Pular para o conteúdo

27/04/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de abril de 2022                                                            Ano 16 - N° 3.648


RS defende exclusão do setor lácteo do FAF

Com o agravamento da perda de competitividade do setor lácteo do Rio Grande do Sul frente a outros estados, a indústria gaúcha e os produtores de leite defendem a exclusão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF) para o segmento. Instituída pelo governo pelo decreto 56.117, a medida representa, na prática, aumento da carga tributária e perda de competitividade. Em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (27/4), representantes da indústria reforçaram a necessidade de uma agenda com o governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), a fim de alertá-lo sobre a importância da exclusão do FAF para a cadeia leiteira.

Presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Guilherme Portella, destacou que quanto mais competitivo for o setor mais se irá produzir, mais empregos serão gerados e, consequentemente, mais forte será a economia do Estado. “Entendemos que a situação do setor lácteo precisa ser necessariamente avaliada pelo governo. Manter o FAF é reduzir ainda mais a competitividade do RS”. A exemplo do Paraná, que recentemente aprovou medida semelhante ao FAF, mas recuou por entender que não era possível mantê-la com margens baixas, o dirigente defendeu a exclusão do setor de lácteos do FAF no RS. Santa Catarina também realizou recentemente uma modificação tributária para favorecer a industrialização local de leite UHT, aumentando a alíquota de ICMS, que antes era de 7%, para 12%.



E os efeitos da perda de competitividade vem sendo sentidos diretamente no campo. Dados da Emater-RS, mostram que em quatro anos (2017-2021) aproximadamente 25 mil produtores abandonaram a atividade no Estado, o que representa mais de 5 mil propriedades por ano. Ao contrário de anos atrás, quando a produção do RS crescia mais do que a média nacional, de 2011 a 2020, a produção gaúcha teve expansão de tímidos 5,71%. Enquanto isso, segundo levantamento do IBGE, a produção no Brasil teve alta de 10,43%. “Chegamos à conclusão de que efetivamente a nossa competitividade perante aos outros estados está sendo gravemente afetada pela guerra fiscal”, reforçou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Em 2017, o Estado perdeu a segunda colocação na produção brasileira para o Paraná e, ano após ano, vê diminuir a distância com Santa Catarina e com Goiás, que ocupam a quarta e a quinta colocação.

Deputado que propôs a audiência a pedido do setor, Zé Nunes (PT) enfatizou a importância de se avançar nas negociações junto ao governo a fim de que a perda de competitividade não se agrave ainda mais. Neste sentido, ficou definido que será protocolado novamente pedido de audiência no gabinete do governador do RS. “Nós precisamos que o governo nos escute, que o governador compreenda o que está acontecendo”, garantiu, ressaltando que o RS não pode continuar perdendo pujança industrial.

Presidente da Frente Parlamentar em Apoio e Defesa da Produção do Leite da Agricultura Familiar, o deputado Capitão Macedo (PL) afirmou que recebe diariamente relatos de famílias que estão abandonando a produção leiteira diante de inúmeras dificuldades que afetam o setor. Segundo ele, a principal demanda é a criação de uma política pública que viabilize rentabilidade na atividade leiteira e que reduza, ao mesmo tempo, os custos para a produção. “Existem vários projetos de lei tramitando na Assembleia Legislativa que buscam atender em partes essas reivindicações, contudo infelizmente o trâmite destas propostas dentro da ALRS é lento, nos impedindo de dar uma pronta e necessária resposta aos produtores”, ponderou. O que não aconteceu com a implementação do FAF.

Estiveram presentes na audiência os deputados Zé Nunes (PT), Capitão Macedo (PSL), Adolfo Brito (PP), Zilá Breitenbach (PSDB) e Airton José Hochscheid, representando o deputado Elton Weber (PSB). Também fizeram parte do encontro representantes de entidades como Apil, Unicafes, Fecoagro, Fetag, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação, Secretaria da Agricultura, UERGS, UFPEL, Gadolando, Ministério da Agricultura e representantes de indústrias e cooperativas de laticínios. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)



Fotos: Guerreiro


Conseleite Paraná
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Abril de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Março e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.



Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Abril de 2022 é de R$ 3,8241/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/RS)






Comitê garante atualização da Cooperativa diante de inovações e novas tecnologias

A tecnologia não é mais restrita a setores específicos, permeia todas as áreas da vida e, no agro, não é diferente. Inovações surgem para otimizar a produção, trazer mais rendimento e facilitar a vida do produtor. Pesquisa e inovação também são fatores fundamentais dentro da indústria.

Pensando nisso, a Languiru criou o Comitê de Inovação e Tecnologia. Conforme o gerente da área e coordenador do grupo, Cristiano Sieben, o objetivo é assessorar o Conselho de Administração na análise de iniciativas relacionadas à pesquisa, tendências tecnológicas e inovações, bem como as políticas, estratégias e ações que se relacionem à pesquisa e inovação na Cooperativa. Além disso, visa avaliar cenários, tendências comerciais e tecnológicas e seus desdobramentos sobre os negócios da Languiru. Por fim, monitora a performance de indicadores e ações estratégicas. “Em especial os relacionados a iniciativas de inovação e tecnologia”, salienta.

O Comitê surgiu a partir da representação da Languiru no Programa de Formação de Agentes de Inovação. A capacitação foi disponibilizada às cooperativas do agro que atuam no Estado e estão vinculadas à Fecoagro/RS.

Atualmente, o Comitê também faz a gestão em relação ao desenvolvimento de produtos novos para alimentação humana, propostos pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Cooperativa junto ao Tecnovates. “Estamos em tratativas com o Centro Tecnológico para ampliar a parceria, tendo em vista a necessidade de atender ações relacionadas a inovações e tecnologias que estão sendo formalizadas em todos os setores da Languiru”, conta Sieben.

O grupo também tem realizado roteiro de reuniões mensais com líderes de diferentes setores da Cooperativa, com intuito de disseminar a cultura da inovação e incentivar a participação de todos os associados e empregados para registro de suas ideias.

O Comitê é composto por oito membros que envolvem setores de trabalho com associados; indústrias; compras e varejo; Agrocenter; marketing e recursos humanos; comercial e logística; tecnologia da informação; e engenharia agronômica.

Numa segunda etapa, os encontros dos integrantes do Comitê deverão debater temas relacionados a tendências tecnológicas e novos modelos de negócios, projetos ou iniciativas de inovação que possam beneficiar a Languiru na relação com associados, empregados, clientes e comunidade. O grupo ainda revisa e avalia plano de ação das atividades coordenadas pelos membros do Comitê, além de ser um espaço para abordar novos assuntos relacionados à inovação. (Paloma Griesang e Leandro Augusto Hamester/Assessoria de Imprensa Languiru)

Jogo Rápido 

 China – A produção de leite deverá superar 39 milhões de toneladas
Produção/China – A produção de leite da China, em 2022, deverá atingir 39,7 milhões de toneladas, [aproximadamente 38,4 bilhões de litros], informou a agência chinesa Xinhua. O aumento se dará graças ao rápido aumento da demanda, disse Yang Zhenni, uma pesquisadora de um instituto subordinado ao Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país asiático. A estimativa é de que em 2031 a produção de leite chinesa chegue a 54 milhões de toneladas. Na China a demanda de produtos lácteos cresceu nos últimos dez anos, à taxa média de 3,6%. O consumo doméstico de lácteos aumentou nos últimos dois anos, com um incremento per capita de 11,8% interanual, chegando a 42,3 quilos em 2021. Yang atribuiu a expansão da demanda à crescente atenção das pessoas com a saúde e nutrição, destacando que a pandemia de Covid-19 influenciou nas preferências dos consumidores e acelerou o consumo de leite fresco a baixas temperaturas no mercado chinês. À medida que as instalações da cadeia de frio melhoram, os costumes mudam, e o consumo de produtos lácteos frescos, como queijo e creme, está aumentando. Mas, também o consumo do leite pasteurizado vem crescendo substancialmente entre os produtos lácteos fluidos, acrescentou Yang. No primeiro trimestre de 2022, a China produziu 7,68 milhões de toneladas de leite, o que representou aumento de 8,3% na comparação anual, segundo os dados do Escritório Nacional de Estatísticas. No início de 2021 o Rabobank relatou aumento da demanda de leite fluido na China, e anunciou que a tendência continuaria pelos próximos dez anos, criando oportunidades de exportação para os produtores de leite. O analista sênior de lácteos do Rabobank, Michael Harvey, disse em fevereiro de 2021 que “a demanda chinesas por lácteos tem muito espaço para crescer no longo prazo, em grande parte em decorrência de fatores importantes de longa data, como o baixo consumo per capita e os fortes investimentos públicos e privados no setor e graças aos benefícios para a saúde proporcionados pelos produtos lácteos". (Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *