Porto Alegre, 15 de setembro de 2021 Ano 15 - N° 3.501
Regulamentação de produtos de origem vegetal é preocupação mundial
Representantes do setor lácteo de diferentes países estão trabalhando na regulamentação e fiscalização da rotulagem de produtos vegetais que utilizam equivocadamente nomenclaturas atribuídas exclusivamente a produtos lácteos, como leite, queijo e manteiga. O assunto foi tema de um encontro virtual internacional realizado na tarde desta terça-feira (14/09). Segundo o presidente da Federação Internacional de Laticínios (FIL/IDF), o agrônomo Piercristiano Brazzale, conforme definição do Codex Alimetarius, o leite é exclusivamente o produto da secreção mamária que advém da ordenha. O uso desses termos por itens vegetais já foi proibido na Europa exatamente porque há inúmeras diferenças.
Além da origem do produto, o processo produtivo envolve tecnologias de processamento distintas, assim como princípios nutricionais. “Esses derivados vegetais são produtos ultraprocessados enquanto o leite é um alimento natural. Não estamos atacando os produtos vegetais, mas defendemos que eles sejam vistos como produtos diferentes”, completou Brazzale. Sua posição foi compartilhada por Ariel Londinsky, da Federação Panamericana de Leiteria (Fepale), que complementou dizendo que essa é uma questão de “transparência ao consumidor”. Além disso, ele destacou que queijos sem lactose e veganos, por exemplo, ao serem vendidos junto com lácteos no mercado, podem geram confusão na hora da compra. “O consumidor, quando vai ao mercado, se depara com todo aquele marketing e quantidade de produtos, e acaba ficando confuso, o que não deveria acontecer”, expôs durante sua apresentação.
Representando o setor lácteo internacional, o IDF reúne produtores, indústrias, órgãos de governo e consumidores. Atualmente congrega 42 países e representa 75% do leite produzido no mundo. O representante do setor das indústrias gaúchas, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, destacou a importância de ouvir experiências internacionais em um momento em que o Brasil clama pela regulamentação dos produtos de origem vegetal. “Essa questão é um assunto que vem ganhando destaque em todo mundo. Não é uma problemática apenas do Brasil. Precisamos agir em bloco e fóruns como esse são essenciais porque buscam preservar o direito à informação do consumidor”, destacou.
Em sua apresentação, o membro da Associação Européia para o Direito Alimentar (AEDA) e professor universitário Giuseppe Durazzo explicou que, do ponto de vista jurídico, o tema central do desafio entre produtos de origem animal e de origem vegetal é o de garantir a melhor escolha do consumidor. A preocupação com o assunto também foi levantada pelo coordenador do Programa de Consumo de Lácteos da Federação Panamericana de Leiteria (Fepale), Rafael Cornes, que apresentou o número de ingredientes presente em uma embalagem de leite de vaca e de bebida vegetal. Segundo ele, enquanto uma caixa de leite possui apenas um ingrediente, a bebida vegetal recebe cerca de 15. “Entramos na contradição de que muitos tomam por ser algo orgânico e não perguntamos se esse ‘orgânico’ é natural”, expressou. Além disso, ele completou dizendo que “as proteínas que são completas, são as de origem animal”.
Outro assunto que foi discutido durante o seminário foi a importância de colocar informações nutricionais na frente dos produtos. O consultor e assessor de assuntos regulatórios e técnicos alimentares Roberto Guillermo Urrere explicou que a rotulagem nutricional frontal é essencial para que o consumidor saiba todas as informações necessárias sobre o produto que está levando para casa. Complementando, o farmacêutico e especialista em Indústrias Bioquímicas Farmacêuticas Diego Liberti encerrou o seminário explicando que a rotulagem frontal serve não só para completar as informações que normalmente são encontradas no verso das embalagens de alimentos, mas para mostrar ao cliente o quão benéfico aquele produto é para a sua saúde.
O evento virtual foi promovido pela Universidade de Parma, da Itália, pela Universidade de Buenos Aires e pela Universidade Nacional de Villa María, ambas da Argentina, pela Fepale, pela Nestlé, pela Agropharma e pela DSM, empresa com atividades nas áreas de saúde, nutrição e materiais. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
Sooro Renner Irá Inaugurar a Planta de Produção de Permeado Non Caking
Investimento da gigante brasileira impulsiona o setor e mostra força, mesmo em tempos de crise.
Anote aí, no dia 22 de setembro de 2021, às 16h, no canal da Sooro Renner, no Youtube e na página no Facebook, transmitiremos ao vivo a inauguração da terceira torre de secagem, instalada na planta industrial de Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Uma expansão para a produção de Permeado Non Caking, mostrando como os investimentos dos últimos anos e todo o esforço dos colaboradores impulsionaram o desenvolvimento dessa nova etapa.
A planta de produção de permeado non caking é uma das maiores do mundo
Nas palavras do Diretor Presidente, William da Silva, este avanço se configura um crescimento incrível para o mercado brasileiro:
“Fazer parte de uma equipe tão vencedora nos mostra como só existe um caminho: o da inovação. Todas as possibilidades são construídas quando você enxerga o futuro feito de oportunidades. Passamos por períodos desafiadores, e há sem dúvida uma grande sombra de incerteza no mercado, mas a Sooro Renner segue buscando o caminho da inovação e, por meio dela, vamos pavimentar caminhos melhores para um futuro promissor.
Acreditamos, todos os dias, na nutrição que gera resultados. E isso nos mantém nos trilhos, mesmo nos períodos mais conturbados. Essa inauguração é mais uma etapa concluída. Vamos celebrar. Na certeza de que muitas outras etapas serão superadas no futuro.“
Deixamos o convite para você
Acompanhe este evento histórico para a indústria brasileira, dia 22 de setembro de 2021, às 16h, pelo Youtube, no canal Sooro Renner ou pelo Facebook na página Sooro Renner. (Assessoria de Imprensa Sooro Renner)
PR: coronavírus – mercado externo impulsiona crescimento na produção de frangos, porcos e leite no Paraná
O Paraná ampliou a participação na produção de proteínas no 2º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado. Dos cinco itens avaliados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge) na sua Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, em três o Estado apresentou expansão. O crescimento mais significativo foi em relação ao abate de cabeças de frango (6,6%), seguido pelo abate de suínos (6,2%) e na produção de leite (6,1%). Já a carne bovina e a produção de ovos tiveram retração de -18,3% e -2,1%, respectivamente.
O bom desempenho consolidou o Paraná como maior produtor de carne de frango do País, vice-líder em carne suína e leite e terceiro principal produtor de ovos. Em relação à proteína bovina, o Estado ocupa a nona posição.
No total, o Paraná abateu 516.845.488 cabeças entre maio e julho deste ano, entre frangos (513.873.245), porcos (2.669.822) e bois (302.421), aumento de 6,53% no comparativo com os mesmos três meses de 2020.
O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, explica que a evolução dos números tem relação direta com a maior presença da China na compra de proteína animal do Paraná, especialmente por causa do surto de peste suína africana que atingiu o país oriental.
“O Paraná é o maior produtor brasileiro de carne, seja ela de porco, boi, frango ou peixe, e as vendas tiveram um impacto muito considerável, especialmente com o aumento da demanda por parte dos chineses. Toda essa movimentação do setor é muito positiva porque movimenta a economia e colabora muito para o desenvolvimento do Estado, um dos principais produtores de alimento do mindo”, afirmou.
Ortigara ressaltou que a onda de crescimento traz com ela geração de empregos e desenvolvimento econômico em diversos pontos do Estado. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério da Economia, o Estado abriu mais de 132 mil vagas de emprego com carteira assinada de janeiro a julho deste ano.
“Como o ambiente político no Paraná é muito bom, há uma retomada interessante no processo de crescimento”, disse o secretário.
Leite
A produção de leite em expansão no trimestre consolidou o Estado como vice-líder de marcado, ampliando a vantagem para o Rio Grande do Sul. Minas Gerais com 24,7% da captação nacional é a principal produtora, seguida por Paraná (13,9%) e Rio Grande do Sul (12,8%).
Entre maio e julho de 2021, o Estado produziu 806.853 litros, ante 760.535 no mesmo período de 2020. Foi o crescimento mais relevante, seguido por Rio Grande do Sul (19,96 milhões) e Bahia (12,27 milhões).
No comparativo com o mesmo trimestre de 2020, a queda de 59,47 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de reduções registradas em 15 das 26 estados participantes da pesquisa. As quedas mais significativas ocorreram em Minas Gerais (-51,97 milhões), São Paulo (-33,46 milhões), Rondônia (-33,32 milhões), Mato Grosso (-10,43 milhões) e Rio de Janeiro (-7,91 milhões). (Fonte: Governo do Paraná)
Jogo Rápido
Consumo "decolou" no RS
Em julho, o consumo das classes C e D aumentou 11% no Rio Grande do Sul em relação ao mês anterior. A média nacional foi de 5%. O mais surpreendente na Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander, é que o crescimento do consumo gaúcho nessas faixas foi puxado pelo aumento nas compras de passagens aéreas. Ante junho, o salto foi de 103%. Em segundo lugar, aparece o segmento de diversão e entretenimento, com alta de 16%, seguido do setor de transportes, com 14%. Pelo perfil, é um movimento aditivado pelas férias de meio de ano. Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, os números de julho consolidam a recuperação no consumo destas classes sociais, dado o histórico dos últimos dois meses. (Zero Hora)