Porto Alegre, 14 de abril de 2022 Ano 16 - N° 3.639
Logística e escoamento da produção
A necessidade de investir em melhorias da infraestrutura logística e as alternativas para ampliar o escoamento da produção no Rio Grande do Sul foram alguns dos temas discutidos ontem durante o evento da Tá na Mesa, da Federasul, na Capital. Na esteira das concessões de portos e rodovias promovidas pelos governos federal e estadual, especialistas destacaram a importância do complexo portuário no Estado, especialmente do Porto de Rio Grande.
Com o tema “O papel dos portos do RS no desenvolvimento do Estado”, o diretor superintendente dos Portos RS, Fernando Estima, explicou que o país passa por uma série de reavaliações e de processos de concessão de portos. “Os portos que estavam sob a responsabilidade da União é que não vinham dando a resposta adequada, diferente do Rio Grande do Sul, que é pioneiro também na questão das concessões”, pontuou. Ao destacar que o Estado “já fez sua lição de casa”, Estima explicou que no complexo portuário do Rio Grande do Sul, 17 terminais são privados. “Temos 5 que são concessões de longo prazo.”
Conforme Estima, em 2021, o RS obteve o melhor resultado acumulado da história, com 47,6 milhões de toneladas transportadas nos três portos: Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas. É um aumento de 19,37% em relação a 2020.
Para o presidente da CCGL e do Complexo Portuário Termasa-Tergrasa, Caio Cézar Fernandez Vianna, o comércio, a indústria e a agricultura dependem “muito fortemente” das infraestruturas de logística. O presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, afirmou que a metade sul do Estado vive um “momento especial’ por conta dos investimentos no Porto de Rio Grande. Ele destacou, porém, que ainda há muito a ser feito para melhorar o escoamento de cargas e produtos no RS. (Correio do Povo)
UE - Mercado de carne e de leite: previsões da Comissão Europeia para 2022
A Comissão Europeia (CE) divulgou um relatório sobre as perspectivas para os mercados agrícolas da União Europeia (UE) em 2022, em particular para os mercados de carne e de leite.
Sem surpresa, ela espera que a produção de carne bovina caia (-0,9%) no bloco comunitário, sobretudo em razão da queda estrutural do setor, e isto “apesar dos preços elevados” e de uma “demanda crescente”.
De acordo com o parecer da CE, haverá leve aumento das exportações da UE graças aos recentes acordos comerciais (Japão, Mercosul e CETA), mas limitadas pela pouca oferta interna e pelos “atritos comerciais com o Reino Unido”.
“A queda na captação de leite deverá continuar no primeiro semestre” Apesar da alta histórica do preço do leite ao produtor, a produção total da UE caiu (-0,4%) em 2021, pela primeira vez desde 2009. De fato “o alto custo de produção enfraqueceu o crescimento da produção de leite e foi iniciada uma redução do rebanho mais forte do que a prevista (-1,5%)”.
E a baixa captação de leite na UE deverá continuar pelo menos até o final de 2022, segundo a CE “antes de começar uma leve recuperação no final do ano”. O rebanho leiteiro poderá diminuir ainda mais 1%. A alta do preço ao consumidor chegou aos produtos lácteos, provocada pelos custos elevados de insumos e por uma “fraca oferta mundial”.
A produção de queijo e de soro na UE continuará crescendo, impulsionada pelo aumento da demanda na UE e de exportação, enquanto a demanda por leite em pó será reduzida “sendo substituída por proteínas mais baratas”. (Fonte: Agri Mutuel – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Chile – A queda da produção de leite no 1º trimestre de 2022 está sendo avaliada em 5,6%
A Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedelche) da região de Los Lagos, estimou que a queda da produção de leite foi de 5,6%, entre janeiro e fevereiro de 2022, tendência que deve se manter no resto do ano, diante da alta nos preços dos fertilizantes que estão afetando diretamente a atividade.
Em entrevista à Radio Bio Bio, o presidente da FEDELECHE, Marco Winkler, disse que apesar do bom clima de março, com chuvas e boas temperaturas ques fazem crescer os pastos, não haverá reversão da queda dos primeiros meses do ano, levando em consideração que somente em janeiro, a redução foi de 10%, um resultado preocupante.
“É um resultado muito ruim, que também foi consequência de problemas climáticos, seguido por custos elevados, e que lamentavelmente não poderá ser revertido”, disse Winkler.
Tema sensível é o aumento nos custos de fertilizantes que mudaram o planejamento dos plantios, como o milho que é fundamental.
“Existe um ponto importante ligado à produção de leite, que é o plantio de milho, algo fundamental para os agricultores e que impacta muito fortemente na produção de leite, porque se chegamos no momento de plantar e não tem como, isso irá repercutir, muitíssimo, na produção de leite”, explicou o presidente da federação.
Em relação aos preços, acrescentou que o leite subirá sistematicamente nos últimos meses, sem alcançar o nível dos custos, assumindo que no quadro atual, o custo médio está variando entre 385 e 390 pessoas por litro. Vale lembrar que a região dos Los Lagos é responsável por 50% da produção chilena de leite. (Fonte: Mundo Agropecuario – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
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