Porto Alegre, 20 de abril de 2022 Ano 16 - N° 3.624
Câmara Setorial do Leite alerta para importância de campanha de marketing para leite e derivados
A Câmara Setorial do Leite reforçou, na manhã desta terça-feira (19/04), a importância do marketing de produtos e derivados lácteos junto as crianças. A assessora Técnica Regional de Sistemas de Produção Animal da Emater Mara Helena Saalfeld aproveitou o encontro para falar sobre o livro infantil que visa explicar para as crianças de onde vem o leite. Na ocasião, também foi debatida a relevância de se expandir o número de propriedades certificadas para tuberculose e brucelose no estado.
O economista da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro/RS), Tarcísio Minetto, discorreu sobre o acompanhamento assíduo da CCGL com as certificações e ressaltou sua percepção de que boa parte dos produtores não têm todas as informações necessárias para concluir o controle do programa de tuberculose e brucelose. “Cabe aprofundar um pouco a discussão sobre mecanismos para que possamos trazer mais os produtores para perto. Eles até conhecem a importância da certificação, mas têm medo do que pode acontecer se tiverem o resultado positivo nesse processo”, ponderou Minetto.
Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, sugeriu que na próxima reunião da Câmara Setorial do Leite o tema volte à pauta. No entanto, reforçou a necessidade de se trazer dados referentes as informações sobre o número de propriedades certificadas e os valores indenizados. “É importante que possamos trazer alguns exemplos, como a CCGL que está bastante avançada na questão de certificação”, acrescentou.
Na ocasião, ainda houve a indicação do novo Coordenador da Câmara Setorial. O 1° vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), Eugênio Edevino Zanetti, entrará no lugar de Jeferson Smaniotto, do Sindilat. Zanetti já conduzirá a próxima reunião da Comissão Setorial do Leite, que acontecerá durante a Fenasul/Expoleite 2022. “O momento é de dificuldade para todo o setor do leite e precisamos unir esforços para que o elo saia fortalecido e a gente busque conscientizar a população como um todo, com campanhas de marketing valorizando a importância do produto na alimentação e as demais medidas para que a gente continue melhorando qualidade do leite e a situação do produtor”, ressaltou Zanetti.
Ainda durante a reunião os representantes convidaram para a Audiência Pública no dia 27/04 que discutirá os impactos do FAF - Fator de Ajuste de Fruição que impacta no aumento da carga tributária, influenciando ainda mais a perda de competitividade do leite gaúcho frente aos Estados de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
A Câmara Setorial do Leite reforçou, na manhã desta terça-feira (19/04), a importância do marketing de produtos e derivados lácteos junto as crianças. A assessora Técnica Regional de Sistemas de Produção Animal da Emater Mara Helena Saalfeld aproveitou o encontro para falar sobre o livro infantil que visa explicar para as crianças de onde vem o leite. Na ocasião, também foi debatida a relevância de se expandir o número de propriedades certificadas para tuberculose e brucelose no estado.
O economista da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro/RS), Tarcísio Minetto, discorreu sobre o acompanhamento assíduo da CCGL com as certificações e ressaltou sua percepção de que boa parte dos produtores não têm todas as informações necessárias para concluir o controle do programa de tuberculose e brucelose. “Cabe aprofundar um pouco a discussão sobre mecanismos para que possamos trazer mais os produtores para perto. Eles até conhecem a importância da certificação, mas têm medo do que pode acontecer se tiverem o resultado positivo nesse processo”, ponderou Minetto.
Secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, sugeriu que na próxima reunião da Câmara Setorial do Leite o tema volte à pauta. No entanto, reforçou a necessidade de se trazer dados referentes as informações sobre o número de propriedades certificadas e os valores indenizados. “É importante que possamos trazer alguns exemplos, como a CCGL que está bastante avançada na questão de certificação”, acrescentou.
Na ocasião, ainda houve a indicação do novo Coordenador da Câmara Setorial. O 1° vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), Eugênio Edevino Zanetti, entrará no lugar de Jeferson Smaniotto, do Sindilat. Zanetti já conduzirá a próxima reunião da Comissão Setorial do Leite, que acontecerá durante a Fenasul/Expoleite 2022. “O momento é de dificuldade para todo o setor do leite e precisamos unir esforços para que o elo saia fortalecido e a gente busque conscientizar a população como um todo, com campanhas de marketing valorizando a importância do produto na alimentação e as demais medidas para que a gente continue melhorando qualidade do leite e a situação do produtor”, ressaltou Zanetti.
Ainda durante a reunião os representantes convidaram para a Audiência Pública no dia 27/04 que discutirá os impactos do FAF - Fator de Ajuste de Fruição que impacta no aumento da carga tributária, influenciando ainda mais a perda de competitividade do leite gaúcho frente aos Estados de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Produtos carbono neutro já chegam à mesa
Pequenas e grandes empresas do setor pecuário vêm trabalhando na criação de produtos carbono neutro, com baixo impacto ambiental e um manejo mais sustentável nas cadeias de produção. Práticas inadequadas podem levar a um aumento das emissões de metano ao mesmo tempo em que diminuem e pioram a quantidade produzida.
A neutralidade também atende a uma demanda de mercados internacionais por descarbonização. No ano passado, a União Europeia chegou a apresentar uma proposta com o objetivo de proibir a importação de produtos que tenham origem em áreas desmatadas, entre eles, a carne bovina.
Na cadeia do leite, formas de manejo dos animais interferem na produção e poluem mais o ambiente, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Embrapa Gado de Leite. Vacas com temperamento mais arisco emitiram uma quantidade 36,7% maior de metano e produziram menos leite, segundo o estudo.
Em julho do ano passado, a Guaraci Agropastoril, de São Paulo, lançou o primeiro leite orgânico e de carbono neutro do país, o NoCarbon. O que diferencia o produto de outros rótulos é a forma de produção do leite, de acordo com um dos sócios da empresa, Luis Fernando Laranja da Fonseca. O NoCarbon não utiliza hormônios no trato do rebanho e agrotóxicos no solo.
“Todo o carbono produzido é compensado pela empresa na própria fazenda onde atuamos, com a plantação de árvores nativas”, afirma Laranja da Fonseca. O NoCarbon possui certificações como Carbon Free e Certified Humane Brasil. Para isso, a Guaraci investiu R$ 5 milhões na elaboração de um inventário de emissões que acompanhasse a produção desde a ordenha no campo até a logística de envase e transporte do leite.
Baseada na Fazenda da Toca, em Itirapina (SP), a produção do NoCarbon possui 450 animais e chega a 4 mil litros de leite por dia. A Guaraci quer aumentar a produção com uma segunda fazenda, localizada na Bahia, segundo Laranja da Fonseca. O NoCarbon está disponível em 300 pontos de venda, chegando a supermercados do eixo Rio-São Paulo como Casa Santa Luzia, St Marche, Oba Hortifruti e Zona Sul. O produto também deve estar nas lojas do Carrefour em breve, de acordo com a Guaraci. A empresa ainda negocia para entrar nas gôndolas do Grupo Pão de Açúcar e da Cia. Zaffari, do Rio Grande do Sul.
A descarbonização também tem movimentado grandes empresas do setor. Para desenvolver uma carne carbono neutro em parceria com a Embrapa Gado de Corte, a Marfrig investiu R$ 10 milhões na criação de uma nova linha de produtos que foi lançada no ano passado, a Viva. O projeto envolveu 12 centros de pesquisa da Embrapa e mais de 150 pesquisadores. O frigorífico terá exclusividade de utilização do selo até 2030, mediante pagamento de royalties. “O novo produto responde às demandas dos consumidores, investidores e de toda a comunidade por produtos verdadeiramente sustentáveis”, afirma Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig.
Na certificação criada pela Embrapa, o rebanho é criado nos sistemas silvipastoril ou agrossilvipastoril (integração lavoura-pecuária-floresta). Dessa forma, em uma mesma propriedade podem coexistir a criação de gado e florestas de eucalipto, por exemplo.
A primeira fazenda a receber a certificação, localizada em Santa Rita do Pardo (MS), fornece a carne à Marfrig. Além de modificar formas de manejo para obter uma carne produzida de forma mais sustentável, o frigorífico insere aditivos na nutrição dos animais para reduzir a fermentação entérica, diminuindo a emissão de metano.
A Marfrig não abre números de produção, que ainda é pequena, mas Pianez afirma que a quantidade deve aumentar “significativamente” em breve. O frigorífico pretende lançar ainda em 2022 também a carne de baixo carbono. Por ora, a linha Viva alcança apenas o mercado interno, mas também poderá entrar no portfólio de produtos exportados, de acordo com informação da empresa.
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint.
Produção de leite apresentando estabilidade no RS
Produção de leite/RS - A produção de leite apresenta estabilidade, com tendência de aumento nas unidades produtivas devido à entrada de novas matrizes em lactação.
A oferta de alimento ainda é satisfatória, embora já apresente queda em quantidade e qualidade com o final do ciclo das pastagens de verão. As chuvas recorrentes, no Estado, vêm normalizando e oferecendo boa disponibilidade de água nos reservatórios para dessedentação dos animais.
Produtores realizam manejo sanitário no rebanho, dando prosseguimento na vacinação obrigatória e no controle do ecto e endoparasitas, em conformidade com as orientações técnicas das Inspetorias de Defesa Agropecuária.
Na regional de Santa Rosa, a retomada da umidade do solo beneficiou as pastagens de gramíneas, com novos rebrotes e crescimento vegetativo, ofertando forragem para o pastoreio. Essa mudança alivia as dificuldades dos produtores na oferta de alimentos para as vacas, que, em virtude da estiagem nas pastagens, vinham sendo alimentadas com feno, silagem e ração, antecipando o uso das reservas alimentares e comprometendo a disponibilidade para o período do vazio forrageiro. Também está muito bom o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha para silagem, criando boa expectativa para que os produtores de leite possam refazer os estoques de silagem que foram utilizados no período da falta de pastagem. Se, por um lado, as chuvas possibilitaram a melhor oferta de forragem para alimentação das vacas, por outro, aumentaram o barro junto aos locais de espera para ordenha, elevando os casos de mamite. A elevada umidade do solo nos corredores e locais próximos às instalações causam desconforto aos animais, além de dificultar o trabalho e o manejo dos produtores.
Na regional de Frederico Westphalen, o aumento da disponibilidade de pastos, principalmente das espécies perenes, como a tifton 85 e a jiggs, assim como de água em quantidade e qualidade, elevou a produção de leite. As pastagens perenes de verão estão com ótimo desenvolvimento, e há, até mesmo, sobra de pasto. As de inverno, como a aveia, o trigo duplo propósito e o centeio, estão em início de implantação. As lavouras de milho destinadas para a silagem, apresentaram perdas significativas, em quantidade e qualidade.
Na regional de Pelotas, as chuvas ocorridas foram mal distribuídas e com baixos volumes, o que impacta na disponibilidade para dessedentação dos animais. A silagem do ano anterior está mantendo a alimentação dos animais, especialmente auxiliada pela oferta parcial de pastagens de verão.
Na de Erechim, continuam as preocupações dos produtores em relação ao preço elevado dos insumos, especialmente as commodities milho e soja. Os rebanhos se encontram em boas condições sanitárias, e é bom o seu estado corporal.
Na regional de Bagé, a produção apresenta estabilidade, aumentando nas unidades produtivas com a entrada de novas matrizes em lactação. A oferta de alimento ainda é satisfatória, embora já apresente queda em quantidade e qualidade devido ao final do ciclo das pastagens de verão. Em Uruguaiana, produtores se preparam para o período de inverno, adquirindo fardos de palha de arroz para complementar a alimentação dos animais. Em Manoel Viana, há aumento da produção com base nas pastagens nativas e cultivadas de verão que se recuperaram com as chuvas regulares e ainda garantem razoável quantidade de alimento. A suplementação com silagem e ração se faz necessária para complementar a dieta, comprometendo as margens de lucro da atividade.
Na de Caxias do Sul, a silagem de milho apresenta baixa qualidade nutricional e baixo rendimento, requerendo ajuste de dietas e o uso de rações concentradas. As áreas semeadas no tarde, no entanto, estão com boa produção de massa, o que ajuda a recuperar os estoques de forragem para os próximos meses.
Na de Ijuí, o período com mais umidade já apresenta impacto na produção de leite para os produtores que fazem uso do sistema de produção a pasto. Devido à umidade no solo, não foi possível realizar o manejo dos animais nas pastagens, diminuindo a oferta de alimentos, o que impacta na diminuição da produção. Nos sistemas estabulados, a produção não foi afetada. Em Derrubadas, o volume coletado diariamente diminuiu 5% em relação à semana anterior devido ao período com grandes volumes de chuvas. O aumento da formação de barro afetou na qualidade do leite diante da dificuldade de higienização do úbere das vacas.
Nas de Passo Fundo e Soledade, os animais apresentam adequadas condições sanitárias e mantiveram o escore corporal. Produtores prosseguiram com o uso de alimentos conservados e de concentrados, visando o ajuste das dietas dos animais. Produtores mantêm os tratamentos sanitários para o controle de endo e ectoparasitas.
Nas de Santa Maria, Porto Alegre e Lajeado, as chuvas e temperaturas amenas do final do verão e início do outono trouxeram uma melhor condição para o rebanho leiteiro. Os reservatórios e mananciais de água com maior volume também melhoraram a qualidade da água. Na de Lajeado, há bom desenvolvimento das áreas de milho voltadas para a silagem que foram semeadas em janeiro, sendo que muitas dessas já estão em florescimento, apesar de terem sido semeadas no limite ou fora do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Esse fato vai permitir aos produtores complementar o estoque para o ano, tendo em vista que as primeiras áreas colhidas apresentaram significativa perda de qualidade, além da perda em quantidade. Os estoques de silagem já estão abaixo do normal há três anos e, em muitas unidades produtivas, o impacto é bastante significativo na redução da produtividade, na produção e na diminuição de plantel. (Emater/RS)
Pequenas e grandes empresas do setor pecuário vêm trabalhando na criação de produtos carbono neutro, com baixo impacto ambiental e um manejo mais sustentável nas cadeias de produção. Práticas inadequadas podem levar a um aumento das emissões de metano ao mesmo tempo em que diminuem e pioram a quantidade produzida.
A neutralidade também atende a uma demanda de mercados internacionais por descarbonização. No ano passado, a União Europeia chegou a apresentar uma proposta com o objetivo de proibir a importação de produtos que tenham origem em áreas desmatadas, entre eles, a carne bovina.
Na cadeia do leite, formas de manejo dos animais interferem na produção e poluem mais o ambiente, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Embrapa Gado de Leite. Vacas com temperamento mais arisco emitiram uma quantidade 36,7% maior de metano e produziram menos leite, segundo o estudo.
Em julho do ano passado, a Guaraci Agropastoril, de São Paulo, lançou o primeiro leite orgânico e de carbono neutro do país, o NoCarbon. O que diferencia o produto de outros rótulos é a forma de produção do leite, de acordo com um dos sócios da empresa, Luis Fernando Laranja da Fonseca. O NoCarbon não utiliza hormônios no trato do rebanho e agrotóxicos no solo.
“Todo o carbono produzido é compensado pela empresa na própria fazenda onde atuamos, com a plantação de árvores nativas”, afirma Laranja da Fonseca. O NoCarbon possui certificações como Carbon Free e Certified Humane Brasil. Para isso, a Guaraci investiu R$ 5 milhões na elaboração de um inventário de emissões que acompanhasse a produção desde a ordenha no campo até a logística de envase e transporte do leite.
Baseada na Fazenda da Toca, em Itirapina (SP), a produção do NoCarbon possui 450 animais e chega a 4 mil litros de leite por dia. A Guaraci quer aumentar a produção com uma segunda fazenda, localizada na Bahia, segundo Laranja da Fonseca. O NoCarbon está disponível em 300 pontos de venda, chegando a supermercados do eixo Rio-São Paulo como Casa Santa Luzia, St Marche, Oba Hortifruti e Zona Sul. O produto também deve estar nas lojas do Carrefour em breve, de acordo com a Guaraci. A empresa ainda negocia para entrar nas gôndolas do Grupo Pão de Açúcar e da Cia. Zaffari, do Rio Grande do Sul.
A descarbonização também tem movimentado grandes empresas do setor. Para desenvolver uma carne carbono neutro em parceria com a Embrapa Gado de Corte, a Marfrig investiu R$ 10 milhões na criação de uma nova linha de produtos que foi lançada no ano passado, a Viva. O projeto envolveu 12 centros de pesquisa da Embrapa e mais de 150 pesquisadores. O frigorífico terá exclusividade de utilização do selo até 2030, mediante pagamento de royalties. “O novo produto responde às demandas dos consumidores, investidores e de toda a comunidade por produtos verdadeiramente sustentáveis”, afirma Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig.
Na certificação criada pela Embrapa, o rebanho é criado nos sistemas silvipastoril ou agrossilvipastoril (integração lavoura-pecuária-floresta). Dessa forma, em uma mesma propriedade podem coexistir a criação de gado e florestas de eucalipto, por exemplo.
A primeira fazenda a receber a certificação, localizada em Santa Rita do Pardo (MS), fornece a carne à Marfrig. Além de modificar formas de manejo para obter uma carne produzida de forma mais sustentável, o frigorífico insere aditivos na nutrição dos animais para reduzir a fermentação entérica, diminuindo a emissão de metano.
A Marfrig não abre números de produção, que ainda é pequena, mas Pianez afirma que a quantidade deve aumentar “significativamente” em breve. O frigorífico pretende lançar ainda em 2022 também a carne de baixo carbono. Por ora, a linha Viva alcança apenas o mercado interno, mas também poderá entrar no portfólio de produtos exportados, de acordo com informação da empresa.
As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint.
Produção de leite apresentando estabilidade no RS
Produção de leite/RS - A produção de leite apresenta estabilidade, com tendência de aumento nas unidades produtivas devido à entrada de novas matrizes em lactação.
A oferta de alimento ainda é satisfatória, embora já apresente queda em quantidade e qualidade com o final do ciclo das pastagens de verão. As chuvas recorrentes, no Estado, vêm normalizando e oferecendo boa disponibilidade de água nos reservatórios para dessedentação dos animais.
Produtores realizam manejo sanitário no rebanho, dando prosseguimento na vacinação obrigatória e no controle do ecto e endoparasitas, em conformidade com as orientações técnicas das Inspetorias de Defesa Agropecuária.
Na regional de Santa Rosa, a retomada da umidade do solo beneficiou as pastagens de gramíneas, com novos rebrotes e crescimento vegetativo, ofertando forragem para o pastoreio. Essa mudança alivia as dificuldades dos produtores na oferta de alimentos para as vacas, que, em virtude da estiagem nas pastagens, vinham sendo alimentadas com feno, silagem e ração, antecipando o uso das reservas alimentares e comprometendo a disponibilidade para o período do vazio forrageiro. Também está muito bom o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha para silagem, criando boa expectativa para que os produtores de leite possam refazer os estoques de silagem que foram utilizados no período da falta de pastagem. Se, por um lado, as chuvas possibilitaram a melhor oferta de forragem para alimentação das vacas, por outro, aumentaram o barro junto aos locais de espera para ordenha, elevando os casos de mamite. A elevada umidade do solo nos corredores e locais próximos às instalações causam desconforto aos animais, além de dificultar o trabalho e o manejo dos produtores.
Na regional de Frederico Westphalen, o aumento da disponibilidade de pastos, principalmente das espécies perenes, como a tifton 85 e a jiggs, assim como de água em quantidade e qualidade, elevou a produção de leite. As pastagens perenes de verão estão com ótimo desenvolvimento, e há, até mesmo, sobra de pasto. As de inverno, como a aveia, o trigo duplo propósito e o centeio, estão em início de implantação. As lavouras de milho destinadas para a silagem, apresentaram perdas significativas, em quantidade e qualidade.
Na regional de Pelotas, as chuvas ocorridas foram mal distribuídas e com baixos volumes, o que impacta na disponibilidade para dessedentação dos animais. A silagem do ano anterior está mantendo a alimentação dos animais, especialmente auxiliada pela oferta parcial de pastagens de verão.
Na de Erechim, continuam as preocupações dos produtores em relação ao preço elevado dos insumos, especialmente as commodities milho e soja. Os rebanhos se encontram em boas condições sanitárias, e é bom o seu estado corporal.
Na regional de Bagé, a produção apresenta estabilidade, aumentando nas unidades produtivas com a entrada de novas matrizes em lactação. A oferta de alimento ainda é satisfatória, embora já apresente queda em quantidade e qualidade devido ao final do ciclo das pastagens de verão. Em Uruguaiana, produtores se preparam para o período de inverno, adquirindo fardos de palha de arroz para complementar a alimentação dos animais. Em Manoel Viana, há aumento da produção com base nas pastagens nativas e cultivadas de verão que se recuperaram com as chuvas regulares e ainda garantem razoável quantidade de alimento. A suplementação com silagem e ração se faz necessária para complementar a dieta, comprometendo as margens de lucro da atividade.
Na de Caxias do Sul, a silagem de milho apresenta baixa qualidade nutricional e baixo rendimento, requerendo ajuste de dietas e o uso de rações concentradas. As áreas semeadas no tarde, no entanto, estão com boa produção de massa, o que ajuda a recuperar os estoques de forragem para os próximos meses.
Na de Ijuí, o período com mais umidade já apresenta impacto na produção de leite para os produtores que fazem uso do sistema de produção a pasto. Devido à umidade no solo, não foi possível realizar o manejo dos animais nas pastagens, diminuindo a oferta de alimentos, o que impacta na diminuição da produção. Nos sistemas estabulados, a produção não foi afetada. Em Derrubadas, o volume coletado diariamente diminuiu 5% em relação à semana anterior devido ao período com grandes volumes de chuvas. O aumento da formação de barro afetou na qualidade do leite diante da dificuldade de higienização do úbere das vacas.
Nas de Passo Fundo e Soledade, os animais apresentam adequadas condições sanitárias e mantiveram o escore corporal. Produtores prosseguiram com o uso de alimentos conservados e de concentrados, visando o ajuste das dietas dos animais. Produtores mantêm os tratamentos sanitários para o controle de endo e ectoparasitas.
Nas de Santa Maria, Porto Alegre e Lajeado, as chuvas e temperaturas amenas do final do verão e início do outono trouxeram uma melhor condição para o rebanho leiteiro. Os reservatórios e mananciais de água com maior volume também melhoraram a qualidade da água. Na de Lajeado, há bom desenvolvimento das áreas de milho voltadas para a silagem que foram semeadas em janeiro, sendo que muitas dessas já estão em florescimento, apesar de terem sido semeadas no limite ou fora do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Esse fato vai permitir aos produtores complementar o estoque para o ano, tendo em vista que as primeiras áreas colhidas apresentaram significativa perda de qualidade, além da perda em quantidade. Os estoques de silagem já estão abaixo do normal há três anos e, em muitas unidades produtivas, o impacto é bastante significativo na redução da produtividade, na produção e na diminuição de plantel. (Emater/RS)
Jogo Rápido
Santa Clara é a marca mais lembrada de lácteos no RS
Pela 18ª edição, Cooperativa Santa Clara é líder com 30,5% de lembrança de marca na categoria Produtos Lácteos, segundo a pesquisa Marcas de Quem Decide. Entre os nomes citados pelos entrevistados, a instituição foi a preferida por 28,5%. O diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra, recebeu o prêmio na manhã desta terça-feira (19), no espaço Multiverso Experience, no Cais Embarcadero, em Porto Alegre. A pesquisa, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata Pesquisas e Informações Estratégicas, ouviu 302 empresários e executivos entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022. Desde 2005, a Santa Clara é líder no setor de laticínios sendo vencedora recorrente por 15 anos na categoria Queijos – extinta em 2019 – e reconhecida pela 12ª edição na categoria Produtos Lácteos. (Guialat)
Pela 18ª edição, Cooperativa Santa Clara é líder com 30,5% de lembrança de marca na categoria Produtos Lácteos, segundo a pesquisa Marcas de Quem Decide. Entre os nomes citados pelos entrevistados, a instituição foi a preferida por 28,5%. O diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra, recebeu o prêmio na manhã desta terça-feira (19), no espaço Multiverso Experience, no Cais Embarcadero, em Porto Alegre. A pesquisa, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata Pesquisas e Informações Estratégicas, ouviu 302 empresários e executivos entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022. Desde 2005, a Santa Clara é líder no setor de laticínios sendo vencedora recorrente por 15 anos na categoria Queijos – extinta em 2019 – e reconhecida pela 12ª edição na categoria Produtos Lácteos. (Guialat)