Porto Alegre, 06 de abril de 2021 Ano 15 - N° 3.437
GDT – Evento 281 de 06 de abril de 2021
gDT – O Global Dairy Trade nº 281 deste 06 de abril de 2021, apresentou o Índice geral de US$ 4.081/tonelada, com variação de +0,3% em relação ao evento anterior. O único produto a ter queda na cotação foi a Lactose, (-6,5%), contrastando com o grande salto da manteiga em pó (BMP), +17,6%. Entretanto, os dois produtos têm pouco peso no resultado final do leilão, pois os volumes negociados são pouco representativos.
O Índice GDT do evento 281 é o terceiro maior dos últimos 6 anos, 37% maior que o registrado um ano atrás, e está 19% acima do seu valor do início do ano. É um nível acima das médias históricas desde 2014. O Cheddar fechou o leilão de hoje, praticamente com o mesmo valor de um ano atrás, mas, está 8% acima de sua cotação no primeiro leilão do ano. É o sexto maior valor dos últimos seis anos.
Os dois produtos mais vendidos na plataforma mantiveram suas cotações praticamente estáveis. O leite em pó integral (WMP) não variou em termos percentuais, e subiu US$ 2 em relação à sua cotação anterior. Seu valor é 45% superior ao registrado um ano atrás, 24% acima da cotação média de 05 de janeiro de 2021, e o segundo maior valor do produto dos últimos seis anos. O leite em pó desnatado (SMP) que teve variação de 0,6% em relação ao evento anterior, atingiu o maior valor desde agosto de 2014, para ficar com a cotação 34% acima da obtida um ano atrás, e superar em 11% seu valor do início do ano.
O leite em pó desnatado (SMP) que teve variação de 0,6% em relação ao evento anterior, atingiu seu maior valor desde agosto de 2014, e uma cotação 34% acima da obtida um ano atrás. Superou em 11% seu valor do início do ano.
A manteiga anidra (AMF) vem recuperando paulatinamente seu valor, e fechou este evento 11% abaixo do recorde obtido em novembro de 2017. Está 43% acima da cotação de um ano atrás, e já é 35% maior do que o seu valor no início do ano. Ao subir 2%, a manteiga também fica na sétima posição entre os maiores valores desde 2016, e sua cotação atual é US$ 1.250 superior à registrada em 05 de janeiro de 2021, ou 28% maior.
Os contratos futuros permanecem com níveis superiores aos resultados verificados no ano passado, indicando que os preços das commodities lácteas em 2021 deverão continuar sendo mais elevados do que em 2020.
Fonte: globaldairytrade/Terra Viva/Adaptado por Sindilat/RS
Produtor cria ‘escola’ focada na carreira de jovens rurais
Curso online, com parte presencial, já formou mais de 2 mil alunos
Depois da morte dos pais, há mais de quatro anos, o advogado Raphael Houayek, hoje com 39 anos, decidiu deixar Porto Alegre, abandonar a carreira no Ministério Público e se mudar para Alegrete para administrar a fazenda da família. Ficou evidente, logo na chegada, tanto a carência de controles internos para gerenciar a propriedade como sua própria necessidade de se reinventar. E de olhar o campo com outros olhos, mais profissionais.
Foi assim que nasceu também o projeto de qualificar os jovens do campo de uma forma mais estratégica, e não apenas técnica, unindo uma visão mais ampla, de criar sua própria carreira voltada ao agronegócio, com aulas online e parte prática, para pequenos grupos em um alojamento dentro da Fazenda Esperança (que em breve deve abrigar uma sede física). O pecuarista resume que sua metodologia de qualificação é baseada em “posicionamento, diferenciação e desenvolvimento”.
O resultado? Uma escola de qualificação pessoal, batizada como “Universidade Esperança”, que já recebeu mais de 2 mil alunos desde então. Hoje, conta Houayek, são quatro cursos, um deles na sétima turma, o Segredos do Sucesso no Agronegócio. “Ensino os jovens a se posicionarem como uma marca, com foco onde querem chegar. Isso inclui comportamento, planejamento estratégia de futuro profissional, por exemplo, que não estão nas grades de ensino dos cursos de Veterinária ou Agronomia, que focam na técnica”, explica o produtor.
O diferencial é falar a linguagem dos jovens rurais, mas o foco são profissionais do campo, e não formar produtores rurais, detalha o pecuarista. Houayek enfatiza muito, por exemplo, a necessidade de os profissionais saberem lidar com pessoas. Seja nas atividades campeiras, na gestão de empregados ou na mesa de negociações com clientes e fornecedores. “As empresas contratam um veterinário, e outros profissionais, por exemplo, pela técnica, mas demitem pelo comportamento. A técnica se aprende nas faculdades específicas, mas esse olhar direto sobre a carreira não há”, opina Houayek.
Na Fazenda Esperança, que na gestão do advogado migrou da simples criação de animais destinados nados ao abate para agregar também alta genética, são criadas hoje 1,5 mil cabeças. Foi lá que se “formou” o próprio gerente da fazenda que, sem deixar o trabalho na Esperança, também gerencia outras três propriedades rurais. Isso com apenas 26 anos.
Paulinho, como é chamado por Houayek, passou por diferentes treinamentos e hoje é um exemplo constantemente citado pelo produtor em palestras, o que incluiu desenhar seu próprio plano de carreira, aprender a operar com processos, pessoas, finanças e, claro, com uma boa dose de marketing. Dez estudantes por semestre participam de atividades especiais e palestras presenciais com consultores do setor sobre pecuária pelo período de 30 dias. Eles são selecionados entre os jovens inscritos, que pagam cerca de R$ 900 pelo curso, mas a imersão na propriedade é para um grupo de jovens convidados e sem custos. (Jornal do Comércio)
Jogo Rápido
Rússia importou 10% menos lácteos em janeiro
Em janeiro de 2021, as importações russas de produtos lácteos foram 10% menores em relação ao seu nível em 2020 para o mesmo período e praticamente corresponderam ao volume das importações em 2019. Foram importadas 577 mil toneladas de produtos lácteos no valor de US $ 202,6 milhões (-25%). Esses dados são fornecidos no relatório da União Nacional de Produtores de Laticínios da Rússia (Soyuzmoloko). Foi observada queda na oferta para todas as categorias de produtos, exceto queijo. Pelos resultados de janeiro de 2021, os principais fornecedores externos de laticínios para a Rússia são a República da Bielo-Rússia (75%), Nova Zelândia (8%), Argentina (5%), Uruguai (4%) e Quirguistão (2%). Enquanto o volume da República da Bielorrússia aumentou 14%, todos os outros países diminuíram seus suprimentos de produtos lácteos para a Rússia em 44%. A Bielo-Rússia ocupa uma posição de liderança no fornecimento externo da maioria dos tipos de produtos lácteos, apesar do volume constante de importações de lácteos de países não pertencentes à CEI. A República da Bielo-Rússia fornece 86% de leite fluido e gordura, 88% de leite em pó desnatado (SMP), 94% de leite em pó integral (WMP), 95% de produtos lácteos fermentados, 89% de soro de leite em pó, 52% de manteiga, 91% de queijo, quase 100% de requeijão, 60% de sorvete. Produtos de queijo são uma exceção aqui, com a Bielo-Rússia fornecendo apenas 14% das importações russas da categoria. Os principais lácteos importados pela Rússia em janeiro de 2021, permaneceram queijos (≈46% das importações em valor), manteiga (22%), leite e creme, em pó e condensado (10%), incluindo leite em pó desnatado (5%) e leite em pó integral ( 2%), leite e natas fluidos (8%), produtos lácteos fermentados (8%) e produtos de queijo (5%). Ao mesmo tempo, em comparação com 2020, a participação do queijo na estrutura de importação cresceu. (As informações são do Edairynews, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)