Porto Alegre, 26 de setembro de 2022 Ano 16 - N° 3.749
OCDE eleva projeção para crescimento do Brasil em 2022, mas piora cenário de 2023
SÃO PAULO (Reuters) - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou sua estimativa para o crescimento econômico do Brasil em 2022 a 2,5%, mas reduziu o prognóstico para o ano que vem a 0,8% e aumentou suas projeções de inflação para ambos os períodos, em meio a um cenário global cada vez mais desafiador.
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano no relatório de perspectivas econômicas de setembro da OCDE ficou 1,9 ponto percentual acima da última estimativa, de junho passado. A conta para 2023, por sua vez, piorou em 0,4 ponto percentual sobre o cenário anterior.
Essa deterioração veio em linha com a queda na expectativa da OCDE para o crescimento global no ano que vem, a 2,2%, de 2,8% previstos em junho. As crises de energia e inflação nas principais economias do mundo, que pioraram após a invasão da Ucrânia pela Rússia, arriscam desencadear recessões, disse a organização no relatório.
A OCDE destacou Brasil, Argentina, México e África do Sul como "países relativamente expostos ao ciclo econômico global e à demanda nas economias avançadas".
Em relação à dinâmica de preços, a organização disse que o patamar elevado dos juros brasileiros, combinado com um arrefecimento na alta dos custos de energia, deve reduzir a inflação "substancialmente" em 2023 frente a 2022, o que também deve acontecer no México.
No entanto, a OCDE ainda aumentou suas estimativas para a inflação no Brasil neste ano e no próximo. Para 2022, a conta subiu 1,1 ponto percentual, a 10,8%, na contramão de fortes reduções recentes nos prognósticos de mercado doméstico para a alta dos preços ao consumidor.
O mais recente boletim semanal Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou redução na projeção de inflação deste ano pela 13ª vez seguida, a 5,88%.
Para 2023, a OCDE espera desaceleração da inflação anual a 6,6% --ainda assim, a taxa é 1,3 ponto percentual mais alta que a projeção de junho.
O mercado de forma geral projeta que o Banco Central manterá os juros brasileiros no atual patamar de 13,75% ao ano até pelo menos meados de 2023 visando pressionar a inflação para baixo. (br.investing.com)
A partir do início do ano letivo de 2023, alunos de baixa renda matriculados no ensino fundamental da rede pública de Santa Catarina vão receber do governo do estado um litro de leite todas as semanas.
A medida faz parte do Programa Vale-Leite, aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e sancionado pelo governador em exercício, Moacir Sopelsa (MDB), conforme consta no Diário Oficial do dia 19 de setembro.
O objetivo da lei é garantir a segurança alimentar e o consequente aumento no rendimento escolar dos estudantes catarinenses de baixa renda, por meio da distribuição de um litro de leite pasteurizado e homogeneizado por aluno, inclusive nos períodos de férias e recesso. Ao todo, 81.124 estudantes devem ser beneficiados.
Critérios para receber o benefício
Para que o aluno tenha direito ao auxílio, a família deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), observando o limite de até três salários-mínimos por grupo familiar, ou renda per capita de até meio salário mínimo.
“Eu iniciei a minha vida, quando criança, entregando leite de casa em casa em Concórdia, a cavalo, e posso agora dar esse incentivo e essa oportunidade de consumo às pessoas, olhando o lado dos produtores e da indústria. Fico muito feliz em poder ter essa conquista, que acho muito justa, principalmente para aqueles jovens e suas famílias, que têm mais dificuldades”, disse Sopelsa. (As informações são do O Município, adaptadas pela equipe MilkPoint)
La Niña vai se manter até 2023, afirma meteorologista
O fenômeno climático La Niña está bem estabelecido este ano e deve prosseguir no ano que vem, embora de forma um pouco mais moderada, disse na última semana o consultor climático e meteorologista Francisco de Assis Diniz. Ele participou de live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com o tema “Perspectivas Climáticas e de Mercado para a 1ª Safra do Ciclo 2022/23”.
Segundo ele, com base em dados climáticos norte-americanos, há probabilidade de:
- 82% de manutenção de La Niña no último trimestre deste ano;
- 75% entre novembro/2022 e janeiro/2023;
- 60% entre dezembro/2022 e fevereiro/2023.
Em decorrência do fenômeno climático La Niña, que provoca um resfriamento das águas do Pacífico Equatorial e, consequentemente, reduz a ocorrência de chuvas no Sul do país, pode haver quebra de produção em 2022/23, como houve no ciclo 2021/22.
La Niña x produção agrícola
Na safra passada, conforme informações de Diniz na mesma live, as perdas na produção de soja no Sul somaram 23,4 milhões de toneladas. “Na Argentina as perdas foram de 6 milhões de toneladas e no Paraguai, algo em torno de 4 milhões de toneladas”, disse Diniz. (Canal Rural)
Jogo Rápido
Estado tem mais 14 empreendimentos aprovados pelo Fundopem
Foram aprovados na última semana 14 novos empreendimentos pelo Fundo Operação Empresa (Fundopem). Os projetos, que receberam o aval do Grupo de Análise Técnica (Gate) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, totalizam R$ 204,5 milhões em investimentos que terão incentivos por meio de abatimento do ICMS e deverão gerar 517 novos postos de trabalho diretos no Rio Grande do Sul. As informações são do Palácio Píratini. Dentre as iniciativas, destaca-se o projeto da empresa Whey Powder, de Palmeira das Missões, que representa o maior valor aprovado, R$ 120,5 milhões. A empresa prevê a reativação de uma antiga planta para produzir soro em pó e composto lácteo, com o objetivo de agregar valor ao soro de leite. Até o momento, no ano, o valor aprovado via Fundopem já alcança R$ 1,3 bilhão e soma 2.915 novos empregos previstos. “São empreendimentos que contribuem diretamente na geração de emprego e renda e comprovam que o nosso Estado recuperou a competitividade. A desburocratização dos processos e a dedicação das equipes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico têm sido fundamentais para aceleração da retomada do crescimento no Estado”, destacou o secretário da pasta, Joel Maraschin. (Jornal do Comércio)