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16/09/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 16 de setembro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.744


Evolução da produção mundial de leite
 
A tabela abaixo mostra um grupo selecionado de países produtores e importadores que representam 60% da produção mundial de leite de vaca, e no conjunto, apresentaram queda de 1,09% no volume de leite acumulado de janeiro a julho de 2022, em relação a igual período do ano anterior.

A União Europeia (UE), que também apresentou valores negativos em 2021 e começou da mesma forma em 2022, reverteu a tendência em fevereiro, mas voltou a cair de março a julho. Mas diferentemente da Europa, os Estados Unidos da América (EUA) tiveram resultados positivos em 2021, e em 2022 apresenta resultado negativo nos sete primeiros meses de 2022. Os valores negativos dos EUA e da UE, que por sua representatividade no volume total definem o resultado global, são agora acompanhados por vários outros países que também apresentaram percentuais negativos.
 
A Argentina começa o ano como a maioria dos países produtores de leite, queda de 0,9%, comportamento que foi revertido entre fevereiro e abril, mas as queDdas retornaram entre maio e julho. No acumulado do ano até julho ficou com variação positiva, +0,7%. No entanto, se as condições climáticas não mudarem, e os custos da alimentação não caírem, até o final do ano o resultado pode ser negativo. Cabe lembrar que a Argentina foi quem apresentou as maiores taxas de crescimento em 2020 e 2021 (+7,4% e +4%), respectivamente. E, em 2022, é o único país dos principais exportadores (EUA, UE, Austrália, Nova Zelândia e Uruguai) que apresentou, até agora, crescimento da produção. (Fonte: OCLA – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


O calor e a seca cedem na Europa, mas a produção não recupera
 
O leite da Europa Ocidental continua seu declínio sazonal. A produção atinge o menor nível em outubro ou novembro, dependendo do local. Em algumas regiões o calor de verão e a seca diminuíram, mas, a produção de leite ainda é fraca e os componentes do leite são baixos.
 
O leite captado pelas indústrias, em julho, aumentou 0,3% na comparação interanual. De janeiro a julho de 2022 o volume captado foi estimado em 86,6 milhões de toneladas, uma queda de 0,5% em relação ao mesmo período de 2021. Entre os principais países produtores, o volume e o percentual de variação foram: Alemanha, 18,901 milhões toneladas (-1,3%); França, 14,479 milhões toneladas, -1,3%; Holanda, 8,132 milhões toneladas -0,2%, e Itália, 7,888 milhões toneladas, +0,2%. Fontes da indústria informam que também no Reino Unido o leite está diminuindo. Alguns relatórios indicam que a captação de agosto variou aproximadamente em -1,4% na comparação com agosto de 2021. Análises de especialistas sugerem que o rebanho leiteiro continua contraindo. Embora existam relatos de que os números de reprodutores jovens estejam aumentando, algumas fontes acham que as pressões financeiras enfrentadas por alguns agricultores podem levar a reduções adicionais do rebanho. A oferta apertada de leite, o racionamento de gás e energia e a pouca disponibilidade de trabalhadores criaram um cenário de fraca oferta de leite e produtos lácteos. Em contrapartida, o preço alto nas gôndolas limitou o apetite dos consumidores. A indústria tenta se organizar em meio de um mercado com oferta e demanda fraca.
 
Além disso, algumas indústrias procuram estabelecer estratégias que ajudem os consumidores a lidarem com os altos preços dos alimentos e ao mesmo tempo querem ajudar seus produtores de leite a terem uma renda para contrabalançar o peso da inflação nos custos de produção.

 
Assim como na Europa Ocidental, as indústrias do Leste Europeu enfrentam as quedas sazonais na oferta de leite. No entanto, alguns países tiveram crescimento em 2022. De acordo com dados preliminares divulgados pelo site CLAL, a produção de leite de vaca na Bielorrússia, em julho de 2022, foi de 703 mil toneladas, +1,3% em relação a julho de 2021. No acumulado de janeiro a julho de 2022, o volume foi de 4,606 milhões de toneladas, o mesmo volume registrado de janeiro a julho de 2021.
 
Na Polônia, a produção de leite nos sete primeiros meses do ano foi de 7,608 milhões de toneladas, o que representou crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na Ucrânia, como esperado, o número de vacas leiteiras foi reduzido em 15% de acordo com estimativas oficiais, e a produção de leite diminuiu 14,4%. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
Cooperativas são agente de inclusão do produtor no mercado de carbono

As cooperativas devem ser os agentes de inclusão dos produtores rurais gaúchos no mercado de créditos de carbono, um segmento com potencial de geração de US$ 100 bilhões ao ano, sendo US$ 75 bilhões em atividades ligadas ao uso da terra. Com regulamentação ainda em curso no Brasil, a comercialização dos créditos de carbono é uma fonte promissora de renda, ainda praticamente inexplorada pelo agronegócio. “O Brasil tem um potencial incrível e, particularmente, as cooperativas têm como ajudar os produtores a acelerarem a transição para uma agricultura de baixo carbono por meio da assistência técnica”, citou o CEO da My Carbon, Eduardo Bastos, durante o segundo dia da 2ª Jornada RTC, em Gramado (RS). O executivo está envolvido em projetos pioneiros de produção de carbono neutro da companhia, que integra o grupo Minerva Foods. Ele indica que o Brasil tem potencial para ser o maior trading de carbono do planeta e é preciso ajudar os setores que trabalham com o uso da terra a fazer a transição. “O mercado de carbono já deu certo e está rodando, só a gente é que não está lá”, frisou.
 
Segundo o presidente da CCGL, Caio Vianna, é preciso intensificar a produção vegetal em busca tanto da sustentabilidade ambiental quanto de soluções econômicas para o campo. E as cooperativas, disse ele, são o caminho para alcançar esse propósito por meio de empresas de gestão aberta e democrática. “As plantas são máquinas naturais para captar o CO2, e projetos como a RTC são a reposta para acessar esses mercados. Nós somos os responsáveis pelas transformações e seremos os responsáveis por fazer a coisa acontecer”. A RTC desenvolve o projeto Operação 365 lastreado exatamente em uma produção sustentável baseada na cobertura do solo durante todos os dias do ano.
A venda de créditos de carbono no Brasil ocorre apenas no chamado mercado voluntário, uma vez que não dá regulamentação formalizada. A expectativa é que ela chegue entre 3 e 5 anos. Atualmente, o país dispõe apenas de decreto, publicado em maio deste ano, que traz linhas gerais e parâmetros. O processo consiste em compensar as emissões de gases do efeito estufa (metano, óxido nitroso e gás carbônico) do processo produtivo ou monetizar seus excedentes comercializando-os a outros setores da economia. “O Brasil precisa acelerar esse processo. É uma agenda incrível a destravar”, afirma Bastos. Uma das ideias propostas por ele foi valer-se do atributo de gerador de créditos como atrativos para negociações com países importadores de grãos como a China, onde esse mercado está mais avançado.
 
Bastos ainda citou que a questão ambiental deixou há tempo de ser uma preocupação de alguns nichos da sociedade. Em 2021, citou ele, lideranças do capitalismo mundial reuniram-se no World Economic Forum e indicaram que quatro de cinco das suas principais preocupações da atualidade estão ligadas à temática ambiental: risco de questões de clima extremo, falha no combate às mudanças climáticas, destruição ambiental e perda de biodiversidade.
 
“Desenvolvimento não se sustenta sem a questão ambiental. Contem as boas histórias que vocês têm porque, se não contarem, alguém vai contar ela por vocês. E deve contar errado”, recomendou o painelista incitando a plateia a falar mais sobre as boas práticas de suas propriedades. (Fonte: Assessoria de Imprensa RTC)


Jogo Rápido 

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 36/2022 – SEAPDR
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e temperaturas amenas no RS. Na quinta-feira (15), o tempo seco vai predominar na maior parte do Estado, somente nos setores Nordeste, Leste e Sul a circulação de umidade do mar para o continente manterá grande variação de nuvens e possibilidade de chuvas fracas e isoladas. Na sexta-feira (16) e sábado (17), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com tempo firme e variação de nuvens em todo Estado. No domingo (18), a aproximação de uma área de baixa pressão favorecerá o aumento da nebulosidade e deverão ocorrer pancadas de chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Sul. Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR) 


 
 

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