Porto Alegre, 22 de dezembro de 2020 Ano 14 - N° 3.373
Irrigação transforma cenário e produtividade em propriedade do Noroeste gaúcho
Emblemática, a imagem que mostra o limite entre a área irrigada e não irrigada na propriedade de Ademir e Rozane Chartanovicz, na linha Primeiro de Março, em Campina das Missões, aponta para a importância da irrigação adequada em períodos de escassez de chuva, como o que perdurou no Noroeste gaúcho nos últimos meses. A atividade leiteira é uma das mais impactadas pela presença da irrigação. Nos últimos anos, a Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), elaborou mais de 1.700 projetos de irrigação e 2.200 de reservação de água em açudes na região de Santa Rosa, sendo que aproximadamente 75% destes são voltados a áreas de pastagens.
A família Chartanovicz reconhece a importância da produção de leite a pasto. Acreditamos que é importante produzir leite a pasto e investir em oferta de pastagem de boa qualidade, porque é uma forma de aumentar a produção e reduzir custos, oferecendo uma produção com melhor qualidade para os consumidores. Além disso, o animal que é bem alimentado apresenta menos problemas no desempenho leiteiro e na sanidade, salienta Rozane.
As áreas irrigadas são principalmente de grama Tifton e, parte, de aveia de verão. Aliado à irrigação, é importante atentar-se aos cuidados com a reservação de água. O produtor conseguiu manter a produção de leite durante o período de estiagem, pois tinha reserva de água para irrigar a área. Nos locais perto de divisa, onde não chega água, o pasto plantado não desenvolveu e ficou esperando uma chuva. A diferença é bem visível, observa o extensionista da Emater/RS-Ascar, Antônio Jung.
Entre a área irrigada e não irrigada estabeleceu-se um limite entre, de um lado, plantas com bom volume e aspecto de geral e, de outro, um cenário com o desenvolvimento da pastagem com porte bem abaixo e baixo grau de palatabilidade. As áreas que não possuem irrigação dependem de fatores climáticos para se desenvolverem. Já nas áreas que são irrigadas, o retorno é rápido, garantindo a produção de qualidade e o desenvolvimento da plantação. Os períodos em que mais se apresentam essas diferenças são no verão e em épocas de estiagem, em que o clima quente e a falta de chuvas podem reduzir o desenvolvimento das pastagens, explica Ademir.
Desafiado pela Emater/RS-Ascar, o casal foi um dos primeiros do município a decidir implantar um sistema de irrigação na pastagem de sua propriedade, em 1994. O sistema de irrigação por aspersão convencional, com projeto técnico elaborado pela Instituição, abrange uma área de 3, 2 hectares.
Para garantir uma boa produtividade dos pastos, é importante também a adoção de práticas aliadas à irrigação. Um bom pasto e com alta produção é obtido com adubação adequada, de preferência orgânica, como por exemplo dejetos suínos. A adoção de plantio de culturas perenes facilita o manejo da irrigação, e com garantia de umidade no solo podemos adubar e tirar o máximo da área, observa Jung. (Emater/RS)
Alterações na norma que trata da rotulagem de produto de origem animal
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento publicou, no Diário Oficial da União a Instrução Normativa nº 67, de 14 de dezembro de 2020 altera e retifica o anexo da Instrução Normativa MAPA nº 22, de 24 de novembro de 2005. Esta norma trata-se da rotulagem de produtos de origem animal.
Os estabelecimentos produtores de produtos de origem animal têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da vigência desta Instrução Normativa, para ajustar a rotulagem de seus produtos e atualizar os respectivos registros no sistema informatizado.
Os itens que sofreram alteração foram:
5. INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS
6. APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
9. CASOS PARTICULARES
Para conferir as alterações que passam a valer a partir do dia 4 de janeiro de 2021, clique aqui. (DOU adaptado Sindilat/RS)
Leite/América do Sul
Nas duas últimas semanas, as temperaturas de verão e as condições climáticas seca estão prevalecendo na Argentina e no Uruguai, limitando a umidade para o desenvolvimento das plantações de milho e soja. No entanto, o tempo seco está acelerando a colheita dos grãos de inverno.
Enquanto isso, chuvas moderadas estão mantendo as condições favoráveis para a soja e milho da primeira safra nas principais regiões produtoras do centro e sul do Brasil. Em geral, o volume e a qualidade das forragens estão sendo descritos como regulares ou bons nas principais bacias leiteiras do continente.
A produção de leite na fazenda está caindo sazonalmente, principalmente devido ao aumento do estresse térmico das vacas, causado pelas altas temperaturas do verão. Além do Brasil, a oferta de leite tem sido suficiente para cobrir a maioria das necessidades de processamento de leite fluido, incluindo o leite UHT, em toda a região do Cone Sul. Com a maioria das escolas fechadas durante as férias de verão, as vendas de leite engarrafado/UHT estão caindo. O mercado de creme está firme em todo o continente, enquanto os sólidos do leite caem. Como resultado, a produção de produtos à base de creme, como manteiga, sorvete e leite condensado está sendo menor em diversas fábricas.
Os pedidos de final de ano já foram entregues aos varejistas. O setor de alimentação continua lutando contra os efeitos dos bloqueios realizados em decorrência da pandemia do Covid-19. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
Jogo Rápido
O Natal da Languiru
Diante das dificuldades impostas pela pandemia, com medidas restritivas, o tradicional evento de fim de ano da cooperativa Languiru de Teutônia teve que se adaptar às possibilidades. Com transmissão ao vivo pelas suas redes sociais, mais de 12,3 mil pessoas foram alcançadas, registrando cinco mil visualizações e 1,3 mil curtidas, comentários e compartilhamentos em 1h20 m de transmissão. Em tempo: a Languiru deve registrar crescimento de 25% em 2020, um desempenho excepcional. (Jornal do Comércio)