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18/10/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.522


Exportações do agronegócio batem recorde para setembro, com US$ 10,1 bilhões

As exportações do agronegócio foram de US$ 10,10 bilhões em setembro, atingindo o recorde da série histórica no mês. O valor foi 21% superior exportado em setembro de 2020.

O complexo soja e as carnes foram destaques nas exportações do mês, registrando aumento de US$ 1,91 bilhão no valor exportado. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a alta deve-se à forte elevação das cotações internacionais dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil (+27,6).

A quantidade de produtos exportados teve redução de 5,1%, comparado a setembro de 2020. Apesar do recorde nas exportações do agronegócio em setembro, a participação do setor na balança comercial caiu de 45,8% em setembro de 2020 para 41,6% em setembro de 2021.

O resultado é explicado pelo forte crescimento das exportações dos demais produtos na balança comercial brasileira (+43,5%), que também observaram elevação dos valores exportados pelo crescimento dos preços internacionais de commodities. As importações de produtos do agronegócio alcançaram US$ 1,25 bilhão em setembro de 2021 (+19,2%). Estes valores também foram impactados pela alta dos preços médios de diversos produtos, como nos casos do trigo (+24,7%) e óleo de palma (+77,7%).

Setores 

O principal setor exportador do agronegócio brasileiro foi o complexo soja, responsável por quase um terço do valor exportado no mês. As exportações do setor tiveram aumento de 50%, subindo de subiram de US$ 2,13 bilhões em setembro de 2020, para US$ 3,19 bilhões em setembro de 2021.

A forte demanda chinesa pela soja brasileira foi responsável pelo recorde de embarque do mês de setembro. As exportações de carnes (bovina, suína e de frango) também bateram o recorde na série histórica: o Brasil nunca havia exportado mais de US$ 2 bilhões em meses de setembro. Em 2021, as vendas externas de carnes no mês foram de US$ 2,21 bilhões, com expansão de 62,3% em relação a setembro de 2020.

As exportações de carne bovina tiveram a maior contribuição nas vendas externas do setor, subindo de US$ 668,20 milhões em setembro de 2020 para US$ 1,19 bilhão em setembro de 2021 (+77,7%). Houve recordes no valor e no volume exportados (212 mil toneladas), além de alta expressiva no preço médio de exportação (+39,3%). Em setembro de 2021, cinco setores alcançaram 80,6% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio: complexo soja, carnes, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro, cereais, farinhas e preparações. Estes setores aumentaram a participação nas exportações brasileiras em relação a setembro de 2020, que foi de 79,0%. (MAPA)


Fundesa apresenta contas do terceiro trimestre de 2021

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram por unanimidade na manhã desta sexta-feira (15) a prestação de contas do fundo para o terceiro trimestre do ano. O grande destaque, no período, foi o aporte de mais de R$ 1,1 milhão para a indenização de animais, a maior parte na pecuária leiteira. Em todo o ano de 2021, o valor destinado a indenizações supera R$ 3 milhões. O saldo do fundo chegou a R$ 101,1 milhões.

A parte final da Assembleia foi destinada esclarecimentos do coordenador do Programa Sentinela, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Francisco Lopes. Ele apresentou relato sobre a atuação do programa na contenção de atividades ilícitas como abigeato, descaminho e gado de corredor. Francisco Lopes pontuou também sobre o trabalho realizado em parceria com outros órgãos como Mapa e forças de segurança, o Ronda Agro, que resultou, há alguns dias, na apreensão de 350 toneladas de produtos irregulares de origem animal e vegetal. Lopes destacou a importância da parceria com o Fundesa para os bons resultados que os programas de vigilância de fronteira vêm alcançando no estado.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber pontuou a excelência do trabalho desenvolvido pelo programa e a atuação dos servidores. “Temos, aqui no RS, um modelo que vem sendo perseguido por outros estados brasileiros, graças a atividade do Sentinela e de parcerias estratégicas como a que temos com a Universidade da Carolina do Norte (EUA), que fornece importantes dados sobre redes de movimentação animal”, frisou. (Fonte: Fundesa)

 

Governo define novas metas ambientais da agropecuária

O Ministério da Agricultura definiu as novas metas que o setor agropecuário brasileiro vai perseguir nesta década para colaborar com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas do planeta. O objetivo do Plano ABC+, que será lançado hoje (18/10) pela ministra Tereza Cristina, é evitar a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de CO2 equivalente até 2030. O governo incentivará práticas e tecnologias sustentáveis em 72,68 milhões de hectares adicionais, a ampliação do tratamento de 208,4 milhões de metros cúbicos de resíduos animais e o abate de 5 milhões de cabeças de gado em terminação intensiva.

Atualizado, o plano será um dos principais elementos da apresentação que o governo brasileiro fará à Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP 26), em novembro. O governo exibirá amostras dos resultados alcançados na primeira fase (2010-2020) e as metas “ambiciosas” para os próximos anos. “Poucos países têm uma política tão ambiciosa. Temos uma das maiores áreas de preservação do mundo, computada e monitorada, toda ela com sistemas produtivos sustentáveis. Isso é algo bastante ambicioso e efetivo em questão de uso da terra e de produtividade”, disse a coordenadora de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista da Pasta, Fabiana Villa Alves.

Segundo ela, o ABC+ é uma das únicas políticas públicas baseada na ciência. Sistemas irrigados e a terminação intensiva de bovinos, como o confinamento, foram as tecnologias incorporadas nesta etapa. As escolhas foram feitas com lastro científico, reforça, sobre os efeitos mitigadores e adaptadores, além da resiliência, sustentabilidade ambiental e social e rentabilidade econômica comprovadas. “Todas as tecnologias trazem aumento de produtividade, que gera o efeito poupa-terra, para produzir mais em menos área”.

O ministério também incluiu as hortaliças no rol do sistema de plantio direto. A medida busca atender a agricultura familiar e gerar um impacto social, parte do tripé de sustentabilidade defendido pelo governo. Outra novidade é o estímulo ao uso de bioinsumos. As novas categorias serão apoiadas pelo programa de crédito do Plano Safra. Elas terão uma janela de oportunidades para o financiamento com títulos verdes e pagamentos por serviços ambientais.

Os 72,68 milhões de hectares adicionais pretendidos pelo ABC+ (equivalente a duas vezes a área do Reino Unido) estão divididos entre recuperação de pastagens degradadas (30 milhões de hectares), plantio direto (12,6 milhões de hectares), sistemas integrados, como lavoura-pecuária-floresta e agrofloresta (10,1 milhões de hectares), florestas plantadas (4 milhões de hectares), irrigação (3 milhões de hectares) e uso de bioinsumos (13 milhões de hectares). De 2010 a 2020, mais de 50 milhões de hectares adotaram as seis tecnologias incentivadas pelo ABC mais o programa de adaptação, que agora será transversal.

“As mudanças do clima já aconteceram. Temos que ter sistemas adaptados para produzir mais”, comenta. “O agronegócio brasileiro é uma das vítimas das mudanças climáticas, apesar de ser apontado como vilão, mas tem a oportunidade de ser parte da solução”, aposta a coordenadora. A nova fase do programa também mira a abordagem integrada da paisagem (AIP).

O ABC+ terá revisões a cada dois anos, quando novas tecnologias poderão ser incorporadas e as metas, redefinidas. A gestão será descentralizada, com a participação de grupos estaduais e do setor produtivo. Monitoramento e governança devem evoluir, se possível para um sistema informatizado, retroalimentado em tempo real com dados captados por satélites e drones, por exemplo. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Consumo

O consumo nos lares brasileiros caiu 2,33% entre julho e agosto deste ano. Conforme a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na comparação com agosto de 2020, o consumo caiu 1,78%, mas, no acumulado do ano, subiu 3,15%. (Jornal do Comércio)


 

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