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28/01/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.587


Chuva traz alento, mas segue insuficiente no Estado
Os estragos causados pela chuva em Porto Alegre — com um volume significativo caindo em um curto espaço de tempo — podem dar afalsa impressão de que o problema da estiagem no Estado começa a se resolver. É verdade que, com 378 municípios tendo decretado situação de emergência, qualquer precipitação é bemvinda — e necessária. Mas o tamanho do déficit hídrico e a irregularidade na distribuição mantêm as perdas. 

— No geral, a chuva ajuda a amenizar, mas não reverte quadro nenhum. E a área que mais precisa de umidade, nas Missões e Alto Uruguai, é onde choveu menos - pondera Flávio Varone, meteorologista da Secretaria da Agricultura. No boletim do acumulado de chuva em 24 horas (a partir dos pontos ondeficam as estações meteorológicas do Simagro/Inmet), havia municípios que seguiam marcando zero milímetro de precipitação. Outros, como Campo Bom, somavam 69,6 milímetros. O principal alívio, neste momento, vem dos termômetros. 

Depois de mais de IO dias com patamar elevado, as temperaturas desceram alguns degraus. Um "respiro" para quem cria animais — sejam gado de corte, de leite, aves ou suínos. A combinação de calor e umidade relativa do ar provocaram estresse térmico, afetando o ganho de peso e, em alguns casos, levando à morte. Na estação meteorológica da Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, zona sul do Estado, a sensação térmica chegou no último sábado a 62,30C. 

O engenheiro agrícola e pesquisador Carlos Reisser Junior diz que o equipamento tem sensores para cálculo de diferentes variáveis e que a tão falada sensação térmica é uma medida calculada por equação matemática. Leva em consideração a temperatura e a umidade relativa do ar, além da velocidade do vento: - É sentida por animais de sangue quente, tanto que se viu a perda de aves, por estresse térmico. Mostra a condição extrema que vínhamos passando nas últimas semanas.

Por lá, no entanto, a chuva era praticamente inexistente: às 17h22min — os dados são atualizados minuto a minuto -, a soma era de 0,2 milímetro. Conforme boletim semanal da Emater, os volumes de chuva foram "um alento"para a soja, "mas não o suficiente para melhorar a performance do ciclo". Há 2% da área estimada ainda por plantar, com a maior parte das lavouras (56%) em floração e enchimento de grão.   (Zero Hora)

Previsão de temperaturas mais amenas e chuvas isoladas para os próximos dias
A próxima semana terá temperaturas mais amenas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 04/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (28), o ingresso de uma massa de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, e apenas nos setores Norte e Leste deverão ocorrer pancadas isoladas de chuva. No sábado (29) e domingo (30), a presença do ar seco manterá o tempo firme, com temperaturas condizentes com o verão, amenas no período noturno e em torno de 30°C durante o dia. Na segunda (31/01) e terça-feira (01/02), o deslocamento de uma nova frente fria no oceano favorecerá a ocorrência de chuvas isoladas em todas as regiões. Na quarta (02/02), a chegada de uma massa de ar seco manterá o tempo firme em todo o Estado. Os volumes esperados deverão oscilar entre 15 e 35 na maioria das regiões, podendo alcançar 50 mm em alguns municípios dos Campos de Cima da Serra. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.(SEAPDR)

A colheita do milho avançou para 34% da área cultivada
De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (27/01) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o plantio chega a 97% da área total estimada, sendo 34% já está colhido, 13% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, 26% em enchimento de grãos e 20% em maturação.

As altas temperaturas e predomínio de tempo seco induziram à rápida maturação. A massa colhida apresentou espigas e grãos de tamanho reduzido, dificultando a operação de separação do restante da planta, necessitando redução de velocidade de deslocamento e maior atenção na plataforma de colheita mecanizada. As lavouras em enchimento de grãos e maturação, que representam 41% da área plantada, apresentam uma rápida senescência das folhas, podendo comprometer a formação final dos grãos.

As lavouras irrigadas ainda apresentam potencial produtivo satisfatório, porém o fornecimento de água não é capaz de reduzir o estresse causado pelas temperaturas noturnas elevadas, que aumentam a respiração das plantas e causam menor acúmulo dos produtos oriundos da fotossíntese. As temperaturas máximas próximas dos 40°C também podem reduzir a duração do ciclo da cultura e afetar a germinação dos grãos de pólen na floração, fatores que podem condicionar a redução da produtividade.

MILHO SILAGEM
A estiagem provocou retardamento na semeadura do milho silagem, repercutindo em atraso na produção de alimentos para o rebanho bovino. As chuvas ocorridas entre 17 e 22 de janeiro permitiram a retomada da semeadura nas principais regiões produtoras no Estado. Estima-se que 70% da área destina a cultura tenha sido implantada. A colheita já alcançou 48% da área ocupada e a produtividade obtida é 17,5 toneladas por hectare, representando 52% de redução na quantidade inicialmente estimada. A qualidade do material ensilado também está aquém da expectativa inicial, com plantas com folhas mais fibrosas e com proporção de grãos abaixo do ideal. (Emater/RS)



Fonterra, líder global em lácteos, eleva previsão de preços ao produtor
A neozelandeza Fonterra, maior cooperativa do mundo de laticínios, elevou nesta semana sua previsão de preços que paga ao fornecedor de leite. Na revisão, a terceira desde outubro, a Fonterra disse ver um quadro de demanda consistente e oferta global de matéria-prima mais restrita. 

A cooperativa informou que seus fornecedores receberão de 8,90 a 9,50 dólares neozelandeses por quilo (o equivalente a R$ 32,60 e R$ 34,80) para o ano de produção que termina em meados de 2022. A previsão anterior era de 8,40 a 9 dólares neozelandeses pelo quilo do leite (ou R$ 30,77 a R$ 32,96). 

Se considerado o valor médio da faixa de previsão, o volume desembolsado pela Fonterra chegaria a 13,8 bilhões dólares neozelandeses (R$ 50,5 bilhões), montante que equivale a 6% do produto interno bruto da Nova Zelândia. A cooperativa informa que a demanda global continua forte e o que crescimento da oferta, por sua vez, deve ficar abaixo da média. 

A produção de leite na Europa caiu em relação ao ano anterior e, nos Estados Unidos, desacelerou-se devido aos altos custos de alimentação, disse a Fonterra. (Valor Econômico)

Jogo Rápido 

Uruguai – Preço do leite ao produtor fechou com a média de US$ 0,34
Preços/UR – O preço do leite ao produtor em 2021 registrou sua melhor média anual em pesos e a média mais alta desde 2017, em dólares, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale). Foi de 15 pesos por litro, 19% acima do valor registrado em 2020. E em dólares foi US$ 0,34, melhora interanual de 15%, a primeira elevação depois de três anos consecutivos de queda dos preços em dólares. O câmbio fechou com a média de 43,55 pesos por dólar e, 4% acima de 2020. O preço do litro captado em dezembro foi de 15,47 pesos e US$ 0,35, em ambos os casos acima dos valores de novembro, e crescimento de 19% em pesos e 14% em dólares, na comparação com dezembro de 2020. (Fonte: Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

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