Porto Alegre, 23 de novembro de 2020 Ano 14 - N° 3.352
Sindilat realiza eleição de diretoria para gestão 2021/2023
Nesta terça-feira (24/11), o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) realiza eleição para a escolha da nova diretoria, que assumirá a gestão 2021/2023. Concorre à presidência da entidade em chapa única o atual 1° vice-presidente, Guilherme Portella. A eleição ocorre das 12h às 20h durante reunião de associados que será realizada, extraordinariamente, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, em respeito às regras de distanciamento social impostas pela pandemia.
Portella é diretor de Comunicação Externa da Lactalis do Brasil desde 2015 e substituirá Alexandre Guerra, que, por duas gestões, comandou as atividades no Sindilat. Graduado em Direito pela Pucrs e com especialização em Direito Empresarial, Portella atua no setor lácteo desde 2008, quando ingressou na Elegê Alimentos. Guerra, que integra a diretoria da Cooperativa Santa Clara, permanecerá na diretoria no cargo de 1° vice-presidente. A 2ª vice-presidência será ocupada por Jéferson Adonias Smaniotto (Cooperativa Piá). A diretoria executiva ainda será composta por Caio Cézar Fernandez Vianna (CCGL) e Angelo Paulo Sartor (Rasip).
O pleito também definirá a composição dos nomes para o Conselho Fiscal, Suplentes e Delegados Representantes junto à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
O Sindilat foi fundado em 1969 e reúne representantes de 27 indústrias de laticínios de todo o Estado, com o objetivo de unir as demandas do setor lácteo.
COMPOSIÇÃO GESTÃO 2021/2023
DIRETORIA
Presidente: Guilherme Portella
1º Vice-Presidente: Alexandre Guerra
2º Vice-Presidente: Jéferson Adonias Smaniotto
Diretor-Secretário: Caio Cézar Fernandez Vianna
Diretor-Tesoureiro: Angelo Paulo Sartor
Suplentes
Alexandre dos Santos
Jaime Rückert
Márcio André Lehnen
CONSELHO FISCAL
Titulares
Adalberto Martins de Freitas
José Baldoíno França
Ricardo Augusto Stefanello
Suplentes
Rodrigo Puhl
Ronis Carlos Frizzo
Ideno Paulo Pietrobelli
Delegados Representantes junto à FIERGS
Titulares
Guilherme Portella
Alexandre Guerra
Suplentes
Ângelo Paulo Sartor
Jéferson Adonias Smaniotto
As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS
Baixa produtividade e custos altos limitam exportações brasileiras de lácteos
Mesmo impulsionado pela desvalorização do real, volume enviado pelo Brasil ao mercado internacional no último mês foi 16% do total importado
Assim como outras cadeias agropecuárias, o setor lácteo no Brasil tem se beneficiado dos efeitos da alta do dólar sobre as exportações brasileiras. Em outubro, os embarques ao mercado internacional saltaram 79,6% em volume e 87,5% em valor.
Os números absolutos, contudo, apontam um comércio tímido e desproporcional às importações brasileiras no período. Enquanto o Brasil vendeu 3,6 mil toneladas de lácteos no último mês, as importações somaram 22,3 mil toneladas - crescimento de 122,7% ante outubro do ano passado.
“Hoje o produtor brasileiro está recebendo na faixa de US$ 0,32 a US$ 0,38 por litro de leite. Isso dá uma diferença bem representativa frente a Argentina e ao Uruguai, que têm custos menores que o nosso”, explica Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).
Com preços até 20% menores que o do Brasil no último mês, Argentina e Uruguai responderam por mais de 94% das importações brasileiras no período e, considerando a tendência de alta dos grãos no país, os negócios devem se manter aquecidos nos próximos meses.
“É importante ressaltar que não é a Argentina que manda leite para cá, são os brasileiros que vão lá buscar”, observa Ronei Volpi, presidente da Câmara Setorial do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, ao detalhar as importações brasileiras no período, a maioria de leite em pó.
“É claro que a indústria, principalmente a que usa esses produtos como ingredientes para bolachas, biscoitos, panificação, tendo a oportunidade de importar leite em pó mais barato que o mercado interno, vai buscar isso”, reconhece Volpi.
Gargalos
Para fazer frente a seus vizinhos do Mercosul, contudo, o Brasil enfrenta gargalos. “No Brasil, cada propriedade produz, em média, de 70 a 100 mil litros por ano. No Uruguai, é quase 500 mil litros por ano em cada propriedade. Já na Argentina, isso chega a quase um milhão de litros”, ressalta Palharini.
À menor produtividade, somam-se os elevados custos de captação gerados pela pulverização da produção em mais de um milhão de produtores distribuídos em um território de dimensões continentais, com 8,5 milhões de quilômetros quadrados.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, a baixa competitividade do leite brasileiro é um problema da cadeia láctea como um todo e demanda ações conjuntas.
“Temos questões pontuais do produtor, mas isso é um problema da cadeia. Claro que, se o produtor tem um custo maior para produzir, a indústria tem um custo maior pra captar e todo mundo tem dificuldades estruturais, de falta de estradas e pavimentação, a cadeia inteira está perdendo. Por isso, Argentina e Uruguai estão colocando leite aqui dentro mesmo com o dólar alto”, ressalta o produtor, que não descarta a possibilidade de outros países enviarem leite ao Brasil no futuro, como a Nova Zelândia.
“A tarifa de importação para países de fora do Mercosul ajuda a segurar bastante as importações, mas tem outros fatores. A Nova Zelândia está abastecendo a China e outros países da Ásia e, por isso, não tem estoques para enviar leite para cá. Mas, se tiver, vai enviar, com tarifa ou sem tarifa de importação”, analisa Borges. (Revista Globo Rural)
Conheça os palestrantes do III Fórum Internacional do Agronegócio
Acontece na próxima quinta-feira, dia 26, a partir das 10h, o III Fórum Internacional Agronegócio, que tem como objetivo levar para o público a apresentação de cases e novas tecnologias utilizadas mundialmente no setor agro, segmento chave na economia brasileira, especialmente no estado do Rio Grande do Sul. Além de um panorama global do setor, são apresentados cases de empresas no Brasil, assim como novas práticas utilizadas no estado, demonstrando como a tecnologia vem cada vez conquistando o seu espaço no agronegócio.
Confira os palestrantes e a programação completa:
10h15min - Perspectivas do Cenário Lácteo 2020/2021, apresentado por Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindilat/RS
10h40min - Rastreabilidade na cadeia de leite: Case Leite Origem Languiru, apresentado pela Dra. Katherine Helena de Oliveira Matos, consultora SIG Combibloc
11h10min - As boas práticas na fazenda, apresentado por Mauro Aschebrock, Gerente de Fomento Leite Languiru
11h40min - Soluções Banrisul para o Agronegócio
11h50min - Debate
12h – Encerramento
Para acompanhar o evento, acesse o canal do Youtube, clicando aqui.
As informações são da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha
Jogo Rápido
RS: produtores de leite da região de Ijuí usam trigo para fazer silagem
Produzida com uma cultivar de trigo especial, que tem bastante proteína e energia, a silagem feita com o cereal é mais uma alternativa para manter os animais bem alimentados, especialmente no período em que as chuvas são escassas e falta pasto no campo. Em um contexto de escassez, usar trigo para fazer silagem tem sido uma boa alternativa para a família Gräff, do município de Condor. "Este ano tivemos uma frustração na safra, então resolvemos plantar o trigo, para nós é uma novidade, né", disse o jovem Maiquel Gräff. O trigo desenvolvido para a silagem não têm aqueles filamentos, as chamadas aristas, justamente para facilitar a digestão do gado. A planta deve ser picada de 0,5 cm a 1,5 cm de comprimento. Imediatamente após a colheita, o produtor enche o silo. Com o trator, ele faz a compactação, para expulsar o oxigênio do silo e facilitar a fermentação. No cocho, a silagem de trigo agrada o paladar do rebanho. "O nosso objetivo é aproveitar melhor as áreas de inverno e melhorar a bovinocultura de leite", justificou a extensionista, Roseli Seitenfuss. (Agrolink)