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11/10/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de outubro de 2022                                                      Ano 16 - N° 3.760


Dano progressivo do FAF alerta setor lácteo

Nociva para a produção de laticínios já em 2022, a implementação progressiva do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) deve agravar os problemas do segmento nos próximos anos. Pela regulamentação prevista, a penalização à produção de 5% em 2022 deve chegar a 10% em 2023 e 15% em 2024. Segundo o 1º vice-presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a implementação dessa escala traz impacto muito forte à produção de laticínios, uma vez que ceifa a competitividade do segmento frente a outros estados onde o FAF não existe. O FAF foi criado para estimular a aquisição de insumos dentro do Rio Grande do Sul, algo que, para o segmento, é inviável tendo em vista a origem de itens como embalagens. O tema foi assunto nesta segunda-feira (10/10) de reunião híbrida na Câmara Setorial da cadeia Produtiva do Leite na Secretaria Estadual da Agricultura. 

O assunto já foi levado à Secretaria da Fazenda, mas não houve sensibilização por parte do Governo. Diante das manifestações de representantes da indústria e de produtores, o secretário da Agricultura, Domingos Antônio Velho Lopes, se colocou à disposição para levar novamente a demanda do setor à Secretaria da Fazenda.

Segundo o Sindilat, o tributo representa prejuízo à cadeia, gerando perda de competitividade. Secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, exemplificou que o Paraná chegou a incluir o leite na redução de benefícios fiscais, mas voltou atrás para proteger sua produção, hoje a segunda em quantidade no país. “Para nos mantermos competitivos, especialmente em relação a Santa Catarina e ao Paraná, precisamos retirar o FAF da cadeia”, reforçou. 

A atual carga tributária do RS, alega Palharini, é um fator de desestímulo à cadeia como um todo.  “O mercado regula os valores pagos à cadeia, então precisamos aparar todas as arestas para garantirmos a competitividade”. O RS, que por anos foi segundo maior produtor, está em terceiro lugar, atrás de Minas Gerais (1º) e do Paraná (2º), e cada vez mais perto de Santa Catarina (4º) e de Goiás (5º).

Eugênio Zanetti, Coordenador da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, destacou a importância de trabalhar como cadeia para buscar tornar o setor mais competitivo e assim frear esse prejuízo ainda este ano. Na reunião, também foram debatidos outros assuntos relacionados ao setor sobre Fundoleite e a continuidade do Conseleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Novos cenários, velhos comportamentos?

O mundo muda, e as transformações acontecem cada vez mais rápido. O ontem pode já ter se tornado obsoleto. O mundo exige de nós adaptações, disruptivas ou não. As inovações batem à porta construindo novos cenários, que nem sempre condizem com velhos comportamentos.
 
Para a produção de alimentos do futuro, inclusive para a cadeia láctea, os novos cenários trazem consigo desafios, ao passo que carregam um leque de oportunidades. No leite, a digitalização, fruto do avanço exponencial da conectividade, expandiu e deu origem aos novos canais de distribuição, e até mesmo a criação de novos modelos de negócio.
 
Também fruto da tecnologia combinados às mudanças no perfil de consumo, os produtos plant-based surgem como concorrentes aos lácteos. Inclusive, já existem até mesmo, aqueles elaborados em laboratório, por meio de processos fermentativos.
 
Aqui, cabem grandes e bons questionamentos: qual o impacto dos produtos vegetais para o mercado de leite e derivados? Os laticínios devem incluir em seu portfólio linhas plant-based?  Ou devem utilizar dos meios de comunicação e das estratégias de marketing para fomentar o consumo de lácteos, construindo uma narrativa própria e genuína?
 
Das gôndolas para o campo, a produção de leite mundial também passa por grandes transformações estruturais, modificando a dinâmica, oferta e o mercado de leite. Essas modificações trazem reflexo direto para as indústrias processadoras. Como lidar com as transformações no campo e a produção de leite do futuro?
 
É neste panorama de mudanças que o Dairy Vision, um dos principais fóruns do leite mundial desde 2015, chega a sua 8ª edição, em Campinas/SP, nos dias 22 e 23 de novembro. Com 26 palestras ministradas por palestrantes nacionais e internacionais, o Dairy Vsion 2022 reunirá os principais líderes e agentes lácteos do mundo para traçar tendências e estratégias competitivas.
 
Explore os novos cenários do leite mundial, tome decisões assertivas e comportamentos estratégicos, participe do Dairy Vision 2022! 
 
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Leite spot apresenta alta na primeira quinzena de outubro

Dados do MilkPoint Mercado apontam elevação de 2,71% na primeira quinzena de outubro no leite spot, em comparação a quinzena anterior. O preço se estabeleceu em R$2,65/litro na média Brasil – aumento de R$0,07/litro frente a segunda quinzena de setembro, que fechou em R$2,58/litro.
 
Nesta primeira quinzena de outubro, os preços do leite spot passaram pela segunda variação positiva consecutiva, após quedas acentuadas.
 
Este cenário se formou frente as expectativas de melhora na demanda pelos derivados lácteos e mercado mais favorável para a venda de queijos, o que ocasionou uma diminuição do volume de leite spot ofertado pelas queijarias, gerando uma pressão de alta nos preços. Além disso, o volume de captação de leite no campo pelas indústrias ainda não decolou, intensificando a necessidade de adquirir leite no mercado spot. (Milkpoint Mercado)


Jogo Rápido 

Preço do gás natural cai 5%
A Petrobras anunciou ontem que vai reduzir o preço do gás natural em 5% para seus clientes a partir de 1° de novembro. Os novos preços seguirão vigentes até 31 de janeiro de 2023, conforme estabelecido nos contratos firmados, informou a estatal. Os contratos de gás natural da Petrobras preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações dSo petróleo Brent e da taxa de câmbio. Em agosto, setembro e outubro o petróleo teve queda de 11,5% e o câmbio, depreciação de 6,5%, ou seja, a quantia em reais para se converter em 1 dólar aumentou 6,5%. “A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras e, no caso do GNV, dos postos de revenda, e pelos tributos federais e estaduais”, detalhou a companhia em comunicado. As tarifas ao consumidor dependem de aprovação pelas agências reguladoras estaduais. Tanto a Naturgy, que atende o Estado do Rio de Janeiro, como a Cegás, do Ceará, já anunciaram que vão reduzir o preço do insumo para os consumidores a partir de novembro. No Rio a queda girou entre 2,9% e 6,8%, enquanto no Ceará o preço declinou 14%. Entre outros quesitos, as cotações do petróleo no mercado global influenciam os preços dos combustíveis estabelecidos pela Petrobras para as refinarias e distribuidoras. Ontem, os preços do barril recuaram no mundo. Em Nova Iorque o contrato do WTI para novembro fechou em baixa de 1,63%, a 91,13 dólares. Em Londres o Brent para dezembro caiu 1,77%, para 96,19 dólares. Dados fracos da China reavivaram preocupações sobre a demanda. Pesquisa da S&P Global mostrou que o índice de gerentes de compras de serviços chinês caiu de 55 a 49,3 em setembro, entrando em território de contração. (Correio do Povo)

 
 
 

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