Porto Alegre, 11 de outubro de 2021 Ano 15 - N° 3.518
Fórum Tecnológico do Leite apresentará temáticas sugeridas por produtores em formato on-line
Com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), a 15ª edição do Fórum Tecnológico do Leite tem como objetivo aproximar-se dos produtores e técnicos de campo a fim de auxiliá-los em suas propriedades. Os temas, que serão abordados entre 19 e 21 de outubro, sempre a partir das 20h, foram definidos por meio de sugestões dos próprios produtores e terão o intuito de trazer mais inovação e tecnologia para as propriedades. As palestras são gratuitas e acontecerão de forma virtual, transmitidas pelo YouTube do Colégio Teutônia.
No primeiro dia de evento (19/10), o tema será “Quais os benefícios da Gestão Reprodutiva?”. No dia seguinte (20/10), o fórum esclarecerá dúvidas sobre “Qual sistema se adapta melhor na minha realidade?”, e no último dia de evento, na quarta-feira (21/10), o assunto “Como gerenciar resultados produtivos e financeiros na propriedade?” será debatido entre os convidados. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essas são temáticas fundamentais para proporcionar maior conhecimento aos produtores e auxiliar na gestão de seus negócios. “É muito importante que se tenha cada vez mais eventos em que se discutam assuntos como esses. Será um momento de esclarecimentos, em que o diálogo será de produtores para produtores”, relata.
O evento é uma realização do Colégio Teutônia, de Teutônia (RS), e da Emater/RS-Ascar, e também conta com o apoio governamental da Secretaria de Agricultura e da Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Governo do Estado, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e das empresas: Samaq Massey Ferguson, Machado Agropecuária, Ordemax Sistemas de Ordenha, Dália Alimentos, Sicredi, Nutron, Certel Energia, Cooperagri, Tangará, Duagro Soluções Sustentáveis, Launer Química, Maná, Languiru e Milkparts. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da assessoria de imprensa da Languiru)
Brasil gasta cada vez menos com o agro, diz estudo
Os gastos do governo federal com a agropecuária estão em seu menor patamar em pelo menos quatro décadas, de acordo com um levantamento recente da área técnica do Ministério da Agricultura. Para além de retratar as mudanças das políticas públicas para o agronegócio nesse período, o estudo mostra os desdobramentos das profundas transformações do setor nesse período.
Em 2020, os gastos em políticas de apoio à produção agropecuária, subsídios aos produtores, ações fundiárias e de financiamento do Ministério da Agricultura e suas subsidiárias foram de R$ 15,5 bilhões, a maior parte com equalização de juros docrédito rural. O montante corresponde a 0,4% do total empenhado pela União no exercício, de quase R$ 3,6 trilhões. Os números contrastam com os de grande parte dos últimos 40 anos. Em 1980, por exemplo, as despesas com a agropecuária representaram 7,5% dos empenhos totais da União, chegando, em valores atualizados, a R$ 32 bilhões.
Os desembolsos foram ainda maiores em 1987, quando passaram de R$ 80 bilhões, em valores atualizados, ou quase 12% do empenho total do governo no ano. Ao longo desse período, cresceram a produção, a produtividade e as exportações do setor no país e houve reformas legislativas e abertura econômica. Mas a principal mudança foi o surgimento de novas fontes de financiamento da produção agropecuária, um ônus bem mais pesado para os cofres da União até meados dos anos 1990. “A partir da década de 90, ocorreu um esforço para tornar a agricultura mais competitiva”, diz José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Política e Informação do Ministério da Agricultura, responsável pelo levantamento. “A redução nos gastos é resultado da maturidade que o setor alcançou ao longo do tempo”.
No trabalho, Gasques compilou os dados sobre os gastos públicos no setor desde 1980. Os valores, deflacionados a preços do ano passado, incluem as despesas com as políticas agrárias e de regularização fundiária. “Havia uma política forte de subsídios na agricultura no fim dos anos de 1980. Era difícil financiar a agricultura, e o governo fazia isso lançando títulos no mercado. Era dispendioso - e com inflação elevada, era também um problema sério”, afirma. De lá para cá, agronegócio ampliou suas exportações e aproximou-se do mercado de crédito privado, especialmente depois dos anos 2000. O Estado passou a ser menos um fornecedor de recursos e mais um agente equalizador de operações entre privados, o que reduziu os gastos, diz Gasques.
Além disso, explica ele, o governo também abandonou operações de alto risco, como a formação de estoques públicos de alimentos, e apoiou reformas importantes, como a do crédito rural, que evoluiu para a criação de títulos do agronegócio posteriormente. A estabilização da moeda, com a criação do real, por sua vez, foi essencial para que as exportações deslanchassem.
Se, de um lado, as despesas federais com o setor despencaram, de outro, cresceu o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária. “Não temos evidências, em trabalhos publicados, que mostram que essa saída do governo tenha afetado a agropecuária ou reduzido produção”, ressaltou. Ele destaca, no entanto, que a desigualdade permanece como um dos problemas do campo. Os gastos com as políticas fundiárias foram os que tiveram “maior esvaziamento” nos últimos anos, relata Gasques.
Apesar da redução, há uma estabilidade nos gastos recentes, inclusive com aumentos na equalização de juros e no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Essa tendência deve se manter, aposta Gasques. “Há mudanças que vão acontecer no financiamento, com a priorização do Pronaf e a concentração de gastos nos pequenos e médios agricultores, deixando que os maiores tenham acesso a recursos livres e outras fontes de mercado”, afirmou. “A mudança na forma de operar no crédito também envolve um seguro rural cada vez mais presente”.
A diminuição dos gastos públicos com a agricultura coloca o Brasil em situação que, em termos de subsídios, opõe-se à de países mais ricos e até concorrentes no mercado internacional. Em um cálculo que faz uma correlação entre as despesas com o suporte financeiro aos produtores e o valor bruto da produção, o grau de proteção do agronegócio brasileiro é de 1,1%. Nos Estados Unidos o índice é de 12%, na União Europeia, de 19%, e no Japão, de 41,3%. A média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as maiores economias do mundo, é de 13,3%. (Valor Econômico)
Consumir queijos é saudável para o coração? Estudos explicam
O queijo é um dos alimentos mais popular entre os brasileiros. Uma recente pesquisa desenvolvida pela Tetra Pak em parceria com a Lexis Research, apontou que 84% dos entrevistados no Brasil o consomem regularmente no café da manhã, além disso, 46% afirmaram ter aumentado a ingestão durante a pandemia. Esse hábito costuma ser repreendido por alguns profissionais de saúde devido à presença de gordura saturada no alimento, mas um estudo publicado na PLOS Medicine indica que o consumo moderado pode ser benéfico para a saúde do coração.
Publicado em setembro deste ano, o estudo analisou amostras de sangue de mais de quatro mil adultos na Suécia — país com um dos maiores índices de consumo de laticínios no mundo. Durante 16 anos, os pesquisadores acompanharam o grupo para detectar problemas de saúde relacionados ao coração, como ataques cardíacos, derrames e outros. As informações são do “Yahoo Life”.
Os participantes foram separados por categorias de idade, estilo de vida, hábitos alimentares e outros fatores de risco. A partir disso, foi possível destacar que aqueles com níveis mais elevados de biomarcadores de ingestão de gordura láctea tiveram um risco menor de doença cardiovascular em comparação com os demais. Além dos resultados dessa pesquisa, os autores também examinaram as descobertas de outros 17 estudos envolvendo quase 43 mil pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e Dinamarca, e observaram que as evidências combinadas mostraram resultados semelhantes.
As conclusões dos outros estudos apontam que o tipo de laticínio consumido (queijo, iogurte, leite ou manteiga) pode ser mais importante do que o teor de gordura quando se trata de saúde. Por exemplo, a ingestão de queijo não aumentou o colesterol ruim (LDL), enquanto o consumo de manteiga foi associado ao índice elevado de mortalidade. “Nosso estudo sugere que reduzir a gordura láctea ou cortar o consumo de laticínios pode não ser a melhor escolha para a saúde do coração. É importante lembrar que, embora esses alimentos possam ser ricos em gordura saturada, também são ricos em muitos outros nutrientes e podem fazer parte de uma dieta saudável.
No entanto, outras gorduras, como as encontradas em frutos do mar, nozes e óleos vegetais podem ter maiores benefícios à saúde do que as gorduras lácteas”, explicou a autora principal da pesquisa, Kathy Trieu. Mais estudos são necessários para entender como o queijo e os alimentos lácteos protegem a saúde cardiovascular, enfatizaram os autores. Apesar do benefício ao coração, destacado na pesquisa, o consumo de queijos deve ser moderado e, preferencialmente, acompanhado por um nutricionista. Segundo Madelyn Fernstrom, editora do NBC News Health and Nutrition, o objetivo é limitar, não eliminar toda a gordura saturada da dieta. (Fonte: Revista Isto É)
Jogo Rápido
Produtores investem na produção de leite no RS
Redução preocupa produtores, mas produto ainda é entregue para as indústrias. Para assistir a matéria veiculada no Jornal do Almoço, CLIQUE AQUI. (Fonte: Globoplay)