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27/01/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de janeiro de 2022                                                       Ano 16 - N° 3.586


Leite A2: conheça os benefícios e saiba como produzir

Quem é produtor de leite sabe que o consumidor é cada vez mais exigente. Por isso, o mercado tem procurado entregar um produto com a maior qualidade possível. E é aí que o leite A2 pode se tornar um diferencial importante e rentável.

Com mais pessoas sendo diagnosticadas com baixa tolerância à lactose, cresce a busca por produtos que fujam do desconforto típico desse quadro. E a boa notícia é que não é necessário fugir do leite bovino, pois, com melhoramento genético, as vacas A2A2 podem ser ótimas saídas para o consumidor e também para o produtor.

Entenda o que é o leite A2
Leite A2 é diferente do tradicional (A1) em razão da caseína, mas, para entender o significado disso, é preciso conhecer o leite além do que se vê “a olho nu”.

O leite bovino é formado por água e componentes sólidos, como gordura, vitaminas, minerais e proteínas totais. Entre essas proteínas, existem as do soro e as do leite. Essas últimas são chamadas de caseínas e abrigam uma série de substâncias proteicas: alfa s1, alfa s2, kappa, betacaseína, entre outras.

A betacaseína é a mais prevalente e tem 13 variações genéticas. As duas variações mais importantes são a A1, mais comum, e a A2, cujo mercado tem crescido em razão de melhorar o conforto de quem bebe o leite desse tipo. 

Saiba como produzir leite A2

A principal medida para conseguir produzir o produto é apostar no melhoramento dos animais. Assim como na pecuária de corte, a genética é um fator primordial na qualidade da produção leiteira, e os cientistas têm oferecido uma contribuição cada vez mais importante ao setor. 

Para atingir a betacaseína A2, é importante que tanto o gameta usado na fecundação como a vaca que recebe o esperma bovino tenham a genética correta. Por isso, costuma-se dizer que é necessário espécimes A2A2 para iniciar essa produção. As raças zebuínas são as que mais oferecem o DNA adequado.

Planejamento

Quando se compra leite, tem-se uma mistura do produto de vários animais. Assim, é importante que o produtor invista em diferentes animais, que permitirão produzir em maior escala o leite específico.

Por isso, o início do investimento em cabeças com melhoramento genético exige um investimento de médio e alto porte. É fundamental planejar a entrada no setor, estimar o aporte necessário e se atentar à certificação. No Brasil, já há rebanhos certificados, mas ainda há muito espaço no mercado.

Além disso, deve-se manter a qualidade da produção e o bem-estar animal. Esses fatores não são importantes apenas por respeitarem os bovinos, mas também porque se ganha em volume e rentabilidade.

Fonte: Fundação Roge, Beba Mais Leite, Cooperativa Agropecuária Vale Rio Doce, Prodap.

Campanha ABIQ reforça benefícios nutricionais e saudabilidade dos queijos

Resumida no conceito Queijo é Bom e Faz Bem, a ABIQ Associação Brasileira das Indústrias de Queijo, com o apoio financeiro de Associados Queijeiros, iniciou ontem , 26 de Janeiro, nas redes sociais, forte ação nacional de divulgação dos benefícios nutricionais e saudabilidade dos queijos produzidos pela indústria queijeira barasileira.

Concentrada no Facebook, Instagram, LinkedIn, Google Display e Google Search, a Campanha apresentará até Julho, de forma leve, moderna e interativa tudo que os queijos trazem de bom para a saúde e o bem estar. Explorará também toda sua diversidade, sabores e usos versáteis em diversas ocasiões, além de falar da contribuição do setor para a sociedade. O investimento previsto para essa fase supera meio milhão de reais.

“Sabemos que queijos estão presentes de alguma forma, em 93,7% de lares brasileiros, segundo dados Kantar do final de 2021. Já é um queridinho, mas temos ainda muitas oportunidades de ampliar o consumo, especialmente levando em conta que cada vez mais estamos nos preocupando com uma alimentação nutritiva e saudável em novos estilos de vida“ afirma Fabio Scarcelli, presidente da entidade. E completa “Essa Campanha visa trazer fatos novos, acabar com mitos e mostrar que queijo é uma alimento que ajuda e faz bem em qualquer dieta equilibrada. É para amantes de queijos e para conquistar amantes de vida saudável, longa e produtiva, não importa a idade”.

Para saber mais e conhecer porque que devemos colocar mais queijo na nossa rotina, a Landing Page da Campanha se encontra no site da ABIQ e nas mensagens de suas mídias sociais Facebook, Instagram e Linkedin. 

As informações são da ABIQ, adaptadas pela equipe MilkPoint. 





Sancionada com vetos lei que destina milho da Conab a pequenos criadores de animais

Vetos serão analisados posteriormente pelo Congresso

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com dois vetos a Lei 14.293/22, que institui o Programa de Venda em Balcão, com o objetivo de promover o acesso do pequeno criador de animais ao estoque público de milho. A lei foi publicada no Diário O cial da União nesta quarta-feira (5).

Com origem na MP 1064/21, aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em dezembro, a lei reformula o Programa de Venda em Balcão (ProVB), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para concentrar sua atuação na venda de milho do estoque público a pequenos criadores de animais.

Segundo o governo, há falta de demanda dos bene ciários pelos outros alimentos antes vendidos pelo programa (trigo, feijão e sorgo, por exemplo), e a escassez do milho justi ca a reformulação das regras amparadas em portarias.

Quem pode comprar
Poderão comprar milho pelo ProVB os pequenos criadores de animais, incluídos os aquicultores, que possuam ativa sua declaração de aptidão junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com cadastro e regularidade na Conab.

A lei proíbe acesso ao programa para os produtores integrados e integradores, que trabalham por meio de contratos com os compradores do produto nal. No caso de animais, os integradores fornecem os insumos e os integrados retornam com o produto nal (animal para o abate).

Estoques e limites
As compras de milho integram a política de formação de estoques públicos e serão limitadas ao total anual de 200 mil toneladas. Excepcionalmente, se houver disponibilidade orçamentária, o limite poderá ser superior. Já o volume de compra por CPF será de 27 toneladas mensais.

Caberá à Conab dimensionar a demanda de milho pelo ProVB, propondo sua quantidade e os valores necessários para a compra e remoção do estoque do local de venda para o local de consumo pelo pequeno produtor.

A Conab também deverá propor o limite de compra por criador segundo o consumo do rebanho, realizar os leilões de compra e remoção dos estoques, propor o preço da venda por estado ou região e implementar os procedimentos necessários para o acesso.

A nova lei atribui ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento competência para avaliar e aprovar a proposta da Conab para compra de milho; avaliar e aprovar as propostas para o limite máximo de compra por criador e o preço de venda; e editar normas complementares.

Vetos
O presidente vetou dois artigos do texto. Um deles permitia acesso do pequeno criador das regiões Norte e Nordeste ao estoque público de farelo de soja e caroço de algodão, nas mesmas regras do milho.

Na mensagem de veto, o governo explicou que a política especí ca aos estados das duas regiões, onde o farelo de soja e o caroço de algodão são mais caros, não tem previsão orçamentária no ProVB, o que, além de demandar mais recursos, prejudicaria o programa do milho, que é o item mais relevante na alimentação de animais. E também geraria assimetria com outras regiões do País. O governo destacou ainda que não forma estoque de farelo de soja e caroço de algodão, que são mais perecíveis que o milho, impossibilitando garantir qualidade do produto.

Foi vetada também a possibilidade de compra de milho por agricultor que não tenha a declaração de aptidão (DAP-Pronaf) ativa, mesmo que se enquadre nos critérios de renda bruta anual do Pronaf ou explore imóvel de até dez módulos scais.

O governo a rmou que a não exigência do DAP-Pronaf di culta comprovar o status de pequeno criador. E alegou que ao aumentar o limite do imóvel de quatro para até dez módulos scais, caria incluído no ProVB um público de maior porte, que já tem mais facilidade de acesso a mercados de insumos não subvencionados.

Os vetos serão analisados pelo Congresso Nacional, em sessão a ser marcada. (Agência Câmara Notícias) 
 

Jogo Rápido 

9,33 mil
Foi o número de animais da raça holandesa, voltada à produção de leite, registrados em 2021 no RS. De acordo com a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), a quantidade representa alta de 16,32% na comparação com 2020 e reflete o incremento de associados e o trabalho da entidade de conscientização do produtor para que faça sua representação. (Zero Hora)

 

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