Porto Alegre, 05 de outubro de 2021 Ano 15 - N° 3.514
RS tem seguro de pecuária inédito no mundo
Foi assinado no início da tarde desta segunda-feira, na sede da Federação da Agricultura do RS em Porto Alegre, o seguro do rebanho bovino gaúcho para caso de ocorrência de focos de febre aftosa. Trata-se do primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo, conforme o representante da seguradora Fairfax, Ricardo Sassi.
Segundo ele, o cálculo para o valor do seguro gaúcho levou em conta diversos fatores como o georreferenciamento de propriedades, e a qualidade do trabalho de defesa agropecuária realizado no estado. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou a importância do olhar do produtor para comunicar qualquer suspeita de doença. “O seguro vai contribuir para que o produtor, que é o primeiro fiscal, tenha o conforto necessário de agir com rapidez para chamar a autoridade sanitária fazer o diagnóstico”, afirmou Gedeão Pereira.
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre as mudanças de cenário desde 2001 quando houve o último foco no estado. “É uma condição totalmente diferente que temos hoje, com um serviço veterinário oficial preparado e estrutura para um rápido diagnóstico e ação para a contenção de eventuais focos”. Kerber pontuou também que o setor tem esse desafio, de conscientizar o produtor sobre a importância de notificação de suspeitas e de controle de ingresso de pessoas e animais nas propriedades.
Com a assinatura do seguro, o produtor gaúcho está protegido para o caso de ocorrência de febre aftosa, com a necessidade de indenização por abate sanitário. O valor do prêmio (que o Fundesa pagará anualmente à seguradora) é de R$ 3,98 milhões. Já a franquia é de R$ 15 milhões e o valor segurado, além da franquia é de R$ 300 milhões de reais. (Fundesa)
GDT - 05/10/2021
(Fonte: GDT)
Prêmio busca incentivar competividade leiteira
Vai ano e vem ano, e o setor lácteo gaúcho segue na gangorra entre o segundo e o terceiro lugar em volume de lácteos do Brasil. Em 2020, a produção foi de 4,29 bilhões de litros no Rio Grande do Sul, o que corresponde a 12% da produção nacional e manteve o Estado na terceira colocação do ranking nacional, atrás de Minas Gerais e do Paraná. O resultado do trabalho de pouco mais de 40 mil produtores em 457 municípios, números que retratam estabilidade que se arrasta ao longo dos últimos cinco anos.
Mas para melhorar a competividade no setor altamente capilarizada no território gaúcho, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em parceria com a Emater/RS-Ascar e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR, estão promovendo o Prêmio Referência Leiteira RS. As inscrições vão até 15 de outubro.
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o prêmio tem Jornal da Manhã por objetivo valorizar e reconhecer os produtores de leite que realizam a sua atividade com dedicação diária e fazem do trabalho o seu modo de vida, produzem com eficiência, gerando um produto que garante o sustento e a qualidade de vida para sua família e contribuem decisivamente para que chegue à mesa do consumidor um alimento de excelência.
"Não adianta falar em competitividade senão cairmos a fundo nessa questão de conversarmos com o produtor, com as entidades como Emater, para que possamos efetivamente avançarmos nessa questão de competividade", disse o secretário, em entrevista ao JM.
Palharini explica que podem se inscrever os produtores de leite do Estado com produção individual ou coletiva, independentemente do volume produzido, desde que vinculados a uma das indústrias de laticínios que adquirem leite no Estado. "O último dado da Emater aponta que 40 mil produtores fazem a entregam regular de leite à indústria e todos podem concorrer", destaca.
Neste primeiro ano, o Prêmio Referência Leiteira avaliará indicadores em três categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Produtividade da Mão de obra. A primeira avalia a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ ano). A segunda mensurará índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose renderá pontos extras aos tambos inscritos. Por fim, a terceira categoria desafia-se a correlacionar a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.
As inscrições devem ser realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS. (Jornal da Manhã)
Jogo Rápido
Governo federal lança a CPR Verde
O governo federal formalizou o lançamento da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. O título poderá ser emitido pelos agropecuaristas por serviços de conservação de florestas e recuperação da vegetação nativa que resultem em redução de emissões de gases de efeito estufa. A aquisição é atraente para interessados em fazer compensação de carbono e zerar suas emissões, que podem passar a pagar por isso, gerando uma renda extra para o produtor rural. Segundo o Ministério da Agricultura, com a CPR Verde, ao invés de se comprometer em entregar o resultado das suas atividades em pagamento a um recurso financeiro obtido para investimento, o agropecuarista poderá dar como garantia ao dinheiro recebido a manutenção de determinada área florestal em pé. (Correio do Povo)