Porto Alegre, 16 de agosto de 2021 Ano 15 - N° 3.480
Ministra da Agricultura confirma participação na Expointer
A secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti, que está em Brasília nesta semana para cumprimento de agendas, recebeu a confirmação da presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, na 44ª Expointer, que ocorre em setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Silvana se reuniu com a ministra na manhã desta sexta-feira (13), também para tratar de reivindicações do agronegócio gaúcho. “Estarei com vocês no dia 10 de setembro, na abertura da Expointer, esta feira tão importante, uma das principais da agropecuária brasileira. Não vou deixar de estar em nenhuma edição enquanto estiver aqui no Ministério, vou participar de todas”, afirmou Tereza Cristina, ao desejar sucesso a todos.
Durante a reunião, a secretária Silvana apresentou as ações do Rio Grande do Sul para evitar o ingresso da Peste Suína Africana (PSA) no Estado. Inclusive, pediu ao ministério autorização para que o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), da SEAPDR, possa realizar as análises de monitoramento. Tereza Cristina destacou que o ministério fortaleceu a fiscalização e tem tomado todas as medidas necessárias para prevenir a entrada da doença no Brasil. “Estamos com nossa vigilância preocupada, mas atuante na fiscalização nos portos e aeroportos”, acrescentou a ministra.
Convites para a Expointer 2021 A secretária Silvana Covatti aproveitou a estada em Brasília para convidar diversas autoridades para prestigiar a Expointer, a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Os convites foram entregues para o vice-presidente da República, Hamilton Mourão; para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e ministro da Defesa, General Braga Neto. (SEAPDR)
De olho no plantio, associados participam de palestra online sobre meteorologia
Perspectivas do clima foram abordadas no Encontro de Associados da Languiru, com a participação da meteorologista Estael Sias “O clima interfere nos custos de produção e na vida das famílias, interfere no planejamento de toda cadeia produtiva. Frio, geada, calor, excesso ou falta de chuva impactam no cultivo das lavouras, na geração de energia, no dia a dia das pessoas”, sentenciou a meteorologista Estael Sias, diretora geral da MetSul Meteorologia, palestrante no Encontro de Associados da Cooperativa Languiru. Realizada no formato digital, mais de 100 pessoas acompanharam a programação desenvolvida no dia 11 de agosto com o tema “Perspectivas do clima para planejamento da lavoura”. De caráter técnico e de cunho informativo, o evento tende a se tornar periódico, com novas edições abordando temas de interesse do quadro social.
Cenário: O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, falou de projetos para o segundo semestre de 2021 e avaliou o atual cenário do agronegócio, reforçando a importância da temática clima. “Com os problemas climáticos que atingiram, principalmente, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, constatamos a redução de oferta do milho, elevando o custo de produção no campo. O mercado das carnes sofreu muito com isso, especialmente no primeiro semestre, e a Languiru também sentiu esse impacto, uma vez que o segmento representa importante fatia dos negócios da Cooperativa.” Por outro lado, Bayer se mostrou otimista para o desempenho do segundo semestre. “Há a expectativa de que o cenário melhore, o que já estamos percebendo no segmento avícola. A Languiru retomou o alojamento no campo e o volume de produção no frigorífico.”
O que esperar do clima: A meteorologista Estael Sias conduziu a palestra “O que esperar do clima para planejar a safra de verão?”. Trouxe um resumo histórico e comportamento do clima em 2020 e 2021, além de prognósticos para os próximos trimestres. “O ano passado foi de chuva escassa. Mesmo que ocorreram períodos de precipitação acima da média em alguns meses de 2021, os últimos 12 meses não recuperaram o que estava faltando.” Adiantou que o inverno ainda teria, pelo menos, mais uma onda de frio significativo. “Em 2020 também tivemos frio tardio, até com geadas na Fronteira. Diferentes modelos projetam chuva abaixo da média nos meses de setembro, outubro e novembro. É uma informação importante nesse momento de planejamento e plantio, com a chuva como relevante nessa época e, depois, para manutenção da lavoura”, disse Estael, alertando ainda para o risco de granizo a partir do frio tardio na primavera. O prognóstico para o período de novembro a janeiro é de chuva dentro ou abaixo da média. “O déficit maior de chuva deve ocorrer em janeiro, seguindo com níveis abaixo da média em fevereiro e março de 2022”, explicou.
Procurando detalhar as projeções por região, o Vale do Taquari não apresenta déficit muito grande, embora ainda se tenha preocupação no verão. Em termos de temperatura, setembro fica dentro da normalidade, com outubro, novembro e dezembro mais frio que o normal, seguindo para janeiro, fevereiro e março mais quente que a média. “Há bastante variação de um modelo climático para outro. Acredito que a temperatura, no geral, ficará próxima da média, com períodos curtos de frio, com alguma geada até o começo de outubro, muito mais na fronteira com o Uruguai”, adiantou.
Respondendo perguntas dos associados e considerando a ampliação da área de atuação da Languiru, Estael também falou de outras regiões. “Na Campanha e Zona Sul, risco de geada vai até outubro; já na região do Vale do Taquari, Rio Pardo, Planalto e Serra, o risco de geada depois da segunda metade de setembro é bem menor. A região da Costa Doce, com a presença da Lagoa dos Patos, tem, sim, situação mais confortável quanto ao volume de chuva, principalmente no verão, com a característica de pancadas isoladas que, muitas vezes, é o que salva a lavoura”, concluiu. (Languiru)
Argentina – Preço do leite ao produtor subiu 2,7% em julho
Em julho houve outro aumento no preço do leite ao produtor. A elevação quase empatou com a inflação e foi de 2,7%. No acumulado dos últimos 12 meses o preço do leite teve reajuste de 75%. O preço médio informado pelo Ministério da Agricultura para o mês passado ficou em AR$ 32,15/litro, o equivalente em dólares oficial de US$ 0,32/litro (R$ 1,64, em reais). Este valor diminui a distância entre os custos, que rondam os AR$ 34/por litro.
Os produtores reconhecem que está melhor do que meses atrás, quando as cotações dos grãos no mercado mundial colocou a atividade em xeque. Essa tendência altista cedeu e inclusive apresentou certa tendência de baixa, que no mercado local foi mais acentuado pelo impacto dos direitos de exportação, a evolução cambial e o acordo dentro das cadeias do milho e do trigo para evitar uma intervenção maior do governo. A elevação do preço do leite está relacionada com a melhora nas exportações, que aumentaram 22% no acumulado do primeiro semestre, segundo informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). Esse relaxamento do mercado doméstico foi o que permitiu sustentar os valores em dólares e aumentar em pesos.
Mas no horizonte do setor aparecem algumas nuvens que preocupam. Os analistas destacam que por um lado há uma clara perda do poder de compra dos consumidores, e por outro queda nos preços de exportação do leite em pó, US$ 3.500 a tonelada ou mesmo, com poucas perspectivas de melhora de acordo com a análise do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Além disso, tem a defasagem cambial que reduz o faturamento com as exportações que são castigadas pelos direitos de exportação. E, finalmente, existem os problemas logísticos para cumprir com as entregas, já que o maior volume do comércio global no hemisfério norte reduz a disponibilidade de barcos e containers.
Os produtores dizem que é um momento de moverem-se com cautela. Sabem que este ano haverá pelo menos 2% mais de leite, segundo diferentes estimativas, e que, logo estaremos entrando nos meses de pico da oferta, setembro e outubro, embora nesse cenário, poderá haver maior faturamento pelo aumento do volume. O que mais preocupa os produtores de leite são os rumores sobre uma desvalorização do peso, que muitos economistas estão prevendo para depois das eleições, o que aumentaria os custos de produção, afetando o resultado econômico. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br | Foto de capa: Imagem de Pezibear por Pixabay)
Jogo Rápido
Live Agro e Terra: Sindilat - Produção Leiteira no RS
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participará de live nesta terça-feira (17/8) no Canal TV CCM - Crônicas do Celeiro do Mundo, para tratar sobre a produção leiteira no Rio Grande do Sul. A transmissão ocorrerá a partir das 20h. Para assistir, acesse pelo YoTube - TV CCM - https://www.youtube.com/channel/UCb_dmSxmWKtbzNiKTkzpNKA, ou pelo Facebook - https://www.facebook.com/cronicasdoceleirodomundo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)