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04/02/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2020                                                  Ano 15 - N° 3.397


Bebidas carbonatadas à base de soro de leite: uma tendência?

As bebidas carbonatadas a base de soro de leite podem ser uma tendência para os próximos anos nas indústrias de laticínios. 

O soro de leite, segundo a instrução normativa nº 94, de 18 de setembro de 2020, é o produto lácteo líquido extraído da coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, caseína alimentar e produtos similares.

Seu elevado volume produzido diariamente nos laticínios e sua grande importância nutricional fazem com que ele seja visto como um subproduto de importância relevante, despertando o interesse das indústrias laticinistas para novas possibilidades de utilização deste produto.

No processo de fabricação de queijo, produto com grande ascensão de produção, cerca de 90% do volume de leite utilizado na fabricação de queijos resulta em soro, ou seja, 10 litros de leite produzem, aproximadamente, 1kg de queijo e 9 litros de soro.

Sua rica composição nutricional, se deve ao fato de o soro conter mais da metade dos sólidos presentes no leite original, sendo grande parte da lactose, proteínas do soro (beta -lactoglobulina e a alfa- lactoalbumina, que constituem 20% da proteína total e são nutricionalmente superiores à caseína), sais minerais e vitaminas solúveis.

Fora todos esses fatores, as novas possibilidades para sua utilização estarão dando ganhos às indústrias e contribuindo para a melhoria do meio ambiente, posto que se não aproveitado acaba lançado em cursos de água, o mesmo provoca um efeito poluidor.

Um grande mercado que utiliza o soro de leite como matéria-prima é o de suplementos alimentares, empregado na elaboração de whey protein — isolados proteicos e BCAA’s (Branched-Chain Amino Acids).

Outras formas de serventia desse subproduto, se dá pela elaboração de ricota, isto é, o produto obtido da coagulação da albumina do soro de queijos.

Ademais, este também é utilizado na fabricação de bebidas lácteas (fermentadas ou não fermentadas) e soro de leite em pó, onde é feito a secagem e a comercialização em pó deste soro para que outras indústrias realizem o seu reprocessamento. O fornecimento para alimentação animal (suínos e bovinos), é outro destino bastante comum para o soro de leite.  

Algumas empresas de laticínios do mundo já introduziram uma geração de produtos com o soro de leite. Por exemplo, a Nestlé Health Science desenvolveu um pó de soro de leite, o Resource Whey Protein, que é uma proteína solúvel projetada para manejo dietético de pacientes desnutridos.

A Italac, por sua vez, em 2019 lançou o Whey Protein 25 gramas pronto para beber, uma bebida láctea com alto teor de proteína extraída do soro de leite. São 25g de proteína por unidade (250 ml), com 5g de BCAA’s, sem adição de açúcar, zero lactose e rico em cálcio, além de ser uma bebida com baixo teor de gordura.

Além disso, outras formas de expansão e inovação, que surgiram como forma de agregar valor às bebidas lácteas, foram os produtos lácteos carbonatados. Pelas proteínas do soro serem altamente solúveis em sistemas líquidos e os seus ingredientes permanecerem solúveis em pH baixo, isso tornou-se um atributo desejável para desenvolvimento de bebidas carbonatadas ácidas a partir do soro do leite. (Por Natália Silva - Indústria de Laticínios - para Milkpoint)


Produção de leite na Argentina cresceu 7,4% em 2020

A produção de leite atingiu 11,113 bilhões de litros no ano passado, o que significa um crescimento de 7,44% em comparação com 10,343 bilhões de litros em 2019. Além disso, foi o maior volume produzido desde os 12,061 bilhões de litros de 2015, segundo relatório do Observatório da Cadeia do Leite Argentina (Ocla), com base em dados do Departamento Nacional do Leite. 

A Ocla destacou que a produção de 2020 também supera em 5,6% o volume alcançado em 2018. “Isso indica que não só houve uma recuperação em 2020 da baixa produção dos primeiros meses de 2019, mas mostrou claramente um crescimento genuíno”, disse Ocla. Ele ressaltou ainda que o crescimento não foi apenas quantitativo, mas também qualitativo: ao avaliar o comportamento dos chamados "sólidos úteis" (gordura e proteína), também se observou um aumento significativo na produção. 

Neste indicador, o aumento foi de 8,7 por cento; ou seja, superior ao aumento de litros ordenhados. “Isso mostra não só que o setor de lácteos cresceu no ano de 2020 em volume devido a diversas causas, mas também na qualidade composicional do leite”, disse Ocla. (As informações são do Agrovoz.lavoz.com.ar, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

 

Geração de empregos no agro é a melhor em 10 anos 

De janeiro a dezembro de 2020, total chegou a 61,6 mil novas vagas

O agronegócio brasileiro registrou em 2020 o melhor resultado na criação de empregos no setor em 10 anos, apesar da pandemia e dos resultados abaixo do esperado na oferta de novos postos de trabalho. A avaliação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que analisou os dados do ano passado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério da Economia. 

Os dados mostram que o setor abriu 61.637 mil vagas de trabalho de janeiro a dezembro do ano passado, o melhor desempenho desde 2011, quando o saldo de geração de empregos formais foi de 85.585 mil vagas. 

Entre as atividades que mais criaram postos com carteira assinada em 2020, a soja liderou o ranking, com 13.396 vagas. Destaque também para o café (+6.284). 

Na pecuária, a criação de bovinos (+11.598) e de aves (+5.993) foram as atividades que mais contribuíram para o mercado de trabalho. 

Ainda de acordo com os dados, três em cada quatro vagas foram criadas no setor agropecuário estão na região Sudeste, especialmente em São Paulo que teve crescimento de 46.475 postos de trabalho em 2020. A Região Sul registrou 3.447 vagas no ano passado, sendo 2.180 no Paraná, 637 no Rio Grande do Sul e 630 em Santa Catarina. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Uruguaiana estará no Sisbi até junho de 2021
O município de Uruguaiana prepara seu ingresso no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) com o objetivo de ampliar o mercado para as agroindústrias locais e prevê formalizar a adesão até a metade deste ano. A gestora de projetos do Sebrae/RS, Mônica de Alencastro Guimarães, diz que Uruguaiana já tem o Sistema de Inspeção Municipal (SIM) há 20 anos, mas precisa do Sisbi para que suas empresas possam comercializar os produtos de origem animal em outros municípios. (Correio)


 

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