemas está nos biocombustíveis. “O setor vem registrando quedas sucessivas e robustas desde maio de 2020, nas comparações interanuais, impactado ainda pela reduzida produção de cana ao longo de 2021, que foi prejudicada pelas fortes geadas e secas. Além disso, o etanol perdeu competitividade frente a gasolina nos meses que antecederam agosto”, disse o FGV Agro. Depois das performances de agosto, o centro manteve a expectativa de que o PIMAgro encerre 2022 com variação positiva de 1,9% (cenário base). Esse resultado é composto por avanços de 2,2% no grupo de produtos alimentícios e bebidas e de 1,6% no de produtos não-alimentícios. (Valor Econômico)


Primeira deflação no grupo de Alimentação e Bebidas em 10 meses com queda no preço do leite longa vida

Essa semana o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de setembro. O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor produz esse índice desde 1979 com pequenas alterações na abrangência geográfica.
 
Neste último mês o IPCA registrou deflação de 0,29%, menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica. Ainda assim, a inflação acumula alta de 4,09% no ano e 7,17% nos últimos 12 meses, que mesmo alta é abaixo do que o IPCA acumulado nos 12 meses anteriores, de 8,73%.
 
O grupo de transportes registrou a menor queda (-0,41%), porém é possível verificar uma desaceleração de agosto (-3,37%) para setembro. A queda dos combustíveis (-8,50%), em particular a gasolina (-8,33%) é o motivo desta deflação no grupo de transportes.
 

 
O grupo de alimentação e bebidas registrou a sua primeira deflação em 10 meses, com queda de 0,51% que foi puxado também pelos preços do leite longa vida que caíram 13,71% contribuindo com -0,15 pontos percentuais no resultado do mês. O leite longa vida ainda está em destaque de inflação que já acumula 36,93% nos últimos 12 meses.
 
Com exceção do preço do requeijão – com dados da pesquisa em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro – que registrou queda de 0,81%, os demais produtos lácteos registraram aumentos no preço, com destaque para o leite condensado com aumento de 5,54%. (Fonte: Terra Viva | Dados: IBGE)

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 40/2022 – SEAPDR

A previsão é que nos próximos dias haverá predominância de alta pressão na maior parte do Estado, inibindo a formação de nuvens de chuva principalmente nas regiões sul e oeste do Rio Grande do Sul. Já na região norte e nordeste a atuação novamente da Corrente de Jato de Baixos Níveis (JBN), vai trazer calor e umidade do Centro-Oeste brasileiro e o tempo ficará instável com ocorrência de chuva na maior parte do período. 

Os acumulados não serão tão altos quanto na última semana. A previsão é de chuva de até 50,0 milímetros em Cambará do Sul, 45 mm em São José dos Ausentes e máxima de até 35 mm acumulados nos próximos sete dias em Rio Grande. 

A chuva prevista para região leste será por causa da circulação oceânica e da passagem de um sistema frontal pela costa do RS. A previsão é de que nesta próxima semana as temperaturas permaneçam amenas
 
Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)


Jogo Rápido 

FMI vê PIB maior na América Latina
 O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou as perspectivas econômicas para a América Latina e Caribe para este ano. Previu um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5%, mas reduziu o prognóstico de 2023 para 1,7% por causa da inflação e da elevação das taxas de juros. Os preços na região, estimou, continuarão altos, com uma inflação média de 14,6% em 2022 e de 9,5% no ano que vem. A diretora-gerente do organismo, Kristalina Georgieva, lembrou ainda que as finanças públicas estão sob pressão no mundo, cenário que pode levar a uma crise da dívida nas economias mais frágeis. (Correio do Povo)

 
 
 

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