Porto Alegre, 22 de junho de 2021 Ano 15 - N° 3.441
Valor de referência do leite chega a R$ 1,7150 no RS
O valor de referência previsto para o leite no Rio Grande do Sul em junho é de R$ 1,7150, alta de 5,28% em relação ao mês anterior (R$ 1,6289). A projeção foi apresentada na reunião virtual do Conseleite desta terça-feira (22/06) e leva em conta os primeiros dez dias do mês. Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya, a elevação foi puxada por vários produtos do mix, incluindo leite UHT e queijos. A tendência fica mais evidente na comparação dos últimos 12 meses, quando vários produtos acumularam alta de mais de dois dígitos (junho 2020/junho 2021). “De abril a junho, tivemos uma recuperação significativa dos preços”, frisou, alertando que o movimento reflete o aumento de consumo. A série histórica de preços do Conseleite, acrescentou Montoya, coloca 2021 com o maior patamar já registrado pelo colegiado no Rio Grande do Sul. Considerando valores corrigidos pelo IPCA, o leite em 2021 atingiu o pico de R$ 1,5230. A marca anterior era de 2020, com R$ 1,4862. O coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, explicou que o movimento de recuperação é somatório de diferentes fatores: o aumento do consumo, a injeção de recursos do auxílio emergencial, a volta às aulas presenciais e a queda na produção no campo. Contudo, alertou que o consumidor brasileiro está menos capitalizado neste ano. “Com a inflação, o brasileiro tem menos recursos do que tinha em 2020”. Para os próximos meses, indicou Guerra, a expectativa é de manutenção do mercado nesse patamar. “O leite é um produto muito volátil. Precisamos que esses parâmetros se mantenham para recuperar a margem do setor, que vem operando com custos muito elevados”. Entretanto, a reversão da questão cambial e o aumento do custo do leite nacional podem voltar a estimular as importações e, consequentemente, atingir os preços logo adiante. Guerra lembrou que o valor divulgado pelo Conseleite é apenas um parâmetro e serve como uma tendência para as tabelas das empresas, que geralmente operam acima desse patamar. “É preciso entender que os custos das indústrias subiram muito. Os primeiros cinco meses do ano foram muito difíceis no setor industrial”, ponderou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
Empresa de laticínios está entre as que mais cresceram em 2020
Em 2020 as marcas tiveram que enfrentar grandes desafios para atingir o público brasileiro. De forma geral, a pandemia de Covid-19 e o isolamento social aceleraram algumas tendências que já trouxeram impactos para o mercado de bens de consumo massivo (alimentos, bebidas, higiene e limpeza) e irão potencializar o desempenho das empresas do setor no futuro.O aumento das ocasiões de consumo de alimentos dentro de casa, a simplificação das rotinas de beleza e higiene pessoal, a maior preocupação com a limpeza doméstica e a aceleração da experimentação do e-commerce são algumas delas. Quem ganhou com essas mudanças foram as companhias do setor de alimentos, visto que sete das 10 empresas que mais cresceram em alcance no país faziam parte da categoria. Os dados são do ranking Brand Footprint Brasil 2021, elaborado pela Kantar, empresa líder em dados, insights e consultoria. Realizado anualmente, o relatório mede a força das marcas dentro do território nacional. Conforme o estudo, que analisou 290 empresas brasileiras, a Aurora foi a que apresentou maior crescimento de penetração na comparação entre 2020 e 2019, com alta de 11,8 pontos percentuais de penetração (p.p), o que equivale a 6,8 milhões de novos lares. Outros nomes que se destacaram foram Perdigão (10 p.p. ou 5,8 milhões de novos lares), Gallo (8,8 p.p., 5,1 milhões de novos lares), Seara (8 p.p., 4,6 milhões de novos lares), Hellmann's (7,5 p.p. 4,4 milhões de novos lares), Sadia (7,4 p.p., 4,3 milhões de novos lares) e Pullman (6,8 p.p., 3,9 milhões de novos lares). Vale ressaltar o bom desempenho das marcas que oferecem proteínas processadas, embutidas e congelados, alternativas mais baratas para o consumidor dentro do lar em um cenário de isolamento e recessão econômica. A Perdigão entrou no Top 5, ficando na 4ª posição este ano pela primeira vez, subindo seis posições no ranking e aparecendo como a líder no setor de alimentos, seguida pela Seara (3º colocação), que atua no mesmo segmento e avançou nove colocações no total FMCG, se tornando a oitava marca mais escolhida pelos brasileiros. A tendência dos lanches rápidos em casa, de até 20 minutos de preparo, que se consolidaram em 2020, segundo o estudo Consumer Insights da Kantar, levaram a Hellmann’s a crescer seis posições no ranking, alcançando a 37º colocação. Para determinar a relevância de uma empresa no mercado, a Kantar usa uma métrica original, chamada de Consumer Reach Points (CRP), onde se multiplica o número de domicílios de um país pelo percentual de famílias que compram uma determinada marca e pelo número de interações (contatos) com a marca em um ano. Em 2020, a campeã foi a Coca-Cola — título que ela detém há nove anos. A multinacional apresentou força de 545 milhões de CRPs, com ganho de 8% em relação ao ano anterior. Outras marcas que se mostraram relevantes para o público brasileiro ano passado foram Ypê (533 milhões de CRPs), Italac (335 milhões), Perdigão (327 milhões) e Colgate (284 milhões de CRP’s). Quase todas as marcas analisadas (99%) que cresceram no ranking conquistaram novos lares em 2020 e 35% conseguiram aumentar o número de vezes em que foram escolhidas pelo consumidor, o que mostra que chegar a novos lares é fundamental para o crescimento das marcas, principalmente em um cenário de pandemia. "O universo de isolamento social é o momento de as marcas capitalizarem ao máximo a busca por novos lares. A parte mais difícil desse processo é abrir a porta do lar para uma nova marca. Mantê-la dentro de casa tende a ser mais fácil", comentou Elen Wedemann, CEO da divisão Worldpanel da Kantar. O Brand Footprint Brasil é feito com base em entrevistas em 11.300 lares nas regiões Norte+Nordeste, Leste + Interior do Rio de Janeiro, Grande Rio, Grande SP, Interior de SP, Centro-Oeste e Sul, cobrindo 82% da população domiciliar, o que equivale a 90% do potencial de consumo do país. Foram consideradas 290 marcas nacionais. (As informações são da Kantar, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
Produtores de leite esperam maior oferta de seguro para pastagem e silagem A base produtora da cadeia leiteira espera que um maior número de seguradoras passe a oferecer seguro rural para pastagem e milho silagem já a partir da safra 2021/22. Por isso, considera importante a videoconferência que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoverá na próxima sexta-feira (25), às 15h, para apresentar os produtos disponíveis à pecuária bovina de leite e de corte. A expectativa do setor é que o evento do Projeto Monitor do Seguro Rural sirva para sensibilizar as seguradoras sobre a importância de ampliar a cobertura para as atividades dos produtores de leite. O seguro rural para a cadeia leiteira é um dos itens da pauta apresentada à ministra Tereza Cristina (Agricultura), meses atrás, pelos movimentos Construindo Leite Brasil, Aliança e Ação, União e Ação, Inconfidência Leiteira e Aproleite Goiás. Segundo o Mapa, o objetivo da videoconferência é avaliar e propor aperfeiçoamentos nos produtos e serviços das seguradoras, a fim de que elas ofereçam coberturas mais aderentes às necessidades dos produtores. “É importante contarmos com o empenho da ministra Tereza Cristina para que possamos tratar do seguro rural para a pecuária de leite”, disse o produtor gaúcho Rafael Hermann, do Movimento Construindo Leite Brasil. Ele foi um dos produtores que apresentaram à ministra a proposta de incluir o tema na pauta de discussões sobre medidas de fortalecimento da cadeia leiteira. “Isso mostra que o ministério está buscando uma solução para o seguro de pastagem e milho silagem.” Por enquanto, apenas uma companhia de seguro está habilitada no Programa de Seguro rural (PSR) para pastagem e milho silagem. É a Essor Seguros, que começou a ofertar seguro de índices (paramétrico) de pastagens (subvenção de 20%) e o seguro de milho silagem na modalidade agrícola, com subvenção de 20% a 40%. Conforme o Mapa, outras seguradoras estudam esses riscos para verificar a viabilidade de ofertar essas coberturas nos próximos anos. Mais seguradoras: “Tomara que um maior número de seguradoras se interesse em ofertar essas modalidades de seguros ao produtor de leite. Isso certamente dará uma grande contribuição para o avanço da cadeia leiteira, porque o produtor terá mais confiança e estabilidade”, acrescentou Rafael Hermann. Ele acredita que deverá haver grande adesão ao seguro rural para pastagem e milho silagem entre os pecuaristas de leite, caso as seguradoras ampliem a oferta desses produtos. O produtor Marco Sérgio, da Aproleite Goiás, lembrou que o seguro rural para o setor de leite está na pauta dos movimentos da base produtora desde 2018. “Apresentamos essa proposta à Faeg no dia 12 de dezembro de 2018 e em reunião plenária com a classe produtora no dia 25 de janeiro de 2019, como um dos itens da pauta mínima.” É fundamental que mais seguradoras ofereçam esses produtos para expandir a opções de cobertura aos produtores, para ele. “Por isso, é importante o empenho do Mapa para viabilizar efetivamente o seguro rural para o setor leiteiro.” Pecuária: De acordo com o Mapa, o seguro rural de pecuária conta com subvenção ao prêmio de 40% e, em 2020, registrou 1.722 apólices contratadas no PSR. “Os seguros rurais de pecuária em geral precisam ser mais conhecidos pelos produtores. O monitor é uma oportunidade de dialogarem com as seguradoras para compreender as coberturas e propor melhorias ou até novos seguros”, enfatizou o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola. No caso da pecuária de leite e de corte, quatro companhias de seguros (BrasilSeg, Fairfax, Mapfre, Swiss Re) estão habilitadas no PSR e, dependendo da seguradora e do produto, destina-se a animais registrados em associação de raça ou não registrados, podendo ser contratados nas modalidades seguro pecuário bovino ou rebanho vida em grupo, de acordo com a característica dos animais. O seguro tem como objetivo garantir indenização ao segurado em caso de morte do animal, sendo os principais riscos cobertos: acidente, doenças infecto contagiosas endêmicas e epidêmicas preveníveis, (desde que comprovadas por exames laboratoriais), raio, eletrocussão, intoxicação, ingestão de corpos estranhos, picada de cobra, entre outras. No momento, a BrasilSeg (seguradora que atende os clientes do Banco do Brasil) disponibiliza o seguro de faturamento ao produtor de pecuária de corte, que garante a indenização sempre que o faturamento obtido com o rebanho segurado for inferior ao faturamento garantido em apólice. Videoconferência: Para participar da videoconferência basta acessar o link da plataforma Teams na data e horário agendados. O evento virtual é limitado a 350 participantes, permitindo interação do público com perguntas e propostas aos produtos de seguros apresentados. O trabalho é coordenado pelo Departamento de Gestão de Riscos do Mapa e terá a participação de produtores com o apoio das entidades representativas do setor, cooperativas, associações, revendas de insumos, companhias seguradoras, empresas resseguradoras, corretores, peritos e instituições financeiras. (As informações são do AGROemDIA, adaptadas pela equipe MilkPoint)
Jogo Rápido
Governo confirma realização da Expointer entre os dias 4 e 12 de setembro
O governo do Estado confirma a realização da Expointer de 2021 entre os dias 4 e 12 de setembro. A feira agropecuária, em sua 44ª edição, deverá ter controle de público e restrições, atendendo a implementação de rigorosos protocolos sanitários. A versão digital do evento, a exemplo do ano passado, também será mantida. As definições ocorreram em reunião virtual nesta segunda-feira (21/6) entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e as copromotoras Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), prefeitura de Esteio, Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) e Sistema Ocergs-Sescoop/RS. Diante do alinhamento com as entidades copromotoras para que a Expointer aconteça, a secretária da Agricultura, Silvana Covatti, reforçou a importância da realização da exposição em um ano em que os gaúchos produziram safra recorde de grãos e conquistaram o novo status sanitário de zona livre de febre aftosa sem vacinação. “Será uma feira de negócios marcante para a retomada econômica do Estado, ao mesmo tempo em que não descuidaremos do cuidado com a vida dos gaúchos”, afirmou Silvana. A Expointer vem sendo planejada juntamente com a Secretaria Estadual da Saúde, que define os protocolos sanitários que terão que ser seguidos de forma plena, em função da pandemia do coronavírus. Nas últimas semanas, a equipe de vigilância sanitária trabalha este planejamento para criar as condições de segurança para o evento ser realizado. “Estas regras sanitárias terão um controle efetivo”, assegurou a titular da Saúde, Arita Bergmann. (SEAPDR)