Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2022 Ano 16 - N° 3.598
GDT - Global Dairy Trade
Fonte: GDT - Global Dairy Trade adaptado Sindilat/RS
Fonte: GDT - Global Dairy Trade adaptado Sindilat/RS
Os verdadeiros campeões do desmatamento
A Europa detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía 11% e agora tem menos de 4%
“Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Hoje, o País detém 28,3%. Dos 64 milhões de quilômetros quadrados de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, cerca de 24%. Mais de 75% das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram, e muito, segundo estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais.
A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, 23,6%, agora possui 5,5% e segue desmatando. No sentido inverso, a América do Sul, que detinha 18,2% das florestas, agora detém 41,4%, e o grande responsável por esses remanescentes, cuja representatividade cresce ano a ano, é o Brasil.
Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil – por ser um dos que menos desmatou – deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. O paradoxo é que, ao invés de ser reconhecido pelo seu histórico de manutenção da cobertura florestal, o País é severamente criticado pelos campeões do desmatamento e alijado da própria memória.” (Revista Oeste)
A Europa detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía 11% e agora tem menos de 4%
“Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Hoje, o País detém 28,3%. Dos 64 milhões de quilômetros quadrados de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, cerca de 24%. Mais de 75% das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram, e muito, segundo estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais.
A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, 23,6%, agora possui 5,5% e segue desmatando. No sentido inverso, a América do Sul, que detinha 18,2% das florestas, agora detém 41,4%, e o grande responsável por esses remanescentes, cuja representatividade cresce ano a ano, é o Brasil.
Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil – por ser um dos que menos desmatou – deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. O paradoxo é que, ao invés de ser reconhecido pelo seu histórico de manutenção da cobertura florestal, o País é severamente criticado pelos campeões do desmatamento e alijado da própria memória.” (Revista Oeste)
Espanha: duas fazendas de leite fecharam por dia em 2021
A situação de baixos preços do leite, juntamente com os altos custos de produção enfrentados pelas fazendas, está causando um fluxo contínuo de fechamento de fazendas na Espanha. Em 2021 fecharam 655 fazendas de gado leiteiro, passando de 12.079 no mês de janeiro de 2021 para 11.424 em dezembro do mesmo ano, o que significa que cerca de duas fazendas fecharam todos os dias no país, segundo dados do Ministério da Agricultura.
A União dos Pequenos Agricultores e Pecuaristas (UPA) atribui esta situação ao contexto de baixos preços do leite que a Espanha arrasta por anos. A grande distribuição utiliza o leite como produto reivindicado pelos consumidores, mantendo preços muito baixos. Por sua vez, as indústrias pressionam os produtores com preços abaixo dos custos de produção.
A UPA denunciou que os produtores de leite espanhóis recebem um dos preços mais baixos de toda a Europa pelo leite de vaca. De acordo com os dados do mês de dezembro, apenas os pecuaristas de Portugal e da Hungria vendem leite mais barato do que o da Espanha, que está empatado em último lugar com a Croácia e Eslovénia, a 0,36 euros/litro.
Se olharmos para o preço médio do leite em todo o ano de 2021, a situação da Espanha não é muito melhor, já que está em oitavo lugar, com leite em 0,343 euros/litro, longe da média europeia de 0,379 e anos-luz do que ganham os irlandeses, austríacos ou gregos.
Esforços legislativos mal sucedidos
As diversas mudanças regulatórias feitas pelo setor pecuário e promovidas na Espanha não estão atualmente tendo o efeito desejado. Nem o chamado "pacote de laticínios", nem a Lei da Cadeia Alimentaria estão conseguindo que a formação de preços dos alimentos sejam feitos de baixo para cima. “Os preços ainda são decididos na mesa de um escritório de grandes multinacionais e não em fazendas espanholas”, denunciam os membros da UPA.
A UPA exigiu que indústrias e grandes distribuidoras mudem de atitude de uma vez por todas e parem de "afundar os fazendeiros espanhóis". Eles descrevem a situação como “limite” e exortam o Ministério da Agricultura e as comunidades autônomas a fazerem "tudo o que estiver ao seu alcance de suas mãos” para alcançar um preço justo para o leite e impedir o fechamento das fazendas.
Aumentos insuficientes
A UPA rejeita os contratos que as grandes indústrias estão oferecendo, devido ao baixo aumento nos preços, pois não cobrem "em nenhum caso" os custos de produção, custos que subiram 30% enquanto os preços subiram apenas 7%.
Os membros da UPA são contundentes: "Isso não pode continuar assim, a produção de leite na Espanha está perdendo em relação a outros países excedentários da UE. Nenhum setor agrícola, pecuário ou econômica tem tal diferencial de preços, é a ruína de um setor estratégico para a Espanha".
A organização solicitou a convocação urgente da "Mesa de la Leche" para enfrentar este
situação grave. "Vamos pedir ao Ministério da Agricultura que faça cumprir as declarações do Presidente do Governo no Senado, que assegurou que o novo contrato evitaria que os agricultores tivessem que assinar contratos abaixo dos custos de produção, algo que hoje não está acontecendo.
As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
Jogo Rápido
Gaúchos querem nova ferrovia
O Rio Grande do Sul tem interesse em ver estendida até seu território a ferrovia que vai ligar os municípios de Cascavel (PR) a Chapecó (SC), já autorizada pelo Ministério da Infraestrutura. A ideia defendida por diversos setores da indústria gaúcha – entre eles o da proteína animal, em especial a de aves, suínos e leite – é que a linha chegue primeiro a Passo Fundo, na região do Planalto, e depois a Estrela no Vale do Taquari. O assunto foi debatido no final da semana passada, em Porto Alegre, entre representantes da cadeia de proteína animal, como a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), o senador Luis Carlos Heinze e o Conselho da Agroindústria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Conaro/Fiergs), coordenado por Alexandre Guerra, vice-presidente do Sindilat. Conforme o senador, o Estado necessita de outros modais de transporte da produção, como ferrovias e hidrovias, que tornariam os produtos gaúchos mais competitivos no mercado internacional. “O custo com o transporte teria uma redução superior a 20%”, calcula o parlamentar. “A iniciativa privada quer investir nesses modais”, afirma. De acordo com o Ministério de Infraestrutura, o país tem hoje 21 ferrovias em desenvolvimento, com nove projetos autorizados. Embora a ampliação do modal ferroviário já seja discutida há muito tempo pelo agronegócio, a ampliação favoreceria muitos setores da economia, afirma o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber. “Por isso, ter o transporte ferroviário nos interessa sim”, complementa. Uma ferrovia no sentido Norte-Sul pode facilitar o transporte de milho do Centro-Oeste para o Rio Grande do Sul. (Correio do Povo)
O Rio Grande do Sul tem interesse em ver estendida até seu território a ferrovia que vai ligar os municípios de Cascavel (PR) a Chapecó (SC), já autorizada pelo Ministério da Infraestrutura. A ideia defendida por diversos setores da indústria gaúcha – entre eles o da proteína animal, em especial a de aves, suínos e leite – é que a linha chegue primeiro a Passo Fundo, na região do Planalto, e depois a Estrela no Vale do Taquari. O assunto foi debatido no final da semana passada, em Porto Alegre, entre representantes da cadeia de proteína animal, como a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), o senador Luis Carlos Heinze e o Conselho da Agroindústria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Conaro/Fiergs), coordenado por Alexandre Guerra, vice-presidente do Sindilat. Conforme o senador, o Estado necessita de outros modais de transporte da produção, como ferrovias e hidrovias, que tornariam os produtos gaúchos mais competitivos no mercado internacional. “O custo com o transporte teria uma redução superior a 20%”, calcula o parlamentar. “A iniciativa privada quer investir nesses modais”, afirma. De acordo com o Ministério de Infraestrutura, o país tem hoje 21 ferrovias em desenvolvimento, com nove projetos autorizados. Embora a ampliação do modal ferroviário já seja discutida há muito tempo pelo agronegócio, a ampliação favoreceria muitos setores da economia, afirma o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber. “Por isso, ter o transporte ferroviário nos interessa sim”, complementa. Uma ferrovia no sentido Norte-Sul pode facilitar o transporte de milho do Centro-Oeste para o Rio Grande do Sul. (Correio do Povo)