Porto Alegre, 14 de agosto de 2020 Ano 14 - N° 3.285
Relatório do SIF aponta ampliação de mercados para exportação de produtos de origem animal
O Serviço de Inspeção Federal (SIF) ganhou reconhecimento no mercado internacional com a abertura de 14 mercados para exportação, de janeiro a julho de 2020, além de trabalhar para garantir o abastecimento interno de produtos de origem animal para consumo humano e de produtos destinados à alimentação animal. Os dados estão na quinta edição do Relatório de Atividades do SIF, divulgados nesta quinta-feira (13).
“Para que um mercado seja aberto, as autoridades sanitárias dos países importadores avaliam o serviço oficial brasileiro, o que muitas vezes ocorre por meio de missões internacionais que auditam o serviço de inspeção e os estabelecimentos produtores”, explica a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lucia Viana.
No processo de abertura de mercados, as autoridades sanitárias brasileira e dos países importadores avaliam modelos de certificados sanitários internacionais contendo os requisitos exigidos pelos países, os quais acompanham os produtos a serem exportados.
Além da ampliação de mercados para exportação, também houve a reabertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira em fevereiro deste ano. Atualmente, o Brasil exporta para mais de 180 países, o que demonstra a robustez do serviço oficial brasileiro.
Abates: Estão registrados no SIF 3.320 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados, além de 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal.
No mês de julho, foram feitos 82 turnos adicionais de abate requisitados de forma emergencial pelos abatedouros frigoríficos de aves, bovinos e suínos registrados junto ao SIF.
Licenças de importação: Segundo o levantamento, as solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias aumentaram 39% em comparação ao mês de junho de 2020. O total de LIs analisadas em julho foi de 5.386.
O prazo estabelecido em legislação para as análises de LI é de 30 dias, porém o tempo médio de análise atual é 2,35 dias. (As informações são do Mapa)
Ministérios da Infraestrutura e Agricultura trabalham juntos para melhorar logística do agro
Em live com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira (13) que o governo trabalha para melhorar a logística, principalmente para atender ao crescimento da produção agrícola brasileira, e prevê que as obras em andamento surtirão efeito em cinco anos quando “o Custo Brasil irá desabar”.
“A gente precisa responder a esse desafio que o agro nos impõe, para acabar com aquela máxima de que ‘somos eficientes da porteira para dentro e ineficientes da porteira para fora’. Vamos ter que ser eficientes da porteira para fora também. Não temos alternativa, porque vamos cada vez mais sofrer a competição do resto do mundo e temos que melhorar muito nossa logística”, afirmou o ministro. Na live, a ministra Tereza Cristina perguntou ao colega sobre os projetos de infraestrutura.
A ministra Tereza Cristina ressaltou que há muito tempo os produtores rurais esperam por um sistema de logístico mais eficiente, já que o escoamento da produção – da fazenda até o porto – é um dos principais desafios do agro brasileiro e o que eleva o custo do produto. “Os produtores rurais esperavam por isso, essa transformação da expectativa em realidade”, disse.
Tarcísio de Freitas citou diversas obras em andamento, como ferrovias e hidrovias.
Sobre cabotagem, o ministro disse que a estratégia é reduzir o custo da navegação. "É um absurdo não usarmos esse imenso potencial de costa que o Brasil tem. Vamos usar a navegação de cabotagem para fazer um transporte que é muito mais eficiente e barato”.
Ele explicou o projeto de lei do Programa de Incentivo à Cabotagem, chamado ‘BR do Mar’, apresentado pelo governo ao Congresso Nacional. O objetivo é aumentar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos e dobrar o volume de contêineres transportados. A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos da mesma costa de um país. Segundo o Ministério da Infraestrutura, é um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.
Tarcísio de Freitas lembrou que Medida Provisória 945, que altera a legislação portuária, também é um caminho para aumentar os investimentos no setor. De acordo com ele, a MP, que já foi aprovada pelo Congresso Nacional, simplifica o processo de arrendamento de terminais. “A nossa missão é dar infraestrutura para aqueles que têm cadeias verticalizadas, que precisam ter um cais e ter acesso portuário. Não faz sentido ter um processo super lento para viabilizar esse acesso portuário”, disse. Conforme o ministro, até o fim deste ano, o governo deve fazer 11 leilões de arrendamento portuário. No ano passado, foram realizados 13 leilões.
Outra meta, de acordo com o ministro da Infraestrutura, é dobrar a participação do modal ferroviário em oito anos no transporte de cargas. A primeira vitória ocorreu no ano passado, com o leilão da Ferrovia Norte-Sul, que ano que vem tem a obra concluída e operacional. "Vai ser uma grande coluna vertebral ferroviária", disse, citando ações para Ferrogrão e Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.
A ministra Tereza Cristina ressaltou a importância da ampliação da capacidade de transporte das ferrovias e a interligação com os portos para o escoamento da safra de grãos, bem como fluxo de insumos e fertilizantes para os grandes estados produtores do país. “As oportunidades que vão surgir com tudo isso que será feito, o que vai gerar de emprego, de renda para quem vive no interior”.
Tarcísio de Freitas citou os investimentos em hidrovias, como na Hidrovia do Paraguai, que movimenta cerca de três milhões de toneladas de produtos, e irá receber serviços de dragagem, sinalização e balizamento.
Os ministros lembraram a ação conjunta das pastas para garantir o abastecimento de alimentos para os brasileiros durante a pandemia. (As informações são do Mapa)
O renascimento da gordura láctea (fat reborn) - Motivações para o consumo de gordura
Tão importante quanto conhecer o mercado, é essencial entender as motivações que levam o consumidor a comer alimentos com gordura. Segundo o New Nutrition Business (2019), esse comportamento é motivado por:
1. Amantes de gosto: Pessoas que preferem o sabor e optam pelo produto com composição de gorduras totais.
2. Amantes de açúcar: Para compensar a perda de sabor das linhas zero gordura, em alguns casos há a adição de açúcar. Assim, pessoas que querem diminuir o consumo de açúcar podem optar por aqueles com valor total de gordura.
3. Amantes de proteínas: são pessoas que estão escolhendo alimentos com maior teor de proteínas para aumentar seu bem-estar.
4. Consumidores que desejam alimentos menos processados: para pessoas que gostam de alimentos integrais, “originais”, as versões com mais gordura são mais atraentes.
5. Dietas low carb: pessoas que adotam essa dieta substituem o consumo de carboidratos por alimentos com maior teor de gorduras e proteínas.
Os alimentos menos processados e com as credenciais de saúde contribuíram para uma mudança no olhar sobre a gordura. A adoção desse nutriente em produtos segue a tendência de naturalidade que temos visto em muitas categorias de alimentos: pode ser visto como saudável, desde que seja natural! (As informações são do portal BHB Food)
O agronegócio brasileiro está com boas expectativas em relação ao restante do ano. Após a chegada da pandemia no primeiro trimestre, o segundo foi bem mais favorável. O desempenho foi evidenciado pelo Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), divulgado nesta quinta-feira (13), pela Fiesp e pela CropLife Brasil. O índice subiu 11,3 pontos em relação ao primeiro trimestre ficando em 111,7 pontos. Segundo a metodologia do Índice, resultados acima de 100 pontos demonstram otimismo no setor e, abaixo deste patamar, pessimismo. O melhor desempenho foi do indicador da indústria de fertilizantes, máquinas e implementos, sementes e defensivos. Saiu de uma perspectiva pessimista, com 86,2 pontos registrados no primeiro trimestre de 2020, para 101,6 no segundo trimestre, uma alta de 15,3 pontos. “Ainda há uma certa desconfiança em relação às condições atuais tanto na indústria de insumos agropecuários quanto nas empresas situadas 'depois da porteira', mas é fato que as perspectivas para os próximos meses melhoraram expressivamente, justificando a confiança em alta”, afirma Christian Lohbauer, presidente executivo da CropLife Brasil. O índice foi puxado pela alta nas vendas de tratores e colheitadeiras, pelo bom desempenho na comercialização de insumos para os produtores que fechou o primeiro semestre do ano adiantada e também pelas compras antecipadas de defensivos, inclusive para a próxima safra. Os biodefensivos também tiveram bons números no período. Para o segundo semestre boas perspectivas com a finalização da safra recorde de grãos, acima dos 253 milhões de toneladas e desempenho favorável nas exportações. Além disso as safras de cana e café seguem surpreendendo e o clima vem favorecendo as lavouras tardias de milho safrinha, elevando as projeções. Com isso o índice de confiança dos produtores agrícolas fechou em 116,8 pontos. “Já há sinais de retomada das atividades e de relativa estabilidade no mercado financeiro. Além disso, os efeitos positivos da desvalorização cambial sobre os preços agrícolas e a perspectiva de que em breve haverá uma ou mais vacinas eficazes para o novo coronavírus melhoraram substancialmente as expectativas para o curto e médio prazos, especialmente por parte das indústrias”, avalia Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio da Fiesp. (As informações são do Agrolink)