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31/01/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.587


STN aprova adesão do RS ao Regime de Recuperação
 
O Estado terá seis meses para apresentar plano detalhado. A Secretaria da Fazenda prevê 90 dias. Restrições começaram a valer desde ontem.
 
70 bilhões de reais é o valor estimado da dívida do Estado com a União que será renegociado no RRF.
 
A União trabalha com o prazo de seis meses até a homologação. O governo do Estado acredita numa antecipação desse prazo. De acordo com o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, a conclusão do Plano de Recuperação Fiscal deve sair em torno de 90 dias a contar a partir de agora.
 
O governo disse que encaminhará em 30 dias os primeiros documentos do plano de reestruturação das contas. “O Estado tem ainda uma questão estrutural que é a dívida com a União, que precisa ser solucionada e que está sendo encaminhada a solução a partir do RRF”, destacou Leite.
 
VEDAÇÕES. A partir de agora, o Estado ingressa na fase de validação das oito medidas obrigatórias pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) – já em curso – e de avaliação técnica do seu plano e, por isso, entram em vigor as vedações previstas na lei, como as de gastos com pessoal. Conforme Marco Aurelio, novos incrementos em despesas correntes poderão ser feitas após a homologação do RRF, desde que descritas no plano. Porém, até lá, elas estão vetadas. Isso envolve diretamente o gasto com pessoal. As regras valem para todos os entes que tenham assinado adesão ao RRF, como no caso de Goiás.
 
Para ter o aval, o governo do Estado realizou uma série de medidas obrigatórias. Foram elas: Desestatização (privatização). Reforma da Previdência, com alteração de regras para civis e militares, com mudanças em alíquotas, idades mínimas (civis) e tempos de contribuição. Redução dos incentivos fiscais não Confaz de no mínimo 20%. Reforma Regime Jurídico Servidores Estaduais. Teto de Gastos Estaduais, quelimitará as despesas pela inflação para o período de uma década, o que garantirá disciplina fiscal. Autorização para realizar leilões de pagamento. Gestão financeira centralizada no Executivo. Instituição do Regime de Previdência Complementar
 
A lei federal do RRF apresenta restrições em termos de aumentos de despesas de pessoal e outras de caráter continuado, além de incentivos fiscais que não estejam cobertos no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Essas restrições precisam estar previstas e excepcionalizadas no plano homologado para poderem ser praticadas e, portanto, sofrerão um período de bloqueio em todos os poderes e órgãos autônomos entre a adesão (final de janeiro) e a homologação final do plano. (Correio do Povo)

Emater/RS: cenário permanece desfavorável para a produção de leite

O cenário da bovinocultura de leite continua desfavorável. A disponibilidade de sombra e água é fundamental para minimizar o estresse calórico sofrido pelos animais, sendo que o uso das pastagens deve ser moderado para evitar o rebaixamento excessivo e realizado nos horários de temperatura mais amena para estimular o consumo.

Há um grande esforço na busca de manutenção da produção, ampliando a oferta de silagem, feno e ração, na tentativa de manter o escore corporal das vacas e a produção de leite.

No momento não existe umidade do solo que possibilite o plantio do milho safrinha, o que irá ocasionar a falta de silagem no período de vazio forrageiro de outono.

Com temperaturas que ultrapassaram os 40°C, o forte estresse térmico sobre os animais aumenta a busca por estratégias para minimizar os efeitos do calor, como a opção por manter os animais com ventilação e chuveiros em galpões, nos sistemas de confinamento ou semiconfinamento.

Com o calor, as vacas estão entrando nos bebedouros para se refrescarem, deitando no barro, aumentando os casos de mastite ambiental.

No regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, após a ocorrência das precipitações em 17/01, as temperaturas voltaram a subir rapidamente. Na Fronteira Oeste, aproximadamente 45% das lavouras de milho para silagem já foram colhidas, a maior parte dos silos ainda encontram-se no período de fermentação. Produtores de leite sazonais estão interrompendo as vendas devido à falta de pastagens nativas, cultivadas e também pelo alto custo das rações.

Em São Gabriel, as perdas estimadas são de aproximadamente 30%; em Hulha Negra, 35%. Na de Santa Maria, as lavouras de milho silagem foram comprometidas pela estiagem. O milho está sendo cortado antecipadamente, dando origem a uma silagem de baixo valor nutricional.

Na de Caxias do Sul, as temperaturas extremas verificadas agravaram o estresse térmico das vacas. Estando disponíveis, sistema de refrigeração, ventilação ou mesmo aspersão foram meios utilizados pelos produtores para mitigar o impacto do calor.

Na de Soledade, em Vale do Sol, a água para dessedentação do rebanho está escassa em muitas propriedades e é de baixa qualidade. Em muitas propriedades da região a água é trazida de caminhão pipa para atender a demanda dos rebanhos.

Na regional de Pelotas, a falta e a intermitência da energia elétrica em algumas localidades obrigaram alguns produtores a fazer uso diário de geradores para a ordenha e o resfriamento do leite.

Em Arroio Grande, as chuvas amenizaram a seca que prejudica a atividade, e as pastagens se desenvolveram, ainda que com atraso, oferecendo uma melhor condição de alimentação para as vacas lactantes. A condição atual das pastagens tranquiliza os produtores que já contabilizaram grandes prejuízos.

As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


 
Qual o papel econômico da reprodução nas fazendas de leite?

Além de garantir o futuro do rebanho, os aspectos genéticos e reprodutivos das fazendas de leite estão intimamente relacionados às margens de lucros das propriedades.

Para a utilização parâmetros de reprodução e genética como direcionadores econômicos é necessário um entendimento claro por parte dos produtores e profissionais envolvidos de como cada indicador deve ser medido, otimizado e controlado.  

Para André Navarro Lobato, Médico Veterinário no Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira (PDPL) e Sócio Administrador na empresa de consultoria Gestão Pecuária e Agricultura, “existem vários indicadores para avaliarmos como está a reprodução em uma fazenda.”

Porém, para ele, três indicadores são essenciais para uma avaliação rotineira: Taxa de Concepção, Taxa de Inseminação e a principal deles, a Taxa de Prenhez, que engloba os dois anteriores.

De acordo com André, os investimentos em reprodução e genética são válidos para todas as propriedades e tamanho/estrutura de rebanho. “A reprodução é importante para qualquer nível tecnológico, tamanho, produção diária ou produtividade por vaca. Os investimentos em reprodução giram em torno de 2 a 6% da Renda Bruta de uma fazenda leiteira. Isso varia em relação à frequência de visitas do veterinário, à intensidade do manejo reprodutivo, ao preço médio do sêmen etc. Em fazendas que fazem o uso rotineiro de FIV esses valores podem aumentar um pouco, variando também com a frequência realizada, se são doadoras próprias etc.”

“Porém, o mais importante é o retorno que a reprodução traz para a fazenda, com aumento direto na produção de leite e no número de bezerras que farão a reposição futura de ‘vacas problemas’,” complementou.

Na prática, André explicou que objetivo final de trabalhar bem a reprodução é manter uma estrutura de rebanho adequada e equilibrada do rebanho. “Quem gera a maior parte das receitas em uma fazenda são as vacas em lactação. Quanto pior a reprodução, maior é a tendência de aumentar o número de vacas secas no rebanho, que são animais que momentaneamente não estão gerando renda, impactando direta e negativamente na rentabilidade da empresa rural.”

Mas o quanto isso impacta de fato na rentabilidade das fazendas de leite? Como estabelecer estratégias reprodutivas que geram resultados superiores para a propriedade? Como adequar a genética ao sistema de produção e ao manejo? Como saber se os índices reprodutivos estão no caminho certo?

Para responder estes e outros questionamentos, no dia 21/03 o MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade contará com a palestra do André Navarro Lobato sobre “Conceitos sobre reprodução e genética e sua relação com rentabilidade.”

Além da reprodução e genética, o Feras da Rentabilidade trará outros pontos essenciais para um leite rentável como índices de produtividade técnica, nutrição e produção de alimentos, conforto e bem-estar animal, qualidade do leite e criação de bezerras e novilhas.

São 18 horas de conteúdo, 30 palestrantes incluindo acadêmicos e casos de sucesso reais para você aplicar no seu negócio e obter lucro na sua propriedade. Em seis encontros semanais online nos dias 14/03, 21/03, 28/03, 04/04, 11/04 e 18/04, vamos juntos fazer do leite bom negócio.

Para mais informações, acesse o site do evento e aproveite para fazer a sua inscrição. Tenha um leite rentável, seja um Fera na Rentabilidade! (Milkpoint)​

Jogo Rápido 

QUARENTENA SOBE PARA 7 DIAS
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) orienta que o tempo mínimo de isolamento de pacientes confirmados com covid-19 passe de cinco para sete dias no Rio Grande do Sul. O prazo começa a valer a partir do começo dos sintomas ou da data da realização do teste, para pessoas assintomáticas. Se a pessoa não estiver com a vacinação em dia, segue a determinação de 10 dias. No caso de contato próximo com pessoas que tiveram o diagnóstico positivo, a pasta voltou a recomendar isolamento. Essas alterações ocorrem em razão do aumento significativo de casos de coronavírus neste mês e também pela circulação do vírus Influenza. Veja perguntas e respostas sobre a quarentena em gzh.rs/isolrs.(Zero Hora)

 

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